Weintraub (foto) aprofundou as críticas ao governo depois de sair do ministério da Educação, em junho de 2020 (Foto: Poder360)

Segundo ex-ministro, presidente só teria “trejeito de pessoa honesta” e estaria “deslumbrando” com possível derrota

Em live transmitida em seu canal no Facebook ontem (22), o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub (PMB) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem “trejeito de pessoa honesta”, mas “se corrompeu” durante o mandato.

Com o título “É pecado votar nulo?”, Weintraub diz que Bolsonaro “mentiu, mente e vai continuar mentindo” para ser reeleito. “A dificuldade é que ele engana muito”, afirmou.

Para o ex-ministro, Bolsonaro está “deslumbrando” e com “medo” de perder a corrida pela reeleição para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 30 de outubro.

Weintraub também criticou o ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União Brasil), senador eleito pelo Paraná, como alguém que só “olha para o próprio umbigo” e “não é o herói da Lava Jato que parecia ser”.

Segundo ele, a reaproximação com Bolsonaro mostraria que a “máscara” do ex-ministro estaria “caindo” depois dos atritos que o levaram a deixar o governo em abril de 2020.

Abraham Weitraub comandou o ministério da Educação de abril de 2019 a junho de 2020. Deixou a pasta para assumir um cargo de diretor-executivo no Banco Mundial depois de estar no centro de atritos do Executivo com o Legislativo e o Judiciário. O então ministro afirmou, em reunião interministerial gravada em 22 de abril que, a depender dele, colocaria os “vagabundos na cadeia, a começar pelo STF”.

Fora do governo, ele e o irmão Arthur Weintraub, ex-assessor especial da Presidência, aprofundaram as críticas ao alinhamento de Bolsonaro com os partidos do chamado Centrão. Abraham Weintraub lançou a candidatura ao governo de São Paulo pelo PMB, mas desistiu de concorrer e alegou ameaças do governo federal.

Em agosto, ele disse que, em uma eventual disputa entre Bolsonaro e um candidato do PT, iria “tapar o nariz” e votar no atual presidente “sabendo o que ele é e o que aquela família representa”.
Os irmãos disputaram uma vaga na Câmara dos Deputados por São Paulo, mas não foram eleitos. Abraham teve 4.057 votos, enquanto Arthur recebeu só 1.990.

Com informações do Poder360