Companhias de dança da Alemanha e dos Estados Unidos vão apresentar coreografias criadas pelo diretor artístico do Corpo de Dança do Amazonas (CDA), Mário Nascimento. O coreógrafo da companhia viaja, neste domingo (13/03), para Dresden, no leste da Alemanha, onde vai passar um mês montando e transmitindo a coreografia aos bailarinos alemães.
O espetáculo “Alemanha – BachBrasil | A Arte da Fuga – A dança-teatro de Mário Nascimento”, estreia no dia 17 de abril.
A passagem pelos EUA também será de um mês, segundo o diretor do CDA, que viaja para o país em setembro. Ao todo, 17 bailarinos do Estado de Minnesota vão apresentar a coreografia de Nascimento na turnê americana a partir de outubro.
Além das apresentações internacionais, o diretor também montará, em junho, a coreografia da companhia de dança do Teatro Guaíra, em Curitiba (PR). A estreia da apresentação será em agosto.
Nascimento destaca que a temática amazônica e a qualidade do balé amazonense foram notadas pelas companhias internacionais a partir da apresentação do CDA, em outubro do ano passado, na abertura do Festival de Dança de Joinville.
“Todos os trabalhos têm um lugar de discussão, não é somente fazer uma coreografia, que as pessoas vão gostar como um entretenimento. Ela tem que causar uma reflexão do que estamos vivendo neste momento. Eu levei essa discussão com o CDA no espetáculo (“TA – Sobre Ser Grande”, apresentado no Festival). No caso do CDA foi uma coreografia muito forte, que tem um peso e chamou a atenção”, destaca o coreógrafo.
Potência do CDA
Criado em 1998, o CDA é mantido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
Há dois anos no comando do CDA, Mário Nascimento destaca a companhia que dirige como uma das melhores do Brasil. Para ele, o Corpo de Dança tem características únicas que o diferencia dos demais corpos públicos do país.
“Eu acho que é uma grande companhia por uma característica muito diferente em relação às outras companhias: é a maneira de dançar, de estar em cena, os corpos, a estética da companhia, o tempo que ela trabalha e o fato dela estar aqui dentro da Amazônia. Tem um lugar próprio, uma linguagem que deu muito certo com meu trabalho, que veio como uma simbiose acertada”, conclui.