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Mostra de Grupos Operacionais da Guarda Municipal é realizada na Ponta Negra

Foto – João Viana / Semcom

O prefeito de Manaus, David Almeida, participou da 1ª Mostra dos Grupos Operacionais da Guarda Municipal, realizada na manhã de hoje (17), no complexo turístico Ponta Negra, pela Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg).

O evento teve o objetivo de aproximar a população manauara da pasta, divulgar a 2ª Corrida da Guarda Municipal e apresentar as novas atribuições da guarda.

“Uma exposição no dia de hoje, em que nós estamos fazendo um convite para a população participar da Corrida da Guarda Municipal no próximo dia 7 de agosto. Uma corrida de 5 quilômetros e 10 quilômetros e a gente convida o povo esportista e desportista da nossa cidade a participar desse evento”, enfatizou o chefe do Executivo municipal.

A Guarda Municipal tem sido público-alvo de uma programação mensal de cursos realizados em parceria com a Escola de Serviço Público Municipal e Inclusão Socioeducacional (Espi), para “Atualização de Procedimentos Operacionais”, com o objetivo de reforçar a segurança em pontos estratégicos da cidade e garantir qualificação para melhor atuação.

O secretário da Semseg, Sérgio Fontes, enfatizou o trabalho que tem sido realizado pelos agentes municipais em prol da população, e também divulgou a 2ª Corrida de Aniversário da Guarda Municipal, que este ano celebra 73 anos de história.

“Nós estamos fazendo a chamada para a nossa corrida do dia 7 de agosto. A Guarda Municipal de Manaus está fazendo 73 anos e sob coordenação e orientação do nosso prefeito, ela vive uma nova fase. Estamos entrando na questão do armamento letal e mudando a maneira de atuar da Guarda. Então, para comemorar o aniversário da Guarda, convidamos toda a população a participar da nossa corrida festiva”, destacou Fontes.

A guarda municipal Karen Priscila Monteiro, não conteve a alegria ao falar da valorização profissional que a guarda tem vivenciado nessa gestão municipal, algo inédito e aguardado durante os 73 anos da existência dessa pasta na Prefeitura de Manaus.

“A felicidade não tem como se esconder, apesar dos 73 anos, antes tarde do que nunca sermos reconhecidos e a Guarda Municipal com essa valorização toda, com certeza vamos desempenhar um trabalho melhor para a nossa população”, salientou Priscila.

Gestão Integrada

Além das exposições dos grupos de operação, houve uma ação do Fundo Manaus Solidária (FMS) com serviços gratuitos de aferição de pressão arterial, consultas nutricionais, atendimento em saúde bucal, além da exposição e venda de artesanatos, realizados pela população em outras atividades do fundo.

O presidente do FMS, Emerson da Silva Castro, esteve presente durante a ação, prestigiando a Guarda Municipal e comentou a respeito da parceria.

“Hoje, estamos realizando aqui, em participação também com a Guarda Municipal, alguns serviços de saúde, como a aferição de pressão, entre outros, e alguns artesanatos sendo vendidos, do qual foram produzidos em outras ações”, comentou o presidente do FMS.

Corrida

A 2ª edição da “Corrida da GM” será no dia 7 de agosto, com saída às 7h30 e chegada no complexo turístico Ponta Negra. Terá os percursos de 5 e 10 quilômetros. A inscrição será aberta a todos e custará R$ 70, mais um quilo de alimento não perecível, com medalha inclusa, e haverá premiação em dinheiro para os primeiros colocados, além de troféu.

Os alimentos recolhidos por doação no dia da corrida serão entregues ao Fundo Manaus Solidária e doados às instituições escolhidas e divulgadas nas redes sociais do FMS.

As inscrições estão disponíveis no endereço https://www.ticketsports.com.br/Evento/33963/II-CORRIDA-E-CAMINHADA-SOLIDARIA-DA-GUARDA-MUNICIPAL-2022

Com informações da Semseg

Hoje é o Dia Mundial do Emoji, uma das mais criativas formas de comunicação do século

O emojis saíram do mundo virtual e já fazem parte da decoração, de objetos pessoais e de roupas do nosso dia-a-dia

A data, 17 de julho, não foi escolhida por acaso. É justamente esse o dia que aparece no emoji de “calendário” no iOS. A Apple escolheu mostrar esta data na figurinha porque foi neste dia, em 2002, que o aplicativo de calendário iCal foi lançado no macOS.

E curiosidades sobre os emojis é o que não faltam. Você sabia, por exemplo, que um pacote com mais de 170 carinhas foi incluído no acervo do Museu de Arte Moderna de Nova York? Pois bem, isso é verdade e aconteceu há quase seis anos.

De lá para cá, a presença desses ícones na nossa vida só cresceu. Eles deixaram de ser usados exclusivamente nas conversas e postagens da internet e viraram estampas de camisetas, cadernos, acessórios de cozinha e itens de decoração.

Público elege melhor carinha

O sucesso das carinhas é tão grande que a Emojipedia está realizando a votação do World Emoji Awards 2022, um prêmio que irá revelar qual novo emoji é o mais popular na internet, qual representa melhor o momento atual e qual desenho que os usuários estão mais ansiosos para usar.

O World Emoji Awards ainda está recebendo votos para decidir a carinha que melhor resume o ano até agora e qual é a mais esperada. O resultado será divulgado no perfil no Twitter do World Emoji Awards.

Da Redação

Boninho depende do sucesso do programa de Ivete para não ser demitido da Globo

Boninho não vive seus melhores dias na Globo e tem emprego ameaçado (Foto: Divulgação / Globo)

Executivos da emissora fizeram um levantamento e concluíram que o diretor colecionou fracassos nos últimos anos

Os dias de glória de J.B. de Oliveira, o Boninho, na Globo estão ameaçados. Se antes tinha total autonomia para tomar decisões na linha de entretenimento e realities, agora o cenário está bem diferente. Ele está no olho do furacão por conta do fracasso de diversos projetos que levaram sua assinatura. Agora o ex-todo-poderoso depende do sucesso do programa de Ivete Sangalo para acalmar os ânimos da alta cúpula da emissora e não ser demitido.

Desde fevereiro a coluna tem recebido informações sobre o descontentamento dos executivos da Globo com o trabalho de Boninho. Foi feito um levantamento sobre os projetos lançados nos últimos cinco anos e a quantidade de programas mal-sucedidos encabeçados pelo diretor acendeu o alerta vermelho na casa. Até o Big Brother Brasil passou a ser visto como um problema.

E todos estes fracassos são vistos como prejuízos para a Globo. Por mais que cotas de patrocínios milionários tenham sido vendidas para estes programas, a repercussão negativa e as baixas audiências trouxeram diversas dores de cabeça à emissora.

No pacote de programas desenvolvidos por Boninho e que fracassaram em audiência estão: Popstar (2017-2019), Tá Brincando (2019), Tamanho Familia (2019-2020), SóTocaTop (2019-2020), Mestre do Sabor (2019-2021), Simples Assim (2020), Casa Kalimann (2021), Zig Zag Arena (2021) e No Limite. O BBB22 também entra no pacote.

Até mesmo os três formatos do The Voice que estão na grade da emissora já não são vistos com a mesma empolgação de antes pelos executivos da Globo. Atualmente, os únicos programas sob o guarda-chuva de Boninho que são bem avaliados são o Caldeirão com Mion e o Domingão com Huck (neste programa, sua participação criativa é praticamente nula).

Outra prova de que o posto de Boninho está ameaçado é a promoção de Raoni Carneiro ao time da diretoria de gênero dos Estúdios Globo. A emissora simplesmente criou um novo cargo, o de diretor de gênero de Variedades dos canais pagos que pertencem à Globo. Ou seja, ele é hoje o “Boninho” do Multishow, do GNT, do Viva, e de mais outros 12 canais. E ao contrário do Boninho da TV aberta, seus trabalhos têm sido muito bem avaliados.

Mais um aviso de que a Globo está descontente com Boninho é a contratação de Miguel Vala Leitão, coordenador e editor-chefe do Big Brother em Portugal. Ainda não foi revelado o cargo que ele ocupará na emissora da família Marinho, mas sabe-se que a especialidade do novo funcionário é reality show. Lá na TVI, seu trabalho é muito elogiado, principalmente por ter conseguido transformar o Big Brother local em um fenômeno de audiência e de repercussão internacional, agradando até mesmo o público brasileiro.

Assim como noticiou o jornalista Alessandro Lobianco, a demissão de Ana Furtado também mostra o enfraquecimento de Boninho na Globo. E podemos colocar neste pacote Andre Marques, um de seus melhores amigos e bastante protegido pelo diretor nos últimos anos.

No primeiro comunicado da emissora sobre as mudanças no time do É De Casa, foi dito que ambos seriam direcionados a novos projetos, previstos para o segundo semestre. Boninho tentou encontrar diversos caminhos para salvá-los da demissão, principalmente sua mulher, mas todas as ideias sugeridas foram reprovadas.

O que a Globo não disse com todas as letras para Boninho é que o Pipoca da Ivete é sua última chance. Mas de fato é. E ele sabe disso. Tanto que em junho ele foi jantar na casa do dono de uma emissora concorrente da Globo e teve um papo muito animador sobre trabalho. Essa história eu vou contar melhor em outro texto.

A coluna procurou a Globo para comentar sobre a situação do chefão dos realities e a resposta foi a seguinte: “Boninho segue contratado da Globo. E não divulgamos detalhes de contrato, tampouco comentamos especulações”. Fortes emoções estão por vir.

Com informações do IG

Menino gabarita prova para Aeronáutica e passa no vestibular para Medicina aos 14 anos

Caio Temponi, de 14 anos, acumula aprovações em vestibulares e medalhas em olimpíadas de Matemática e Português (Foto: Arquivo pessoal)

Mãe de Caio Temponi diz que percebeu que o filho era superdotado quando, aos três anos, ele teria decorado a tabuada em um dia

Você lembra o que estava fazendo com 12 anos de idade? O cearense Caio Temponi, por exemplo, pode se orgulhar de ter gabaritado a prova da Escola Preparatória de Cadetes do Ar em Barbacena (MG), da Aeronáutica.

A mãe do adolescente, a dona de casa Laurismara Temponi, garante que ele foi o mais novo da história a conseguir tal feito, mas a Força Aérea Brasileira não confirma a informação. Por outro lado, Caio acumula conquistas que impressionam: melhor colocação no vestibular para Administração, na Universidade Estadual do Ceará (UECE); para Direito, na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); e para Engenharia Civil, na Universidade Federal do Cariri (UFCA).

Caio também já alcançou a 22ª colocação no vestibular para Medicina pela Universidade de Fortaleza (Unifor). Hoje com 14 anos, o estudante, que sonha em ser médico ou juiz, está matriculado no 2º ano do Ensino Médio e acompanha as aulas do 3º ano em uma escola de Fortaleza (CE), já que pulou pelo menos três séries enquanto estava no Fundamental.

A família de Caio ainda pensa além. Segundo conta à reportagem do Terra, Laurismara Temponi pretende conseguir na Justiça que Caio conclua o Ensino Médio ainda este ano, para que possa ingressar na faculdade já em 2023.

Apesar dos planos, tanto avanço para um menino que mal chegou à adolescência preocupa os pais. Eles garantem que todo o processo de aprendizagem e desenvolvimento de Caio é acompanhado por neuropsicólogos e outros especialistas.

“A gente fica com receio, porque são ambientes totalmente diferentes [escola e faculdade]. Vamos esperar o momento certo, que ele queira ir, mas também vamos fazer avaliação para ver se ele tem a maturidade. Vamos colocar na balança se está na hora certa”, garante a mãe.

Avançado desde a infância

Tanto talento para os estudos nas mais diversas áreas de conhecimento não surgiram de repente. Laurismara conta que percebeu que o filho aprendia com facilidade e rapidez ainda na infância, quando, aos três anos, o menino teria decorado toda a tabuada em apenas um dia. “Nos pegou de surpresa”, relembra a mãe.

Não é à toa que Caio é medalhista de Ouro nas Olimpíadas de Mayo Nível 1 (até 13 anos), competição anual de matemática entre alunos do ensino fundamental e ensino médio, assim como na Olimpíada de Matemática Online em Português, competição que reúne estudantes de língua portuguesa e espanhola.

Mais uma vez, ele gabaritou a prova

O impacto do avanço de Caio em relação às crianças da mesma idade foi sentido com mais intensidade no primeiro ano da pré-escola. “Lembro de ir buscá-lo no último dia letivo daquele ano e os alunos com as camisetas rabiscadas, com as assinaturas deles. Comentei com outra mãe que aquilo era uma gracinha, mas ela me falou: ‘Você tá de brincadeira? Foi o Caio que escreveu em todas as camisas. As crianças ainda estão aprendendo as letrinhas'”, conta.

“Quando percebemos que ele era mais avançado que a turma, começamos a dar auxílio a ele, com livros mais avançados e outros conteúdos”, explica a mãe. Segundo ela, o estudo em casa possibilitou que Caio pulasse o 1º, 3º e 8º anos do Ensino Fundamental, uma vez que ele já estava familiarizado com os conteúdos ministrados em aula naquelas séries.

Rotina de estudos

A rotina para obter esses resultados é intensa. O adolescente Caio Temponi acorda às 7h e já começa a estudar. À tarde, quando tem aula, fica na escola até a noite. Se não tiver escola, Caio reserva o período para revisar com simulados e videoaulas os conteúdos que já tenha aprendido. Ele costuma dormir por volta de 22h, para acordar cedo no dia seguinte e seguir estudando.

Ele gosta mais de aprender sobre Matemática e Física, mas garante que não há conteúdo do qual desgoste. “Quero sempre aprender coisas novas, gosto muito de estudar”, diz. “Quero ser médico ou juiz pela estabilidade financeira, mas também para ajudar as pessoas de alguma forma”.

Apesar do compromisso sério com os estudos, o adolescente afirma que não deixa de curtir o que outros garotos da sua idade também curtem. Nos momentos de lazer, ele assiste Pokémon e joga futebol e ping-pong com os amigos.

Caio também mantém um canal no YouTube, Gabaritando Com Caio Temponi, onde dá aulas gratuitas de matemática para mais de 20 mil inscritos.

Com informações do Terra

Neurocientista é fenômeno no TikTok com livro entre os mais vendidos de Bienal de SP

Febre no Tiktok, livro de Ali Hazelwood chega ao Brasil e encanta os leitores com uma narrativa leve, bem-humorada e cativante

Um chick lit, romance de ficção com protagonistas femininas, escrito por uma neurocientista, ficou em primeiro lugar entre os mais vendidos da Editora Arqueiro na Bienal do Livro de São Paulo. “A Hipótese do Amor” é assinado por Ali Hazelwood, uma italiana de 33 anos que viveu no Japão e hoje mora nos Estados Unidos. Como mulher da ciência, ela traz sua experiência pessoal para a obra, criando personagens que, assim como ela, também são dessa área de pesquisa.

Ali recebeu Universa no hotel em que estava hospedada na capital paulista antes de participar de seu painel na Bienal do Livro de São Paulo. Animada, ela fala rápido como uma boa italiana, precisou de menos de 24 horas para se apaixonar pelo Brasil e diz que ver autoras mulheres com livros de romance no topo das listas dos mais vendidos do mundo a incentiva a correr atrás de seus sonhos. Leia a entrevista com ela a seguir.

Universa: Você é neurocientista, certo? Como os livros entraram na sua vida?
Ali Hazelwood
: Eu sempre gostei de ficção científica e escrevia histórias sobre o gênero. E, claro, também era uma grande leitora de romances. Minha agente, que também escrevia ficção científica, viu uma história minha publicada em um site do gênero e me falou que tinha potencial para se tornar um livro. E foi assim que começou.

Como você se tornou cientista?
Sempre fui interessada no cérebro humano, na verdade, na relação que ele tem com o comportamento das pessoas. Por que algumas pessoas se comportam de uma maneira e outras não? Por que tem pessoas mais ansiosas ou mais animadas? Eu queria entender. Inicialmente eu estava mais interessada em psicologia e estatística e estatística biológica. Mas, no fim das contas, fiz a transição para a neurociência.

Qual é a sua avaliação sobre a quantidade de oportunidades para as mulheres no ramo da ciência?
Acho que está melhorando. As mulheres, principalmente as mulheres negras, são sub-representadas até em áreas onde somos maioria. É difícil ver uma mulher chegar ao topo e se tornar professora. Peguemos o ramo da psicologia, por exemplo, que é próximo à neurociência. Existem muitas estudantes, mas quando os cargos vão crescendo, ficando maiores e chegando ao administrativo, por exemplo, a maioria é ocupada por homens. Apesar das oportunidades estarem aumentando, ainda há algo que dificulta que as mulheres estejam em posição de poder. Espero que com o tempo fique mais fácil.

E no mercado literário? Na lista dos mais vendidos sempre há muitas mulheres.
Uma das coisas que amo é que existem várias mulheres que escrevem romances, ficções e histórias de amor que estão entre as mais vendidas. A Colleen Hoover, por exemplo, está sempre no topo dos mais vendidos do New York Times, que é uma autora que admiro muito. Vê-la nesse lugar, vendendo tantos livros, é inspirador. Me dá coragem e confiança de continuar indo atrás do que amo. São mulheres inspirando mulheres.

Acredita que sua história possa inspirar algumas jovens a buscar o ramo da ciência? Afinal, suas protagonistas quebram o estereótipo de que não é legal ser geek.
Espero que sim, mas não é para isso que escrevo. Minhas personagens são parte da minha experiência pessoal, é a minha realidade, o que sei. Inclusive, às vezes, fico preocupada quando falo que a faculdade pode ser estressante. Que isso possa desencorajar alguém a estudar [risos]. Mas, para mim, como mulher na ciência, é muito gratificante que isso torne possível alguém buscar a profissão.

Alguns acontecimentos da sua vida inspiraram a história, certo? Quais são eles?
Muitos deles. Por exemplo, na cena do piquenique de “A Hipótese do Amor” os estudantes sabem que o evento não é obrigatório, mas no fundo, é sim. É algo que tirei da minha vida. Nós também tínhamos piqueniques quando eu estudava e sabíamos que tínhamos de ir. Vários pequenos toques eu roubei da minha experiência e de alguns amigos.

Muita gente tem preconceito com esse tipo de romance, considerando-os menos inteligentes. E você é uma neurocientista que se dedica a isso. O que acha desse julgamento?
Sei que muita gente se comporta assim, mas eu não penso nessas pessoas. Romance é meu gênero preferido. Amo tanto ler quanto escrever. É algo que me dá muita alegria na vida. Tenho pena das pessoas que pensam assim, porque são elas que estão perdendo.

Seu livro é um fenômeno no TikTok. Você acha que as redes sociais são importantes para incentivar a leitura hoje em dia?
Acho incrível, porque é algo que nós, autores, não temos controle. No TikTok, particularmente, as pessoas estão falando de livros de um jeito único e criativo. Amo ver as conversas tanto lá quanto no Instagram. Eu mesma já escolhi vários livros para ler por causa das redes sociais.

De que maneira você descobriu que seu livro havia viralizado na rede social?
Minha amiga Jen me mandou mensagem perguntando se eu sabia que tinha um vídeo no TikTok falando do meu livro com mais de 2 milhões de visualizações. Eu não sabia que tinham conversas sobre livros nessa rede social na época. Não sabia nem o que significava direito. Mas fiquei feliz de ver pessoas lendo e amando. Até quem não amou e tirou um tempo para falar dele nos vídeos. As pessoas se esforçaram muito. Foi fantástico.

Você é italiana, já viveu no Japão e agora mora nos Estados Unidos. Como isso impacta a maneira como escreve?
Aparece em toques do livro. Por exemplo, a Olive é canadense e o visto dela está atrelado ao desempenho no curso. Quando eu estava na faculdade morria de medo de ir mal e perder meu visto. Eu teria que deixar meu curso e meu namorado para trás. Acho que os personagens têm um pouco disso, de não se sentirem tão em casa. E, claro, viajando você conhece pessoas e alguns detalhes sobre elas acabam ficando com você. E, como autora, os acrescento isso nos meus personagens.

Com informações do Universa

Cortes na CNN, Band, Globo, Record e outras emissoras evidenciam problema das TVs

Altos salários, baixa arrecadação com publicidade e concorrência com youtube e redes sociais potencializam crise em emissoras de sinal aberto

Nos últimos dias CNN e Band realizaram demissões em suas equipes e intensificaram os esforços de cortes de custos em suas produções. Ironicamente, as duas empresas estão entre as que mais investiram em conteúdo audiovisual de qualidade nos últimos meses.

A CNN, desde sua estreia há dois anos, recrutou a peso de ouro estrelas de canais concorrentes, particularmente da Globo. A Band investiu milhões para trazer Faustão e sua produção, abrindo mão da programação religiosa de R.R. Soares no horário nobre, abrindo mão de cerca de R$ 8 milhões por mês (valor que recebia pelo aluguel do horário de segunda a sexta).

Infelizmente, as expectativas de audiência e receita não se concretizaram. CNN e Band se viram forçadas a mudar de estratégia e cortar custos.

O movimento de investimento em boa medida foi na contramão dos concorrentes. A Globo, por exemplo, sofreu duras críticas por demitir boa parte de suas estrelas desde 2021. Hoje, só recebe quem está no ar.

A emissora carioca também promoveu uma intensiva venda de propriedades que incluiu a Som Livre e até mesmo sua sede e antenas. A Globo também foi criticada por abrir mão da Libertadores e campeonatos regionais de futebol, além da F-1. O SBT e a Record também promoveram cortes e reduziram os grandes salários. Na Record saíram Marcos Mion, Xuxa e Sabrina Sato entre outros. No SBT até executivos próximos a Silvio Santos deixaram a empresa.

Crise na economia e na TV

Hoje, à medida que o cenário econômico piora e aumentam as chances de uma recessão global nos próximos meses, as empresas que conseguiram reforçar o caixa e aproveitar a melhora da receita neste primeiro semestre parecem ter acertado.

Ter dinheiro no caixa é particularmente importante no mercado de mídia, que depende principalmente da publicidade ligada ao varejo, cada vez mais impactado pela inflação.

Quem não conseguiu reforçar o caixa, hoje se vê obrigado a cortar ou buscar novas fontes de receita. A Band, por exemplo, irá voltar a apresentar a programação religiosa de R.R. Soares. Por enquanto na faixa da manhã, mas se a conta apertar, há boas chances de Faustão ir para os domingos e o pastor voltar ao horário nobre. Na CNN, houve redução de equipes, cortes e o tempo ao vivo foi reduzido para economizar.

Vale dizer que no caso da CNN houve uma recente mudança na direção do canal. Duas fontes próximas à direção ouvidas pela coluna disseram que a avaliação é de que a estrutura antiga era “grande demais” e fora da realidade do mercado de TV a cabo. Desse modo, os cortes estavam previstos e são ajustes naturais.

Mas como apontou o colunista Ricardo Feltrin, do UOL, a tendência é que o segundo semestre seja ainda pior para as TVs, que serão obrigadas a exibir o horário eleitoral. Com 1 hora a menos de programação tomada pelo horário eleitoral, além de perderem o espaço para os anúncios, as TVs devem ver aumentar a fuga da sua audiência para as plataformas digitais. Streaming, redes sociais, games, as possibilidades de conteúdo livre da política são diversas.

A CNN, por ser uma TV a cabo, não sofre diretamente com o problema do horário eleitoral. Mas é impactada pelo risco das marcas evitarem anunciar em veículos de notícias para evitar a associação com a polarização política da corrida eleitoral.

Fator Copa do Mundo e recessão

Existem ainda outros fatores de risco. A Copa do Mundo acontecerá em um país pouco familiar aos brasileiros, o Catar, e em um período próximo da Black Friday, tradicional período de maior receita publicitária.

Se o calendário usual da Copa fosse mantido, teria sido em julho, onde não existem grandes eventos comerciais. Como dessa vez ela será realizada em novembro, baterá de frente com a Black Friday e também pode esvaziar as campanhas de Natal.

Na dúvida, melhor guardar o dinheiro (principalmente de publicidade) e reforçar o caixa à espera de dias melhores. Apesar das críticas aos cortes, o caixa da Globo ultrapassou R$ 15 bilhões no primeiro semestre. Isso deve evitar demissões em massa e permitirá à empresa aumentar investimentos em produções e no Globoplay. A empresa tem quase 15 mil funcionários.

Problemas no digital

Vale notar que a CNN e a Band, além dos investimentos na TV tradicional, parecem ter um outro ponto em comum: um modelo antigo de operação no digital. As duas empresas têm bons profissionais e presença no online, mas um olhar mais atento mostra que a prioridade ainda é a TV, não plataformas online ou o streaming.

Enquanto a Jovem Pan chega a ter mais de 400 milhões de visualizações por mês apenas no YouTube, e tem sua própria plataforma de streaming, a PanFlix, a CNN não tem streaming e sua presença é menor no YouTube.

A Jovem Pan News tem 5,2 milhões de inscritos no YouTube, a CNN Brasil tem pouco mais de 3 milhões. Segundo o site Social Blade, enquanto a CNN tem 1,1 bilhões de views no perfil principal, a Jovem Pan tem 2,1 bilhões na Jovem Pan News.

Segundo o Social Brade, a receita da Jovem Pan News, seu principal canal do YouTube, deve faturar até R$ 25 milhões este ano na plataforma de vídeos do Google. Já a CNN deve receber apenas R$ 10 milhões (os valores podem variar dependendo dos acordos dessas empresas com o Google; além disso ferramentas como o Social Blade tendem a usar os valores de publicidade dos Estados Unidos, mais altos que os no Brasil).

YouTube paga milhões para TVs

Mas a presença da Jovem Pan no YouTube não se limita ao Jovem Pan News, o grupo possui diversos canais com milhares de seguidores na plataforma de vídeos do Google. O programa Os Pingos nos Is, tem 4,7 milhões de inscritos; o Pânico na Jovem Pan, outros 3 milhões; o Morning Show, 1,7 milhão, e o Três em Um, 1 milhão. No total a Jovem Pan tem 20 canais na plataforma.

Os canais da Jovem Pan no YouTube faturam milhares de reais, soma muito superior à receita da TV a cabo. A CNN no país, além do CNN Brasil, tem apenas mais 4 canais no YouTube associados ao seu principal perfil, sendo o CNN Soft o maior deles, com 72,5 mil inscritos.

Vale notar que os custos operacionais da Jovem Pan estão entre os mais baixos do mercado. “Desafio alguém a ter custo menor do que o nosso”, ouvi dias atrás de Roberto Araújo, CEO do Grupo Jovem Pan. O lucro líquido da empresa em 2021 foi de R$ 9 milhões para R$ 15,7 milhões, um crescimento de quase 75% em relação ao ano anterior.

“No YouTube, o número de views de 2020 para 2021 aumentou 32%, e tivemos um aumento de 49% em horas assistidas. Um total de 3,9 bilhões de views no ano todo e um aumento de 132% nas receitas”, disse Araújo.

Falta um streaming para a Band?

Na Band a aposta no digital é baixa se comparada à Globo, que investe bilhões no Globoplay. Apesar da Band ter quase 50 canais no YouTube, o canal Band, com a marca da emissora, mesmo tendo 195 mil seguidores, não é verificado como sendo uma conta oficial.

O maior canal da Band é o Master Chef Brasil, com 4,6 milhões de seguidores. Porém, a marca pertence à Endemol, dona do programa. O canal do reality de culinária da Band é administrado pela Endemol em parceria com a Vibra, braço digital da Band. O canal Band Jornalismo tem 3,8 milhões de seguidores, número relevante, mas ainda inferior ao da Jovem Pan.

O SBT é outra potência no YouTube, com 11,5 milhões de seguidores. Sua programação infantil tornou o canal um dos maiores do mundo entre os grupos de mídia tradicional. Além do perfil do SBT, o grupo possui outros 30 canais de seus programas com milhões de seguidores. Apenas o perfil Câmeras Escondidas Programa tem 8,6 milhões de seguidores.

Os grupos de mídia, além dos canais no YouTube, possuem perfis em redes sociais e seus próprios sites. A dinâmica tende a se repetir nestas outras plataformas. O Globo.com é um dos maiores portais do país e lidera com folga em comparação às demais emissoras de TVs.

Por outro lado, a CNN parece levar vantagem frente à Jovem Pan. Dados do Comscore, ferramenta usada por agências e boa parte do mercado, indica que a CNN teria quase o dobro da audiência da Jovem Pan. Em maio, a CNN aparece na Comscore com 15,2 milhões de visualizações de página, contra 5,8 da Jovem Pan.

Segundo a Jovem Pan, o número da Comscore estaria incorreto por um erro de configuração causado pela Jovem Pan na plataforma. A Jovem Pan afirma ter a mesma audiência da CNN.

Independentemente de quem esteja na liderança, fica cada vez mais claro que o digital terá um papel determinante no futuro dos grandes grupos de mídia. O desafio será imenso para todas as empresas, mas principalmente para as TVs, que têm no Google um “frenemie” (amigo e inimigo). Ao mesmo tempo que ele paga milhões para os canais por seus conteúdos, o YouTube e demais plataformas da empresa roubam cada vez mais espectadores da mídia tradicional.

Com informações do Uol

Com apoio de empresas, governo do estado garante dignidade menstrual a 15 mil meninas

Mais de 15 mil alunas de escolas estaduais, em idade menstrual, foram beneficiadas com absorventes higiênicos do programa de Dignidade Menstrual no Amazonas

Programa distribui absorventes higiênicos para meninas em situação de vulnerabilidade socioeconômica no Amazonas

Mais de 15 mil estudantes da rede estadual de educação, em idade menstrual, foram beneficiadas com absorventes higiênicos do programa de Dignidade Menstrual no Amazonas. Lançada em março deste ano pelo Governo do Estado, a iniciativa tem ajudado a modificar o cenário da saúde pública feminina, levando respeito e dignidade para estudantes, em idade menstrual, que se encontram em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

O programa envolve as Secretarias Estaduais de Assistência Social (Seas) e de Educação e Desporto (Seduc) na distribuição de absorventes higiênicos em escolas da rede estadual de ensino.

Dos 300 mil absorventes doados pela Procter & Gamble (P&G), na campanha nacional Always #MeninaAjudaMenina, 17.490 pacotes já foram distribuídos, totalizando 139.920 mil absorventes entregues para as sete coordenadorias da Seduc na capital, alcançando mais de 15 mil estudantes.

Na Escola Estadual de Tempo Integral (Eeti) Dra. Zilda Arns Neumann, o projeto chegou em boa hora e se tornou uma forte arma no combate à pobreza menstrual. Além de proporcionar acesso ao item básico de higiene, ajudou a reduzir a taxa de evasão escolar, uma vez que as estudantes não precisam mais faltar aula pela ausência do produto.

“Muitas vezes, elas deixam de vir para a escola. Agora, o programa tem auxiliado muito nessa questão e elas realmente não precisam mais faltar por conta disso. Diariamente, a gente entrega vários absorventes. É de grande valor o projeto. Eu espero que continue, que seja ampliado, não só para o Amazonas, mas para o Brasil todo, para que elas tenham facilidade de ter acesso a essa dignidade menstrual”, reforçou Silvia Cristina, 39, professora de Ciências da unidade.

Para a aluna Marcela Vitória, 16, do 2º ano do Ensino Médio, o projeto é inovador. “Eu nunca tinha visto um projeto como esse nas escolas. Inclusive, eu fui atrás da professora, peguei lá, eu precisei. É uma iniciativa muito boa, tem casos de famílias que têm mais de uma menina, né? E aí tem gente que não tem dinheiro para comprar”.

O programa também é aprovado pelos pais e responsáveis. A dona de casa Marilúcia Nery, mãe da Marcela Vitória, reforçou que a concessão do item higiênico é um alívio para o orçamento familiar.

“É uma ajuda e um alívio, né? Inclusive já aconteceu um caso com a minha filha, ela disse “mãe, eu estou naqueles dias” e tinha esquecido em casa, aí a professora pegou e deu. Ter na escola para mim é maravilhoso, é um projeto que eu espero que dure. Está ajudando muitas adolescentes”.

*Distribuição* – Nas escolas, as estudantes que estiverem em período menstrual podem procurar a coordenação da unidade e solicitar o protetor higiênico. Cada aluna recebe, inicialmente, um pacote.

Atualmente, o Governo do Amazonas está finalizando um processo de licitação para a aquisição de mais absorventes. As novas unidades atenderão as demandas do restante do ano.

A expectativa é de que, na etapa seguinte, o programa contemple as unidades escolares estaduais do interior.

Pesquisa mostra que para 42% dos entrevistados a corrupção no Brasil aumentou

Dados são do levantamento 'A cara da democracia' (Foto: Divulgação)

Ainda que, na campanha de 2018, o então candidato Jair Bolsonaro tenha conseguido se posicionar como político anticorrupção, a percepção dos brasileiros em relação ao tema tem mudado após três anos e meio de mandato. Segundo a mais recente pesquisa “A cara da democracia”, a parcela de pessoas que consideram ter havido um aumento na corrupção no Brasil nos últimos quatro anos é a maior dentre todas as opções apresentadas: 42% veem o problema maior no período.

Diante de um governo que também tem passado por investigações, praticamente um terço dos entrevistados da pesquisa anual, conduzida no último mês de junho, afirmou que a corrupção no país aumentou muito desde a posse de Bolsonaro: foram 32%, a maior fatia dentre todas as opções apresentadas. Em contraste, 23% disseram enxergar que a corrupção no Brasil “nem aumentou e nem diminuiu”. E, somadas as opções “diminuiu um pouco” e “diminuiu muito”, são 32%.

Bolsonaro foi eleito em 2018 com uma plataforma marcada — entre outros temas — pelo discurso anticorrupção, cristalizado principalmente na perspectiva de o então ex-juiz federal Sergio Moro compor seu governo. A Operação Lava-Jato e a percepção de corrupção elevada à época tinham grande apelo: segundo o “A cara da democracia”, em 2018 41% consideravam esse o maior problema do país.

O dia a dia, no entanto, foi deixando o tema corrupção mais presente: Bolsonaro assumiu o governo sob a sombra do chamado caso das rachadinhas, que recaiu particularmente sobre seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro. Desautorizou repetidamente projetos do então “superministro” Moro, que saiu do governo após acusar o presidente de interferência na Polícia Federal.

E, enquanto Bolsonaro foi migrando seu discurso de forma crescente rumo a confrontações ideológicas com opositores, suspeitas continuaram aparecendo, como os gastos elevados com cartão corporativo investigados. O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro foi preso a partir de investigação sobre sua ligação com pastores e lobistas no MEC. E, ainda, o governo é vinculado a gastos bilionários com o orçamento secreto no Congresso.

A pesquisa “A cara da democracia” foi feita pelo Instituto da Democracia (INCT/IDDC), com 2.538 entrevistas presenciais em 201 cidades no mês de junho. A margem de erro total é de 1,9 ponto percentual a nível nacional, e o índice de confiança é de 95%. A pesquisa reúne as universidades UFMG, Unicamp, UnB e Uerj, com financiamento de CNPq e Fapemig, e está registrada no TSE (BR-08051/2022).

Com informações da Agência O Globo

Indígenas da Amazônia recorrem a drones, GPS e aplicativos para proteger a floresta

Indígenas usam a tecnologia como aliada para monitorar as ameaças à floresta na Amazônia

Grupos aprendem a usar equipamentos para monitorar território; no Vale do Javari, Bruno Pereira, indigenista assassinado, era um dos responsáveis por treinamento

Quase todos os meses, Bitaté Uru-Eu-Wau-Wau, 22, deixa a aldeia Jamari e adentra a pé pela floresta amazônica com outros 29 indígenas, entre homens e mulheres. Levam drones e aparelhos de GPS para ajudá-los a monitorar o que for possível dos 18.670 km² da Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia.

Assim como eles, vários povos indígenas em diferentes partes do Brasil estão aprendendo a usar tecnologias modernas para cumprir a árdua tarefa de proteger seus territórios —e a floresta. Se antes atuavam em colaboração com as autoridades brasileiras responsáveis pela fiscalização, agora dizem assumir cada vez mais o protagonismo diante do crescimento das invasões e do que consideram inação do Estado.

Bitaté é um dos dois coordenadores das equipes de vigilância criadas para proteger a TI (terra indígena) Uru-Eu-Wau-Wau, uma espécie de ilha de floresta cercada por fazendas e historicamente cobiçada por grileiros e madeireiros.

“Ver o desmatamento lá de cima traz um impacto”, conta, ao lembrar a primeira vez que pôs no céu um drone para vigiar seu território, em 2020. “A riqueza está do nosso lado. Do outro há destruição.”

A área da Amazônia Legal —onde fica a TI Uru-Eu-Wau-Wau— perdeu quase 4.000 km² de vegetação entre janeiro e junho deste ano. Essa é a maior taxa de desmatamento para um primeiro semestre em sete anos, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). “Sou um defensor do meio ambiente. Estamos trabalhando para proteger a floresta, mas ver as árvores sendo derrubadas e queimadas é muito triste”, lamenta Bitaté.

Com dois drones cedidos por entidades indigenistas, os povos que vivem na TI Uru-Eu-Wau-Wau têm conseguido acessar com rapidez áreas remotas e flagrar madeireiros com mais segurança. Eles já não precisam se arriscar indo até o local pegar as coordenadas de GPS: agora agem de forma discreta enquanto manejam os drones. A uma distância de até dois quilômetros, fotografam e passam a denúncia adiante sem enfrentamento direto com invasores.

As imagens são usadas para comprovar eventuais crimes às autoridades brasileiras e pressioná-las a agir. Os indígenas também usam os aparelhos GPS para georreferenciar as atividades ilegais realizadas no território e, assim, tentar entender como avançam as invasões.

“Eles [os invasores] começam fora da terra indígena e vão se aproximando até entrar. Foi assim com os madeireiros, e agora estão entrando atrás de minério também. Estamos muito preocupados”, conta Bitaté.

Com a missão de defender a floresta e seus territórios, ao longo dos anos os indígenas foram aprendendo a manejar mapas, se comunicar por satélite e, mais recentemente, a usar drones e inteligência artificial. Contam para isso com o apoio de projetos executados por ONGs e indigenistas, que fornecem equipamentos e orientações para usá-los.

O WWF Brasil e a Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé são algumas dessas entidades. Quando o país viu os índices de queimadas explodirem na Amazônia em 2019, elas decidiram iniciar um projeto para monitorar territórios de forma mais organizada.

Começaram então a treinar povos indígenas no uso de tecnologias no combate às emergências amazônicas. Desde então, 25 kits de monitoramento, com drones e GPS, foram doados em cinco estados.

“Eles conseguiram rapidamente se apropriar da tecnologia, e nós temos ampliado o projeto”, conta Felipe Spina, analista de conservação do WWF-Brasil. Além dos drones, o trabalho inclui aplicativos de celular para processar dados e enviar informações para uma central. O WWF também presta assessoria para que os ilícitos sejam denunciados aos órgãos competentes. “As tecnologias multiplicam a capacidade do monitoramento”, resume Spina.

Um trabalho semelhante vinha sendo realizado na Terra Indígena Vale do Javari pelos indigenistas Orlando Possuelo e Bruno Pereira, este último assassinado há pouco mais de um mês na região enquanto atuava para combater a caça e a pesca ilegal no território que concentra o maior número de povos isolados do mundo.

Ao desaparecer junto com o jornalista Dom Phillips, Bruno levava fotografias, vídeos e informações georreferenciadas com os quais pretendia denunciar crimes à Polícia Federal. Esse material havia sido reunido por indígenas de cinco etnias da região, no Amazonas. Eles haviam criado a EVU, Equipe de Vigilância da Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari) justamente para mapear invasões e obter provas que pudessem abastecer as autoridades.

Os indígenas se dividem em equipes de 13 pessoas e vão a campo com drones e celulares com aplicativos capazes de registrar as coordenadas dos pontos de invasão a cada fotografia feita. Cada passo é acompanhado por outra equipe, que fica na base. Tudo para monitorar uma área de mais de 85 mil km² numa região também marcada pelo narcotráfico, na tríplice fronteira do Brasil com Peru e Colômbia.

“Estamos falando de um território do tamanho de Portugal, onde o governo não consegue fazer uma fiscalização efetiva em todo o seu perímetro. Então é muito importante que os moradores de lá, os índios, atuem como informantes, como vigias”, justifica Orlando Possuelo, que realiza esse treinamento com os indígenas.

“A gente não quer que [a TI Vale do Javari] se torne mais uma dessas terras indígenas que estão totalmente degradadas e destruídas pela ação ilegal.”

É por isso que a EVU tem se preparado para, a partir das informações coletadas em campo no aplicativo de celular, criar um mapa georreferenciado para entender como funcionam as invasões ao território. Eles também estão desenvolvendo um indicador que possa mostrar os efeitos do trabalho da equipe de vigilância.

Orlando diz que, desde que esse projeto foi iniciado, em setembro do ano passado, não contou com o apoio de órgãos do governo.

Indígenas e indigenistas veem um cenário de enfraquecimento de órgãos de fiscalização nos últimos anos. O governo Bolsonaro fiscalizou menos de 3% dos alertas de desmatamento do país, segundo o MapBiomas.

A Folha procurou a Funai (Fundação Nacional do Índio) para saber o que tem sido feito para proteger as terras indígenas, mas não obteve retorno.”Há pouca ação dos responsáveis por combater o desmatamento na Amazônia. Neste contexto, fica ainda mais importante que os próprios grupos indígenas tenham maneiras de, por conta própria, monitorar e tentar defender seus territórios”, afirma Felipe Spina, do WWF Brasil.

O indígena Ubiratan Suruí, 29, conta que equipes de dez a 15 indígenas fazem a vigilância dos 248 mil hectares da Terra Indígena Sete de Setembro, onde vivem os paiter suruí, entre os estados de Rondônia e Mato Grosso. Eles tentam impedir a invasão de madeireiros, caçadores e pescadores enquanto enfrentam a pressão do desmatamento. “Fazemos a vigilância do nosso território porque, sem ela, as pessoas vão entrando sem dó. O governo não tem cumprido seu papel”, critica.

Recentemente, eles leiloaram obras de arte em NFT (sigla em inglês para tokens não-fungíveis) para conseguir recursos e seguir com as expedições de vigilância. “O drone é uma ferramenta muito útil na fiscalização. Antes fazíamos atividades de vigilância, mas não tínhamos imagens. Muitas vezes o poder público não fazia nada porque a gente não tinha como provar”, conta.

A vigilância na TI Sete de Setembro envolve desde os anciãos, tradicionais conhecedores da floresta, até os mais jovens, que têm se dedicado a aprender a usar as novas tecnologias.

“O território para nós é sagrado. É uma atividade que não vai parar nunca. As ameaças só tendem a piorar. Temos que ser fortes e buscar parceiros para ajudar. Não estamos mantendo a floresta só para a gente, mas para o mundo”, finaliza Ubiratan.

Com informações da Folha de S.Paulo

Flamengo vence o Coritiba por 2 a 0 com gols de Gustavo Henrique e Diego Ribas

Diego e Gustavo Henrique anotaram os gols do Flamengo no Mané Garrincha (Gilvan de Souza / CRF)

Com uma equipe com muitas modificações, o Flamengo voltou a vencer no Brasileirão. Ontem (16), no Mané Garrincha, o Rubro-Negro derrotou o Coritiba por 2 a 0. A vitória dos cariocas foi construída logo no primeiro tempo.

Gustavo Henrique e Diego Ribas marcaram na etapa inicial e decidiram para a equipe do Rio de Janeiro. Depois do intervalo, a equipe comandada por Dorival Júnior só administrou o resultado, sem sustos.

Com os três pontos, o Flamengo pulou da nona para a sétima colocação. O Rubro-Negro poderá perder uma posição no domingo, caso o São Paulo vença o Fluminense. Na próxima quarta, o clube carioca enfrenta o Juventude, às 20h30, novamente no Mané Garrincha, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O início de jogo no Mané Garrincha foi com bastante movimentação para o Flamengo. Logo aos 12 minutos, o Rubro-negro abriu o placar com o zagueiro Gustavo Henrique. No lance, Lázaro bateu o escanteio com precisão na cabeça do jogador, que só empurrou para o fundo do gol.

Com o domínio da partida, o Flamengo ampliou o placar aos 21 minutos, em mais uma bola parada. No escanteio, Marinho cobrou pelo lado direito, a bola desviou em Pedro, e o capitão Diego Ribas completou com precisão para fazer o 2 a 0 sobre o Coritiba. Sem chance o Coxa, o Rubro-negro continuou pressionando a defesa adversária com bastante movimentação.

Na reta final do primeiro tempo, o Flamengo tirou o pé e deixou o Coritiba pegar a bola. No entanto, o Coxa permaneceu com muita dificuldade para construir as jogadas e não conseguiu ameaçar o Rubro-negro.

No retorno ao segundo tempo, o Flamengo não mudou a postura e permaneceu pressionando a defesa do Coritiba, que não conseguiu puxar os contra-ataques. Logo no início da etapa final, Marinho desperdiçou a oportunidade fazer o terceiro gol do Rubro-negro. No lance, aos oito minutos, o atacante fez boa jogada pela direita e chutou cruzado para fora.

A reta final da partida foi administrada pelo time do Flamengo, que sentiu o cansaço e freou as jogadas com bastante posse de bola. O Coritiba, por sua vez, tanto pelo lado esquerdo quanto direito, foi ineficiente e não conseguiu se impor no Mané Garrincha. Apenas aos 42 minutos, em uma jogada individual, Alef Manga partiu pela direita, deixou dois marcadores para trás e finalizou rasteiro na trave direita do goleiro Santos.

Apesar de ter ficado exausto, Marinho permaneceu tentando construir lances perigosos para o Flamengo, mas a defesa da equipe curitibana fechou o bloco defensivo e impediu o terceiro gol do Rubro-negro.

Com informações do IG

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