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Marcelo Ramos expressa repúdio ao descaso de Bolsonaro com crime organizado na Amazônia

Marcelo Ramos desabafa: “falta segurança, falta comida, falta escola, falta hospital, falta Brasil”.

O deputado federal lançou hoje (16) nota à imprensa com posicionamento frente à falta de um plano estratégico para defesa da Amazônia e proteção dos povos indígenas da região

Marcelo Ramos afirma que “a violência existe em todo lugar, mas se consolida quando falta a presença do Estado e subjuga a sociedade quando o governo se faz cúmplice do crime por ação ou omissão. Na Amazônia, a narrativa permissiva do Presidente da República com criminosos – garimpeiros ilegais, grileiros de terras, milícias armadas, desmatadores ilegais, agressores de populações indígenas e ribeirinhas – gera uma permissividade e uma certeza da impunidade que mata”, reforça ondignado.

E segue a nota afirmando que “outras mortes já ocorreram na Amazônia, como Chico Mendes (governo Sarney) ou Dorothy Stang (governo Lula) mas todas foram veementemente repudiadas pelo Presidente da República.

Jamais um presidente teve a insensibilidade e a insensatez de declarar que um dos assassinados era “malvisto na região” por fazer “matérias contra garimpeiros” ou ousou colocá-los na condição de culpados por partirem para uma “aventura” em uma “área selvagem”.

A tragédia com Dom e Bruno nos sensibiliza e nos alerta. Como brasileiros e como cristãos nos ressentimos pela incapacidade do Estado Brasileiro de proteger Dom, Bruno, mas também a incapacidade de proteger as populações indígenas, os ribeirinhos e muita gente simples que não vira notícia de jornal, como meu amigo Tuta, desaparecido com seu irmão e mais duas pessoas nas águas do Rio Purus, nas proximidades do município de Ipixuna.

A forma que o Brasil tem de pedir desculpas a Dom e Bruno é repudiando quem é tolerante com o crime, é protegendo o jornalismo livre e independente, é garantindo segurança às populações tradicionais. Importante lembrar que na área do Vale do Javari (município de Atalaia do Norte, o 3o pior IDH do Brasil) não falta só segurança! Falta comida, falta escola, falta hospital, falta Brasil”, conclui o deputado federal pelo PSD.

Ciops monitora motoristas de transporte por aplicativo em tempo real

(Foto: Tarcísio Heden/SSP-AM)

A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), por meio do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), monitora motoristas de transporte por aplicativo para prevenir ocorrências e oferecer maior rapidez no atendimento em situações de emergência.

O subcoordenador do Ciops, cabo Luiz Ricardo, explicou que os motoristas utilizam aplicativos gratuitos, disponíveis no sistema Android, para estabelecer um canal direto de comunicação com despachantes de ocorrência do Ciops.

“Temos convidado todas as lideranças de motoristas de aplicativo para vir até o Ciops e ter uma conversa inicial conosco. A partir dessa conversa, nós informamos quais as diretrizes que essas lideranças devem seguir para terem o acompanhamento da Secretaria de Segurança através desse monitoramento 24 horas”, disse.

O cabo explicou que as câmeras inteligentes também ajudam na redução desses crimes. “Através do programa Amazonas Mais Seguro, essas 500 câmeras têm sido essenciais na melhoria, monitoramento, recuperação e na localização de veículos. Com isso, nós conseguimos essa redução de roubo, furto e sequestros voltados a esses motoristas de aplicativos”, explicou o cabo.

Os motoristas de transporte por aplicativo se reúnem em grupos privados no aplicativo de segurança Drive Social, e adicionam o Ciops, a partir de uma solicitação formal. Nesses grupos, os motoristas estabelecem uma rede de proteção e acompanham os passos do colega. Em qualquer situação suspeita, a polícia é informada e passa a monitorar a situação. Em alguns casos, é feita a abordagem ao veículo.

Segurança

O líder de um dos grupos de motoristas por aplicativo, Antônio Lima, ressaltou a satisfação entre a SSP-AM e os motoristas.

“Essa é uma ferramenta que consegue localizar os motoristas, o trajeto e, caso necessário, ele pode pedir socorro através do aplicativo. É um método que exige o protocolo de segurança desenvolvido pela liderança e pelas as equipes”, enfatizou.

Dados

De janeiro a abril deste ano, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) registrou uma redução de 23% nos casos de roubos a motoristas de aplicativo, em relação ao mesmo período do ano passado, em Manaus. O levantamento foi feito pelo Centro Integrado de Estatística de Segurança Pública (Ciesp), da SSP-AM.

De acordo com os dados do Ciesp, até abril deste ano foram registrados 140 casos de crimes tendo motoristas de aplicativo como vítimas. Em 2021, no mesmo período, foram registrados 183 crimes desta natureza.

*Com assessoria

 

Chuva de fezes e urina provoca correria em ato de Lula com Kalil, em MG

Um drone sobrevoou o evento na Universidade do Triangulo Mineiro derramando o líquido nos presentes, pouco antes do evento com os candidatos. (Imagem: Reprodução)

Apoiadores do pré-candidato do PT Lula foram forçados a procurar refúgio após um drone, veículo aéreo não-tripulado, sobrevoar o local do evento derramando fezes e urina sobre os presentes. Veja o vídeo abaixo.

A informação é de O Tempo, no Twitter.

O evento, marcado na Universidade do Triangulo Mineiro, conta com a presença do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), que é pré-candidato ao governo de Minas Gerais com o apoio do petista.

Segundo o jornal O Tempo, “o mau cheiro chegou a incomodar os apoiadores de Lula e Kalil”.

*Com Diário do Poder

 

Espião russo usa passaporte brasileiro para tentar entrar no Tribunal Penal Internacional

Segundo os Serviços de inteligência da Holanda, homem queria investigar os supostos crimes de guerra cometidos na Ucrânia. (Foto: Piroschka Van de Wouw/Reuters)

O serviço de inteligência da Holanda informou, nesta quinta-feira (16), que impediu, em abril, um espião russo de acessar o Tribunal Penal Internacional, com sede na cidade holandesa de Haia. O objetivo do suspeito seria investigar supostos crimes de guerra cometidos desde o início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.

O espião usava um passaporte brasileiro com o nome de Viktor Muller Ferreira e data de nascimento 4 de abril de 1989, mas na verdade ele se chama Sergey Vladimirovich Cherkasov, nascido em 11 de setembro de 1985.

O espião russo foi considerado uma “ameaça à segurança nacional” e teve a sua entrada na Holanda negada e foi enviando de volta ao Brasil no primeiro voo com saída de Amsterdã.

O homem em questão planejava iniciar um trabalho no Tribunal Penal Internacional, o que lhe daria acesso ao prédio e aos sistemas do tribunal internacional. Segundo o serviço de inteligência da Holanda, ele usava uma “identidade falsa bem construída que escondia todos os vínculos com a Rússia em geral e com a inteligência militar russa em particular”.

“Se o oficial de inteligência tivesse obtido acesso ao Tribunal Penal Internacional, ele teria sido capaz de reunir informações e buscar (ou recrutar) fontes e organizar o acesso aos sistemas digitais da corte” e influenciado os procedimentos criminais, disse o serviço de inteligência holandês.

Esta não é a primeira vez que a Holanda expulsa espiões russos. Uma das ocasiões mais controversas foi em 2018, quando deportou quatro agentes dos serviços secretos russos que planejavam atacar, em uma época de investigações-chave envolvendo Moscou, a rede de internet da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), também em Haia.

Em março deste ano, o governo holandês expulsou 17 “oficiais de inteligência” de Moscou que estavam ligados a representações russas na Holanda “sob cobertura diplomática” e argumentou que a presença desses espiões no país é “uma ameaça à segurança nacional”.

Nem a Rússia nem a Ucrânia são membros do tribunal, mas Kiev aceitou a jurisdição do Tribunal e está trabalhando com a Promotoria na investigação de possíveis crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos em território ucraniano.

*Com R7

 

Prefeitura realiza 1ª Mostra Sustentável Manaus Verde

(Foto: João Viana/Semcom)

A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), realizará nos dias 22 e 23/6, a 1ª Mostra Sustentável Manaus Verde, com o objetivo de divulgar ações voltadas à sustentabilidade ambiental dentro do município. O evento, que faz parte do “Junho Verde”, mês dedicado à sensibilização e conscientização ambiental, acontecerá das 14h às 20h, no Centro de Convenções do Amazonas (CCA) Vasco Vasques, localizado na avenida Pedro Teixeira, zona Centro-Oeste da cidade. As inscrições devem ser realizadas por meio do link: https://www.sympla.com.br/1-mostra-sustentavel—manaus-verde__1612084

A Mostra vai reunir órgãos públicos, empresas, instituições de ensino e organizações da sociedade civil em um espaço de integração, promovendo o intercâmbio de boas práticas ambientais, iniciativas e soluções sustentáveis, por meio da exposição de produtos e serviços, além da oferta de palestras relacionadas aos temas.

A Semmas desenvolve o Programa Municipal de Arborização Urbana e Conservação Florestal Manaus Verde, que norteia as ações voltadas à sustentabilidade ambiental. “Nesse contexto, a Semmas realiza a Mostra como parte da programação do mês repleto de atividades relacionadas ao meio ambiente, o Junho Verde”, disse o titular da Semmas, Antonio Ademir Stroski.

Mostra

A Mostra Sustentável Manaus Verde surgiu da necessidade de se criar um espaço de apresentação e discussão de temas voltados à sustentabilidade ambiental. “Percebemos que existem muitas iniciativas e boas práticas que não são de conhecimento comum da sociedade e, por esta razão, é importante comunicá-las e levá-las a um número cada vez maior de pessoas, para que haja efetiva mudança no que se refere à sensibilização acerca das questões ambientais”, afirmou o gerente de Arborização da Semmas, Deyvson Braga.

Dentre as temáticas abordadas na Mostra, estão Gestão de Resíduos Sólidos, Reaproveitamento de Resíduos Sólidos, Fontes Alternativas de Energia, Móveis Sustentáveis, Agricultura Urbana, Bioeconomia e Soluções Baseadas na Natureza.

As palestras trazem os seguintes temas: Política Nacional de Resíduos Sólidos; Panorama da Legislação e Desafios da Logística Reversa; Inventário da Arborização Urbana de Manaus; Painéis Sustentáveis de Açaí; Mercado de Carbono; Vioeconomia – soluções baseadas na natureza; Permacultura – princípios e práticas para uma alfabetização ecológica.

Expositores

Os expositores confirmados são: Amazonas Eco Company (AMEC), ULBRA, Uninorte, Centro de Sementes Nativas da Amazônia (Universidade Federal do Amazonas – Ufam), Painel Sustentável (Universidade do Estado do Amazonas – UEA), Instituto Federal do Amazonas (Ifam) Campus Manaus Zona Leste, Águas de Manaus, Elsys, Musashi da Amazônia, Descarte Correto, IlumiSol Energia Solar, Ipê Instituto de Pesquisas Ecológicas, Inova Engenharia e Projetos, Cáritas Manaus – Mulheres da Floresta e Eco Joias (Instituto Mãe Amiga), Farinha Gourmet Cabocla, Rita Prossi Biojoias, Moda Sustentável Ecojoias, Valdely Knupp (PANCs), Unicoba e Inteceleri Tecnologia para a Educação. O evento conta com o apoio da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam).

 

Ataques às eleições e ao Judiciário são ataques contra a democracia, afirma Alexandre de Moraes

Foto: Getty Images

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse na quarta-feira, 15, que os ataques às eleições e ao Poder Judiciário são ataques contra a democracia.
“Não há democracia sem liberdade de expressão e imprensa livre. Não há democracia sem eleições periódicas, transparentes e diretas. Não há democracia sem Poder Judiciário independente. São os três pilares da democracia que o Brasil adota”, afirmou. “O ataque a qualquer desses pilares é o ataque à democracia.”

Moraes é relator de investigações sensíveis para o Palácio do Planalto, como os inquéritos das fake news e das milícias digitais, e virou um dos alvos preferenciais do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus apoiadores no STF.

No mês passado, Bolsonaro chegou a entrar com uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal e com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo que o ministro fosse investigado por abuso de autoridade. As iniciativas não vingaram.

O clima entre Executivo e Judiciário tende a piorar com a proximidade das eleições. Moraes vai assumir em agosto a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e estará à frente da organização do pleito.

A Justiça Eleitoral é outro foco dos ataques capitaneados pela militância bolsonarista. O próprio presidente levanta suspeitas reiteradas e infundadas sobre a segurança das urnas e chegou a defender uma contagem paralela de votos pelas Forças Armadas.

Sem citar o presidente, Moraes repreendeu o que chamou de um “discurso populista” que tenta minar a autoridade do Judiciário.

“É um discurso extremamente populista no sentido de que tal órgão, seja o Judiciário, seja um órgão de controle, não tem legitimidade porque não foi eleito pelo povo. A legitimidade dos Poderes do Estado e das instituições é dada pela Constituição. Um parlamentar está no Congresso, assim como alguém eleito no Executivo, porque as regras constitucionais do sistema eleitoral assim estabeleceram”, rebateu.

O ministro também afirmou que, com a consolidação da democracia, “as pessoas vão esquecendo os horrores de regimes não democratas”.

“Nós vamos esquecendo os perigos dos ataques à democracia, nós vamos perdendo o paradigma comparativo do que é exatamente viver sem uma democracia”, disse.

As declarações foram dadas no IX Encontro Nacional de Escolas Judiciárias Eleitorais (Eneje).

Atual presidente do TSE, o ministro Edson Fachin também discursou no evento. Ele pregou o repúdio a “práticas violentas e antirrepublicanas”, “especialmente no tempo contemporâneo que vivemos”.

“O enfrentamento da desconstrução autoritária em muitos países, inclusive no Brasil, se impõe na defesa da legalidade constitucional”, defendeu.

Fachin disse que todos os Poderes da República têm o dever de proteger as instituições democráticas.

“Não é demais ressaltar: a qualidade da democracia está diretamente ligada ao fortalecimento das instituições”, defendeu.

“Eleições livres, justas e periódicas, instituições em funcionamento, garantia da plena liberdade de expressão e do acesso à informação, pluripartidarismo, participação ativa e imprescindível dos partidos políticos e da sociedade são pressupostos para o estabelecimento de um sistema eleitoral que se pretenda democrático”, acrescentou.

*Com Estadão Conteúdo

 

Poupança: após alta da Selic para 13,25%, quanto rendem R$ 1.000 por ano?

Foto: Getty Images

Investimentos tradicionais de renda fixa, como Tesouro Selic, CDBs, LCIs e fundos DI voltam a ser beneficiados após mais um aumento da taxa básica de juros, a Selic, que subiu de 12,75% para 13,25% nesta quarta-feira (15). A 11ª alta da taxa básica de juros decidida pelo Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, tem como principal objetivo conter a inflação, mas acaba ajudando os investidores das aplicações de renda fixa que têm o rendimento baseado na taxa básica de juros.

Já a poupança continua com o ganho congelado por causa da regra da aplicação que passou a vigorar desde que a Selic ultrapassou 8,5% ao ano. Veja abaixo algumas simulações que estimam quanto podem render três dos investimentos de renda fixa mais tradicionais entre os brasileiros.

Quanto rendem R$ 1.000 em algumas aplicações

Passam a render quando os juros sobem as aplicações de renda fixa que têm o rendimento baseado na Selic, caso do Tesouro Selic, título público federal vendido no Tesouro Direto, ou de produtos que acompanham o CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro), como CDBs, LCIs e fundos DI.

Isso não acontece sempre com a tradicional poupança. A caderneta vai continuar com o rendimento fixo em 0,5% ao mês mais TR (Taxa Referencial, um indicador do mercado financeiro), por causa da fórmula que passou a valer após a Selic superar os 8,5%.

Ou seja, a poupança mais uma vez não vai conseguir aproveitar esse aumento da taxa básica dos juros, perdendo então um pouco mais de competitividade em relação a Tesouro Selic, fundos DI e outros produtos.

Veja abaixo quanto podem render R$ 1.000, em simulações que consideram uma aplicação por um ano mais um dia. Esse foi o prazo escolhido porque é o necessário para o aplicador pagar a alíquota de Imposto de Renda de 17,5%, no caso de produtos tributados.

Se ele fizer o resgate antes disso, vai pagar uma alíquota maior, conforme o prazo, sendo de 20%, até seis meses, e de 22,5%, para menos que isso.

Quanto rendem R$ 1.000 com a Selic a 13,25%:

  • Poupança: R$ 63,30 (considerando TR de 0,1580% e isenção de Imposto de Renda)
  • Fundos DI: R$ 104,64 (considerando Imposto de Renda e taxa de administração de 0,5%)
  • Tesouro Selic: R$ 109,54 (considerando alíquota de Imposto de Renda de 17,50%)

Quanto a pessoa terá na conta após a aplicação

Veja agora quanto a pessoa terá na conta depois desse rendimento, e compare com o valor que seria resgatado se a Selic não tivesse subido e continuasse a 12,75% ao ano.

Poupança: R$ 1.063,30 (antes da última alta dos juros, seriam R$ 1.063,60)
Fundos DI: R$ 1.104,64 (antes da última alta dos juros, seriam R$ 1.100,54)
Tesouro Selic: R$ 1.109,54 (antes da última alta dos juros, seriam R$ 1.105,19)

“Esperamos que o corte dos juros comece só em 2023. Logo, a renda fixa vai permanecer atrativa pelo menos até o fim deste ano. Os prefixados estão pagando cerca de 13% ao ano, o que é uma taxa bastante alta se considerar o baixo risco. Em três anos, o rendimento acumulado chega a quase 50%. É difícil a renda variável competir com a renda fixa nesse patamar.” disse Fabio Louzada, fundador da plataforma de educação financeira Eu me banco

Calculando o impacto da inflação

Profissionais de mercado destacam, entretanto, que o aplicador deve ficar atento ao impacto da inflação na carteira de investimentos. Mesmo com a Selic subindo, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que atingiu 11,73% nos 12 meses encerrados em maio, continua corroendo grande parte do ganho gerado pelo investimento.

Isso porque o investidor só apura um ganho real se o rendimento do investimento superar a inflação no período entre a aplicação e o resgate.

No mercado, as simulações mais usadas pelos profissionais costumam considerar a expectativa do mercado para a inflação ao fim de um período. A expectativa predominante hoje é a de que o IPCA esteja na casa de 8,9% ao fim de 2022.

Nesse caso, os ganhos obtidos pelo Tesouro Selic, de R$ 109,54, e dos fundos DI com taxa de administração de 0,5%, de R$ 104,64, superariam os R$ 89 que a inflação iria corroer do poder de compra ao longo dos próximos 12 meses.

O problema é que a inflação vem se mostrando mais resistente que o mercado vinha esperando, desde o ano passado. No começo deste ano, por exemplo, os economistas estimavam que o IPCA terminaria 2022 em 4,5% —e agora já admitem uma inflação anual de 8,9% ao fim de dezembro.

Por causa dessa incerteza, consultores financeiros recomendam que o aplicador opte pelo conservadorismo. Assim, nessas simulações, consideramos para cálculo do rendimento real a inflação atual, de 11,73%, e não as projeções.

“Para o investidor que já tem reserva de emergência, os investimentos como LCI e LCA também são ótimas opções, pois além de oferecer taxas vinculadas à Selic são isentos de Imposto de Renda.” falou Bruna Amalcaburio, analista da empresa de educação financeira Top Gain

Perda real ainda nas aplicações

Se essa inflação, de 11,73%, for mantida, ela vai corroer algo como R$ 117,30 de uma aplicação de R$ 1.000 mantida por um ano.

Veja o rendimento de algumas aplicações, descontando a inflação, de R$ 1.000 após 12 meses:

  • Poupança: perda real de R$ 54
  • Fundos DI: perda real de R$ 12,66
  • Tesouro Selic: perda real de R$ 7,76

Fim de alta dos juros no radar

O movimento de alta de juros, que começou em março de 2021, quando a Selic estava em 2% ao ano, deve ser interrompido pelo BC segundo projeções de mercado. É o que aparece no Boletim Focus, uma pesquisa semanal feita pelo banco com analistas de mais de cem instituições financeiras e consultorias.

Com a Selic no maior patamar em mais de cinco anos, a atividade econômica vai esfriar o suficiente para que a inflação pare de subir, dizem economistas.

“Em caso de concretização deste cenário, os títulos prefixados e indexados ao IPCA de prazos mais curtos devem apresentar valorização, diz a chefe de renda fixa da XP Investimentos” disse Camilla Dolle.

Mais risco de novos aumentos de juros

Mas o risco para esse cenário é a persistência de alta das matérias-primas, como o petróleo, no mundo, dizem economistas. Nesse caso, o BC pode ser levado a fazer mais aumento na taxa básica de juros.

“Apesar da desaceleração no IPCA de maio, a inflação segue disseminada.” afirmou Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research

“Nesse caso, os títulos prefixados e indexados ao IPCA de prazos mais curtos apresentariam desvalorização, criando eventuais oportunidades para investidores que buscam esses indexadores e prazos para composição de carteira.” disse Camilla Dolle, chefe de renda fixa da XP Investimentos

“Considerando as incertezas que ainda existem em relação a temas como inflação global e no Brasil, controle de gastos do governo e eleições presidenciais, a estratégia mais indicada é manter uma parte maior da carteira de renda fixa em ativos pós-fixados, como Tesouro Selic e títulos pós-fixados” diz o chefe de análise da Levante Asset, Fernando Martin.

*Com informações de Uol

Repasse de corte do ICMS dos combustíveis depende de renovação de estoques, diz setor

A expectativa é que o impacto total da medida só será sentido pelo consumidor de 10 a 15 dias após o início da vigência das novas alíquotas. (Foto: Shutterstock)

As distribuidoras de combustíveis alegam que precisam desovar estoques já comprados antes de iniciar o repasse do corte do ICMS aprovado pelo Congresso em lei que estabeleceu teto para o imposto estadual sobre esses produtos.

A expectativa é que o impacto total da medida só será sentido pelo consumidor de 10 a 15 dias após o início da vigência das novas alíquotas. O setor teme que a demora gere questionamentos e pressão do governo para agilizar o repasse.

A medida afeta principalmente a gasolina, que terá um corte médio de R$ 0,657 por litro, segundo cálculos do consultor Dietmar Schupp. No diesel, quase todos os estados já praticam alíquotas inferiores a 17%.

A lei que estabelece um teto para o ICMS foi aprovada na manhã desta quarta-feira (15), depois que falhas técnicas no sistema de votação da Câmara dos Deputados forçaram uma nova votação. A mudança enfrenta resistência dos estados, que ainda não decidiram se vão à Justiça questioná-la.

O teto do ICMS é parte de um pacote de projetos legislativos patrocinados pelo governo para tentar reduzir os preços dos combustíveis, contendo assim impactos negativos da inflação sobre a popularidade de Bolsonaro às vésperas das eleições.

O setor de combustíveis apoia as medidas, mas defende que o repasse não será imediato, já que as distribuidoras têm estoques comprados com alíquotas anteriores.

Além disso, lembra o advogado Eduardo Natal, sócio do escritório Natal & Manssur, a adoção das novas alíquotas depende de revisão do convênio do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) sobre o tema.

“Uma vez feita a confirmação das novas alíquotas em cada estado, inferiores às atuais na grande maioria dos casos, uma nova redução de preços chegará aos consumidores, quando os estoques igualmente tiverem sido renovados”, diz, em nota, o IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás).

A tributação sobre os combustíveis é feita pelo sistema de substituição tributária, concentrando a arrecadação de impostos em refinarias e importadores. Assim, ao comprar uma carga, as distribuidoras já pagam na fatura impostos federais e estaduais.

Segundo fontes do setor, os repasses serão mais rápidos a mercados próximos a refinarias, onde os estoques das distribuidoras costumam ser menores. Em mercados abastecidos por importações, as empresas tendem a ter mais produtos armazenados, para evitar problemas de suprimento.

O setor teme a repetição de embate ocorrido durante a greve dos caminhoneiros de 2018, quando o governo forçou as empresas a reduzir imediatamente os preços após a concessão de subsídio ao diesel. Os prejuízos são discutidos na Justiça até hoje.

A expectativa agora é que, com pressa para dar uma resposta ao eleitor, Bolsonaro inicie uma ofensiva contra distribuidoras e postos por agilidade nos repasses da redução do ICMS, com impactos nas margens operacionais das empresas.

Segundo os cálculos de Schupp, o teto do ICMS reduzirá o preço da gasolina entre R$ 0,441 por litro, no Amapá, e R$ 1,153, no Rio de Janeiro, que tem a alíquota mais cara do país.

O etanol hidratado cairá entre R$ 0,126, no Mato Grosso do Sul, e R$ 0,624, no Tocantins. Em São Paulo e Minas Gerais não há redução.

No caso do diesel, não há impacto em 17 estados e no Distrito Federal, onde a alíquota já é inferior a 17%. Nos outros, o corte ficará entre R$ 0,04 a R$ 0,07 por litro. Por isso, caminhoneiros classificam a medida de ineficaz e ameaçam paralisar.

As contas de Schupp consideram que a alíquota será aplicada sobre o preço de referência usado atualmente para o cálculo do imposto, que está congelado desde o fim de 2021. Caso os estados aumentem o preço de referência, pode haver aumento de preços.

Eventuais novos aumentos de preços nas refinarias podem também ofuscar parte do ganho. Com petróleo acima dos US$ 120 por barril e dólar acima dos R$ 5, a Petrobras é pressionada a promover novos reajustes, mas o governo tenta adiar a decisão.

Segundo cálculos da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a diferença entre o preço interno da gasolina e as cotações internacionais está em R$ 0,67 por litro nesta quarta. No caso do diesel, a defasagem é de R$ 1,08 por litro.

Para o setor de combustíveis, as novas alíquotas do ICMS simplificam a tributação sobre os combustíveis e reduzem a margem para sonegação fiscal e operações irregulares no comércio dos produtos, que custam cerca de R$ 14 bilhões por ano, segundo o ICL (Instituto Combustível Legal).

“A medida equalizar o manicômio tributário do setor de combustíveis” diz o diretor do ICL Carlo Faccio. ” Do ponto de vista de combate ao mercado irregular, reduz o apetite dos fraudadores. Antes se ganhava muito com o tributo não pago.”

*Com Folhapress

 

Fapeam divulga resultados dos Programas Mulheres das Águas e Prodoc

Mais de R$ 3 milhões serão destinados para projetos de pesquisa e formação de recursos humanos em alto nível. (Foto: Erico Xavier/Fapeam)

O Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), divulgou, nesta quarta-feira (15/6), os resultados dos programas Mulheres das Águas – Edital N.º 007/2022 e de Apoio a Pós-Doutores (Prodoc) – Edital N.º 003/2022.

Inserido no Movimento Mulheres e Meninas na Ciência da Fapeam, o Programa Mulheres das Águas é uma iniciativa inédita do Governo do Amazonas que vai amparar pesquisas aplicadas e de inovação, ou de transferência tecnológica, coordenadas por pesquisadoras, com a finalidade de incentivar o protagonismo feminino na liderança de projetos científicos, que contribuam para a resolução ou minoração de problemas específicos dos municípios do interior. Neste edital foram aprovados dez projetos, inseridos nos municípios de Itacoatiara, Tefé, Presidente Figueiredo e Coari.

Outra iniciativa pioneira do Governo do Estado, o Prodoc, lançado em janeiro de 2022, também contemplou dez propostas. O Programa concede bolsas de pós-doutorado no país e no exterior a residentes no estado do Amazonas, para o desenvolvimento de projetos de pesquisa que visem contribuir para a ampliação da ciência, tecnologia e inovação em todas as áreas do conhecimento.

O investimento nesses Programas ultrapassam os R$ 3 milhões que serão aplicados em 20 projetos de pesquisa e de fomento à formação de recursos humanos em nível de pós-doutorado.

Confira o resultado do Prodoc: http://www.fapeam.am.gov.br/editais/edital-n-o-0032022-programa-de-apoio-a-formacao-e-qualificacao-de-doutores-prodocfapeam/

Confira o resultado do Mulheres das Águas: http://www.fapeam.am.gov.br/editais/edital-n-o-0062022-programa-de-apoio-a-interiorizacao-em-pesquisa-e-inovacao-tecnologica-no-amazonas-painter-2/

*Com assessoria

 

Corpos de Bruno e Dom chegam a Brasília para perícia nesta quinta

Corpos foram encontrados em local de difícil acesso após suspeitos confessarem o crime. (Foto: Bruno Kelly/Reuters)

Os restos mortais encontrados nas buscas pelo jornalista Dom Philips e pelo indigenista Bruno Pereira na quarta-feira (15) chegam a Brasília nesta quinta (16). Os corpos serão transportados de Atalaia do Norte (AM) para o Instituto de Criminalística da Polícia Federal, onde passarão por perícia. O resultado dos exames deve ficar pronto na próxima semana.

Os remanescentes humanos foram encontrados por agentes da Polícia Federal (PF) após um dos suspeitos, Amarildo dos Santos, confessar o crime e indicar o local onde os corpos estavam enterrados.

Segundo o chefe da PF, Eduardo Fontes, o suspeito informou que o barco em que viajavam o jornalista e o indigenista foi afundado e que o local onde os corpos foram enterrados era de difícil acesso, a mais de 3km da margem do rio Itaquaí. “Demoramos a conseguir chegar ao local. Não há contato telefônico na área. Lá foram encontrados remanescentes humanos e as escavações ainda estão sendo realizadas”, disse.

Outro pescador, Osoney da Costa, que é irmão de Amarildo, também está preso, embora não tenha confessado participação no crime. Os dois foram vistos por testemunhas perseguindo a lancha dos profissionais. Uma terceira pessoa, citada por Amarildo, também está sendo investigada.

“Agora vamos descobrir as causas das mortes e dos crimes. Ainda estamos na parte investigativa e realizando diligências, e novas prisões devem ocorrer. Todas as forças de segurança estão unidas e trabalhando de forma ininterrupta. O objetivo é reunir todas as provas de forma segura”, acrescentou o superintendente da PF.

Dom e Bruno desapareceram em 5 de junho, após serem vistos pela última vez na comunidade São Rafael, nas proximidades da entrada da Terra Indígena Vale do Javari. Eles viajavam pela região entrevistando indígenas e ribeirinhos para produção de reportagens e de um livro sobre invasões nas áreas indígenas.

O Vale do Javari, que é a terra indígena com o maior registro de povos isolados do mundo, é pressionado há anos com atuação intensa de narcotraficantes, pescadores, garimpeiros e madeireiros ilegais que tentam expulsar povos tradicionais da região.

Phillips morava em Salvador, na Bahia, e faz reportagens sobre o Brasil há 15 anos para o New York Times e o Washington Post, bem como para o jornal The Guardian. Bruno era servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai), mas estava licenciado após ser exonerado da chefia da Coordenação de Índios Isolados e de Recente Contato, em 2019.

Ele foi dispensado do cargo logo depois de uma operação que expulsou garimpeiros da Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Na ocasião, um helicóptero que servia ao garimpo foi apreendido.

Dias antes do desaparecimento, um bilhete apócrifo com ameaças dirigidas ao servidor e a líderes indígenas foi deixado no escritório de advocacia que representa a organização para a qual ele vinha trabalhando voluntariamente, em Tabatinga (AM).

“Sei quem são vocês e vamos achar para acertar as contas”, diz um trecho do bilhete endereçado ao advogado Eliesio Marubo, que é assessor jurídico da Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari). “Sei que quem é contra nós é o Beto Índio, e o Bruno da Funai é quem manda os índios irem prender nossos motores e tomar os nossos peixes. (…) Se querem dar prejuízo, melhor se aprontarem. Está avisado.”

A encarregada de negócios da Embaixada do Reino Unido no Brasil, Melanie Hopkins, lamentou as mortes, agradeceu ao governo brasileiro pelos esforços na operação de busca e pontuou que o governo britânico continua “atento aos desdobramentos das investigações.”

“É com imensa tristeza que recebo as últimas informações sobre a operação de busca por Dom Phillips e Bruno Pereira. Meus pensamentos estão com os seus familiares e amigos neste momento difícil. Continuamos oferecendo todo o apoio à família de Phillips. Seguimos em contato direto com as autoridades brasileiras e atentos aos desdobramentos das investigações. Agradeço às autoridades pelos esforços contínuos nesta operação”, escreveu.

*Com R7

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