(Imagem: Reprodução/Twitter)

Foi confirmada no início da madrugada deste sábado (10) a morte do jornalista esportivo norte-americano Grant Wahl , em Doha , no Catar. Ele passou mal durante a partida Argentina x Holanda , válida pelas quartas de final da Copa do Mundo .

Um dos profissionais mais conhecidos dos Estados Unidos, Wahl, de 48 anos, passou na tribuna de imprensa do estádio Lusail, durante a prorrogação do jogo. Logo depois, segundo a impresa, ele caiu e chegou a ser atendido por uma equipe, receber massagem cardíaca, mas não resistiu e morreu no local.

Na última segunda-feira (5), Wahl já havia procurado ajuda médica  em um hospital do Catar por não se sentir bem e chegou a comentar nas redes sociais.

“Meu corpo quebrou. Três semanas de pouco sono, muito estresse e muito trabalho podem fazer isso com você”, escreveu Wahl. “O que tinha sido um resfriado nos últimos 10 dias se transformou em algo mais severo na noite do jogo EUA x Holanda. Eu senti pressão e desconforto no peito. Eu não tinha Covid (faço exames regularmente aqui), mas fui à clínica médica do principal centro de mídia e disseram que provavelmente tenho bronquite. Eles me deram antibióticos e um xarope para tosse forte”, acrescentou.

No início do Mundial, o jornalista chegou a informar que tinha sido “brevemente” detido por usar camiseta com as cores que representam  a comunidade LGBTQ. No Catar relações entre pessoas do mesmo sexo são ilegais.

Na ocasião, Wahl afirmou que seguranças o impediram de entrar na estreia dos Estados Unidos contra o País de Gales no Estádio Ahmad Bin Ali em Al Rayyan e pediram que ele tirasse a camisa que vestia.

A morte do escritor foi lamentada pela US Soccer (Federação de Futebol dos Estados Unidos).

“Toda a família do futebol está com o coração partido ao saber que perdemos Grant Wahl. Fãs de futebol e jornalismo da mais alta qualidade sabiam que sempre poderíamos contar com suas histórias perspicazes e divertidas sobre nosso jogo e seus principais protagonistas: times, jogadores, treinadores e as muitas personalidades que tornam o futebol diferente de qualquer esporte. Aqui nos Estados Unidos, a paixão de Grant pelo futebol e o compromisso de elevar seu perfil em nosso cenário esportivo desempenharam um papel importante em ajudar a despertar o interesse e o respeito por nosso belo esporte. Tão importante quanto, a crença de Grant no poder do jogo para promover os direitos humanos foi, e continuará sendo, uma inspiração para todos. Grant fez do futebol o trabalho de sua vida, e estamos arrasados que ele e sua escrita brilhante não estejam mais conosco. A US Soccer envia suas mais sinceras condolências a todos os membros de sua família, amigos e colegas da mídia, e agradecemos por sua tremenda dedicação. Sua escrita viverá”.