(Foto: Divulgação/Semsa)

A Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF) Dr. Ney Lacerda foi revitalizada pela Prefeitura de Manaus e será entregue pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), nesta sexta-feira, 10/6, com uma visita inaugural à comunidade Santa Maria, localizada às margens do rio Negro, a 57 quilômetros de distância do centro urbano. A unidade amplia a capacidade de atendimento em atenção primária nas 60 comunidades ribeirinhas da capital localizadas nas calhas dos rios Negro e Amazonas.

De acordo com o secretário da Semsa, Djalma Coelho, a UBSF oferece assistência médica, odontológica, farmacêutica e de enfermagem, além de exames laboratoriais de rotina e vacinação.

“A região amazônica tem pequenas populações distribuídas em áreas remotas, que precisam ser assistidas de modo regular, e a estrutura fluvial garante que os serviços de atenção básica cheguem até elas, evitando o deslocamento até as estruturas convencionais”, explica o secretário, destacando que o modelo de unidade fluvial adotado pelo município está sendo fortalecido na gestão do prefeito David Almeida e é uma referência nacional.

Djalma Coelho acrescenta que as unidades fluviais realizam o papel de uma unidade básica de saúde terrestre e representam a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS) para as populações que residem longe dos centros urbanos. “O principal objetivo dessas unidades é promover a saúde, por meio de ações de prevenção, e fazer o acompanhamento das famílias, evitando quadros graves de adoecimento e a necessidade de atendimento na média e na alta complexidade”.

Assistência

No ano passado, de acordo com dados do Distrito de Saúde (Disa) Rural, a equipe da UBSF Dr. Ney Lacerda garantiu que fossem realizados 8,2 mil atendimentos às comunidades ribeirinhas da sua área de abrangência. Neste ano, até o momento, foram 4.269 atendimentos. “As atividades do barco precisaram ser suspensas por aproximadamente um ano para viabilizar a reforma, no entanto a equipe seguiu atendendo a comunidade com o apoio da outra unidade fluvial”, observa Djalma.

Uma equipe de 19 servidores é responsável pela coordenação, assistência aos pacientes e deslocamento da unidade até as comunidades. A equipe inclui médico, enfermeiro, cirurgião-dentista, assistente em saúde, farmacêutico, bioquímico, auxiliar de patologia clínica, além do diretor da unidade e da equipe de tripulação e apoio, formada por auxiliares de convés, contramestre, auxiliar de contramestre, mecânico de embarcação, auxiliar de mecânico e cozinheiro.

Para atender os usuários, que podem ser crianças, adolescentes, adultos ou idosos, a embarcação conta com recepção, sala de espera, consultório médico e consultório de enfermagem com maca ginecológica para coleta de exame preventivo (citopatológico), consultório odontológico, sala de imunização, farmácia, laboratório de análises clínicas e coleta de exames, sala de lavagem de materiais, sala de esterilização e sala de procedimentos (realização de curativos e atendimentos de urgência básica).

A reforma da unidade contemplou restauração do casco com suporte de chapa de aço, reforço do tanque de combustíveis com instalação de chapa de alumínio, pintura interna e externa, instalação de revestimento em PVC em toda a área de atendimento ao público, revisão elétrica e mecânica e instalação de equipamentos de monitoramento (câmeras, sensores e barreiras).

O diretor do Disa Rural, Rubens Souza, ressalta que, além da UBSF Dr. Ney Lacerda, a Semsa opera com uma segunda unidade, que é a UBSF Dr. Antônio Levino. “As viagens dessas unidades fluviais são programadas para percorrer uma extensão de 150 quilômetros ao longo do rio Negro e outros 170 quilômetros ao longo do rio Amazonas, atendendo os que vivem às margens dos dois rios, nos limites da capital”, explica o diretor.

*Com assessoria