Atualmente conhecemos oito planetas no sistema solar, mas há algum tempo já foram nove, e não, não estamos falando de Plutão. Em meados do século 19 surgiu um planeta chamado Vulcano que durou cerca de 70 anos, sendo apagado por Albert Einstein.
A descoberta de Netuno
O planeta Urano foi descoberto em 1781, e em 1846, o matemático e astrônomo, Urbain Le Verrier, percebeu que sua órbita não era como a prevista na teoria newtoniana da gravidade. As diferenças eram poucas, mas foram o suficiente para o cientista começar uma busca pelo que causava essa anomalia, a resposta foi um novo planeta além de Urano.
Le Verrier fez cálculos para prever como seria a órbita desse novo planeta, matematicamente sua existência foi provada, mas a tarefa de encontrá-lo usando um telescópio foi deixada para o astrônomo alemão Johann Gottfried Galle, que no final daquele mesmo ano encontrou Netuno, apenas a um grau de diferença do previsto.
As oscilações de Mercúrio e o planeta Vulcano
Por ter conseguido encontrar um planeta apenas observando a órbita de outro, Le Verrier foi chamado para observar Mercúrio e traçar sua trajetória a partir da física newtoniana. No entanto, a órbita não fazia sentido nenhum e suas oscilações não poderiam ser justificadas pela influência de outros planetas conhecidos.
Assim, Le Verrier sugeriu que as oscilações eram causadas por outro planeta desconhecido ainda mais próximo do Sol do que Mercúrio, que ele batizou de Vulcano, em homenagem ao deus romano do fogo.
Logo após isso, começaram as observações de Vulcano. Diversos astrônomos relataram ter conseguido ver o novo planeta, mas eles podem facilmente ter sido confundidos por manchas solares, planetas já conhecidos e avistamentos de estrelas próximas. No fim, ele nunca foi visto e a ideia de que ele existia só caiu depois de 1915, com a Teoria da Relatividade Geral de Einstein.
Nela a gravidade é descrita com a curvatura do espaço-tempo causada por objetos massivos, sendo os objetos mais próximos os mais afetados. Assim, as oscilações de Mercúrio puderam ser explicadas pela sua proximidade do Sol, sem a necessidade de nenhum outro planeta.
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