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Ludmilla adia lançamento de música com Marília Mendonça para não competir com ‘Insônia’

Foto: Reprodução / Instagram

Ludmilla anunciou na noite de ontem (6) que a sua música inédita com Marília Mendonça terá o lançamento adiado em respeito à memória da sertaneja e à equipe dela.

“Estamos super empolgados para vocês ouvirem essa faixa que eu, a Marília e toda sua equipe preparamos com tanto carinho”, escreveu no Twitter. “A faixa será lançada, junto com todo o meu projeto ‘Numanice 2’, no final do mês de agosto.”

No mês passado, a artista anunciou que o single “Insônia”, parceria com a cantora sertaneja, seria lançado em 12 de agosto.

Mas o álbum póstumo de Marília, “Decretos Reais, Vol. 1”, saiu no dia 22 de julho, data em que a artista completaria 27 anos. Para não ofuscar o trabalho de divulgação do disco, Ludmilla optou por incluir a canção no seu segundo álbum de pagode.

Conhecida como a Rainha da Sofrência, Marília Mendonça morreu no dia 5 de novembro de 2021 vítima de um acidente aéreo.

Um dia após o lançamento, “Decretos Reais, Vol. 1” emplacou todas as suas quatro faixas na lista das 50 músicas mais tocadas do Spotify no Brasil.

A música “Te Amo Demais” foi a número 1 na parada diária do serviço de streaming, enquanto “Te Amo Que Mais Posso Dizer (More Than I Can Say)” apareceu na 7ª posição, “Não Era Pra Ser Assim” na 9ª e “Sendo Assim/ Muito Estranho (Cuida Bem de Mim)” na 14ª.

Com informações do Uol

Wilson Lima sanciona lei que dá o nome de Thiago de Mello à Biblioteca Pública do Amazonas

Tombada como Patrimônio Histórico e Artístico do Amazonas, a Biblioteca Pública do Estado passa a se chamar Biblioteca Pública do Estado do Amazonas Thiago de Mello

Poeta amazonense morreu em janeiro deste ano e é referência para a literatura nacional

Tombada como Patrimônio Histórico e Artístico do Amazonas, a Biblioteca Pública do Estado passa a se chamar Biblioteca Pública do Estado do Amazonas Thiago de Mello, em homenagem ao poeta e escritor amazonense.

A Lei 5.983/2022 foi sancionada pelo governador Wilson Lima em julho deste ano. Um dos maiores expoentes da poesia brasileira e um dos nomes de maior relevo das artes no estado, Thiago de Melo morreu em janeiro deste ano, aos 95 anos.

Com obras traduzidas para mais de 30 idiomas, Thiago de Mello é membro da Academia Amazonense de Letras e recebeu o destaque de Personalidade Literária do Prêmio Jabuti, em 2018. O autor foi reconhecido pelo conjunto da obra, que é referência na literatura regional brasileira.

Atualmente, a Biblioteca Pública possui aproximadamente 300 mil volumes, entre livros, folhetos, revistas, jornais, CDs, DVDs, entre outros itens. Criada em 1871, é a maior e mais antiga biblioteca do Amazonas.

“Eu vejo a Biblioteca como a guardiã do conhecimento, nela estão inseridas todas as informações, tudo que é produzido de informação no estado, e aí essas informações têm que ser disseminadas entre a população, o conhecimento parado não tem valor, e aí a importância da Biblioteca é isso, reunir todas as informações do estado e a nível nacional também, e fazer com que essa informação chegue à população”, resumiu o diretor da Biblioteca, Sharles Costa.

A Biblioteca passa por reformas na estrutura predial realizadas pelo Governo do Estado. O local funciona de segunda a sexta-feira, em horário alternativo, das 9h às 15h. “Tão logo terminem essas manutenções, nós voltaremos ao horário normal, de segunda a sexta, das 8h às 17h. E a população tem acesso a todo tipo de informação. Toda informação guardada nas dependências da Biblioteca Pública é acessível a qualquer pessoa da nossa cidade. Para isso, basta fazer um cadastro na recepção com um documento de identidade e um comprovante de residência”, salientou Costa.

Sem recursos, programa espacial brasileiro vive atraso tecnológico e amplia dependência

Centro de Lançamentos de Alcântara (MA) ainda não tem uso comercial (Foto: FAB / Divulgação)

A redução do orçamento ao longo dos últimos anos fez o programa espacial brasileiro encolher e enfrentar um atraso tecnológico em relação a outros países do mundo. Especialistas ouvidos pela coluna e a AEB (Agência Espacial Brasileira) afirmam que o Brasil deixou de tentar a soberania nessa área e hoje tem uma dependência de serviços estrangeiros.

Com baixo orçamento e sem grandes satélites em produção, o programa mudou de foco e investe em nanossatélites. Também pretende finalmente dar uso comercial ao Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, como se prometia após a assinatura do acordo de salvaguarda tecnológica com os EUA, em março de 2019. Desde então, nenhuma empresa lançou foguete na base.

A previsão é que, no fim deste ano, a sul-coreana Innospace faça o primeiro lançamento privado de Alcântara. Com esse uso comercial da base, espera-se que haja uma captação de recursos para reinvestir no programa espacial brasileiro. “Nós estamos procurando reposicionar e criar um setor econômico espacial”, diz o engenheiro e coronel Carlos Moura, presidente da AEB.

Cortes severos

Em 2011, o PNAE (Programa Nacional de Atividades Espaciais) 2012-2021 previa uma série de projetos e um gasto de R$ 5,7 bilhões. Encerrado o ciclo, só R$ 2 bilhões foram destinados ao plano (sem descontar a inflação). Em 2021, por sinal, o programa teve o menor orçamento de sua história recente: R$ 87 milhões.

Para esta nova década, a agência lançou um novo PNAE, que vai de 2022 a 2031. No documento, trabalha com cinco cenários orçamentários possíveis: desde R$ 1,2 bilhão a 13,2 bilhões —valor que levaria o Brasil a ser “o país sul-americano líder no mercado espacial”. Hoje, por exemplo, estamos atrás da Argentina.

Com os cortes, o último grande projeto nacional foi para o espaço no último dia 28 de fevereiro, quando o Brasil comemorou o lançamento do primeiro satélite 100% nacional, o Amazônia 1. Com recursos pingados, a produção do satélite levou duas décadas e foi feita pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

A ideia do plano decenal 2012-21 era fazer outros dois satélites da linha (o Amazônia 1B e o Amazônia 2), mas eles não saíram do papel. Estão previstos (se houver boa verba) no novo plano decenal.

Erro estratégico

Para Ronaldo Carmona, professor da ESG (Escola Superior de Guerra) e da pós-graduação de engenharia aeroespacial da UFMA (Universidade Federal do Maranhão), a falta de recursos é que fez o Brasil deixar de evoluir na área, já que tem expertise e mão de obra. “Quando o nosso programa surgiu, nos anos 1960, ele era do mesmo porte da Índia, e hoje eles estão muitas vezes à nossa frente. Nós estamos empacados”, afirma.

Para Carmona, o país hoje é dependente de tecnologia espacial estrangeira. “Isso é um erro estratégico que abrange muitos setores. A área espacial tem implicações na atividade econômica, na vida social, sem falar em assuntos de defesa”, diz. “Um país do porte do Brasil precisa ter um programa espacial completo. Isso é algo latente, tendo em vista como evoluem as tecnologias e as forças produtivas e de ver como está a situação geral do mundo”, diz.

Um dos serviços dependentes é o de GPS, fornecido pelos EUA. “Não por acaso, China, Rússia, Índia e União Europeia passaram a constituir sistemas próprios. É um risco muito grande ficar na mão de uma potência, que pode fazer uso geopolítico dessa tecnologia. A guerra da Ucrânia está aí para provar isso”, explica.

Compras recentes

Sem investir na produção de satélites, recentemente as Forças Armadas compraram dois satélites radar de uma empresa da Finlândia por R$ 175 milhões.

O primeiro deles, o Carcará 1, foi lançado em maio do Centro Espacial Kennedy, no Cabo Canaveral, nos EUA. As imagens captadas por eles, afirma o governo, serão utilizadas em apoio no combate ao tráfico de drogas e da mineração ilegal na Amazônia. “Precisamos fomentar a indústria nacional, mas temos uma contradição: as necessidades urgentes. Precisamos de investimentos regulares por um longo período para desenvolver a capacidade nacional de produção, mas temos necessidades para já e precisamos comprar fora”, defende Carmona.

O ex-diretor do Inpe Ricardo Galvão afirma que a compra revela que falta interesse em produzir satélites no principal órgão civil do programa. “O Inpe não tem hoje nenhum recurso para desenvolvimento de satélites. Isso é algo inédito”, diz.

Ele diz que satélites como os comprados pelo Ministério da Defesa poderiam ter sido feitos aqui. “Com o programa CBERS [em parceria com a China] e o desenvolvimento do satélite Amazônia, o Inpe dominou todo o ciclo de produção de satélites, com uma equipe de 60 engenheiros”, ressalta. Segundo ele, usar o instituto para produzir apenas nanossatélites é um desperdício para a nação. “Um nanossatélite tem o tamanho de uma caixa de sapato, é pouco para um Inpe. Sem contar que isso as universidades aqui já fazem. Esses equipamentos não atendem às nossas demandas de satélite”, diz.

Retomada de competitividade

Carlos Brito, presidente da AEB, concorda que o país perdeu competitividade nos últimos anos. “Se pensarmos mais em mercados e indústria, estamos aquém”, afirma.

A ideia, diz, é mudar isso a partir de agora. “A nossa ideia é explorar o mercado de nanossatélites e a vantagem geográfica que temos em Alcântara. Nós podemos atuar competitivamente nesse nicho e eventualmente crescer também no transporte espacial ou na produção de satélites. A partir de 2018, aumentou muito essa tendência de equipamentos menores.”

Para isso, ele comemora o anúncio de verbas extras do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) para o programa, que vai financiar dois projetos em um valor total acima de R$ 300 milhões.

Um deles é o desenvolvimento do primeiro veículo lançador de pequenos satélites, que terá R$ 190 milhões em investimento. “O outro projeto que teremos é de produção de um satélite de sensoriamento remoto ótico, que atende requisitos de defesa, meio ambiente e outros setores”, diz.

Carlos Brito, coordenador do curso de Engenharia Aeroespacial da UFMA e chefe do projeto CubeSat Aldebaran-I, afirma que esse lançador previsto tem promessa de voo inaugural para 2025 e deve ser um marco para o programa nacional. “O projeto sinaliza a mudança de estratégia do Brasil para se adequar às transformações do mercado espacial mundial que ocorreram na última década”, explica. Para ele, a estratégia de buscar se inserir no novo mercado espacial é uma decisão acertada. “Os negócios feitos com pequenos satélites geraram uma receita de cerca de US$ 4 bilhões em 2020. Há previsões de que em 2031 essa receita aumente para até US$ 12,9 bilhões”, afirma.

É preciso estruturar Alcântara

Para que esse mercado se desenvolva, diz Brito, é preciso melhorar o entorno da base de Alcântara. “Apesar de estar preparado para receber essas empresas, há alguns desafios a serem trabalhados em conjunto e com determinação, como a logística para o município”, diz. Ele cita que a cidade precisa dar condições melhores de comércio para suprir as necessidades dos estrangeiros, sem que dependam da capital São Luís.

Com informações do Uol

Feira da FAS promove programação gratuita com cultura e ações ambientais

Essa edição da Feira da FAS ocorrerá em homenagem ao Dia dos Pais

Atrações culturais, 100 expositores, atividades com crianças, ações de cidadania e ainda um drive thru ambiental, onde as pessoas poderão deixar resíduos sólidos para o descarte correto, fazem parte da programação da Feira da FAS, que acontece hoje (7), das 8h às 19h, com entrada gratuita, na sede da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), no bairro Parque Dez.

Essa edição da Feira da FAS ocorrerá em homenagem ao Dia dos Pais e terá vários tipos presentes, expositores com artesanatos, colecionáveis, artigos de decoração, acessórios para cabelo, produtos de jardinagem e ainda opções gastronômicas no café da manhã, almoço, lanche da tarde e happy hour. O evento também promete novidades, com aproximadamente 70% de novos expositores nesta edição.

Pensando na conscientização ambiental, a FAS realizará a ação “Traga e doe o seu material reciclável”, por meio de um drive-thru ambiental. Os visitantes poderão deixar papéis, papelão, plástico, isopor e outros materiais, desde que minimamente higienizados, para o descarte correto no Ponto de Entrega Voluntário (PEV), localizado dentro da instituição.

Também terá uma atividade especial com a iniciativa “Eu Voto na Amazônia Viva”, promovida pela Fundação Amazônia Sustentável com apoio do Instituto Clima e Sociedade (ICs). A intenção é alertar os visitantes sobre a importância e urgência de votar em candidatos das Eleições de 2022 que prezem pela conservação do bioma. Com repercussão nos estados do Acre, Amazonas, Amapá e Maranhão, a ação tem dois eixos principais: o combate à desinformação e a importância do voto consciente para proteger a região. Saiba mais em euvotonaamazoniaviva.org.

Ainda na Feira da FAS acontecerá o projeto “Amazônia de Pé”, que visa coletar 500 mil assinaturas físicas para a elaboração de um Projeto de Lei de Iniciativa Popular. O objetivo é proteger os mais de 50 milhões de hectares de florestas que não possuem destinação, entregando os espaços para povos indígenas, quilombolas, pequenos produtores extrativistas e Unidades de Conservação (UCs). Os interessados em assinar a petição podem fazer por meio do formulário disponibilizado no site da campanha [amazoniadepe.org.br].

A programação cultural da Feira da FAS começa às 9h com a estudante de teatro, Mel Angeoles, animando as crianças com várias brincadeiras e pintura de rosto, no Espaço Kids. A partir das 13h, a cantora e compositora da cena musical contemporânea amazonense, Luli Braga, fará uma apresentação com voz e violão. Ela também mostrará algumas músicas do seu disco “Sinuose”, que possui 10 canções autorais.

Já às 15h terá o show do trio “All to All”, que é formado por Andryw, Eliel e Robert, e, às 17h, a cantora Márcia Novo começa a apresentação de encerramento da Feira da FAS com ritmos regionais e o estilo “sui generis”, que passeia entre o tribalismo indígena do Boi-Bumbá, tropicalismo dançante do brega e ritmos da fronteira caribenha.

“A conscientização, cultura, diálogo, economia criativa, empreendedorismo e educação ambiental estão presentes no DNA da Feira FAS. Esta edição é muito especial, porque evidencia, mais uma vez, a nossa preocupação com a Amazônia e todos que vivem nela”, afirmou a supervisora da Coordenadoria Cidades Sustentáveis da FAS, responsável pela realização da feira, Cristine Rescarolli.

Com informações da assessoria

Amazônia está mais quente, seca e já interfere no clima do planeta, mostram estudos

Setembro inicia com recorde de queimadas na Amazônia

Em 40 anos, a Amazônia ficou 1ºC mais quente e assistiu a uma redução no nível de chuvas de até 36% em algumas áreas. Os reflexos do desmatamento e do aquecimento global levam cientistas a suspeitar que a floresta deixou de absorver para emitir dióxido de carbono (CO2) — principal gás causador do efeito estufa. Mais do que isso até: eles têm a certeza de que hoje ela já afeta o clima global.

Pesquisadores de todo o país apresentaram novos dados e estudos sobre a Amazônia durante a reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), na semana passada, na UnB (Universidade de Brasília). Eles chamam atenção para a “bomba-relógio” que está sendo armada com o avanço da degradação florestal.

Os cientistas falam em tom de grande preocupação sobre as mudanças dos últimos anos registradas na Amazônia.

“O mundo inteiro já está sentindo o impacto, não é mais questão do futuro, isso é presente. Não há a menor dúvida”, afirma o pesquisador Paulo Artaxo, membro do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) e do programa de mudanças climáticas do INCT (Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia).

Artaxo é um dos nomes mais respeitados da ciência do clima no mundo e cita que os estudos apresentados nos últimos três anos atribuíram um papel novo à degradação florestal como responsável por emissões de CO2.

“Sempre associamos a emissão com desmatamentos e queimadas. Mas, na verdade, a floresta — por causa da temperatura excessiva e da redução da precipitação — está sofrendo um processo de degradação. Ela é responsável, em algumas partes, por grandes emissões de CO2 para a atmosfera”, diz Artaxo, que também coordena o Programa Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) de Mudanças Climáticas Globais.

Já há, inclusive, uma notória redução no ciclo das chuvas na Amazônia, vital para manter um ecossistema de floresta tropical vivo. “Essa é uma questão estratégica e impacta não só a Amazônia. O fluxo de vapor d’água que sai dela irriga o agronegócio no Brasil central.”

Segundo ele, com a Amazônia emitindo menos vapor de água para o meio ambiente global, o ciclo hidrológico de regiões em todo o planeta é afetado. “Com isso nós agravamos o aquecimento global”, define.

Para reduzir essa degradação, é preciso zerar o desmatamento o mais rápido possível e fazer com que os países desenvolvidos deixem de queimar petróleo e gás natural. Isso está levando ao aumento muito expressivo da temperatura, que é o motor principal da degradação florestal na Amazônia”, alerta Paulo Artaxo.

Até 2,5º C mais quente

A química e pesquisadora Luciana Vanni Gatti concorda e diz que, nos últimos 40 anos, percebeu um aumento preocupante da temperatura no bioma. Coordenadora do Laboratório de Gases do Efeito Estufa do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), ela estuda a Amazônia desde 1999.

A pesquisadora diz que a temperatura média subiu 1ºC, mas esse valor não é homogêneo. Por exemplo: houve uma alta de 0,8ºC nos meses de chuva, no início do ano; e de 1,4ºC entre agosto e outubro, no pico das queimadas.

Apesar de 1ºC ser um índice similar ao aquecimento médio do planeta, Gatti explica que esse número é particularmente ruim para a floresta. “A gente fala de média porque o aquecimento não é homogêneo. Ele é maior nos polos e menor no Equador. Nos polos, o aumento está entre 2ºC e 2,5ºC. Ou seja, a Amazônia deveria estar então com 0,5ºC ou 0,6ºC a mais. A coisa não está boa.”

Segundo o IPCC, os últimos sete anos foram os mais quentes já medidos no planeta.

Gatti fez um estudo dividindo a Amazônia em quatro áreas e percebeu que, onde há mais desmatamento, há mais aquecimento. Um exemplo está na região nordeste do bioma, que tem um desmatamento médio medido de 37% (a média total da Amazônia é de 20%). Entre agosto e outubro, a região teve uma alta de temperatura média de 2,5ºC. “Por conta desse processo de desmatamento, as chuvas estão se tornando menos intensas, especialmente no período seco. No nordeste da Amazônia, a gente perdeu 11% de chuva na estação chuvosa e 34% na seca. Isso significa 34% em 40 anos”, afirma.

Para ela, isso coloca em risco a existência da Amazônia como a conhecemos. “Estamos falando de uma floresta tropical úmida. Como é que podem as árvores ficarem com menos de 50 mm de chuva na estação seca? E essa estação não dura mais três meses, dura cinco. Quando chegar a seis meses, acabou. Não tem árvore tropical que aguente tanto tempo de extrema falta de água”, diz.

Ela explica que a falta de chuva ocorre porque as árvores são responsáveis por 35% a 40% da reciclagem da água. Sem elas, o processo de evapotranspiração fica prejudicado.

“As árvores fazem parte do mecanismo de produção de chuva, então a região que perdeu mais árvores é a que tem a maior redução da evapotranspiração, e o impacto é maior na estação seca”, afirma. Como a floresta não é homogênea, há lugares com mais rios e menos desmatamento do que outros, por isso os resultados encontrados foram diferentes em áreas da Amazônia.

A falta de chuvas fica ainda mais evidente no período de seca, que é quando diminui a umidade vinda do oceano. “Com menos umidade, depende-se mais da evapotranspiração para chover. É no período em que mais se precisa de chuva que está se perdendo chuva. Estamos plantando uma catástrofe no Brasil porque estamos em um momento em que a economia focou no agronegócio.”

Bacia amazônica degradada

Em julho deste ano, um estudo publicado na revista “Frontiers in Earth Science” apontou que a Bacia do Rio Amazonas —que desempenha um papel essencial na regulação do clima global— enfrenta um aumento das condições de seca e degradação.

Segundo os pesquisadores, 757 mil km² (ou 12,67% da bacia) tiveram terras degradadas em duas décadas. Isso, dizem os cientistas, levou a uma “tendência de queda na dinâmica da produtividade da terra seguida pela tendência combinada de queda na produtividade da terra”.

Para Humberto Barbosa, coordenador do Lapis (Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites), da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), e um dos pesquisadores do artigo, as temperaturas mais altas têm aumentado o número de ocorrências e a intensidade das secas.

“A magnitude de perda de floresta e sua degradação levam a Amazônia a um ponto de inflexão. Isso prejudica o processo de reciclagem das chuvas, que reabastece o suprimento de água. O resultado é que a Amazônia já começou a sofrer secas e a transformar floresta em áreas degradadas”, diz.

No artigo publicado, os pesquisadores alertam que as estações secas mais longas estão minando a capacidade de a floresta amazônica se recuperar de estiagens sucessivas. “Pior ainda: as evidências do IPCC sugerem que entre 3°C e 4°C de aquecimento será um ponto de inflexão para a Amazônia, e grandes partes da floresta tropical podem mudar para um estado semelhante à savana, com capacidade muito menor de armazenar carbono e apoiar a vida selvagem”, afirma.

Para Paulo Barni, professor da UERR (Universidade Estadual de Roraima), diante do cenário atual, é importante olhar para áreas ainda mais preservadas da Amazônia, como em Roraima, e limitar o avanço do desmatamento para evitar mudanças mais severas no clima. “Nosso estado se encontra também no hemisfério Norte do planeta, então temos questões inversas do que se observa na maioria da Amazônia”, ressalta ele, que é doutor em clima e ambiente em parceria do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) com a UEA (Universidade Estadual do Amazonas).

Nessa região próxima do Equador, o efeito climático não está tão evidente como aqueles que já são detectáveis ao longo do arco do desmatamento, que fica no sul da Amazônia, pegando Acre, Rondônia, norte de Mato Grosso, sul do Pará e indo até o Maranhão”, explica o professor Barni.

Com informações do Uol

Desfile de moda movimenta Shopping Phelippe Daou com música e sorteio de brindes

Foto - Gildo Smith / Semacc

Com a proximidade do Dia dos Pais, os lojistas do shopping Phelippe Daou realizaram ontem (6), um desfile de moda com direito a sorteio de brindes e serviços básicos de saúde para quem visitou o espaço. A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc), apoiou o evento.

O objetivo, segundo o diretor do Comércio Informal da secretaria, Roberto Bezerra, foi divulgar o centro de compras, atrair o público e fomentar as vendas para o Dia dos Pais. “Tivemos desfile de moda, show musical, ações de saúde e ainda sorteio de brindes, mas por todo o mês de agosto os lojistas seguem com muitas promoções por conta do Dia dos Pais. O cliente que compra a partir de R$ 25 já ganha um cupom e concorre a valiosos prêmios no dia 20 de agosto”, explicou.

Quem foi fazer suas compras na manhã de ontem também aproveitou para checar a pressão arterial e medir a taxa de glicose. A dona de casa Diana Evangelista ouviu atentamente as orientações dos técnicos de enfermagem sobre os cuidados com a pressão arterial.

“A minha mãe tinha problema de pressão alta e eu, sempre que posso, aproveito para medir a minha e ouvir todas as orientações. A gente precisa cuidar da saúde, ainda mais quando é assim, de graça. Eu só tenho a agradecer à Prefeitura de Manaus por essa oportunidade”, destacou a dona de casa.

Para os lojistas, todas as promoções realizadas nos centros de compras são uma oportunidade a mais para atrair clientes e girar a economia.

“Quanto mais pessoas circulando dentro do shopping, é muito melhor. As possibilidades são grandes de a gente fazer vendas né, não só eu, mas todos os lojistas que aqui trabalham, por isso agradeço ao secretário Wanderson Costa, que tem olhado por nós aqui nas galerias e no shopping Phelippe Daou e quero agradecer também ao prefeito David Almeida, porque eu acredito que a cada dia o trabalho dele vai ficar muito melhor e isso é muito bom para nós, também”, explicou a permissionária Rosiane Rodrigues, que vende roupas infantis no shopping popular da zona leste.

O desfile de moda foi uma promoção dos lojistas do centro de compras que sortearam vários brindes, por meio das redes sociais. Os modelos foram os próprios filhos dos permissionários do local. O Gledson Assunção, que visitava o shopping no momento do desfile, aprovou a iniciativa.

“É muito importante para o espaço, eu estou aqui visitando e me deparo com esse tipo de evento, é muito bom para economia do shopping, a movimentação, para os lojistas e para o visitante que vem, porque é um shopping completo, tem de tudo aqui e o atendimento é muito bom também. Eu gostei”, disse o visitante.

Sobre o shopping

O shopping Phelippe Daou, inaugurado em 2016, abriga cerca de 500 permissionários vendendo produtos variados. O local também é um grande centro de serviços públicos como o Pronto Atendimento ao Cidadão (PAC) Municipal, o Sine Manaus, o programa “Leite do Meu Filho”, Sinetran, Manaus Atende, Defensoria Pública, Posto de Vacinação, além de um posto do Bradesco. Possui praça de alimentação e estacionamento gratuito e em breve uma agência dos Correios vai ser instalada no espaço. O local funciona de segunda-feira a sábado, das 8h às 18h.

Com informações da Semacc

‘Representei a força e a garra do povo do Amazonas’, diz manauara eleita Miss Brasil Mundo

Amazonense, Letícia Frota é Miss Brasil Mundo (Foto: Ricardo Siviero)

Letícia Frota foi a primeira amazonense a vencer o Miss Brasil Mundo.

A modelo amazonense Letícia Frota, de 19 anos, eleita a 62ª Miss Brasil Mundo, afirmou em entrevista à Rede Amazônica, ontem (5), que a conquista do prêmio sempre foi um sonho e que representou o povo amazonense. Foi a primeira vez que uma postulante do Amazonas é coroada na história do concurso.

“Essa conquista era um propósito e um objetivo que eu tinha dentro do meu coração, e eu tô muito feliz por ter vindo competir e estar voltando ao Amazonas com esse título, com essa coroa, representando a força e a garra de todo o povo amazonense. Então é um orgulho para mim e para todos que são do meu estado”, disse a modelo.

Natural de Manaus, Letícia é estudante de Psicologia, modelo e digital influencer. Há cerca de dois meses, ela voltou de um intercâmbio cultural no Canadá, onde foi aprimorar a fluência em inglês.

A amazonense passa agora a ser embaixadora da luta contra a hanseníase no país, a principal causa social abraçada pelo concurso, em parceria com o Morhan, Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase.

A doença é um grave problema de saúde pública, e a plataforma do Miss Brasil Mundo dá espaço ao seu combate há 10 anos. O Brasil, atualmente, está em segundo lugar em registros de incidência da doença, que é uma das mais antigas no mundo.

Com informações do G1-AM

SES-AM realizou hoje mutirão de consultas especializadas na zona leste de Manaus

As ações são realizadas aos sábados em diferentes bairros de Manaus

População tem acesso à vacinação contra a Covid-19 e Influenza, além de exames de imagem

O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), levou hoje (6) atendimento especializado à população da zona leste de Manaus. A ação do programa Governo Presente aconteceu na Policlínica Zeno Lanzini.

No local foram oferecidas consultas e procedimentos aos pacientes agendados por meio do Sistema Nacional de Regulação (Sisreg). O atendimento acontece das 8h às 16h, na policlínica, localizada na avenida Autaz Mirim, no bairro Tancredo Neves, na zona leste.

A secretária executiva adjunta de Urgência e Emergência, Neylane Macedo, explica que o atendimento é realizado com pacientes regulados, que já aguardam por uma consulta ou exames via Sistema de Regulação.

“São pacientes regulados, que estão na fila do Sisreg aguardando o agendamento da consulta, então entramos em contato com esse paciente, pelo nosso call center, e solicitamos que ele venha até o local onde está ocorrendo a ação para que ele possa receber o serviço”, explicou.

Entre as especialidades médicas ofertadas para atendimento estão dermatologia, urologia, oftalmologia, psiquiatria, proctologia, além da realização de ecocardiogramas e exames como ultrassonografia da tireoide, transvaginal, mamografia e abdome total, serviços que são as principais demandas da população dessa zona da capital.

A secretária ressalta que as ações de saúde do programa Governo Presente são pensadas para ficar mais próximo da população, principalmente das zonas onde tem uma grande demanda por serviços de saúde.

“Nós temos realizado as ações aos sábados, em diferentes pontos, geralmente definimos os locais onde o acesso é mais facilitado, no caso de hoje, temos diversos ônibus que transitam pela região”, disse a secretária.

Para intensificar as ações de vacinação, técnicos da SES-AM e da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) atuaram no suporte à imunização da população, com a aplicação da 1ª, 2ª, 3ª e 4ª doses de vacina contra a Covid-19, incluindo a vacina pediátrica para crianças de 5 a 11 anos, além da vacinação contra Influenza para população geral.

Esta é a quarta edição do mutirão de saúde nas policlínicas do Estado, que possui uma média de 200 atendimentos por dia. A ação dá continuidade às atividades do programa Governo Presente, que leva ações de cidadania, saúde, segurança e outros serviços gratuitos para a população.

Elon Musk diz que ainda pode seguir com compra se o Twitter fornecer informações

Foto: Forbes

Em julho, o bilionário tinha desistido de comprar a plataforma por R$ 44 bilhões

O empresário Elon Musk disse hoje (6), que se o Twitter puder fornecer informações sobre seu método de amostragem de contas e como confirma quais são reais e quais são robôs, o acordo de compra da plataforma por US$ 44 bilhões será realizado nos termos originais.

“Porém, se descobrir que seus registros na SEC são materialmente falsos, então (o acordo) não deverá (prosseguir)”, afirmou Musk pelo Twitter, se referindo ao equivalente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nos Estados Unidos.

Em resposta a um usuário do Twitter que perguntou se a SEC estava investigando “alegações duvidosas” da plataforma, o bilionário questionou: “Boa pergunta. Por que não estão?”

O Twitter está processando Elon Musk depois que ele desistiu de comprar a plataforma por US$ 44 bilhões, em julho deste ano. O bilionário disse que a rede social verifica só 100 contas por dia ao tentar calcular o número de robôs no serviço.

A plataforma diz que “Musk se recusa a honrar suas obrigações para com o Twitter e seus acionistas porque o acordo que ele assinou não serve mais aos seus interesses pessoais”.

Com informações do Terra

PF faz operação no Vale do Javari e prende suspeitos de ocultar corpos de Dom e Bruno

A Polícia Federal fez uma operação hoje (6) contra pesca ilegal na região do Vale do Javari e cumpriu sete mandados de prisão preventiva

Sete pessoas foram presas, das quais três são familiares de Amarildo Oliveira, o Pelado, suspeitos de ajudar a esconder os corpos do indigenista e do jornalista

A Polícia Federal fez uma operação hoje (6) contra pesca ilegal na região do Vale do Javari e cumpriu sete mandados de prisão preventiva, expedidos pela Justiça Federal. Entre os presos estão três pessoas suspeitas de participação na ocultação dos corpos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, assassinados em 5 de junho na região.

Os alvos da operação são integrantes de um grupo que atua com pesca ilegal na terra indígena Vale do Javari e nas imediações.

Segundo a PF, eles são ligados a Amarildo Oliveira, o Pelado, denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal) por ter participado do assassinato de Bruno e Dom, e a Ruben Villar, o Colômbia, investigado por participação em esquema de pesca na região.

Pelado e Colômbia estão presos preventivamente em Manaus. O primeiro, pela participação no duplo homicídio. O segundo, por uso de documentos falsos – Colômbia tem documentos de identificação do Brasil, do Peru e da Colômbia.

Em nota, a PF no Amazonas disse ter conseguido identificar a real identidade de Colômbia: ele se chama Ruben Dario da Silva Villar e é colombiano. “A PF identificou fortes indícios de que Colômbia seria líder e financiador de uma associação criminosa armada dedicada à prática da pesca ilegal na região do Vale do Javari, responsável por comercializar grande quantidade de pescado que era exportado para países vizinhos”, afirmou a polícia.

Dos sete mandados de prisão, dois são contra Pelado e Colômbia. Houve ainda o cumprimento de dez mandados de busca e apreensão. “Todos estão sendo investigados por se associarem a Colômbia visando a realização de pesca ilegal na região”, disse a PF. “As investigações prosseguem para o cabal esclarecimento do caso.”

No último dia 21, o MPF denunciou três pessoas pelo assassinato de Bruno e Dom. A denúncia foi recebida pela Justiça Federal em Tabatinga (AM), o que fez com que os três envolvidos se tornassem réus.

Foram denunciados sob acusação de duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver Pelado; Oseney de Oliveira, o Dos Santos, irmão de Pelado; e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha, casado com uma parente dos dois.

Outras cinco pessoas –todas elas familiares de Pelado e Dos Santos– são suspeitas de participação na ocultação dos cadáveres do indigenista e do jornalista.

Bruno e Dom foram assassinados no começo da manhã de 5 de junho. Os corpos só foram encontrados dez dias depois, em uma das margens do rio Itaquaí, nas proximidades da comunidade onde moravam dois dos três denunciados.

O MPF argumentou que Amarildo e Jefferson confessaram os crimes. A participação de Oseney, por sua vez, foi comprovada por depoimentos de testemunhas, segundo o MPF. O órgão afirmou ainda que já havia registro de desentendimentos entre Bruno e Amarildo por pesca ilegal no território indígena.

“O que motivou os assassinatos foi o fato de Bruno ter pedido para Dom fotografar o barco dos acusados, o que é classificado pelo MPF como motivo fútil e pode agravar a pena”, disse a Procuradoria.

As investigações da PF prosseguiram após a denúncia. Os policiais tentam desvendar o “nível de ódio”, nas palavras dos investigadores, que levou pescadores da região do Vale do Javari a executarem as duas vítimas.

A investigação tenta descobrir se houve uma organização prévia do crime, inclusive com participação de diversos integrantes da mesma família, ou se a decisão de assassinar Bruno e Dom teve um aspecto repentino, a partir do momento em que se soube que os dois estavam transitando pelo rio Itaquaí, na região do Vale do Javari, rumo a Atalaia do Norte (AM).

O esclarecimento da motivação com mais objetividade pode ser decisivo para o apontamento da existência ou não de um mandante dos crimes, segundo investigadores.

Colômbia comercializava pescados com Pelado e alimentava a pesca ilegal na região do Vale do Javari, segundo a PF. Uma hipótese investigada é que ele possa ser mandante dos crimes.

Procurada pela reportagem, a defesa dos acusados disse que ainda busca informações sobre a operação da PF e sobre as prisões efetuadas.

Com informações da Folha de S.Paulo

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