25.3 C
Manaus
Início Site Página 1897

Ameaçado de extinção, cachorro-vinagre é resgatado perdido em chácara de MT

A espécie está ameaçada de extinção, segundo ICMBio — (Foto: Reprodução/TVCA)

Um cachorro-vinagre foi resgatado pela Polícia Ambiental em uma fazenda em Paranatinga, a 375 km de Cuiabá. O animal estava perdido e foi encontrado pelos moradores do local, que forneceram comida para ele. A espécie é ameaçada de extinção, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

De acordo com o Comandante da Polícia Ambiental, Tenente Croronel Renato Carneiro Macedo, o animal foi resgato em uma chácara, quando ainda era filhote e foi apelidado de ‘Juca’. No local, os moradores o alimentaram e o acolheram até o resgate dos policiais.

“Um pessoal em uma região de chácara se deparou com ele ainda filhote, provavelmente perdido da mãe. Por ele ser da família dos cachorros domésticos e ter uma proximidade com o ser humano, essas pessoas começaram a fornecer alimento para ele e ele foi se habituando com esse contato”, disse.

O animal foi levado para a base da Polícia Ambiental em Rondonópolis, 218 km de Cuiabá, onde passou por cuidados.

A médica veterinária Araci Moreira Simões Nogueira Borges disse que o Juca está saudável e não apresentou nenhum sinal clínico de algum processo infeccioso.

De acordo com o ICMBio, a população dessa espécie no Cerrado tem uma probabilidade de ficar extinta em no máximo 100 anos. O risco se deve ao desmatamento, atropelamentos, a caça de suas presas e a infecção por doenças como raiva e sarna, transmitidas por animais domésticos.

Não há uma definição sobre o motivo do animal se chamar cachorro-vinagre. Um animal adulto pode viver em média dez anos e atingir cerca de 70 centímetros de comprimento.

Acredita-se que o Juca tenha entre um ano e meio a dois anos. Por ser acostumado a viver quase que de forma doméstica ele será transferido para um zoológico de Brasília, onde deve ganhar uma parceira com objetivo de preservação da espécie.

“Nós já recebemos a informação de que houve interesse de duas instituições. Uma dos Estados Unidos e uma da Itália para fazer a reprodução dessa espécie. Ele é macho e querem fazer o acasalamento para a reprodução desses animais”, disse o comandante da Polícia Ambiental.

*Com G1

 

Comunidades ribeirinhas de Manaus são beneficiadas com nova UBS Fluvial

(Foto: Camila Batista/Semsa)

A comunidade Santa Maria, localizada na Calha do Rio Negro, a 57 quilômetros do centro urbano de Manaus, foi a primeira a receber os serviços da Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF) Dr. Ney Lacerda depois de revitalizada pela Prefeitura de Manaus. Na embarcação, com estrutura similar a uma unidade terrestre de pequeno porte, estão sendo oferecidos atendimento médico e odontológico, exames laboratoriais, medicamentos, vacinas e acompanhamento de rotina para crianças, adultos e idosos que residem na região.

A UBS fluvial integra a estrutura de assistência do Distrito Rural da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e contribui para o atendimento das 60 comunidades ribeirinhas, distribuídas em 150 quilômetros do rio Negro e em outros 170 quilômetros do rio Amazonas, dentro dos limites da capital.

A solenidade de entrega da unidade foi feita na manhã desta sexta-feira, 10/6, pelo secretário municipal de Saúde, Djalma Coelho, que destacou a importância do atendimento móvel às pessoas que residem nas margens dos rios. “Mesmo com o fator amazônico e as dificuldades logísticas, estamos dando às comunidades ribeirinhas acesso à saúde. Essa unidade tem uma boa carteira de serviços, com todas as vacinas do calendário nacional, farmácia ampliada e uma estrutura completa para oferecer assistência de qualidade”.

Djalma Coelho explicou que as unidades básicas fluviais atendem às especificidades da região e são a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS) para as populações que residem longe dos centros urbanos. Ele ressaltou que o papel dessas estruturas é promover a saúde da população, prevenindo quadros graves e a necessidade de atendimento ou internação na rede de média e alta complexidade.

O secretário também ressaltou que a reforma da UBSF foi o passo inicial para o credenciamento da unidade junto ao Ministério da Saude. “O prefeito David Almeida determinou que todos os procedimentos para viabilizar essa etapa fossem realizados, porque a partir daí a unidade passa a receber verba federal, ao invés de ser mantida apenas com recursos do Tesouro municipal”, afirmou.

Suporte

Na comunidade Santa Maria residem aproximadamente 2,5 mil famílias e os moradores também contam com um ponto de apoio, similar a uma UBS, e com a atuação dos agentes comunitários de saúde (ACS) que levantam as necessidades do local e agendam os atendimentos junto à equipe fluvial.

“Esse apoio nas comunidades é fundamental para o nosso trabalho”, observou o diretor da UBSF Dr. Ney Lacerda, Assis Cavalcante da Silva. Ele explicou que, a cada viagem, o barco aporta em 13 locais, onde atende 40 comunidades.

Segundo Assis, em média, são recebidas cem pessoas por turno. Além dos usuários agendados, a equipe atende por livre demanda, inclusive os casos que precisam de encaminhamento para unidades mais avançadas ou remoção de urgência pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Para o presidente da Associação de Moradores da Comunidade Santa Maria, Harlen Sanches, a presença da UBSF garante mais segurança e conforto para os moradores. “O barco significa vida, saúde, e é um grande apoio”, destacou.

Eficiência

O diretor do Distrito de Saúde Rural, Rubens Souza, explicou que as viagens das unidades fluviais são programadas para períodos de 10 dias e que no ano passado 24,8 mil pessoas tiveram acesso aos serviços de saúde itinerante. Desse total, 8,2 mil atendimentos foram feitos pela equipe da UBSF Dr. Ney Lacerda e 16,6 mil pela segunda unidade da Semsa, a UBSF Dr. Antônio Levino.

“Embora o barco tenha ficado parado por aproximadamente um ano para a reforma, a equipe continuou a percorrer as comunidades com o suporte da outra UBSF”, salientou.

A eficiência do atendimento rural ribeirinho acaba de ser atestada pela Semsa, que fez a apuração individual dos itens de avaliação do Programa Previne Brasil do primeiro quadrimestre deste ano e a UBSF Antônio Levino está entre as dez unidades com maior Índice Sintético Final (ISF). A nota considera sete itens de qualidade, definidos pelo Ministério da Saúde, nas áreas de saúde da mulher, saúde da criança, atenção odontológica e doenças crônicas.

Estrutura

A operação da UBS Fluvial Dr. Ney Lacerda é garantida por uma equipe de 19 servidores, entre profissionais de saúde (médica, enfermeira, cirurgiã-dentista, assistente em saúde, farmacêutico, bioquímico, auxiliar de patologia clínica), diretor e equipe de tripulação e apoio (auxiliares de convés, contramestre, auxiliar de contramestre, mecânico de embarcação, auxiliar de mecânico e cozinheiro).

A embarcação tem recepção com sala de espera, consultório médico e de enfermagem com maca ginecológica para coleta de exame preventivo (citopatológico), consultório odontológico, sala de imunização, farmácia, laboratório de análises clínicas e salas de coleta de exames, de lavagem de materiais, de esterilização e de procedimentos como curativos e atendimentos de urgência básica.

Investimento

O subsecretário de Gestão Administrativa e Planejamento da Semsa, Nagib Salem, informou que a reforma da UBSF incluiu restauração do casco com suporte de chapa de aço, reforço do tanque de combustíveis com instalação de chapa de alumínio, pintura interna e externa, instalação de revestimento em PVC em toda a área de atendimento ao público, revisão elétrica e mecânica e instalação de equipamentos de monitoramento (câmeras, sensores e barreiras).

 

Novo recorde de desmatamento é registrado na Amazônia

Foto: Edilson Dantas / O Globo

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmava que seu governo reforçou o combate contra o desmatamento, em discurso na Cúpula das Américas, foi anunciado, no Brasil, que mais um recorde negativo foi superado no assunto. Nesta sexta, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostrou que a Amazônia sofreu devastação em 2.867 km2 em seu território, o maior valor registrado para o período desde o início da série histórica, em 2016.

O resultado de maio apontou desmatamento de 900 km2, o segundo maior registro para o mês, atrás apenas do resultado de 1.390 km2 de 2021. A análise é do sistema Deter, que envia alertas de alteração na cobertura florestal em áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²). Os novos dados suscitaram críticas de ambientalistas.

“Os recordes de desmatamento representam a falta de políticas ambientais, bem como o desmonte daquelas que eram efetivas. Não é aceitável que a Amazônia continue como terra sem lei. Precisamos urgentemente retomar iniciativas de conservação e desenvolvimento sustentável na região e evitar projetos de lei prejudiciais ao meio ambiente que estão em tramitação no Congresso Nacional”, afirmou Mauricio Voivodic, diretor executivo do WWF-Brasil

Considerando o recorte dos cinco primeiros meses, 2022 é o terceiro ano consecutivo com recorde de desmatamento. Os 2.867 km2 de agora representam aumento de 12,7% em relação a 2021. O outro sistema utilizado pelo Inpe, o Prodes, costuma apresentar números mais precisos e até maiores que os do Deter, mas sua análise é feita sobre o período de agosto de um ano a julho do ano seguinte.

Amazonas é o estado que sofreu mais desmatamento

O estado que liderou o ranking de área devastada foi o Amazonas (298 km2), seguido do Pará (272 km2). Entre os municípios, os mais afetados foram Apuí (AM), Porto Velho (RO), Altamira (PA), Itaituba (PA) e Lábrea (AM). E as Unidades de Conservação (UC) mais afetadas foram a Área de Proteção Ambiental do Tapajós , a Floresta Nacional do Jamanxim e a Estação Ecológica Terra do Meio, todas no Pará.

Em contraste com a Amazônia Legal, o Cerrado teve redução de desmatamento em relação ao ano passado. Os 726 km2 devastados em maio, segundo o Deter, representam uma redução de 19% em comparação com as estatísticas de 2021. Os estados do Maranhão (192 km2), Piauí (165 km2), Tocantins (144 km2) e Bahia (99 km2) lideraram os números.

*Com Agência O Globo

 

Manaquiri recebe a 16ª edição do Chamas de Saúde

(Foto: Divulgação/CBMAM)

O município Manaquiri (a 60 quilômetros de Manaus), recebeu, nesta sexta-feira (10/06), a 16ª edição do Chamas de Saúde, projeto desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), na programação do Governo Presente. Os atendimentos aconteceram na Escola Estadual Anselmo Jacob, durante ação liderada pelo governador do Amazonas Wilson Lima.

Em dezesseis edições, o Chamas de Saúde já realizou 11.922 atendimentos médicos especializados somente no interior.

O Corpo de Bombeiros levou para o município vários especialistas médicos, como cardiologia, clínica geral, dermatologia, ginecologia, ortopedia, otorrinolaringologia e pediatria. Houve ainda atendimento em enfermaria, dispensação de medicamentos, palestras de prevenção, escavação e entrega de kits odontológicos para as crianças.

Muitas pessoas passaram pelo serviço social e realizaram agendamento de exames e consultas, além de teste rápido e coleta para exames laboratoriais.

O objetivo do Chamas de Saúde é oferecer os serviços de saúde que o Corpo de Bombeiros disponibiliza aos seus militares, e oferecer também para a população dos municípios do Amazonas, informou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, coronel Orleilso Muniz.

Nas ações do Chamas de Saúde é sempre realizado um trabalho prévio com as prefeituras dos municípios para identificar as necessidades de atendimento especializado, em seguida, os bombeiros montam as equipes e as estruturas para atender à demanda mapeada nos municípios.

O projeto Chamas de Saúde já atendeu a população do Distrito do Cacau Pirêra e os municípios de Iranduba, Autazes, Parintins, Rio Preto da Eva, Eirunepé, Carauari, Codajás, Anori, Manacapuru, Presidente Figueiredo, Maués, Anamã, Borba, Apuí e Manaquiri.

Atendimentos

Foram realizados um total de 318 atendimentos: Ortopedia (41), otorrinolaringologia (36), cardiologia (23), clínica médica (51), pediatria (27), farmácia (54), odontológico (53) e assistência social (33).

*Com assessoria

Bar do Boi encerra temporada azul no Sambódromo, em Manaus

(Foto: Divulgação)

O Movimento Marujada promove o Bar do Boi “A Ilha vai estremecer”, que encerra a temporada azul e branca em Manaus neste sábado (11), a partir das 21 horas. O evento será realizado no Centro de Convenções Gilberto Mestrinho – o Sambódromo – com entrada gratuita.

No palco do Bar do Boi, os itens oficiais do Caprichoso Patrick Araújo (Levantador de Toadas), Marujada de Guerra e Prince do Caprichoso (Amo do Boi) são presenças confirmadas. Arlindo Neto, Klinger Júnior, Paulinho Viana, Junior Paulain e Diego Brelaz completam a constelação, além das participações do Corpo de Dança Caprichoso (CDC), Troup Caprichoso, Raça Azul e Força Azul e Branca (FAB).

Para o presidente do Boi Caprichoso, Jender Lobato, esse último evento antes do Festival é emblemático. “Foi uma temporada linda e muito importante para o Caprichoso,  nossos torcedores estão prontos  pra fazer bonito no Bumbódromo,” avalia o presidente.

Beto Vital, presidente do Movimento Marujada prevê  que esse Bar do Boi vai ser um evento imperdível. “Estamos preparando uma festa linda com atrações incríveis que vão estremecer o Sambódromo”, disse Vital.

O Bar do Boi “A Ilha vai estremecer” tem mesas à venda pelo número (92) 99103-6772. Os camarotes podem ser adquiridos pelo (92) 98833-0777.

(Foto: Divulgação)

Caravana Azulada

Faltando menos de dez dias para descer o rio, a Caravana Azulada está com passaportes quase esgotados. A ousada e badalada viagem fluvial, criada em 2012, levará centenas de torcedores azulados de Manaus a Parintins, para o mais tradicional evento do Caprichoso antes do Festival – o Boi de Rua.

A melhor experiência de viagem a Parintins ainda tem passaportes à venda. O embarque para a Ilha será no Porto Manaus, em 17 de junho, às 19 horas. O retorno de Parintins será em 28 de junho, às 11 horas, no porto da cidade. A embarcação é o N/M Golfinho do Mar II, na qual a Caravana Azulada já desceu o rio nas edições de 2014 e 2015.

Os passaportes da Caravana Azulada custam R$ 400, incluem alimentação e podem ser adquiridos no escritório do Movimento Marujada, nos ensaios da Marujada de Guerra e no Bar do Lourinho, em variadas formas de pagamento sob consulta. Informações podem ser obtidas pelos fones (92) 99103-6772 e 99164-2585.

*Com assessoria

 

Piloto grava quando urubu ‘de estimação’ o reconhece e pousa nele no CE

(Foto: Arquivo pessoal/Instagram)

Um vídeo de um urubu pousando na perna de um piloto de parapente na Serra da Aratanha, no Ceará, fez sucesso nas redes sociais. Ricardo Guimarães foi o responsável pelo registro e afirmou ao UOL que o animal já é um velho conhecido dele.

Nas imagens, o homem chega a fazer carinho na ave, que aparenta reconhecê-lo. O rapaz contou que se surpreendeu quando o bicho voou com ele na primeira vez. “Ele pousou em cima do meu parapente e fiquei até meio receoso, daí balancei a vela para que ele saísse de cima e deu certo. […] Mas ele voou e me surpreendeu quando se aproximou por trás e pousou nas minhas costas”.

Mais do que voarem juntos, “Urú”, como foi batizado, foi resgatado com uma semana de vida pelo ambientalista Israel Mendes, o “Pacaroots”, amigo de Guimarães. “Ele levava Uru desde pequeno para ver os parapentes e se acostumar com a movimentação deles. Com o tempo, Uru aprendeu a voar e foi pegando gosto pelo voo”.

Apesar do animal ter se acostumado a voar e ter gostado de receber carinho, a relação surgiu aos poucos. “Ele era bem desconfiado no começo e não deixava chegar muito perto, porém fui me aproximando aos poucos e logo já estava fazendo carinho nele primeiro”, disse. “Daí, voamos lado a lado, e quando pousei, ele pousou junto”.

Hoje a proximidade é tanta que Urú faz questão de encontrar o piloto de parapente quando está voando. “Toda vez que chego para voar na rampa ele já se aproxima. Um dia estava voando sozinho e do nada ele apareceu e veio pousar na minha perna para receber um carinho”.

Guimarães diz ser identificado rápido pelo animal quando está no ar por causa do parapente vermelho. “Desde que comecei a voar com Uru, ele sempre dá um jeito de aparecer. Algumas vezes, ele me encontra no ar depois de ter decolado. Pode ser que ele veja meu parapente vermelho de longe e se aproxime”.

Piloto de parapente há um ano e meio, Guimarães explicou que os urubus são essenciais para esse esporte. “Usamos as mesmas técnicas para planar e ganhar altura, usando as [correntes] térmicas, que são lugares onde o ar está subindo. Apesar de serem invisíveis, os urubus estão sempre procurando por elas para que possam ficar voando sem bater asas”, disse.

“Pilotos sempre olham para o céu em busca de urubus rodando essas áreas. Se eles estão subindo, sabemos que nós também podemos subir”.

*Com UOL

 

Ex-presidente da Bolívia, Áñez é condenada a 10 anos de prisão

(Foto: Ricardo Carvallo Terán/ABI)

A ex-presidente interina da Bolívia, Jeanine Añez, foi condenada, na sexta-feira (10), a 10 anos de prisão, acusada de ter realizado um golpe contra seu antecessor, o esquerdista Evo Morales , em 2019.

O Tribunal de Primeira Instância de La Paz anunciou sua decisão sobre a “sentença de condenação” de 10 anos, a ser cumprida em uma penitenciária feminina em La Paz, três meses após o início do julgamento e 15 meses após a prisão preventiva da ex-presidente.

O tribunal, presidido pelo juiz Germán Ramos, anunciou em audiência “a condenação” da ex-presidente de 54 anos “pelos crimes de resoluções contrárias à Constituição e violação de deveres […] sentenciando-a à pena de 10 anos”.

Ramos, destacou na leitura da sentença “a plena convicção” dos magistrados sobre a “participação e responsabilidade criminal” de Áñez e dos demais réus, que também terão que pagar uma quantia ainda não especificada por supostos danos ao Estado.

Em sua argumentação final, Añez destacou que o tribunal “excluiu” provas que descartavam um golpe contra Morales em 2019, que estava no poder há 14 anos.

“Eu nunca busquei o poder”, disse ela, que se define como “presa política”.

“Fiz o que tinha que fazer, assumi a presidência por compromisso. Faria de novo se tivesse a oportunidade”, declarou Áñez aos juízes do tribunal, que a visitaram na prisão de La Paz, onde está detida desde março de 2021.
“Todo mundo sabe que sou inocente”, insistiu a ex-presidente, que governou entre 2019 e 2020, enquanto dezenas de manifestantes do lado de fora da prisão exigiam sua condenação.

Condenação

A ex-presidente foi condenada por descumprimento de deveres e resoluções contrárias à Constituição e às leis.

Também foram condenados a 10 anos de prisão o ex-comandante das Forças Armadas William Kalimán e o ex-chefe de polícia Yuri Calderón, ambos foragidos.

A ex-presidente anunciou anteriormente que recorreria em caso de condenação: “Não vamos ficar aqui, vamos à justiça internacional”.

Áñez foi julgada por seus atos como senadora, antes de assumir a presidência interina da Bolívia, em 12 de novembro de 2019.

Ela sucedeu Morales, dois dias depois da renúncia do mandatário, em meio a uma forte convulsão social. Os opositores denunciaram que Morales havia cometido fraude nas eleições de outubro daquele ano para ter acesso a um quarto mandato consecutivo, que iria até 2025.

Quando foi alçada a presidente interina, Áñez reprimiu a forte oposição de movimentos sociais e camponeses ligados a Morales.

Uma investigação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) estabeleceu que nos primeiros meses de seu governo houve 35 mortes em manifestações.

A defesa de Añez argumentou que o Tribunal Constitucional Plurinacional reconheceu a legalidade do mandato de Áñez e até o Congresso, controlado pelo partido de Morales, aprovou a prorrogação de seu mandato “constitucional” quando a pandemia de Covid-19 forçou o adiamento das eleições em 2020.

*Com G1

Rendimento dos brasileiros é o menor desde 2012, aponta IBGE

Em 2012, primeiro ano da série histórica da pesquisa, esse rendimento era o equivalente a R$ 1.417, em 2021 foi de R$ 1.353. (Imagem: Reprodução)

No segundo ano de pandemia, em 2021, o rendimento médio dos brasileiros caiu para o menor patamar registrado desde 2012. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rendimento médio mensal real domiciliar per capita em 2021 foi de R$ 1.353. Em 2012, primeiro ano da série histórica da pesquisa, esse rendimento era o equivalente a R$ 1.417. Em 2020, no primeiro ano de pandemia, era de R$ 1.454.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Rendimento de todas as fontes 2021, divulgados hoje (10). Esses valores referem-se a uma média de quanto recebe cada um dos brasileiros, por mês. Os valores de anos anteriores são atualizados pela inflação do período para que possam ser comparados. Esses rendimentos tratam-se de médias, o que significa que há grupos que ganham mais, grupos que ganham menos e ainda aqueles que não possuem rendimento.

A pesquisa mostra que, em média, os brasileiros estão recebendo menos e também que menos brasileiros possuem algum rendimento. O percentual de pessoas com rendimento na população do país caiu de 61% em 2020 para 59,8% em 2021, o mesmo percentual de 2012 e também o mais baixo da série histórica.

O IBGE considera no levantamento os rendimentos provenientes de trabalhos; de aposentadoria e pensão; de aluguel e arrendamento; de pensão alimentícia, doação e mesada de não morador; além de outros rendimentos.

Considerados apenas os brasileiros que possuem rendimento, a média mensal registrada em 2021 foi R$ 2.265, segundo o IBGE, a menor da série histórica. As menores médias desde 2012 entre as pessoas com rendimento também foram registradas em aposentadoria e pensão, com média de R$1.959 e em outros rendimentos (R$ 512).

Entre 2020 e 2021, a participação do trabalho na composição do rendimento médio aumentou de 72,8% para 75,3%. Mas, apesar do aumento da população ocupada, a massa do rendimento mensal real de todos os trabalhos caiu 3,1%, indo de R$ 223,6 bilhões para R$ 216,7 bilhões, no período.

“A pandemia afetou muito o mercado de trabalho em 2020 por causa do isolamento social que teve que ser feito para frear a pandemia. Então, o mercado de trabalho perdeu muita ocupação. O mercado de trabalho está retomando, mas o ritmo ainda está menor do que o de 2019”, diz a analista da pesquisa Alessandra Scalioni Brito.

Alessandra aponta ainda a inflação como um dos fatores que impactaram os rendimentos dos brasileiros, tanto provenientes do trabalho quanto de outras fontes, como aposentadorias, pensão alimentícia, entre outras. Em 2021, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, foi de 10,06% – a maior taxa acumulada no ano desde 2015.

Enquanto a participação do trabalho aumentou, a participação de outros rendimentos encolheu. A pesquisa de 2021 mostra que o percentual de domicílios com alguém recebendo recursos de programas sociais, como o auxílio emergencial, caiu de 23,7% para 15,4%.

“Foi um benefício apenas emergencial. Agora que a gente está tirando ele, a gente está vendo que ele cumpriu o papel ali de não deixar a renda cair tanto em 2020, mas em 2021 essa queda veio e a desigualdade voltou para o padrão que estava. As rendas estão menores e tivemos a questão inflacionária. Então, estamos em situação pior em 2021 em termos de renda”, diz Alessandra.

De acordo com a pesquisa, a queda do rendimento mensal domiciliar per capita foi mais intensa entre as classes com menor rendimento. Em 2021, o rendimento médio do 1% da população que ganha mais era 38,4 vezes maior que o rendimento médio dos 50% que ganham menos. O rendimento médio mensal daqueles com maior renda era de R$ 15.940; já entre os que ganham menos, era de R$ 415.

No início da pandemia do novo coronavírus, em 2020, essa razão reduziu para 34,8 vezes, atingindo o menor valor desde 2015. Isso ocorreu, segundo o IBGE, sobretudo por conta de outros rendimentos, como o auxílio emergencial.

A pesquisa aponta também as desigualdades de rendimento entre as regiões do Brasil. Em todas elas houve queda no rendimento médio mensal real domiciliar per capita entre 2020 e 2021. Enquanto na região Sudeste essa renda passou de R$ 1.742 para R$ 1.645 e na região Sul, de R$ 1.738 para R$ 1.656; na região Norte passou de R$ 966 para R$ 871 e na região Nordeste, de R$ 963 para R$ 843. Na região Centro-Oeste a variação foi de R$ 1.626 para R$ 1.534.

“O mercado de trabalho é mais informalizado no Norte e no Nordeste, então, a renda do trabalho ali tende a ter uma distribuição mais desigual. As regiões Norte e Nordeste tendem a receber mais benefícios de programas sociais e como houve essa mudança no auxílio emergencial, elas foram mais afetadas entre 2020 e 2021. Por isso tiveram esse aumento de desigualdade maior que em outras regiões”, diz Alessandra.

Segundo a pesquisa, a desigualdade, medida pelo Índice de Gini, considerando toda a população, aumentou entre 2020 e 2021, passando de 0,524 para 0,544. Considerada apenas a população ocupada, esse indicador ficou praticamente estável, variando de 0,500 para 0,499.

O Índice de Gini é um instrumento para medir o grau de concentração de renda, apontando a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. O índice varia de zero a um, sendo que zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. Já o um representa o extremo da desigualdade, ou seja, uma só pessoa detém toda a riqueza.

*Com Agência Brasil

Sertanejos ficam na mira da Justiça e sofrem com shows cancelados

(Imagem: Reprodução/Instagram)

Wesley Safadão se apresentaria na festa de São João de Viçosa, em Alagoas, neste domingo (12), mas foi proibido pela Justiça de subir ao palco. A decisão saiu na sexta-feira (10) e é do Tribunal de Justiça de Alagoas. Segundo a liminar requerida pelo Ministério Público, o cantor receberia R$ 600 mil pela participação no evento junino e o valor seria incompatível com a atual situação do estado.

A “CPI dos sertanejos” começou depois que Zé Neto, da dupla com Cristiano, criticou Anitta e os artistas que se beneficiam da Lei Rouanet. O próprio artista foi investigado pelo MP-MT devido ao show em Sorriso, Mato Grosso do Sul, quando ele falou mal da cantora. A partir daí, além de Safadão, nomes como Gusttavo Lima, Bruno e Marrone, Simone e Simaria também se viram no centro da polêmica.

O show que Gusttavo Lima faria em Conceição do Mato Dentro, Minas Gerais, foi suspenso. A apresentação deveria ocorrer durante a 30ª Cavalgada do Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos e custaria R$ 1,2 milhão aos cofres públicos da cidade. O prefeito José Fernando Aparecido de Oliveira lamentou a decisão e disse que a festa foi envolvida em “uma guerra político-partidária”.

“Precisaremos adiar a vinda do ‘Embaixador’. Tentaram envolver a nossa cidade e a minha honra pessoal em questões que não nos representam”, escreveu nas redes sociais.

Apesar de a prefeitura de Conceição do Mato Dentro ter anunciado ainda o cancelamento da apresentação de Bruno e Marrone — que custaria R$ 520 mil — o perfil oficial da dupla no Instagram confirmou a agenda do show para o dia 18 de junho deste ano.

Vale lembrar que Israel e Rodolffo (R$ 310 mil), Di Paulo & Paulino (R$ 120 mil), João Carneiro (R$ 100 mil) e Thiago Jhonathan (R$ 90 mil) eram os outros nomes confirmados na programação do evento.

Simone e Simaria também sofreram na mira da Justiça. Isso porque, o Ministério Público do Rio Grande do Sul anunciou que investigaria uma suposta irregularidade na contratação da dupla para a Festa da Gila e do Queijo Artesanal Serrano, em Bom Jesus, no próximo dia 15 de julho. O cachê das cantoras seria de R$ 380 mil. Não há informações sobre a realização do evento ou não.

*Com R7

Ex-ministro português da Ciência e Ensino Superior visita sede da Fiocruz Amazônia

Ex-ministro Manuel Heitor visitou também a presidente nacional da Fiocruz, Nísia Trindade

O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) recebeu na manhã de ontem (10), a visita do ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, Manuel Heitor, professor catedrático do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa e um dos incentivadores da criação de programas laboratoriais colaborativos, que estreitem os laços entre Brasil e Portugal, por meio de projetos de Ciência, Tecnologia e Inovação, desenvolvidos em parceria com a Fiocruz, com especial atenção para temáticas ligadas às mudanças climáticas, seus aspectos antrópicos e o impacto sobre a saúde das populações.

Manuel Heitor foi recebido pela diretora do ILMD, Adele Benzaken, e as vice-diretoras de Pesquisa e Inovação, Stefanie Lopes, e de Ensino, Informação e Comunicação, Rosana Parente. Ele conheceu os novos módulos laboratoriais da Fiocruz Amazônia e a estrutura do ILMD, em uma rápida apresentação. Manuel está no Brasil desde a semana passada, cumprindo extensa agenda de compromissos na cidade do Rio de Janeiro, onde esteve com a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade. Na pauta do encontro, eles trataram sobre o fortalecimento do programa de laboratório colaborativo que instituições portuguesas já mantêm com a fundação e buscaram identificar novas áreas de colaboração.

O ex-ministro foi o responsável pelo lançamento da ideia dos laboratórios colaborativos quando ainda integrava o governo português, de 2015 até início deste ano. A iniciativa tem como finalidade buscar o desenvolvimento tecnológico em vários campos, com a finalidade de perceber as necessidades das comunidades, unir parceiros públicos e privados e oferecer respostas concretas. “A Amazônia demanda esse olhar diferenciado, inclusive com aporte financeiro para a realização de pesquisas necessárias”, afirmou Adele Benzaken, ressaltando o interesse da Fiocruz Amazônia em fortalecer o relacionamento com outras instituições, sejam nacionais ou internacionais.

Manuel Heitor ouviu as explicações sobre o funcionamento dos laboratórios de pesquisa, programas educacionais, plataformas tecnológicas, coleções biológicas e biobancos da Fiocruz Amazônia. “É um privilégio estar aqui e conhecer esse trabalho da Fiocruz, que é determinante no Brasil. Estamos dispostos a colaborar e fortalecer os laços”, comentou Heitor. A diretora do ILMD ressaltou ainda a intenção de ampliar parcerias com instituições para a oferta de novos cursos de mestrado e doutorado, inclusive no interior do Amazonas.

Com informações do ILMD/Fiocruz Amazônia

POLÍTICA

Roberto Cidade confirma início das obras da Rodovia AM-240 após sua...

A atuação do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (UB), garantiu o início das obras emergenciais de...

ECOLÓGICAS

Aeroporto de Manaus é premiado pela ANAC por boas práticas ambientais

A VINCI Airports foi destaque na cerimônia de premiação do Programa Aeroportos Sustentáveis, promovido pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Cinco aeroportos administrados...