No sábado, 29 de julho, estreia a versão brasileira de “Kiss Me Kate, O Beijo da Megera”. Nesta quarta-feira, a produção reuniu a imprensa para uma entrevista coletiva. Em resposta a um jornalista Miguel Falabella rebate críticas sobre a Lei Rouanet e outras formas de incentivo à produção cultural.
Abusando do deboche, o ator lembrou sua carreira de 40 anos, além disso, ressaltou que muito se fala sobre a Rouanet, mas pouquíssimo se sabe a respeito. Por isso, também atacou a falta de conhecimento a respeito.
“É de uma profunda ignorância se atacar uma coisa que não se entende. É triste. As vezes tem uns imbecis que falam ‘tá mamando no governo’, ‘é vagabundo’. Eu nunca trabalhei, não. Aliás, sou notoriamente vagabundo há quarenta anos. Ah, vai se fu…”, disse.
Apesar da crítica mais escrachada, o ator também falou sério a respeito, destacou a importância dos incentivos e a relevância deles para a sociedade como um todo (financeiramente, inclusive).
“O que conseguimos com bilheteria não se consegue fazer. Então, é preciso investimento, sim. Para se fazer musical hoje em dia no Brasil, as leis de incentivo são fundamentais”, ressaltou.
Em seguida, lembrou o retorno dos investimentos: “A contrapartida das leis é brutal. A prestação de contas é das coisas mais auditadas que tem nesse país. Há uma contrapartida muito importante. E elas são fundamentais para manter essa atividade teatral viva. Toda civilização forte tem um teatro forte”.
Dificuldades
O musical de Cole Porter chega ao Brasil sob a direção de Charles Möeller e Claudio Botelho, que já trabalharam com a mesma peça em outra montagem. Além do momento em que Miguel Falabella rebate críticas sobre a Lei Rouanet, ele também fez revelações sobre os bastidores. De acordo com o ator, “Kiss Me, Kate”é física e vocalmente difícil. Sendo assim, precisou de uma preparação árdua para subir no palco. Ao responder sobre os desafios, disse que voltou à academia e até perdeu uns quilos.
“Sabia que era um personagem muito difícil, principalmente vocalmente, mas eu gosto de desafios e acho que é isso que mantém a gente vivo, jovem de alguma forma. Comecei a estudar obsessivamente, a ter um preparo físico, porque é uma peça que me exige fisicamente um trabalho inacreditável. Tive que emagrecer e estar muito bem atleticamente para fazer esse espetáculo.”, ressaltou.
Reencontro
Após mais de três décadas de carreiras representativas no teatro brasileiro, Miguel Falabella e a dupla Charles Möeller & Claudio Botelho estão juntos em “Kiss Me, Kate – O Beijo da Megera”. É a montagem brasileira do primeiro musical de Cole Porter que chegou ao Brasil. Aliás, a peça reúne clássicos do compositor americano, como ‘So In Love’ e ‘From This Moment On’. Todas as versões para o português são de Claudio Botelho.
A nova versão de ‘Kiss me, Kate – O Beijo da Megera’ estreia dia 29 de julho no Teatro Villa Lobos, em São Paulo. A produção é da Palco 7 Produções, Rega Início Produções, Solo Entretenimento e Verney Produções.
O elenco reúne nomes representativos do teatro musical brasileiro, como Fafy Siqueira, Bruna Guerin, Guilherme Logullo, Fred Silveira, Edgar Bustamante, Fernando Patau, Rafael Machado, Mari Gallindo, Thiago Machado, Leo Wagner, entre muitos outros. Sob regência do maestro Paulo Nogueira, a orquestra conta ainda com 12 músicos.
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