Pessoa segura cédulas de real acompanhadas por moedas - Foto: Gabriel Cabral / Folhapress

O rendimento domiciliar per capita (por pessoa) da população do Maranhão equivale a menos de 30% do registrado no Distrito Federal, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No estado nordestino, o valor mensal foi de R$ 945 em 2023. É o equivalente a 28,2% da renda per capita registrada no Distrito Federal: R$ 3.357.

Conforme o IBGE, o Maranhão tem o menor rendimento do país, enquanto o Distrito Federal responde pelo maior. No Brasil, o indicador foi calculado em R$ 1.893 por mês em 2023.

Os valores são publicados de forma resumida pelo IBGE em termos nominais (sem o ajuste pela inflação), o que dificulta uma comparação com anos anteriores.

O rendimento domiciliar per capita representa a razão entre o total das rendas domiciliares e o número de moradores. Nessa conta, o IBGE considera os recursos obtidos com o trabalho e outras fontes.

“Todos os moradores são considerados no cálculo, inclusive os pensionistas, empregados domésticos e parentes dos empregados domésticos”, afirma o instituto.

A divulgação atende a uma lei complementar que estabelece os critérios de rateio do FPE (Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal). Os dados são repassados pelo IBGE para o TCU (Tribunal de Contas da União) anualmente.

Em 2022, o rendimento mensal domiciliar per capita havia sido calculado em R$ 1.625 no Brasil, também em termos nominais. Ou seja, ao chegar a R$ 1.893 no país em 2023, o indicador ficou 16,5% maior.

Sem considerar a inflação, o valor também aumentou nas unidades da federação de um ano para o outro. O Distrito Federal, conhecido por reunir servidores públicos com renda mais elevada, seguiu no topo do ranking, enquanto o Maranhão permaneceu na parte inferior da lista.

São Paulo é o segundo local com maior rendimento, alcançando R$ 2.492 em 2023. Rio de Janeiro (R$ 2.367), Rio Grande do Sul (R$ 2.304) e Santa Catarina (R$ 2.269) aparecem na sequência.

Entre os estados com rendimento menor, o predomínio é de integrantes do Nordeste e do Norte. Além do Maranhão (R$ 945), Acre (R$ 1.095), Alagoas (R$ 1.110), Pernambuco (R$ 1.113) e Bahia (R$ 1.139) também ocupam as últimas posições do levantamento.

Rendimento em 2023

Valor nominal mensal domiciliar per capita, em R$

  1. Distrito Federal: 3.357

  2. São Paulo: 2.492

  3. Rio de Janeiro: 2.367

  4. Rio Grande do Sul: 2.304

  5. Santa Catarina: 2.269

  6. Paraná: 2.115

  7. Mato Grosso do Sul: 2.030

  8. Goiás: 2.017

  9. Mato Grosso: 1.991

  10. Minas Gerais: 1.918

  11. Espírito Santo: 1.915

  12. Brasil: 1.893

  13. Tocantins: 1.581

  14. Rondônia: 1.527

  15. Amapá: 1.520

  16. Roraima: 1.425

  17. Rio Grande do Norte: 1.373

  18. Piauí: 1.342

  19. Paraíba: 1.320

  20. Pará: 1.282

  21. Sergipe: 1.218

  22. Amazonas: 1.172

  23. Ceará: 1.166

  24. Bahia: 1.139

  25. Pernambuco: 1.113

  26. Alagoas: 1.110

  27. Acre: 1.095

  28. Maranhão: 945

    Fonte: IBGE

*Com informações de Folha de São Paulo