O conteúdo é uma montagem em que a apresentadora do “Jornal Nacional” (TV Globo), Renata Vasconcelos, informou um resultado falso de uma pesquisa do Ipec (ex-Ibope) divulgada pela emissora na última segunda-feira (15).
Segundo o vídeo distorcido, Bolsonaro registrou 44% de intenções de voto, contra 32% de Lula, mas o que ocorreu foi o inverso: o petista é que apareceu com 44% contra 32% do atual presidente.
Quais providências as plataformas tomaram?
O Youtube tirou o vídeo do ar. Em nota enviada ao UOL Notícias, a empresa afirmou que o conteúdo foi removido por violar a política de desinformação da plataforma.
“Conteúdos enganosos podem não ser permitidos no YouTube, como material que foi editado ou adulterado para enganar os usuários (além de clipes fora de contexto) e que possa apresentar sérios riscos de danos significativos”, explicou o YouTube.
O Twitter, por sua vez, criou um alerta que é colocado nas publicações que divulgam o material falso.
Ao se deparar com uma postagem divulgando a informação adulterada, o usuário recebe um aviso de “mídia manipulada”.
‘Não é verdade que o presidente Jair Bolsonaro aparece à frente na última pesquisa eleitoral realizada pelo Ipec, segundo o próprio instituto”, afirma o alerta.
Como é a montagem adulterada?
No vídeo, Vasconcellos aparece anunciando o resultado da “primeira pesquisa eleitoral de intenção de voto contratada pela Rede Globo”. Em seguida, os resultados supostamente mostram Jair Bolsonaro com 44% e Lula Lula com 32%.
A gravação, contudo, foi produzida com técnicas de deepfake, que usa inteligência artificial para criar vídeos e áudios falsos, dando a impressão de que Renata realmente tenha dito o conteúdo falso. Na realidade, Lula marcou 44% na pesquisa, contra 32% de Bolsonaro.
O vídeo editado circulou nas redes sociais e chegou a compartilhado por influenciadores bolsonaristas, como o músico Roger Moreira, vocalista da banda Ultraje a Rigor.
Como a Justiça Eleitoral viu o caso?
Internamente, segundo apuração do UOL Notícias, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) viu com bons olhos a velocidade do YouTube de retirar o conteúdo da plataforma, que havia vindo à tona a última quinta (18).
Para ministros da Corte, melhorou a postura da plataforma, que havia levado 23 dias para tirar do ar o vídeo da reunião de Bolsonaro com embaixadores, em julho, na qual o presidente repetiu suspeitas falsas de fraude nas eleições.
Com informações do Uol