Ivete se dá bem na Globo enquanto a lista de dispensados aumenta. (Imagem: Divulgação)

A partir do dia 24, Ivete Sangalo passa a fazer parte do seleto time de apresentadores com programa próprio aos domingos. O ‘Pipoca da Ivete’ vai ao ar à tarde, em horário ainda não divulgado.

Será em esquema de temporada, assim como a outra atração semanal comandada pela cantora, o ‘The Masked Singer Brasil’, com a terceira edição prevista para começar em janeiro de 2023.

O momento glorioso da estrela na Globo contrasta com a onda aparentemente interminável de dispensas de apresentadores antigos na emissora, que não tiveram o contrato renovado.

A lista inclui profissionais com 20, 30 anos de casa. Entre eles, Angélica, Cissa Guimarães, André Marques e Ana Furtado. Alguns estavam no ar, outros aguardavam um novo projeto.

A ascensão de Ivete diante da saída de tantos talentos gera um questionamento: por que a direção da Globo prefere apostar tanto na rainha do axé e abre mão de veteranos com vasta experiência em TV?

O motivo principal chama-se faturamento. A cantora é um dos nomes mais fortes da publicidade brasileira. Tornou-se uma espécie de Midas. Impulsiona as vendas de tudo o que anuncia em comerciais.

Chega a protagonizar duas, três grandes campanhas de diferentes produtos ao mesmo tempo na mídia. Comunica-se bem com todas as camadas de consumidores, da elite econômica aos assalariados de baixa renda.

Ivete é um ímã de dinheiro para a Globo. Atrai uma fila de anunciantes ávidos por associar sua marca à performance dela na televisão. Facilita bastante a vida do departamento comercial da emissora.

Uma das artistas mais conhecidas do País, a cantora possui ampla aceitação nas mais diversas faixas etárias e rejeição quase zero. Virou um trunfo para o canal atrair os jovens, perfil pouco interessado na TV aberta e, ao mesmo tempo, essencial para a sobrevivência do veículo.

Por essas razões, Veveta passou na frente de apresentadores mantidos na ‘geladeira’ da Globo, como a ótima Fernanda Gentil, e já tem sido apontada internamente como provável sucessora de Luciano Huck no ‘Domingão’.

Seu status é tão grande que ganhou um especial em comemoração aos seus 50 anos no horário nobre, em maio. Uma honraria que poucos famosos tiveram em quase 7 décadas de existência da Globo.

A carreira de apresentadora de Ivete começou em 1998, quando ela cobriu a licença-maternidade de Xuxa. De 2004 a 2009, esteve à frente dos especiais ‘Estação Globo’, nas tardes de domingo.

Outro destaque foi como técnica no ‘The Voice Kids’ e ‘The Voice Brasil’. Como atriz, fez inúmeros trabalhos. O melhor desempenho aconteceu no remake de ‘Gabriela’ (2012), na pele da dona de bordel Maria Machadão.

Antes de virar uma global, ela já desejava construir uma carreira diante das câmeras. “A minha história na música me levou nos braços para a televisão”, disse em comunicado à imprensa, no lançamento do ‘Pipoca’. “A TV passou a ser também minha casa, uma morada artística.”

*Com R7