Novos tratamentos e diferentes estratégias de prevenção transformaram a Aids em uma doença crônica (Foto: Getty Images)

Dos 40.880 casos de HIV notificados em 2021, quase a metade correspondeu a pessoas de 15 a 29 anos de idade.

O UNICEF, o UNAIDS, a Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/AIDS realizaram uma pesquisa com jovens que vivem com HIV, para entender a avaliação deles sobre o atendimento nas unidades de saúde das capitais brasileiras.

A chefe de saúde do UNICEF no Brasil, Luciana Phebo, destacou em entrevista à Rádio CNN, que o “estigma do preconceito” ainda é uma barreira no País para as pessoas buscarem tratamento.

“A pesquisa revelou que 64% das pessoas se sentiram acolhidos ao receber o diagnóstico, mas, ao mesmo tempo, 36% não se sentiram”, completou.

Este sentimento, segundo ela, “impede a adesão ao tratamento, que é tão importante não só para a pessoa, mas para toda a coletividade”.

Luciana destaca que o tratamento deve acontecer o mais rapidamente possível, para “manter a carga viral indetectável”.

“Isso significa que ela também não transmitirá o vírus, quebrando o ciclo da disseminação”, completou.
A especialista defende que haja investimento na capacitação da equipe.

“Essa capacitação não deve ser só técnica, mas também sobre relação interpessoal, para ensinar como acolher o jovem que recebe o teste positivo, como acolher quem vive com o vírus”, disse.

A chefe do UNICEF reforçou que o tratamento no Brasil “sempre foi referência no mundo”, mas que o programa de saúde na escola é uma pauta que “deve ser discutida, focando na juventude e adolescência”.

Com informações da CNN