Líder norte-coreano criticou os Estados Unidos por 'demonizar' o país. (Foto: Divulgação)

O líder da Coreia do Norte , Kim Jong-un, disse que o país está “pronto para mobilizar” forças nucleares e combater qualquer ameaça militar dos Estados Unidos. O norte-coreano também criticou o novo presidente da Coreia do Sul.

“Nossas forças armadas estão totalmente preparadas para responder a qualquer crise, e a dissuasão de guerra nuclear de nossa nação também está pronta para mobilizar sua força absoluta com fidelidade, precisão e rapidez para sua missão”, disse Kim, em evento para marcar o 69º aniversário do armistício da Guerra da Coreia, de acordo com a mídia estatal KCNA nesta quinta-feira (28).

O embate com os EUA exigiu que a Coreia do Norte realizasse uma “tarefa histórica urgente” de reforçar sua autodefesa, disse o líder, que acusou Washington de continuar com “atos hostis perigosos e ilegais” contra o Norte.

“As atitudes dos EUA estão levando as relações bilaterais a um ponto em que é difícil voltar atrás”, afirmou Kim.

O líder também criticou o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, acusando-o de ameaçar a segurança e o direito de autodefesa do Norte. O gabinete do mandatário classificou as afirmações do norte-coreano como “ameaçadoras” e disse que não é capaz de responder “forte e efetivamente” a qualquer provocação.

“Mais uma vez, pedimos à Coreia do Norte que siga o caminho do diálogo para alcançar a desnuclearização e a paz substantiva”, afirmou a porta-voz de Yoon, Kang In-sun, em comunicado, de acordo com agência de notícias Reuters .

As falas de Kim Jong-un ocorrem após autoridades de Seul e Washington dizerem que Pyongyang completou os preparativos para realizar seu primeiro teste nuclear desde 2017.

O ministro da Unificação da Coreia do Sul afirmou, na última terça (26), que existe uma “possibilidade” desse teste ocorrer próximo ao aniversário do armistício, apesar de um militar ter dito que ainda não havia sinais imediatos de isso acontecer.

O ministro das Relações Exteriores sul-coreano afirmou nessa quarta que, caso a Coreia do Norte prossiga com o teste, provavelmente enfrentará sanções mais fortes, visando principalmente suas capacidades de ataque cibernético.

*Com iG