A Polícia Federal informou ontem (2) que prendeu 22 pessoas na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. O grupo seguia para garimpos ilegais no território. Com eles, foi apreendida uma arma de fogo.
A prisão dos invasores ocorreu durante ação conjunta da PF com a Força Nacional e Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Eles foram presos na região de Palimiú, área usada para acessar o território via rio Uraricoera.
“Os suspeitos seguiam em direção a um garimpo ilegal e se utilizavam de embarcações para este deslocamento. Contudo, as embarcações foram interceptadas e, por ocasião da abordagem, os agentes de segurança encontraram uma arma de fogo”, informou a PF.
Os barcos também transportavam grande carga de mantimentos e combustível que seriam utilizados para dar suporte à atividade a garimpos ilegais.
Depois de preso, o grupo foi encaminhado à Superintendência Regional da Polícia Federal em Boa Vista. Eles foram autuados em flagrante pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e ocupação de terras da União, em razão da invasão ilegal à Terra Indígena Yanomami.
Terra Yanomami
A Terra Indígena Yanomami é o maior território indígena do país e é alvo há décadas do garimpo ilegal. Em janeiro do ano passado, o governo federal decretou emergência em saúde pública para combater a desassistência aos indígenas. Desde então, tem atuado nos serviços de saúde e no combate a atividade ilegal.
O garimpo impacta diretamente o modo de vida dos povos originários, isto porque a invasão destrói o meio ambiente, causa violência, conflitos armados e poluição dos rios devido ao uso do mercúrio.
Na avaliação do Ministério Público Federal e de lideranças indígenas, a União conseguiu dar uma resposta de emergência, mas não avançou o suficiente, e o cenário devastador segue o mesmo um ano depois. Ainda há fome, malária, centenas de mortes e devastação com o garimpo.
Com informações do G1-RR