O conceito da agência de modelos ‘Imperfeita’ conquistou grandes nomes da moda internacional

A proposta da agência é potencializar a inclusão ao normalizar diferenças estéticas para ajudar a construir uma nova geração de modelos que são “perfeitos por serem imperfeitos”

Nascida como um projeto digital no Instagram durante a fase mais aguda da pandemia de covid-19 na Itália, a agência de modelos Imperfetta – Imperfeita, em português –, não para de crescer e ganhar espaço.

Com mais de 100 modelos em seu casting, o foco da estrutura criada por Carlotta Giancane são as mulheres “fora do padrão estético” que domina a moda. As mulheres são de diversas idades e têm corpos gordos, magros, com deficiências físicas ou intelectuais – ou ainda com doenças de pele, como vitiligo ou grandes cicatrizes, e estão ajudando a redefinir as noções de beleza ao representar a diversidade humana.

Aliás, o nome da agência, “I’mperfetta”, é um trocadilho simples, mas emblemático, que reflete a mensagem da empresa. A agência acredita que todos são bonitos, especialmente porque são imperfeitos, e não deve haver uma busca incessante pela perfeição.

O trabalho feito pela Imperfetta chamou a atenção e conseguiu emplacar modelos também na Semana de Moda de Milão, realizada recentemente, ou em campanhas internacionais do setor. Além disso, por conta do sucesso, a agência também abriu para homens ou para pessoas de gênero fluido.

“Tudo se desenvolveu e tomou forma em plena pandemia. Nós superamos juntas tantas dificuldades, mas sem nunca perder de vista o nosso objetivo. Para mim, como para todas as modelos que fazem parte dessa iniciativa, é fundamental continuar a colaborar para encorajar as mulheres a fazerem as pazes com o próprio corpo, normalizando as imperfeições que tornam cada uma de nós única”, disse Giancane.

Segundo a fundadora da agência, “ao invés de enterrar [os corpos] na insegurança, na vergonha, no medo do julgamento, deixemos que a nossa personalidade flutue, brilhe, exploda para que todos possam nos ver porque essa é a nossa beleza”.

Com informações do Uol e da Revista Pazes