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Corpos de Bruno e Dom serão entregues às famílias nesta quinta-feira

A Polícia Federal fez uma operação hoje (6) contra pesca ilegal na região do Vale do Javari e cumpriu sete mandados de prisão preventiva

O corpo do indigenista Bruno Pereira e o do jornalista britânico Dom Phillips serão entregues à família de cada um na tarde de quinta-feira (23), segundo a Polícia Federal (PF). Os dois foram assassinados por pescadores durante uma expedição na região do Vale do Javari, no Amazonas, enquanto realizavam entrevistas para a produção de um livro e reportagens sobre invasões das terras indígenas na região.

Nesta quarta-feira (22), a PF informou ter concluído a perícia dos restos mortais das duas vítimas. De acordo com a corporação, “as amostras biológicas apontaram a presença de dois perfis genéticos distintos nos remanescentes humanos” achados na semana passada.

“Os resultados encontrados estão em consonância com as análises de odontologia legal, da antropologia forense e da papiloscopia, que apontaram tratar-se dos remanescentes de Dom Phillips e Bruno Pereira”, disse a Polícia Federal. A corporação também declarou que “os trabalhos dos peritos do Instituto Nacional de Criminalística continuarão nos próximos dias concentrados na análise de vestígios diversos do caso”.

Três pessoas já foram presas por causa dos crimes: os pescadores Amarildo da Costa Oliveira — que confessou ter matado Bruno e Dom e indicou o local onde os corpos foram enterrados —, o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, além de Jefferson da Silva Lima. Segundo a equipe de investigação, está sendo apurada a participação de, pelo menos, oito pessoas no caso.

O caso

O jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista brasileiroi Bruno Pereira desapareceram em 5 de junho, após terem sido vistos pela última vez na comunidade São Rafael, nas proximidades da entrada da Terra Indígena Vale do Javari.

O Vale do Javari, a terra indígena com o maior registro de povos isolados no mundo, é pressionado há anos pela atuação de narcotraficantes, pescadores, garimpeiros e madeireiros ilegais que tentam expulsar povos tradicionais da região.

Dom morava em Salvador, na Bahia, e fazia reportagens sobre o Brasil havia 15 anos para o New York Times e o Washington Post, bem como para o jornal britânico The Guardian. Bruno era servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai), mas estava licenciado desde que foi exonerado da chefia da Coordenação de Índios Isolados e de Recente Contato, em 2019.

Na quarta-feira da semana passada (15), a Polícia Federal localizou os restos mortais dos dois. A corporação encontrou os cadáveres depois de o pescador Amarildo da Costa confessar os assassinatos e levar policiais até o local onde enterrou os cadáveres.

Segundo perícia da PF, o jornalista e o indigenista foram mortos com tiros de uma arma de caça. Segundo a corporação, Bruno foi atingido por dois disparos no tórax e no abdômen e outro no rosto. Dom foi vítima de um disparo na região entre o tórax e o abdômen.

*Com R7

Reeducandos do sistema prisional do AM são premiados em concurso nacional de redação

(Foto: Divulgação/Seap)

Foi realizada, no Centro de Detenção Provisório de Manaus 2 (CDPM II), a cerimônia de premiação do 6º Concurso de Redação da Defensoria Pública da União (DPU), em parceria com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), com o reconhecimento de reeducandos que se destacaram na competição nacional, voltada a pessoas privadas de liberdade (PPLs) em instituições penitenciárias estaduais e federais. A conquista reflete políticas de ressocialização da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), por meio da Escola de Administração Penitenciária (Esap).

A solenidade contou com a presença do secretário titular da Seap, coronel Paulo Cesar; do diretor da Esap, tenente Tales Renan; da chefe do Departamento de Reintegração Social e Ressocialização (Deresc), Keyla Prado; e do diretor do CDPM II, Magno Raposo; além dos agentes de ressocialização da empresa terceirizada RH Multi e de familiares dos participantes.

As reeducandas do Centro de Detenção Feminino (CDF), Idalina de Souza e Heliana Pereira, alcançaram a nota máxima de 10 pontos, ficando em posição de 1º e 2º lugar, representando a categoria IV. Além disso, com 7,75 de nota, Luiz Gonzaga ficou em primeiro lugar na modalidade I, de alunos do 6º ano ao 9º ano do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Na categoria II, de alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Médio, Ensino Técnico e EJA seriado, Igor Vale alcançou o topo do pódio, com 8,88 de pontuação. Todos receberam premiação, medalhas e certificado de participação.

“Cumprindo as determinações do nosso governador, nós primamos pelo respeito e pela dignidade das pessoas privadas de liberdade. Parabenizo os premiados do nosso sistema prisional pela conquista por meio dos trabalhos que desenvolvemos, tanto pela Esap quanto pelo Deresc. Conseguimos esses resultados positivos que nos mostram o quanto nossas atividades têm surtido efeitos positivos”, pontuou o coronel Paulo Cesar.

O diretor da Esap, tenente Renan Tales, destaca a importância dos trabalhos desenvolvidos dentro do sistema prisional, visando estimular o debate, a análise e o pensamento crítico dos reeducandos participantes.

“Quando somos premiados com os primeiros colocados em uma competição nacional e de um nível tão alto, a gente percebe que o caminho está sendo trilhado de forma correta, e a Esap vem nesse sentido, de aprimorar os procedimentos e métodos para que a educação receba a sua valorização devida. E é através desses procedimentos que estamos implementando que a gente vai aumentar de nível e se tornar referência nacional em educação dentro do sistema prisional”, declarou.

“Gratidão e reconhecimento são as palavras que definem esse momento. Por meio dos projetos ofertados pela Seap, meu filho está me dando orgulho. Hoje fazendo faculdade e trabalhando de forma honesta e digna e sendo premiado em um concurso de redação de nível nacional, só me faz refletir o quanto o sistema tem melhorado e como essa melhoria tem impactado em nossas vidas de forma positiva”, finalizou Maria (nome fictício), mãe de um dos internos premiados.

Concurso de redação

O concurso de redação de abrangência nacional tem como um dos segmentos a participação de adultos em situação de privação de liberdade em instituições estaduais e penitenciárias federais.

A sexta edição, cujo tema foi “Entre o céu e o asfalto: onde está a dignidade da população em situação de rua?”, teve cerca de 30 mil redações inscritas em todo o Brasil. No estado do Amazonas, 164 apenados participaram do certame – 138 da capital e 26 do interior.

*Com assessoria

 

‘Momento indígena no país é desesperador’, diz presidente do Cimi após fala com papa

Papa recebeu cocar de bispos amazônicos (Foto: Vatican News)

O papa Francisco recebeu esta semana em Roma, 17 bispos da Amazônia. Em um encontro que durou duas horas, eles colocaram ao pontífice a questão indígena como um desafio a ser vencido da região.

Para o presidente do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), o arcebispo de Porto Velho, dom Roque Paloschi, o momento vivido pelos indígenas na Amazônia “é desesperador”. “Nós vivemos em uma sociedade preconceituosa, discriminatória e que nós mesmo nos propomos a desrespeitar as leis que nós próprios fizemos”, diz, em entrevista à coluna.

Dom Roque tem sido, há anos, um dos porta-vozes mais atuantes da igreja na causa indigenista. Ele diz que entre os recados dados pelo papa aos bispos dos estados de Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia, o principal é que a Igreja Católica não pode deixar de defender os mais vulneráveis diante do cenário da intolerância e violência.

“O papa sempre foi tomado pela esperança e pela clareza de que a igreja não pode se omitir diante da sua missão de testemunhar a misericórdia de Deus e do amor para com as pessoas”, diz dom Roque.
No encontro, os bispos amazônicos deram a Francisco um cocar e um quadro intitulado “SOS Yanomami”, pintado ainda em 1989 por um artista indígena local.

A reunião de bispos de todo o mundo com o papa fez parte de um encontro que ocorre de cinco em cinco anos chamado “Visita ad limina Apostolorum”, que significa no liminar, nos limites ou estradas das Basílicas dos Apóstolos Pedro e Paulo.

Em entrevista, dom Roque falou sobre o encontro, a missão da igreja na Amazônia e sobre o momento “nada alentador” dos indígenas no Brasil.

Confira a entrevista:

Como foi o encontro dos bispos amazônicos com o papa Francisco?

O encontro foi marcado por muita serenidade e por um diálogo aberto e franco de nós, bispos da região Amazônica, com o papa. Tratamos muitos assuntos, e ele está sempre muito informado e atualizado do que acontece. Ele sempre tem se pronunciando com muita firmeza e clareza sobre a violência, sobretudo defendendo os caminhos de uma sociedade de diálogo de encontro.

O senhor chegou a falar do caso Dom e Bruno?

Eu pessoalmente não falei do caso, pois ele já tinha se referido em outros momentos. Falamos mais desse contexto de nossas dioceses e sobretudo o grande desafio de colocar em prática os caminhos do Sínodo da Amazônia, mas também as opções feitas agora com a criação da Conferência Eclesial Amazônica. O papa sempre foi tomado pela esperança e pela clareza de que a igreja não pode se omitir diante da sua missão de testemunhar a misericórdia de Deus e do amor para com as pessoas.

Que missão o papa mandou para a Igreja na Amazônia?

No encontro, o papa insistiu muito para que a presença da nossa Igreja Católica Apostólica Romana fosse uma presença de ternura e de respeito a culturas, tradições, línguas e espiritualidade dos povos indígenas. Não tenho direito de impor nada, mas não posso ficar indiferente quando muitos de nós, cristãos, se colocam contra sobretudo aqueles que são os mais fragilizados e mais injustiçados aqui nesse país. Isso não é caminho do evangelho do nosso senhor Jesus Cristo. Jesus veio para que todos tenham vida, e tenham vida em abundância. E para os povos indígenas, a vida é ter seus territórios respeitados.

Como o senhor avalia o momento para os povos indígenas?

O momento indígena no país é desesperador. Desesperador porque nós vivemos em uma sociedade preconceituosa, discriminatória e que nós mesmo nos propomos a desrespeitar as leis que nós próprios fizemos.

A Constituição de 1988 dizia, nas questões transitórias, que as terras indígenas deveriam ser registradas e homologadas em cinco anos. E nós estamos aqui, já são 34 anos… Os indígenas não estão pedindo, nada mais, nada menos, que seus direitos originários e constitucionais Mas infelizmente estamos vivendo neste tempo, onde a opção do atual governo foi não demarcar nenhum centímetro mais das terras indígenas, dando um aval para todos os interesseiros ocuparem essas terras tradicionais e acima de tudo, alimentar política de destruição.

E como o senhor avalia essa postura?

Os indígenas não são contra o progresso. O que eles se perguntam, e ouço isso de muitas lideranças indígenas, é que: desenvolvimento é esse que precisa destruir o meio ambiente envenenando as águas, a terra e o ar para concentrar renda nas mãos de poucos? O que estamos vendo é um enfraquecimento dos organismos do estado que deveriam zelar e cuidar da questão, seja Ibama, Funai e outros institutos que têm a missão de cuidar e preservar as terras da União. Pelo contrário, eles favorecem o avanço de grandes grupos na Amazônia, destruindo-a.

O momento é crítico, não é nada alentador; mas as comunidades, os povos e as organizações indígenas têm demonstrado toda força e coragem de lutar contra esses que acham que são donos do mundo.

Como líder cristão, que mensagem o senhor gostaria de passar aos católicos sobre a questão indígena e política adotada pelo governo Bolsonaro?

Como cristão, preciso respeitar a todos, mas não podemos ficar omissos diante de situações onde vamos alimentando uma injustiça que se perpetua há mais de 500 anos. Não podemos esquecer que esses povos já estavam aqui quando chegaram os povos de outros continentes, e que fizeram nos julgar no direito de nos apossar o que tradicionalmente foi deles. Gostaria de dizer, com muita liberdade, que a palavra de Deus nos leva para caminhos de vida, de respeito, de aceitar aquilo que é diferente de mim. Eu não tenho o direito de lhe fazer com o outro ser aquilo que eu sou.

Nós precisamos talvez ter mais clareza da nossa própria condição de cidadãos, cristãos e, sobretudo, de respeito às leis desse nosso próprio país. Não é porque alguém se acha no direito de desrespeitar [as leis] que devo entrar no mesmo barco. A história vai nos julgar.

Com informações do Uol

Passagem de som do Garantido emociona torcedores e diretoria faz últimos ajustes

Foto: Lucas Silva / Secom

O 55º Festival Folclórico de Parintins acontece entre os dias 24 e 26 de junho

A emoção tomou conta da galera vermelha e branca durante a passagem de som do boi-bumbá Garantido no Centro Cultural Bumbódromo, na noite desta quarta-feira (22/06). O evento antecede a realização do 55º Festival Folclórico de Parintins, que acontece entre os dias 24 e 26 de junho.

De acordo com o presidente do Garantido, Antônio Andrade, o ensaio serve para a direção realizar a preparação da parte técnica do projeto de arena. Andrade reforça que Parintins vive de cultura e o Festival representa fonte de renda para os moradores da cidade e, também, contribui com a economia da ilha tupinambarana.

“A gente se sente preparado para esse festival, tudo conspira a favor, a saudade que a gente estava do festival, aquilo que a ausência do festival nos tirou, emprego, renda. Perdemos muita gente e a gente está aqui para se reconstruir, para fazer um recomeço, para dizer que o festival voltou, a cultura do festival voltou”, disse Andrade.

O evento é realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC). O boi do povão levou todos os itens oficiais para a arena durante o ensaio técnico.

Para o apresentador do boi do coração na testa, Israel Paulain, hoje é o pontapé inicial para o bicampeonato e o retorno do festival que será o maior da história. “É o ensaio final pra gente energizar todo o nosso elenco, toda a nossa nação inigualável na arquibancada, no Brasil todo, no mundo todo, para que a gente adentre aqui dia 24 e faça o espetáculo afinado, o espetáculo maravilhoso, impactante e com a marca do Garantido, que é da emoção, do início ao fim”, destacou.

Torcedora apaixonada do boi-bumbá Garantido, a indígena Nilce Gomes, do povo Sateré-Mawé, confessa que o amor pelo boi vermelho e branco veio desde a infância. Nilce fala da emoção de estar na arena após dois anos de espera. “Estar aqui presente é uma honra em meio a essa pandemia que passou. Muitos se foram, então é uma honra para todo mundo estar aqui nesse momento, vivendo esse momento”, completou.

Investimento

Para colocar os bois na arena em 2022, depois de dois anos sem a realização da festa por conta da pandemia de Covid-19, os bois receberam aporte histórico do Governo do Amazonas. Foram repassados R$ 10 milhões, sendo R$ 5 milhões para cada agremiação.

Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

Morre Danuza Leão, modelo e colunista influente que marcou época no Brasil

Foto: O Globo

Famosa pela beleza e pelas festas na juventude, ela se tornaria um farol do comportamento em livros e colunas de jornal

Danuza Leão, que fez carreira como uma das modelos e colunistas mais destacadas de sua geração, morreu ontem (22), aos 88 anos. Ela sofria de enfisema pulmonar e teve uma insuficiência respiratória. Estava internada na clínica São Vicente, na zona sul do Rio de Janeiro.

Conhecida na juventude pelas passarelas e pela produção de festas badaladas, ela deu uma guinada posterior em direção ao colunismo de comportamento e estilo de vida. Escreveu para a Folha de S.Paulo por mais de uma década, até que a colaboração foi encerrada em 2013.

Entre seus principais livros, se destacam reuniões de crônicas como “Na Sala com Danuza”, volumes de comportamento como “É Tudo Tão Simples” e a autobiografia best-seller “Quase Tudo”, publicada em 2005.

A vida pessoal de Danuza sempre foi alvo do interesse das páginas de celebridades. Além de irmã de outro ícone cultural, a cantora Nara Leão, ela foi casada com o influente jornalista Samuel Wainer, fundador do revolucionário jornal Última Hora, depois com o cronista e compositor Antônio Maria e com o jornalista televisivo Renato Machado, que fez carreira na Globo.

Danuza também fez colaborações como roteirista na mesma emissora. Ainda que sua relação com filmes e televisão tenha sido lateral, sua carreira também ficou marcada pela participação num dos filmes mais importantes da cinematografia brasileira, “Terra em Transe”, de Glauber Rocha.

Deixa dois filhos, a artista plástica Pinky Wainer e o empresário cinematográfico Bruno Wainer. Seu filho Samuel Wainer Filho, jornalista como o pai, morreu num acidente automobilístico em 1984.

Com informações do Uol

STJ proíbe plano de saúde coletivo ou individual de desligar paciente com doença grave

Foto: Lalo de Almeida / Folhapress

Decisão deverá ser seguida por tribunais inferiores em ações semelhantes

A Segunda Seção do STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou hoje (22) que operadoras de planos de saúde que rescindirem contratos coletivos de forma unilateral são obrigadas a manter o vínculo de pacientes internados ou em tratamento para doenças graves.

A decisão, que deverá ser seguida por tribunais inferiores em ações semelhantes, estabelece que as operadoras devem garantir a continuidade do tratamento até a alta médica.

Foram analisados os casos de uma mulher em tratamento contra o câncer de mama e de um menor de idade com doença crônica. Ambos foram à Justiça após a suspensão do contrato pela Bradesco Saúde e conseguiram a continuidade da cobertura. A operadora então recorreu ao STJ, que agora uniformizou o entendimento.

Procurada, a Bradesco Saúde informou que “não comenta assuntos levados à apreciação do Poder Judiciário”.

O relator do caso, ministro Luís Felipe Salomão, lembrou que a lei já proíbe operadoras de planos de saúde individuais de rescindirem o contrato durante internação do usuário, em qualquer hipótese, e afirmou que o entendimento deve ser estendido aos planos coletivos.

“Não se pode excluir os beneficiários quando estão em tratamento de doença grave ou em tratamento médico que comprometa a sua subsistência”, afirmou.

A tese defendida pelo relator foi a de que “a operadora, mesmo após o exercício regular do direito à rescisão unilateral do plano coletivo, deverá assegurar a continuidade dos cuidados assistenciais prescritos ao usuário internado ou em pleno tratamento médico garantidor de sua sobrevivência ou de sua incolumidade física até a efetiva alta, desde que o titular arque integralmente com a contraprestação devida”.

Os demais ministros acompanharam o voto do relator por unanimidade.

Para o defensor público Sander Gomes Pereira Junior, da Defensoria Pública da União, o rompimento do contrato não pode colocar em risco a vida dos usuários.

“É um contrato que é bruscamente interrompido, com prejuízos evidentes tanto ao estado de saúde como às vezes à própria vida do beneficiário”, argumentou, antes do voto dos ministros.

Em decisão recente, do dia 8 de junho, o STJ desobrigou as operadoras de planos de saúde de custear procedimentos não incluídos na lista de cobertura estabelecida pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

Com a decisão, favorável às empresas, firmou-se o entendimento de que o rol da ANS é taxativo, e não exemplificativo.

Na ocasião, o tribunal entendeu ainda que a operadora não é obrigada a bancar um procedimento se houver opção similar no rol da ANS. Não havendo substituto terapêutico, poderá ocorrer, em caráter excepcional, a cobertura do tratamento indicado pelo profissional de saúde responsável.

Chamada de Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, a lista especifica consultas, exames, terapias e cirurgias que constituem a cobertura obrigatória dos planos de saúde regulamentados, ou seja, contratados após 2 de janeiro de 1999 ou adaptados à lei 9.656/98.

De acordo com a ANS, o rol tem atualmente mais de 3.000 procedimentos. Todos os itens devem ser garantidos pelas operadoras, sob pena de multa ou suspensão da comercialização dos planos.

Com informações da Folha de S.Paulo

Átila, Belarmino e George Lins destacam convênios com o Governo do Estado em favor de nove municípios

(Foto: Divulgação)

Com as presenças dos deputados Átila Lins (PSD), federal, Belarmino Lins (PP), estadual, e do pré-candidato a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), George Lins (União Brasil), o Governo do Estado celebrou, na tarde desta quarta-feira (22), vários convênios com prefeitos interioranos que propiciarão a aquisição de materiais para serem usados em atividades do setor primário. O evento ocorreu na tarde desta quarta-feira (22), no Palácio da Compensa.

Os convênios, com recursos provenientes de emendas parlamentares de autoria de Belarmino Lins, contemplarão os municípios de Benjamin Constant, Borba, Codajás, Novo Aripuanã, Tabatinga, Maraã, Juruá, Beruri e Guajará com motores de popa tipo rabeta, roçadeiras, triciclos e voadeiras. As emendas também propiciarão recursos que serão destinados à construção do novo prédio da Câmara Municipal de Guajará.

(Foto: Divulgação)

“Parabenizo o governador Wilson Lima e os prefeitos dos municípios que serão beneficiados com os materiais de grande importância para o setor primário, motores rabetas, roçadeiras e outros de enorme valia para quem trabalha no campo”, ressaltou o pré-candidato a deputado estadual George Lins, que também agradeceu a Belarmino Lins pelas emendas.

“Mais uma vez o governador Wilson Lima marca um gol de placa, bem como o deputado Belão com suas emendas, premiando com convênios importantes as ações de prefeitos que se esforçam pelo bem-estar e pelo progresso dos seus municípios”, disse Átila Lins.

Assinaram os convênios com o Governo os prefeitos David Bermeguy (Benjamin Constant), Simão Peixoto (Borba); Antônio Ferreira dos Santos, o Tonho (Codajás); Jocione Souza (Novo Aripuanã); Saul Bermeguy (Tabatinga); Pastor Edir Castelo Branco (Maraã); José Maria Rodrigues da Rocha Junior, o Dr. Júnior (Juruá); Maria Lucir dos Santos de Oliveira, Dona Maria (Beruri); e Ordean Gonçalves da Silva (Guajará).

Ipaam realiza ação educativa em barcos com destino à Parintins

A ação pretende conscientizar os turistas que visitam Parintins durante o Festival. (Foto: Andréia Carvalho/Ipaam)

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e a Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Amazonas (Sema), realizam campanha educativa para diminuição de resíduos sólidos descartados de forma irregular nos rios. A campanha acontece hoje e amanhã (22 e 23/06), nos barcos com destino a Parintins.

Segundo a gerente do Núcleo de Educação Ambiental (NEA) do Ipaam, Terezinha Melo, a campanha é para orientar os usuários das embarcações que fazem o trajeto para Parintins a não jogar o seu lixo nos rios durante a viagem.

“Dentro de cada barco tem o cesto para colocar o lixo. Então, a latinha, o copo descartável e a garrafinha não devem ser jogados nos rios, porque eles podem ser reciclados”, explica a gerente.

A cada ano, os turistas se conscientizam mais sobre o descarte consciente, é o que diz o dono de embarcação Josias Barroso.

“Hoje em dia a gente vê poucos passageiros atirando algum tipo de material no rio, a maioria coloca o lixo no local certo. Nós procuramos disponibilizar lixeiras para que não haja esse tipo de problema”, afirmou.

Para Marivete Soares, cozinheira de bordo há 30 anos e que viaja para assistir ao Festival Folclórico de Parintins, essa é uma questão muito séria e que precisa ser combatida todos os dias, pois daí depende a preservação tanto dos rios quanto das espécies que neles vivem.

“Quando vejo alguém fazendo isso eu chamo a atenção, aponto para a lixeira e falo mesmo que não pode jogar lixo no rio. Isso faz muito mal para o meio ambiente, isso pode acabar com os nossos peixes, porque eles comem o que é jogado nos rios”, relatou Marivete.

*Com assessoria

Comissão da Mulher da Aleam inicia campanha “Deixa de enxerimento” com panfletagem

Foto: Miguel Almeida

Uma panfletagem com material informativo deu início à campanha “Deixa de enxerimento – importunação sexual é crime e dá cadeia”. A campanha, que tem objetivo de combater esse tipo de crime praticado contra as mulheres nos meios de transporte (embarcações, ônibus, etc), é uma realização da Comissão da Mulher, da Família e do Idoso da Assembleia Legislativa do Amazonas. A ação foi realizada hoje (22), na área da balsa amarela, zona portuária do Centro de Manaus. A iniciativa conta com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Amazonastur e das secretarias de Segurança Pública e Cultura e Economia Criativa, além de outros poderes e instituições envolvidos na pauta da defesa da mulher.

A campanha “Deixa de enxerimento”, de acordo com a deputada estadual Alessandra Campêlo (PSC) e o deputado estadual Roberto Cidade (União Brasil), iniciou justamente na área de acesso às embarcações, um dos modais de transporte onde esse tipo de crime ocorre com frequência na região. Os registros apontam que a importunação sexual acontece nas redes, enquanto as mulheres dormem.

“A campanha foi criada a partir de uma denúncia de importunação sexual que chegou à Comissão da Mulher, ocorrida num barco regional em Barreirinha. Com essa iniciativa, o Poder Legislativo quer sensibilizar a sociedade sobre a importância do respeito às mulheres e ao mesmo tempo informar que esse tipo de conduta é configura crime e dá cadeia”, explicou a deputada Alessandra durante a panfletagem.

Segundo o presidente da Casa, deputado Roberto Cidade, a campanha inicia em Manaus e continua em Parintins (369 km), aproveitando o grande fluxo de visitantes que viajarão de barco rumo à Ilha Tupinambarana para o festival folclórico deste ano.

“É essencial que a Assembleia Legislativa cumpra seu papel de defesa e proteção das mulheres, não apenas legislando sobre o assunto, mas também com ações efetivas que as protejam de verdade”, destacou Roberto Cidade.

Conceito

A Lei Federal nº 13.718/2018, mais conhecida como Lei de Importunação Sexual, tornou crime “praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”. A pena é de um ano a cinco anos de prisão.

Como importunação sexual estão inclusos casos como cantadas invasivas, beijos forçados, toques sem permissão, até mesmo casos de ejaculação, que já foram registrados dentro do transporte público em diversas cidades do País.

Leis estaduais em vigor

A Assembleia Legislativa já vem discutindo esse tema e propondo avanços na legislação. A Lei 5.022/2019, de autoria da deputada estadual Alessandra Campêlo (PSC), obriga eventos, casas de show, bares e restaurantes a afixar placas ou similares de forma legível e aparente ao público a Lei Federal da importunação sexual.

No mesmo sentido, a Lei 5.247/2020, de autoria do deputado estadual Roberto Cidade (União Brasil), obriga a divulgação do crime de importunação sexual nos transportes públicos do Amazonas, como ônibus, embarcações, táxis e carros que fazem corridas para aplicativos.

Canais de denúncia:

Central de Atendimento à Mulher: 180
Polícia Militar: 190
Delegacias Especializadas em Crimes contra a Mulher:
Parque Dez (92) 3236-7012
Cidade de Deus (92) 3582-1610/8152
Colônia Oliveira Machado (92) 3214-3653/3641
Comissão da Mulher da Assembleia Legislativa do Amazonas (92) 3183-4353

Com informações da assessoria

Caprichoso e Garantido fazem ajustes para o maior Festival Folclórico de todos os tempos

Foto: Bruno Zanardo / Secom

Alegorias dos bumbás já estão sendo transportadas para a concentração do Bumbódromo

A dois dias da primeira apresentação no 55º Festival Folclórico de Parintins, Caprichoso e Garantido entraram na fase final dos preparativos para o espetáculo. Na manhã de hoje (22), parte das alegorias dos bumbás já ocupava a área da Praça dos Bois, que fica próximo à concentração do Bumbódromo.

Cada boi conta com cerca de 200 homens que fazem o transporte das alegorias dos galpões para as imediações do Bumbódromo.

O boi Garantido, primeiro a se apresentar na noite de sexta-feira (24), já tem quase 100% dos módulos na área da concentração.

“Há poucas alegorias na Cidade Garantido e, na Praça dos Bois, nós vamos apenas fazer reparos, alguns acabamentos que não dá para fazer na Cidade Garantido, mas o boi está praticamente pronto. Tanto a parte das alegorias, a parte dos figurinos, as pessoas que fazem parte do corpo cênico, e que moram em outras cidades, já começaram a chegar. O pessoal de Maués já está aqui, de Santarém, de Óbidos, os de Presidente Figueiredo já estão vindo de barco, o pessoal de Manaus também”, pontuou Antônio Andrade, presidente do Garantido.

O Caprichoso, que iniciou a locomoção das alegorias ontem (21), é o segundo bumbá a se apresentar, na noite de abertura do festival.

“A gente sabe que esse ano foi um período mais curto para fazer o festival, mas graças a Deus a gente está cumprindo todo o nosso cronograma. Parte da nossa estrutura está toda montada, para que a gente possa sair com o nosso boi pronto para começar a estacionar na concentração e ficar só esperando a primeira noite. Eu tenho certeza que a partir do momento que o festival começar, a gente vem com tudo para fazer uma grande apresentação”, afirmou o presidente do Caprichoso, Jender Lobato.

Para colocar os bois na arena em 2022, depois de dois anos sem a realização da festa por conta da pandemia de Covid-19, os bois receberam aporte histórico do Governo do Amazonas. Foram repassados R$ 10 milhões, sendo R$ 5 milhões para cada agremiação.

Ajustes

Para afinar detalhes das apresentações, os bois realizam passagens de som abertas ao público, com acesso gratuito.

A primeira passagem de som aconteceu ontem (21), com o boi-bumbá Caprichoso. Os portões da entrada da galera azulada vão ser abertos às 18h, e a passagem de som, com as toadas das três noites do festival, inicia às 20h.

A passagem de som do Garantido acontece hoje (22/06), às 20h, com entrada pelo portão da galera vermelha e branca. Os levantadores de toada, os músicos e todos os itens oficiais da agremiação vão entrar na arena.

Acesso de crianças

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa orienta ainda sobre a proibição de crianças menores de 10 anos, inclusive na passagem de som.

Conforme a portaria emitida pelo juiz Lucas Couto, responsável pela área da Infância e Juventude na Comarca de Parintins, no final de março, fica proibido o ingresso de crianças com menos de 10 anos de idade nas áreas destinadas às galeras – como são denominadas as torcidas das duas agremiações –, mesmo acompanhadas dos pais ou responsáveis.

Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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