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Detran-AM realiza leilão com 410 veículos nesta segunda-feira

(Foto: Divulgação/Detran-AM)

O Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM) vai realizar um leilão nesta segunda-feira (1º). Nesta edição, o órgão disponibiliza 410 veículos: 46 carros e 364 motocicletas.

Este é o terceiro leilão do ano do Detran-AM.

O leilão será realizado de forma on-line, no site https://www.wrleiloes.com.br.

Lances

O valor inicial para lance no automóvel é de R$ 200 e motocicleta de R$ 100. Todos os participantes do leilão devem estar previamente cadastrados no site oficial. A partir desse cadastro, os lances já estão liberados.

De acordo com a comissão de leilão do órgão, após o arremate, o veículo será transferido para o arrematante, que estará sujeito a uma vistoria de segurança, como em uma transferência comum.

 

Manaus terá 88 locais de vacinação nesta semana

FOTO: ANDRÉ ARRUDA

A Prefeitura de Manaus segue com a vacinação contra a Covid-19 e oferece, ao longo desta semana, 88 pontos de atendimento ao público distribuídos em todas as zonas geográficas da capital. De segunda, 1º/8, a sexta-feira, dia 5, a vacina estará disponível em 86 unidades de saúde da rede pública e em dois pontos estratégicos de grande fluxo – o Studio 5 Centro de Convenções, zona Sul, e o shopping Phelippe Daou, zona Norte. Dessas, 46 unidades atenderão crianças a partir de 3 anos de idade.

O titular da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Djalma Coelho, destacou que a prefeitura continua ampliando o número de unidades de saúde com a oferta da vacina contra a Covid-19 com o objetivo de aumentar a quantidade de pessoas com o esquema vacinal completo na capital.

“Estamos em todas as regiões da cidade para que a vacina esteja o mais perto possível do cidadão. No entanto, ainda observamos um número expressivo de pessoas em atraso, principalmente com as doses de reforço”, ressalta Djalma.

O secretário alerta ainda sobre a importância da atualização vacinal para a manutenção dos níveis de imunidade contra a doença, e convoca crianças, adolescentes, adultos e idosos a buscar os postos de vacinação o mais rápido possível. “Não temos falta de vacina e o acesso é amplo, inclusive com atendimento noturno. O que falta mesmo é maior engajamento da população”, observa.

O maior grupo de pessoas em atraso é a das que completaram o esquema vacinal primário (duas doses) e não retornaram aos postos para receber a terceira dose (primeira dose de reforço). Estão nesta condição mais de 600 mil pessoas.

Além disso, chama a atenção da Secretaria, segundo Djalma Coelho, o número de crianças de 5 a 11 anos com apenas uma dose do imunizante. Dados atualizados na última sexta-feira mostram que do público estimado de 260,7 mil crianças nessa faixa etária, pouco mais da metade (142,6 mil) tomou a primeira dose da vacina e dessas, também pouco mais da metade (73,5 mil) completou o esquema de duas doses.

“Peço que os adultos que já podem receber as doses de reforço completem seu esquema e que os pais se preocupem com a proteção de seus filhos e levem os adolescentes e as crianças para concluir a vacinação”, frisa o secretário.

Crianças de 3 a 11 anos estão liberadas, até o momento, para receber apenas duas doses de vacina contra a Covid-19, sendo que as de 3 e 4 anos podem receber apenas CoronaVac e as de 5 em diante, tanto a CoronaVac quanto a Pfizer pediátrica. Os adolescentes de 12 a 17 anos devem receber três doses de vacina e todas as pessoas com 18 anos ou mais, quatro doses, com intervalo mínimo de quatro meses.

Estratégia

As unidades de saúde irão operar com horário diferenciado. Dezoito unidades de pequeno porte estarão vacinando das 8h às 16h; 58 unidades de horário regular atenderão das 8h às 17h; e 10 unidades de horário estendido, irão receber o público das 8h às 20h. Já os dois pontos estratégicos ficarão abertos das 9h às 16h.

Em todos os locais de atendimento haverá primeira, segunda, terceira e quarta dose, para atender as pessoas que não iniciaram ou que estão aptas a avançar no esquema vacinal.

A relação completa dos locais de vacinação contra a Covid-19 abertos ao longo da semana podem ser consultados no site da Semsa por meio do link bit.ly/localvacinacovid19 e nos perfis da secretaria nas redes sociais (@semsamanaus, no Instagram e Semsa Manaus, no Facebook).

Para ter acesso à vacina o usuário deve apresentar documento de identidade, CPF ou Cartão Nacional de Saúde (CNS) e a carteira de vacinação.

Quem tiver dúvidas sobre o cumprimento do intervalo necessário entre doses, pode consultar, além da carteira de vacinação, a plataforma Imuniza Manaus (imuniza.manaus.am.gov.br), onde o poderá conferir, na opção “Consultar Minhas Doses”, as datas em que se vacinou.

 

Giovanna Ewbank sobre mulher racista: ‘Não esperava que uma branca fosse combater’

Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso falam ao Fantástico sobre ataque racista contra os filhos (Foto: Reprodução / TV Globo)

O casal de atores Giovanna Ewbank, 35, e Bruno Gagliasso, 40, concederam entrevista ao “Fantástico” (TV Globo) para falarem sobre como ocorreu o ataque racista praticado por uma mulher branca contra os filhos Titi e Bless, de 9 e 7 anos, ontem, em um restaurante, em Portugal. A atriz contou que a filha ficou assustada com o episódio, enquanto o garoto não percebeu o ocorrido.

“A gente tava na praia brincando e, de repente, uma das crianças subiu e falou pra gente o que tinha acontecido. Aí, a gente ficou bem chateado. E começou e vocês viram aquelas imagens”, relatou Bruno Gagliasso.

“Quando eu tava dentro do restaurante, [ela] começou a xingar as crianças Titi e Bless, né? E também a família de angolanos que estavam no restaurante que era mais ou menos umas 15 [pessoas]”, acrescentou Giovanna Ewbank.

O ator contou que o gerente do restaurante pediu para a agressora deixar o estabelecimento, mas houve uma recusa com novos ataques e xingamentos. “Ela se negou a ir embora e começou a xingar alto e a gente ouviu”, lembrou.

“Quando a gente percebeu o que estava acontecendo, o Bruno saiu da mesa e foi até o gerente com a mulher para chamar a polícia. Eu vi que tava uma movimentação estranha, vi que a família de angolanos estava um pouco recuada e comecei a entender que era algo racial”, explicou ela.

Questionados sobre quais palavras foram ditas aos seus filhos, Ewbank e Gagliasso contaram uma por uma. “A mulher estava dizendo muitas coisas. Entre elas, dizendo “pretos imundos”, “voltem para a África”, listou a atriz. “Portugal não é o lugar para vocês, vão embora daqui”, completou o ator.

“Acho que ela nunca esperava que uma mulher branca fosse combatê-la como eu fui, daquela maneira. Eu sei que eu como mulher branca indo confrontá-la a minha fala vai ser validada. Eu não vou sair como a louca, a raivosa, como acontecesse com tantas outras mães pretas que são leoas assim como eu fui nesse episódio, mas que são invalidadas e são taxadas como loucas e está inventando”, conta Giovanna Ewbank.

Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso relembraram que estiveram no “Fantástico” em 2017 para falar de ataques racistas contra Bless nas redes sociais. A atriz afirmou que ela e o marido aprenderam que é possível usar a exposição de suas falas para cobrar igualdade para todos.

“Mudou tudo. Eu sou uma mulher muito consciente dos meus privilégios. Sou uma mulher que sempre estou rodeada de mulheres pretas aprendendo diariamente e vou fazer jus ao nome privilégio branco e vou combater de frente”, declarou Ewbank. “Essa briga é nossa. Essa luta é de todo mundo”, bradou Gagliasso.

Além dos filhos Titi e Bless, Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso são pais de Zyan, de 2 anos, que é branco. Eles garantiram que a criança já possui uma educação voltada para ser atuante na luta contra o racismo.

“Ele vai estar vivendo. Imagina, com dois anos ele já está numa situação dessa, da irmã mais velha dele acusada vendo a mãe e o pai discutindo com uma mulher racista. Então, ele vai viver e não vai precisar ser introduzido como nós… É muito cruel pensar que Titi e Bless, que tem 9 e 7 anos, que já precisam ser fortes. Sendo que com 9 e 7 anos são duas crianças e deveriam estar vivendo sem pensar em nada”, lamentou.

A atriz ainda confirmou que desferiu tapas na mulher após o ato racista contra seus filhos. O ator, instantaneamente, a defendeu dizendo que o gesto não pode ser classificado como agressão.

“Na verdade, ela não agrediu, ela reagiu. Não confunda a reação do oprimido com a ação do opressor”, pontuou.

“A gente sabe que vai acontecer muitas outras vezes. Agora, a gente não tem mais como proteger tanto os nossos filhos do que eles vão ouvir e ver. Então, é continuar fortalecendo os filhos e mostrar o quanto eles são fortes, maravilhosos e tem direito de combater o racismo… Eles precisam estar atentos o tempo todo”, reflete Giovanna Ewbank.

Ewbank e Gagliasso adotaram Titi em maio de 2016, após uma viagem ao Malawi. Já Bless foi apresentado pelo casal em 2019 e é do mesmo país da irmã.

O “Fantástico” mostrou entrevista com pessoas presentes no restaurante no momento do ataque racista, mas não conseguiu contato com a agressora responsável pelos ataques racistas contra Titi e Bless.

Com informações do Uol

Ricardo Nicolau prioriza geração de empregos e saúde: ‘Vamos fazer o que nunca foi feito’

Foto Marcelo Cadilhe

Lançamento oficial da coligação ‘Nós, o Povo’ ocorreu ontem durante a convenção do Solidariedade.

O candidato ao governo do Amazonas, Ricardo Nicolau (Solidariedade), anunciou que o combate à fome, a implantação do melhor sistema público de saúde do Brasil e a economia sustentável serão os principais pilares de seu projeto para conquistar o Executivo estadual nas eleições deste ano. Ao lançar a Coligação ‘Nós, o povo’ em convenção partidária neste domingo, 31, Ricardo Nicolau foi enfático ao afirmar que as pessoas serão a sua prioridade número um.

“Tudo o que for dito aqui hoje pode ser resumido em uma única palavra: compromisso. Aqui celebramos um pacto profundo entre a minha vida e a vida de todos os cidadãos que vivem nos 62 municípios do Amazonas. Aqui iniciamos a caminhada para fazer a mais profunda transformação em nossas vidas. O Amazonas tem pressa e vamos avançar sem deixar ninguém para trás. Agora fica estabelecida a prioridade dos direitos dos cidadãos sobre qualquer outro interesse. Vamos fazer o que tem que ser feito”, discursou, na quadra lotada da Escola de Samba Unidos do Alvorada, zona oeste de Manaus.

O candidato anunciou a criação, como primeiro ato de governo, de um programa de emergência alimentar e voltou a defender o reajuste do Auxílio Estadual. Ricardo Nicolau foi o primeiro político a propor a medida diante do impacto da inflação na renda das famílias que estão em vulnerabilidade social.

“Implantar, no primeiro dia de governo, um programa de emergência alimentar para pôr comida no prato, acolher e cuidar dos mais de 500 mil amazonenses que passam fome. Vamos aumentar o auxílio estadual de R$ 150 para R$ 300, beneficiando as 300 mil famílias do programa que estão com sua sobrevivência ameaçada pelo aumento da inflação e da carestia”, garantiu.

O PMN foi o primeiro partido a aderir à coligação ‘Nós, o povo’. O presidente estadual da legenda, Ângelo Reis, destacou o diferencial da candidatura de Ricardo Nicolau para o governo.

“É uma alegria e honra fazer parte desta coligação com o Solidariedade. O trabalho do Ricardo Nicolau é para quem mais precisa e é acreditando nessas causas que resolvemos apoiá-lo. Nós, o povo, faremos a diferença nesta eleição. Ricardo Nicolau vai romper as velhas práticas que estão aí há 40 anos. O Ricardo Nicolau representa a esperança de dias melhores e que esses dias possam chegar em janeiro de 2023”, disse.

O presidente estadual do Solidariedade, deputado federal Bosco Saraiva, disse que a candidatura de Ricardo Nicolau representa a verdadeira mudança segura para o Amazonas.

“Hoje começa essa jornada da esperança. O povo sempre busca acertar, muitas vezes, o povo era enganado por dancinhas e palavras. Mas o povo nunca perde a esperança e tenham certeza: atualmente, a esperança tem nome e é Ricardo Nicolau. Aqui reside a independência, a competência e a experiência. Essa candidatura é que compromisso com o Amazonas.”

Melhor saúde do Brasil

Diretor do maior grupo de saúde privada do Norte do País há mais de 30 anos, Ricardo Nicolau relembrou sua trajetória ao lado do pai, o médico Dr. Luiz Fernando Nicolau. O candidato afirmou que reunirá a experiência acumulada nas clínicas Pró-Saúde, no hospital Samel e no hospital de campanha Gilberto Novaes para implantar a melhor rede de saúde pública do Brasil.

“Porque vivi intensamente a questão da saúde, que, em nosso governo, implantaremos um dos melhores sistemas de saúde pública do país. Queremos que nossa gente do interior tenha atendimento na cidade onde mora. Por isso, vamos implantar em todos os munícipios um CAIS (Centro de Atenção Integral à Saúde)”, afirmou Ricardo Nicolau.

“Nos municípios polos, implantarei oito hospitais de referência de média complexidade. E, em Manaus, vamos trazer eficiência na gestão do Hospital Delphina Aziz, fazendo funcionar integralmente todas as suas especialidades. Vamos acabar com a ‘empurroterapia’ e reduzir as filas de espera. Quem tem dor tem pressa. E eu sei como fazer isso”, enfatizou.

Transformação na segurança

Ricardo Nicolau também fez críticas aos políticos que se revezaram no cargo de governador do Amazonas nos últimos 40 anos e que não trouxeram resultados para a população, que sofre com a explosão da violência em Manaus e no interior.

“Minha candidatura é independente e representa a determinação do nosso povo em ditar seu próprio destino, construir uma nova história e fazer o que nunca foi feito”, frisa. “Hoje, nosso povo está subjugado pelo tráfico de drogas. Mas isso vai mudar. Não negociaremos com bandidos e facções criminosas. Vamos fazer a segurança pública do século XXI, investindo em tecnologia, inteligência, treinamento e valorização das polícias civil e militar. Vamos fazer acordos de cooperação técnica com Polícia Federal, Forcas Armadas e organismos internacionais de combate ao tráfico de drogas e crime organizado”, enumerou.

ZFM protegida e economia sustentável

Em seu discurso, Ricardo Nicolau propôs diversificar a matriz econômica do Amazonas sem abrir mão da Zona Franca de Manaus (ZFM). De acordo com o candidato, o modelo econômico, que gera mais de 500 mil empregos diretos e indiretos em todo o País, precisa ser ampliado e defendido com altivez.

“Desde o primeiro dia, teremos um governo transparente, qualificado e respeitável, para fazer valer a autoridade e a voz do governador perante o governo federal, demais estados da União e seus cidadãos. Defesa ágil e firme da Zona Franca de Manaus e dos empregos dos amazonenses. Mas iremos além. Vamos criar outros polos de desenvolvimento econômico na capital e interior, reduzindo a excessiva dependência da nossa economia em relação à Zona Franca, sempre refém das vontades do presidente da República de plantão”, disse.

O candidato planeja gerar emprego e renda para o povo aliando a preservação da floresta com o desenvolvimento tecnológico do estado. Ricardo Nicolau mira na entrada do Amazonas no mercado de carbono para que serviços ambientais prestados ao planeta sejam recompensados.

“Vamos preparar o estado com mecanismos técnicos, legais e gestão, para implantar aqui em Manaus, no coração do estado mais preservado da Amazônia brasileira, um centro de negociação de crédito de carbono, a Plataforma Amazonas. Funciona assim: países poluidores como Estados Unidos, Europa e China, nos pagarão por mantermos a floresta em pé. Esse dinheiro, pago em dólar e euro, será aplicado diretamente em benefícios daqueles que preservam o meio ambiente no estado”, explica.

Municípios sairão do abandono

Para o interior, Ricardo Nicolau promete o fim dos desvios do Fundo de Fomento ao Turismo (FTI) e a aplicação integral do dinheiro nos municípios. “Devolver aos municípios 100% dos recursos do FTI, que hoje financia tudo, financia até respiradores superfaturados em loja de vinho, menos o desenvolvimento do interior. Hoje são R$ 1,5 bilhão por ano que deixam de ser investidos.”

O candidato também defende a modernização da agricultura com apoio técnico e linhas de financiamento para pequenos e médios produtores rurais. “A agricultura será de precisão, com tecnologia de ponta, mecanização, apoio técnico, distribuição gratuita de sementes, transporte, preço mínimo, compra garantida, financiamento subsidiado a juros mais baixos, incentivo e qualificação ao empreendedorismo”, pontuou.

Com informações da assessoria

Governo descumpre decisão internacional sobre Dom e Bruno, denunciam grupos

Velório do indigenista Bruno Pereira (Foto: Marlon Costa / Futura Press / Estadão Conteúdo)

O governo de Jair Bolsonaro respondeu à decisão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) que concedeu medidas cautelares diante da morte de Bruno Pereira e Dom Phillips, na Amazônia, em junho. Em uma resposta enviada pelo Brasil ao órgão internacional, o governo omitiu o trabalho de indígenas nas buscas iniciais pelos dois homens e ignorou o fato de que o ex-servidor da Funai estava sendo alvo de ameaças.

A atitude do Executivo abriu uma nova denúncia contra o Brasil, já que representantes da sociedade civil alegam que tal gesto do governo poderia ser caracterizado como um descumprimento da decisão do órgão internacional. O grupo que lidera o processo é composto por entidades como Artigo 19 Brasil e América do Sul, o Instituto Vladimir Herzog, Alianza Regional por la Libre Expresión e Información, Repórteres sem Fronteiras, a Associação Brasileira De Jornalismo Investigativo, a Associação de Jornalismo Digital e o Washington Brazil Office.

Em 11 de junho, a CIDH concedeu medida cautelar no caso, determinando que o Estado brasileiro redobrasse seus esforços de busca pelas vítimas e garantisse a plena investigação dos fatos, implementando ações de não repetição das violações de direitos humanos constatadas.

O governo brasileiro, entretanto, respondeu à Comissão sugerindo que o caso estaria concluído com a localização dos corpos e a confirmação das mortes. “O estado brasileiro ressalta a seriedade com que foram realizados esforços com vistas à identificação do paradeiro dos senhores Bruno Pereira e Dom Phillips, enfatizando a atuação da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas, além dos órgãos vinculados ao governo federal”, disse.

“Ademais, nota-se que as devidas ações foram adotadas a fim de investigar os fatos que deram origem à medida cautelar em apreço”, afirma. “Neste sentido, destaca-se a existência de políticas públicas específicas com o objetivo de assegurar a pronta intervenção em casos de desaparecimento de pessoas, com vistas a oferecer respostas sobre seu paradeiro a seus familiares, atenuando seu sofrimento”, disse.

Num documento enviado ao órgão, o Executivo insistiu que “todos os esforços foram empreendidos para a localização dos desaparecidos”. “Quanto às ações adotadas para investigar os fatos, reitera-se que as forças de segurança pública fizeram todos os esforços cabíveis para que os beneficiários das medidas cautelares em questão fossem localizados”, afirmou.

Entidades contestam resposta do governo

O documento do governo e a resposta das autoridades foram contestadas por entidades da sociedade civil, que responderam ao órgão internacional acusando Brasília de “descumprir” as medidas cautelares no caso Bruno e Dom.

As organizações apontaram problemas na investigação e alertaram para riscos de mais violência,

Na resposta protocolada pelas entidades que originalmente tinham solicitado a medida cautelar, as entidades afirmam que, “sem garantir a devida solução do caso, a manifestação do Estado brasileiro em si já representa um descumprimento das determinações da CIDH”.

Em um novo documento, elas mostram que, “desde o início das buscas até a fase de investigação, as autoridades estatais não têm empreendido esforços suficientes para a compreensão de todos os elementos que envolvem o caso e a responsabilização de todos os envolvidos”.

Segundo elas, além de confissões feitas pelos próprios suspeitos, os avanços obtidos nas investigações foram possíveis apenas com a colaboração de integrantes da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIVAJA) e de indígenas da região. Mas, no documento entregue pelo governo para a Comissão, isso sequer é citado.

“Na resposta ao governo, as organizações também rechaçam a narrativa, vocalizada por diferentes autoridades brasileiras, de que a morte de Bruno Pereira seria resultado de um desentendimento e uma rixa pessoal com pescadores de comunidades do Vale do Javari”, afirmam as entidades. Segundo elas, a posição não leva em conta o histórico de ameaças que Bruno Pereira vinha sofrendo e que já tinham sido denunciadas formalmente.

As entidades ainda criticaram o fato de as investigações até agora não trazerem quaisquer explicações sobre a morte de Dom Philips, tratada como um efeito colateral nas linhas investigativas. Isso, segundo eles, desconsidera o trabalho jornalístico de registro de crimes ambientais que o jornalista realizava na região. “Ao pedir para que a medida cautelar siga aberta e que a CIDH continue exigindo que o Estado brasileiro investigue o caso plenamente, as solicitantes destacam que o governo federal também está desrespeitando a determinação da Comissão Interamericana ao não oferecer medidas para impedir que tragédias como a de Dom e Bruno ocorram com outras pessoas que atuam no Vale do Javari”, alertam.

Para elas, o governo brasileiro não apresentou informação sobre iniciativas capazes de garantir a proteção e segurança de quem segue trabalhando na região, está colaborando com as investigações e, também por isso, tem recebido inúmeras ameaças. “A maioria dessas medidas consiste em esforços bastante iniciais, no sentido de serem estabelecidos canais de diálogo entre autoridades. Uma das medidas mais importantes, relativa ao reforço na segurança na região, tampouco se traduziu na adoção de ações concretas”, diz a resposta das organizações.

O documento ainda aponta que a lentidão e as falhas na investigação até agora “impediram a localização ou detenção de outras pessoas que possam estar envolvidas nos crimes e que seguem livres para ameaçar lideranças indígenas, ambientalistas e comunicadores”.

O informe ainda destaca a ausência de denúncia formal no inquérito contra pessoas que ajudaram a ocultar os corpos, de investigação de políticos locais que se beneficiaram do crime e de indicação de eventuais mandantes do crime.

“A denúncia apresentada pelo MPF e aceita pela Justiça Federal cristaliza diversos aspectos que têm sido objeto de críticas por parte da sociedade civil quanto à incapacidade de as investigações efetivamente apontarem as motivações dos assassinatos de Bruno Araújo Pereira e Dom Philips, de promoverem a responsabilização de todos os envolvidos e de desmantelarem integralmente a estrutura criminosa que ameaça e mata as pessoas que defendem a Terra Indígena do Vale do Javari e seus povos – e que gerou o ambiente que resultou nesses dois assassinatos”, aponta o documento.

A constatação do grupo é que a investigação está “longe de se encerrar e muitas questões seguem em aberto, cabendo respostas das autoridades brasileiras”.

No documento, elas pedem que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos estabeleça canais de diálogo permanente e de cobrança do acompanhamento da cautelar com o governo brasileiro. Isso envolveria tanto em relação às investigações do crime quanto ao desenvolvimento de medidas de proteção do território da Terra Indígena do Vale do Javari e das pessoas ameaçadas no contexto de luta por direitos na região. “A multiplicidade de casos envolvendo a morte de comunicadores e defensores de direitos humanos não se trata de algo pontual, de casos isolados”, diz.

“Trata-se de um nível de letalidade apurável e vinculado a situações em que opiniões políticas ou denúncias realizadas por esses profissionais confrontam pessoas e grupos que exercem o poder local. Assim, atentar contra suas vidas tem se mostrado uma estratégia recorrente no silenciamento de vozes e tolhimento da liberdade de expressão na região amazônica”, completam as entidades à CIDH.

Com informações do Uol

‘Nunca vivemos momento tão ruim em nossa história’, diz presidente da SBPC em Brasília

Renato Janine Ribeiro durante abertura da reunião da SBPC, na UnB (Foto: Jardel Rodrigues / SBPC)

Depois de dois anos de encontros apenas virtuais devido à pandemia, a ciência brasileira voltou a se reunir na semana passada para a 74ª reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), na UnB (Universidade de Brasília).

O evento juntou cientistas de todas as áreas em debates que foram de covid-19 a urnas eletrônicas. Também estiveram presentes dois dos três presidenciáveis mais bem posicionados nas pesquisas de intenção de voto, convidados para falar sobre propostas para a ciência: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT). Jair Bolsonaro (PL) alegou “compromissos preestabelecidos” para não comparecer.

Ao fim da reunião, o presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, conversou com a coluna e fez um balanço não só do evento, mas da situação atual.

“Nunca tivemos um momento tão ruim na nossa história desde o período colonial. Ele é preocupante porque temos um país muito mais complexo do que há algumas décadas e que está devastado por ódio, ignorância e perseguição às coisas boas”, diz.

Ribeiro é professor de filosofia da USP (Universidade de São Paulo), cientista político e escritor. Chegou a ser ministro da Educação entre abril e outubro de 2015, durante o governo Dilma Rousseff (PT).

Confira a entrevista:

UOL – Qual o balanço o senhor faz dessa reunião da ciência após dois anos sem encontro da SBPC?
Renato Janine Ribeiro – A reunião foi muito bem-sucedida e tínhamos muita expectativa. Fizemos muitos investimentos porque, depois de dois anos de pandemia e sem reuniões presenciais, as pessoas tinham a necessidade de trocar opiniões, ideias, projetos e saber como vamos melhorar o Brasil com conhecimento rigoroso científico; sobretudo como melhorar um país que caiu tão baixo. Tivemos a covid, em que passamos mais desprotegidos do que outros países; faltou uma política também para o ensino remoto, que foi feito sem nenhum comando do governo federal. Todos esses pontos deixaram sequelas, e todas foram discutidas. “Quisemos mostrar o papel da ciência para melhorar a vida das pessoas e indicar que a falta de ciência é extremamente danosa”, afirma.

O senhor está confiante de que vamos conseguir avançar após essa crise?
Acho que sim, porque há uma predominância no Brasil de que é preciso preservar a vida das pessoas; que a educação é importante; que o desenvolvimento econômico deve ser retomado com a qualificação da mão de obra e descobrimento de invenções na área da ciência.

A reunião teve a presença de dois presidenciáveis, que assinaram o compromisso com as propostas da SBPC para melhorar o país. Foi importante?
Foi importante. Essas conversas demandaram muito empenho. Nós convidamos os três mais bem colocados. O presidente Bolsonaro respondeu negativamente —e somente disse isso após a vinda do ex-presidente Lula. Eu penso que a vinda do Lula foi, sem dúvida, o evento mais concorrido, com muitas pessoas assistindo, mas sem nenhum incidente, briga, nada disso. A exposição do candidato Ciro também foi boa, com ideias inteligentes. Mas também tivemos a presença das principais agências [federais] de pesquisa, do ministro [de Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim] e todos ouviram os reclames da ciência e foram tratados com absoluto respeito, como tem de ser.

Nos últimos tempos, em especial na pandemia, vimos uma resistência ideológica das pessoas ao conhecimento científico, com gente inclusive negando vacina. Por que chegamos a essa divisão?
O fato é que a ciência, em princípio, é neutra; ela está lidando com a verdade, só que não é absoluta, mas provisória —porque o que se diz hoje vai ser aprimorado amanhã. Já a política depende de valores, que podem ser antagônicos. Se dois ou mais lados forem democráticos, isso é legítimo. Você pode ter uma política para a economia mais à esquerda, mais à direita, desde que se cumpram as regras do jogo e que se respeitem as finalidades previstas na Constituição, que previu, por exemplo, que o Brasil seria um país sem fome, sem preconceito, socialmente justo e próspero. A ciência é uma ideia iluminista, ela dissipa as trevas da ignorância, do preconceito. Isso ocorreu desde o século 18. Isso faz com que preconceitos sejam inaceitáveis. “Se pensarmos em preconceitos da vida cotidiana, como racismo, homofobia; nada disso tem guarida da ciência, que nesse caso tem seu lado mais progressista”, analisa.

Como o país pode sair dessa enrascada do negacionismo?
Não vai ser fácil, vai ser demorado, mas só saímos tendo educação, pesquisa. Tem de investir, e isso vai demorar um certo tempo. Outro dia uma pessoa me dizia que existe uma certa celebração da ignorância, as pessoas ficam felizes quando ouvem alguém no poder ignorante como ela. É estranho isso.

A ciência enfrentou vários cortes de verbas nos últimos anos. Isso afetou muito o setor?
Sem dúvida, o momento é difícil. Veja o caso do supercomputador Tupã, do Inpe [Instituto Nacional de Pesquisa Espacial]: nós o visitamos, e a gente viu o problema de um órgão desfalcado de muitos quadros. Como vai tocar seu trabalho assim? Tudo isso vai demorar para ser recomposto, vai depender de verbas públicas para consertar o que ficou quebrado ou se perdeu; para investir em coisas novas e atrair brasileiros que foram embora. Tem muita coisa a ser feita.

A estrutura da ciência foi sucateada?
Com certeza porque você não vem dando manutenção. E o que acontece se você tem um laboratório e não o mantém com manutenção em dia? Você perde o laboratório inteiro. É o equivalente a não botar óleo no carro: ele vale mais de mil vezes que o óleo, mas se você não pôr, pode perder tudo. É isso que está ocorrendo com o Brasil.

Diante desse cenário, qual será a missão do próximo presidente ou de uma segunda gestão de Bolsonaro?
O presidente que assumir vai ter uma lista tão grande que vai ser difícil dar prioridade no meio disso tudo. Temos gente com fome, tem universidade sem dinheiro para terminar o ano. A gente pode até dizer: a fome é prioridade, mas para isso precisa também de conhecimento rigoroso, precisa saber onde e de que maneira vai produzir alimentos.

Esse momento de hoje se compara com algum outro na nossa história recente?
Não, nunca tivemos um momento tão ruim na nossa história desde o período colonial. Ele é tão preocupante porque temos um país muito mais complexo do que há algumas décadas e que está devastado por ódio, ignorância e perseguição às coisas boas. Temos a destruição da Amazônia, pobreza crescendo, fome voltando, deficiência na educação, cultura. Nunca tivemos uma coisa assim.

Com informações do Uol

Roberto Cidade lança pré-candidatura a deputado estadual em municípios do interior

Além de Barreirinha, Roberto Cidade esteve em Rio Preto da Eva, Autazes e Humaitá onde fez lançamento de sua pré-candidatura

Barreirinha foi mais um município a receber o lançamento da pré-candidatura do deputado estadual Roberto Cidade (UB) à reeleição neste fim de semana. Em um evento para mais de mil pessoas, o parlamentar apresentou propostas para um segundo mandato e fez a prestação de contas de suas atividades parlamentares na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). Além de Barreirinha, Cidade também esteve nos municípios de Rio Preto da Eva, Autazes e Humaitá onde fez lançamento de sua pré-candidatura.

“Fico muito feliz de estar de volta à Barreirinha e constatar que a nosso trabalho parlamentar tem contribuído para o avanço desse município. Sou amigo de Barreirinha, tenho enorme estima pelo prefeito Glênio Seixas e por sua atuação. Mandamos emendas para o município que permitiram a realização de ações importantes para a população. Nosso compromisso é permanecer assim, trabalhando e enviando recursos para os municípios do Amazonas, para que os prefeitos apliquem com compromisso e responsabilidade em favor do cidadão. Agradeço a todos que estão nessa caminhada conosco, numa construção conjunta do nosso trabalho”, falou.

Recepcionado pelo prefeito Glênio Seixas e pelo ex-prefeito de Barreirinha, Gilvan Seixas, o pré-candidato vistoriou algumas obras de pavimentação que estão sendo realizadas no município. “A sede do município está recebendo serviços de pavimentação e nós já temos, pelo menos, 15 ruas concluídas. Essa ação é fruto da parceria entre o município e o governo do Amazonas, a quem sou grato por sempre ter um olhar amigo pela população de Barreirinha. Agradeço ainda ao deputado Roberto Cidade, que sempre nos recebe muito bem quando vamos à Aleam, quando estamos em Manaus. Sempre buscando conciliar, interceder e trabalhar pelo bem do nosso município. Com certeza é um parlamentar atuante e que merece nossa confiança”, disse.

Rio Preto da Eva

No sábado, o pré-candidato esteve em Rio Preto da Eva, onde fez a prestação de contas de seu mandato e apresentou suas propostas. Em reunião organizada pelo vereador Betinho ML, Roberto Cidade falou para um público de cerca de 500 pessoas.

“Rio Preto da Eva precisa melhor explorar a agroindústria. É um grande produtor de laranja, por exemplo, mas tem outras potencialidades que podem e precisam ser melhor exploradas. É um município da região metropolitana, não tem grandes dificuldades de logística e que precisa aproveitar de forma mais efetiva as suas vantagens regionais. Esse foi um dos temas que conversamos e que pretendo me dedicar ainda mais para que possamos construir melhorias para o município”, falou.

Autazes

Em Autazes, Cidade fez um breve retrospecto das ações em favor do município e reforçou seu compromisso com a população. “Articulamos a liberação de recursos para cá, na Assembleia aprovamos aumento no repasse do FTI para que os municípios atuassem com mais tranquilidade no combate à pandemia. Me considero um sentinela de Autazes, tenho forte ligação com esse município e reforço meu compromisso em legislar, em colocar novamente o nosso mandato à disposição da população de Autazes”, finalizou.

Com informações da assessoria

Na Itália, atleta indígena do Amazonas conquista 2° lugar no Mundial de Wakeboard

Foto: Arquivo pessoal

Amazonense contou com apoio de passagens aéreas concedidas pelo Governo do Estado para participar da competição

Do Amazonas para o mundo! Jair Paulino, conhecido como ‘Jajá’ conquistou o 2° lugar no Campeonato Mundial de Wakeboard, neste sábado (30/07), em certame que aconteceu na Itália. O atleta da etnia Karapanã é atleta da Seleção Brasileira e contou com o apoio da Fundação Amazonas de Alto Rendimento (Faar) para participar da competição.

“O Jajá é um atleta promissor. Desde o início da sua carreira sabíamos o quanto ele iria levar o nome do Amazonas em grandes competições. E hoje nos enche de orgulho saber que ele é o segundo melhor do mundo, estaremos sempre dando todo suporte e apoio, para que ele suba mais este degrau em sua carreira”, ressaltou o diretor-presidente da Faar, Jorge Oliveira.

Com mais de 170 atletas na competição mundial, Jajá alcançou a decisão disputando na categoria ‘junior’, com wakeboarders do México, Itália, Japão e Alemanha. O amazonense ficou atrás apenas do italiano Comollo Stefano James, que fez 86.56 pontos, enquanto que Jajá fez 77.44.

Integrando a Seleção Brasileira de Wakeboard desde 2019, o amazonense destacou a importância do resultado em sua carreira. “Me preparei muito para esse campeonato e consegui conquistar mais um título importante. O apoio da Faar foi fundamental, espero continuar representando o Brasil e o Amazonas em grandes competições”, ressaltou Jair Paulino.

Organizado pela Federação Internacional de Esqui Aquático e Wakeboard, a competição contou com a elite do esporte mundial, nas categorias open, master, júnior, entre outras.

Títulos

Treinando há 11 anos, o amazonense já conta com 23 títulos em sua carreira, atualmente mora em São Paulo , e treina na Marreco Wake School (MWS). Além do Pan, em setembro de 2021 o atleta conquistou o 1º lugar do Campeonato Latino Americano de Wakeboard, na Colômbia. Venceu também a Copa Fefig Wakeboard & Wakesurf, em Ibiúna – categoria pró.

Moraes assume TSE com desafio de se aproximar de militares sem afrouxar decisões

(Foto: Carlos Moura / STF)

Ministro do STF e próximo presidente do TSE frequenta academia com fardados no Comando Militar do Planalto

Com a posse na presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 16 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes se vê entre expectativas de melhorar a relação da corte com as Forças Armadas e, ao mesmo tempo, demonstrar firmeza para evitar desinformação que tumultue o processo eleitoral.

Ministros do TSE e generais do Alto Comando das Forças Armadas acreditam que a boa relação entre Moraes e militares seja usada para a reabertura do diálogo entre a corte e o Ministério da Defesa.

Um dos principais focos de Moraes será amenizar a crise entre o tribunal e as Forças Armadas. O mal-estar tem se intensificado desde maio, após o TSE rejeitar sugestões dos militares para alterar o processo eleitoral deste ano. Os vetos foram feitos enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) ampliava insinuações golpistas e ataques às urnas eletrônicas. Na negativa, os técnicos do TSE disseram que os militares confundiram conceitos e erraram cálculos ao apontar risco de inconformidade em testes de integridade das urnas.

Apesar de ser um dos principais alvos de ataque de Bolsonaro, Moraes tem um histórico mais próximo dos militares do que o atual presidente do TSE, Edson Fachin.

Ele construiu sólido relacionamento com generais das Forças Armadas nos períodos em que foi secretário de Segurança Pública de São Paulo, na gestão do ex-governador Geraldo Alckmin, e ministro da Justiça, no governo Michel Temer.

No STF (Supremo Tribunal Federal), Moraes foi procurado por ministros da Defesa do governo Bolsonaro para aparar arestas, enquanto o Palácio do Planalto evitava contatos diretos com o ministro.

Em junho de 2020, em meio à crise causada pelo inquérito das fake news, o então ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, foi até a casa de Moraes, em São Paulo, para costurar uma pacificação entre os Poderes.

Eles se conheceram durante as Olimpíadas de 2016. À época, Moraes era ministro da Justiça, e Azevedo, comandante Militar do Leste. Azevedo quase ocupou a diretoria-geral do TSE a convite de Moraes, mas desistiu sob a alegação de “questões pessoais de saúde e familiares”.

O general Paulo Sérgio Nogueira, atual ministro da Defesa, também procurou o magistrado do STF em outubro de 2021, após assumir o cargo de comandante do Exército. O movimento buscava reconstruir pontes depois dos ataques feitos por Bolsonaro nas manifestações do 7 de Setembro.

Há cerca de três anos, Moraes escolheu a academia do Comando Militar do Planalto, em Brasília, para fazer musculação.

A rotina é a mesma até hoje: o ministro chega no início da manhã no Setor Militar Urbano e faz os exercícios ao lado de soldados da ativa antes de seguir para o trabalho nos tribunais.

Em conversa com parlamentares no último dia 13, Moraes disse que segue em contato com militares das altas cúpulas das três Forças Armadas para medir a temperatura da crise. Segundo relatos feitos à Folha, o ministro ainda afirmou que, com base nas conversas que mantêm, não vê risco de os militares respaldarem um eventual golpe à democracia.

Ele também prometeu, porém, firmeza no combate às informações falsas —que incluem o descrédito ao sistema eleitoral, muitas vezes reforçado pelas Forças Armadas.

Moraes já apontou que seria “rápido e rigoroso” em relação a notícias fraudulentas que tratam das eleições e de candidatos. Em decisões que tomou quando assumiu interinamente a presidência do TSE, entre 2 e 17 de julho, foi rígido em relação a casos de fake news e também em pedidos de políticos suspeitos de fraudes ou de irregularidades com dinheiro público.

É o caso do pedido do PT para que fossem retiradas notícias fraudulentas que relacionavam o partido e o ex-presidente Lula ao PCC. Em pouco mais de 12 horas, o ministro determinou a remoção do conteúdo de sites e de perfis de bolsonaristas em redes sociais.

Moraes também determinou a remoção de conteúdo falso do Telegram e do Kwai que relacionavam Ciro Gomes (PDT) a facções criminosas. As duas decisões sobre o candidato foram tomadas em dois e quatro dias após as ações serem protocoladas.

O magistrado, no entanto, foi mais flexível em relação a acusações de propaganda irregular antecipada. Moraes derrubou, por exemplo, decisão do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) que determinava a remoção de outdoors com mensagens favoráveis ao governador Rodrigo Garcia (PSDB), pré-candidato à reeleição.

Os outdoors exibiam mensagens como “100% Paulista, Rodrigo governador” e “Gratidão ao governador Rodrigo Garcia”. “[Trata-se] de conteúdo que se restringe a agradecer o atual governador, sem vinculação com as eleições, o que descaracteriza a conotação eleitoral da mensagem, na linha da jurisprudência desta corte”, disse Moraes. “As mensagens parecem destituídas de viés eleitoral, o que, por si só, descaracteriza o ilícito de propaganda eleitoral irregular.”

Na crise com o TSE no começo do ano, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, demorou um mês para responder ao órgão. Em ofício, ele disse que os militares se sentiam desprestigiados pela corte na discussão sobre transparência do sistema eleitoral. “Até o momento, reitero, as Forças Armadas não se sentem devidamente prestigiadas por atenderem ao honroso convite do TSE para integrar a CTE [Comissão de Transparência das Eleições]”, escreveu.

Aliados de Nogueira afirmaram à Folha que a manifestação do ministro foi feita após a equipe do Comando de Defesa Cibernética, comandada pelo general Heber Portella, se sentir ridicularizada pela resposta do TSE.

A expectativa de auxiliares do ministro da Defesa é que Moraes aceite, no início da gestão, os pedidos para uma reunião entre técnicos do TSE e das Forças Armadas.

O encontro é defendido por militares como a principal forma de apresentar detalhadamente três sugestões tidas por eles como fundamentais para aperfeiçoar o sistema eleitoral deste ano.

Atual presidente do TSE, Edson Fachin tem negado o pedido. Ele afirma que o foro adequado para as discussões é a Comissão de Transparência das Eleições. Nas reuniões do colegiado, no entanto, o representante das Forças Armadas tem ficado em silêncio.

A aliados Fachin argumenta que não receberá os militares para não dar tratamento diferenciado a eles. No Ministério da Defesa, a ação é vista como uma forma de o presidente do TSE isolar as Forças Armadas, já que a maioria da CTE é contrária às posições defendidas por Portella.

As três sugestões feitas pelas Forças Armadas são as seguintes:

• Realizar o Teste de Integridade das urnas nas mesmas condições de votação, incluindo o uso de biometria.

• Promover o TPS (Teste Público de Segurança) no modelo de urna UE2020, que representa 39% do total de urnas.

• Incentivar a realização de auditoria por outras entidades, principalmente por partidos políticos, conforme prevê a legislação eleitoral.

O TSE já respondeu sobre as três sugestões apresentadas pelas Forças Armadas na CTE. O Ministério da Defesa, no entanto, pede especialmente uma mudança no teste de integridade das urnas eletrônicas, para garantir que um possível “código malicioso” seja identificado.

Ao invés de realizar os testes nas sedes dos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais), as Forças Armadas pedem que as urnas sejam avaliadas dentro das seções eleitorais, com o uso da biometria dos eleitores.
Em documento obtido pela Folha, o TSE afirma que possíveis aperfeiçoamentos no teste são avaliados para as eleições de 2024.

“Tramita no TSE proposta de automação do teste de integridade, o que pode vir a facilitar a mobilidade para que o teste seja executado nas seções eleitorais, com eleitores reais, sendo necessário centrar esforços na comunicação com o eleitor para que sejam mitigadas eventuais incompreensões e receios sobre a preservação do sigilo do voto.”

O Ministério da Defesa espera que as sugestões sejam analisadas por Moraes, que poderá encontrar um meio-termo, considerando as dificuldades técnicas de se alterar processos diante da proximidade da eleição.

Com informações da Folha de S.Paulo

Amazon Tecnogame reúne hoje, fãs e jogadores de esportes eletrônicos em Manaus

Amazon Tecnogame encerra hoje no Centro de Convenções Vasco Vasques, em Manaus (Foto: Carolina Diniz / Rede Amazônica)

O evento conta com a presença de seis influenciadores renomados nacionalmente e feras nos e-sports.

Os amantes e fãs dos e-sports podem experimentar uma intensa imersão no mundo geek, no Amazon Tecnogame, o maior campeonato de jogos eletrônicos das regiões Norte e Nordeste, que encerra hoje (31), no Centro de Convenções Vasco Vasques, em Manaus. Os participantes devem levar um quilo de alimento não perecível.

Com estimativa de levar aproximadamente 10 mil pessoas em cada dia de evento, o evento promete atender ao público de todas as faixas etárias, com a realização de campeonatos e outras atividades, que vão desde os jogos retrôs (Street Fighter, Top Gear, Atari), passando pelos jogos da atualidade, como free fire, entre outros.

Chancelado pela Federação Amazonense de E-Sports (Faesp), o evento vai distribuir R$ 50 mil em premiações. “Este evento será vitrine para as empresas do Amazonas e para o Norte, pois quando se fala de e-sports e tecnologia, já se pensa em Sul e Sudeste. Então, nosso objetivo é transformar o Amazonas em um polo do e-sports, atrair novos investidores para tecnologia e para o e-sports”, enfatizou o presidente da Faesp, Andryw Antony.

Desde ontem (30), o Amazon Tecnogame proporciona, na Arena k-pop uma das maiores competições, exclusiva para grupos, com estimativa de público entre 1,5 mil à duas mil pessoas, além Random, Free Play e brincadeiras. Paralela a essas competições, acontecem os campeonatos de Free Fire, Valorant, League Legends, Yu-Gi-Oh! e Just Dance. E no Espaço Gamer terá um ambiente de jogos de console gratuitos (PS4 e X-Box One).

Atrações nacionais

Além de uma programação diversificada, o Amazon Tecnogame vai contar com a presença de seis influenciadores renomados nacionalmente e feras nos e-sports.

Confirmado para o evento, estará o streamer e influenciador Boca de 09, um jovem baiano de 14 anos, mas com mais de 3 milhões de seguidores somente no Instagram.

Além dele, o evento tem presença confirmada do gaúcho Loud Will, que é um pró player de Free Fire, chegou a ser o top global cinco vezes, finalista do Mundial e campeão da Copa América da modalidade; The Radioativo, uma das figuras mais icônicas do cenário de Free Fire. Ele tem um canal no youtube que trata de assuntos relacionados ao Free Fire e também é dono do site de notícias voltado para o competitivo do battle royale da Garena. Atualmente ele é embaixador da organização de Free Fire e League of Legends, HK5.

Estarão, também, no Amazon Tecnogame, o jogador profissional de Free Fire, Racha XP; o Samuca, influenciador e com seus bordões clássicos que o tornaram referência na narração dos e-sports. Ele foi o primeiro apresentador da NFA e sua primeira transmissão foi em julho de 2019; Já o Michel Veríssimo Yu-Gi-Oh, dentre as conquistas, foi Campeão do 2019 WCQ: Brazilian National Championship! Ele garantiu o título do Evento Principal com seu Deck de Dragão do Trovão.

Com informações do G1-AM

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