Paola Carosella compartilha uma experiência traumática que viveu em viagem recente para Buenos Aires - Reprodução / Uol

Há mais de 20 no Brasil, Paola Carosella relatou uma experiência traumática recente que viveu em viagem para Buenos Aires, além da burocracia que enfrentou para se naturalizar brasileira, bem como, a emoção de votar pela primeira vez no Brasil, em outubro do ano passado.

A argentina, que se naturalizou brasileira, diz que até hoje ainda escuta o questionamento “por que você não vai embora daqui?”. Mas o que a surpreendeu foi ouvir um comentário semelhante de um argentino, em uma viagem que ela fez para Buenos Aires neste ano:

“Fui para Buenos Aires porque meu namorado estava super empolgado para conhecer lá, e eu tive uma experiência horrível, não quero voltar nunca mais”, disse a ex-jurada do MasterChef em entrevista ao Alt Tabet, programa de Antonio Tabet do UOL.

A fala veio de um taxista de posição política “mais inclinada à direita”, com quem ela estava discutindo a tributação de grandes fortunas — Paola era a favor, enquanto o motorista se mostrou contra a medida.

“Aí o cara começou a falar: ‘mas também, se você achava que as coisas tinham que ser melhores aqui, por que você foi embora?'”, relembra, completando que o taxista deixou o casal no lugar errado e a cidade, que ela não visitava há cinco anos, aparentou estar “destruída”.

“Senti a Argentina absolutamente desconectada de uma verdade, carente de uma raiz, o país que eu lembrava —ou talvez, nunca existiu—, cheguei lá e me pareceu muito pequeno, e muito destruído. Não destruída a cidade, que é lindíssima, mas o ser argentino completamente desmantelado, sem uma identidade. E não me deu mais vontade de voltar, me deixou triste”, disse.

Carosella também conta que seu processo de naturalização foi muito longo. Isso porque, quando ela chegou ao Brasil, em 2001, ainda não existia o Acordo de Residência Mercosul —que prevê que todo argentino pode estabelecer residência no Brasil, independentemente de estar em situação migratória regular ou irregular. “Todo o processo burocrático para você poder ser alguém nesse país é difícil”.

Mesmo com a residência e o RG, porém, a chef de cozinha diz que ainda não se sente “definitivamente brasileira”. “Talvez seria um pouco arrogante da minha parte”, disse.

Mas a sensação de pertencimento surgiu quando Paola votou nas eleições presidenciais de 2022: “Quando fui votar pela primeira vez, foi emocionante pra caramba, tipo ‘ok, agora eu pertenço’. Não sou brasileira, mas eu sinto que pertenço”.

Questionada por Tabet se prefere urna eletrônica ou papel e caneta, Paola não pensa duas vezes para responder: “Urna eletrônica”, diz ela, acrescentando que o som que a urna faz ao computar o voto “dá um tesão”.

Admiração por Ana Maria Braga e sexualidade

Paola também comentou os boatos de que irá substituir Ana Maria Braga no Mais Você, a partir de 2024. O rumor surgiu no início dete ano, quando ela apareceu no matinal da colega de profissão, da qual diz ser fã. “É impossível substituir Ana Maria Braga”, declarou a atual apresentadora do programa Alma de Cozinheira, do GNT.

“Tenho uma teoria de que inventaram isso porque é tão revoltante que tenha uma argentina para substituir a Ana Maria Braga, que com certeza ia dar ibope”, brinca.

O assunto surge depois que Tabet lê o comentário de um usuário do X (antigo Twitter), que questiona se Paola estaria disposta a “entrevistar os estrupícios” eliminados no BBB, como faz Ana Maria Braga. “Eu me divertiria entrevistando estrupícios”, brinca a chef.

“Não me vejo substituindo a Ana Maria Braga, porque não vejo ninguém substituindo a Ana Maria Braga”, pontuou.

Respondendo à pergunta de um usuário sobre a cozinheira ser bissexual, Paola afirma que é hétero e não está solteira — namora há quase um ano e meio. “Lembro, depois que eu me separei, que eu estava solteira, depois de tentativas muito frustradas com homens, eu falei ‘que saco ser tão hétero’. Mas eu sou espantosamente hétero”, comentou.

*Com informações de IG