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A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou, na manhã desta quarta-feira (12), o primeiro óbito por varíola dos macacos no estado. Trata-se de um paciente de 26 anos que estava internado desde o dia 1° de agosto no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na capital paulista, passava por tratamento antiviral e tinha comorbidades.

O Brasil já registra seis mortes pela doença – uma em São Paulo, três no Rio de Janeiro e duas em Minas Gerais. Todas as vítimas tinham histórico de baixa imunidade ou problemas de saúde pré-existentes.

De acordo com o Ministério da Saúde, são 8.461 casos confirmados pelo país, nos estados de São Paulo (3.847), Rio de Janeiro (1.137), Minas Gerais (527), Distrito Federal (267), Goiás (509), Bahia (116), Ceará (377), Rio Grande do Norte (96), Espírito Santo (95), Pernambuco (164), Tocantins (11), Amazonas (155), Acre (1), Rio Grande do Sul (238), Mato Grosso do Sul (132), Mato Grosso (99), Santa Catarina (302), Paraná (229), Pará (48), Alagoas (13), Maranhão (22), Paraíba (30), Piauí (18), Roraima (4), Rondônia (7), Amapá (2) e Sergipe (15).

Sobre a varíola dos macacos

A doença não é transmitida por macacos aos seres humanos, no entanto, leva esse nome por ter sido observada, primeiramente, em primatas de países africanos. O vírus da monkeypox, que faz parte da mesma família da varíola, é transmitido entre pessoas, principalmente no contato íntimo e sexual.

Como prevenção, órgãos de saúde aconselham que seja evitado: contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele; beijos, abraços ou relação sexual com alguém com a doença; que seja feita a higienização das mãos com água e sabão e uso de álcool gel; que não sejam compartilhados roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais; que utilizem máscaras, protegendo contra gotículas e saliva, entre casos confirmados e contactantes.

O principal sintoma da doença é o aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas, que podem surgir no rosto, dentro da boca ou em outras partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais ou ânus. Também podem aparecer caroços no pescoço, axila e virilhas; e os pacientes podem apresentar febre, dor de cabeça, calafrios, cansaço e dores musculares.

Orientação do Ministério da Saúde

Todas as pessoas com sintomas compatíveis de varíola dos macacos devem procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) imediatamente e adotar as medidas de isolamento. O diagnóstico é realizado de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético. As amostras são direcionadas para oito laboratórios de referência no Brasil.

*Com Estadão Conteúdo