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Para o interventor na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Capelli, não há a menor dúvida de que os atos golpistas do último domingo, realizados por militantes bolsonaristas, tiveram a mão conivente do então secretário de Segurança do DI, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça sob Jair Bolsonaro.

Conforme Ricardo, Anderson preparou todo o esquema sórdido de ataque assassino ao patrimônio público nacional e a seguir fugiu para a Flórida a fim de comemorar com o chefe maior, Bolsonaro.

Esse Anderson, como vários secretários estaduais de Segurança Pública, incluindo o do Amazonas, general Carlos Alberto Mansur, têm que explicar por que demoraram 70 dias para desocupar as áreas onde os bolsonaristas produziam atos antidemocráticos de modo abusivo, sem dar a mínima para as advertências do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Superior Tribunal Eleitoral. Por que Mansur demorou tanto para expulsar os bolsonaristas da frente da sede do CMA (Comando Militar da Amazônia) ? E por que o próprio CMA se deixou transformar, durante 70 dias, em autêntico depósito de lixo verde-oliva ?

A verdade é que o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, juntamente com a Polícia Federal e os demais órgãos de segurança espalhados pelos estados, devem ser mais do que implacáveis nas investigações e nas punições aos executores, organizadores e financiadores dos atos terroristas. Nada de condescendência nem anistia para ninguém.

Afinal, os prejuízos causados pelos golpistas são incalculáveis. De acordo com o curador e galerista Max Perlingeiro, uma obra de Di Cavalcanti (1897-1976), “Mulheres na varanda”, que estava nas dependências do Palácio do Planalto, era avaliada em R$ 8 milhões. Conforme o jornalista Fernando Gabeira, da Globo News, a restauração da obra vai custar R$ 3 milhões. Por isso, não se pode ser conivente com o vandalismo que indignou o país e que precisa ser coibido. Torço para que as penalidades contra os bolsonaristas golpistas sejam as mais duras possíveis.

Por Juscelino Taketomi