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No lugar do Foo Fighters, o Lollapalooza recebeu neste domingo (27) um mini festival de rap, uma apresentação do Planet Hemp e um pocket show do Ego Kill Talent. Essas foram as atrações escaladas de última hora para substituir a banda principal da noite, impossibilitada de tocar após a morte do baterista Taylor Hawkins na sexta-feira (25).

Antes da música ao vivo, Perry Farrell apareceu no telão para falar de Taylor. O vocalista do Jane’s Addiction e criador do festival falou acompanhado da esposa, a cantora Etty Lau Pharrell.

Na primeira parte do show, Emicida e Rael receberam convidados no palco. Foi como um mini festival de rap dentro do Lollapalooza. Criolo abriu os trabalhos cantando “Não existe amor em SP” e “Convoque seu Buda”. Depois dele, as rappers Bivolt e Drik Barbosa passaram pelo palco.

“Eu nasci e cresci nessa região da Zona Sul. A gente cantava para 50 pessoas, 100 pessoas e quantas pessoas tem aqui? 40 mil? Nada mal para um maloqueiro, né?”, disse Rael, antes de cantar “O hip Hop é foda”.

Mano Brown veio na sequência em uma versão de “O céu é o limite”, que teve versos improvisados sobre a importância de tirar o título de eleitor. O tema permeou todo o show, com expressões como “A eleição é que decide” e “É na urna, parça” ditas por quase todos os convidados e convidadas.

Ice Blue e Djonga, que tinha se apresentado mais cedo no festival, também fizeram parte do time dos anfitriões Emicida e Rael.

Planet Hemp faz público pular com ‘Dig Dig Dig’

O Planet Hemp foi pela segunda vez escalado pelo Lollapalooza para substituir uma atração internacional. Em 2016, eles foram chamados para o lugar de Snoop Dogg, devido a “imprevistos de ordem pessoal”.

D2 e Bnegão dividiram os vocais com Criolo em “Disritmia”, música que escala no novo álbum do Planet previsto para ser lançado em setembro.

“O cara falou que a gente não pode falar de política, mas a gente pode homenagear o festival: ‘olê, olê, olá, Lolla, Lolla'”, ironizou D2. Ele repetiu o apelido do festival de uma forma que parecia que estava falando do ex-presidente Lula.

O show teve ainda umas “rodas punk gigantes” ao som das músicas mais hardcores do setlist, incluindo uma cober de “Crise Geral”, do Ratos de Porão.

O resto do repertório foi direto ao assunto, com músicas como “Dig Dig Dig”, “Queimando tudo” e outras dos quase 30 anos de banda. Elas foram bem recebidas, mas com abaixo da que se espera de uma atração principal de festival.
Emicida ainda voltou ao palco para improvisos e uma homenagem para Marielle Franco, vereadora morta em 2018. A imagem dela apareceu no telão e D2 gritou “Marielle”, para que a plateia respondesse “Presente”.

Também morto em 2018, o funkeiro Mister Catra foi outro homenageado, com foto dele aparecendo no telão. Bnegão falou do cantor e pediu que o público acendesse isqueiros para celebrar Catra. Um pocket show do Ego Kill Talent com músicas do Foo Fighters encerrou a noite.

Com informações do g1