“Pânico” é uma das franquias de terror mais conhecidas e adoradas pelos fãs do gênero. Com o primeiro filme lançado em 1996, a produção hoje conta com seis longas e sempre foi um sucesso de bilheteria e críticas. No entanto, há grandes chances deste “império” começar a ruir daqui para a frente, e a guerra de Israel contra o Hamas pode ter sido o grande estopim.
O último “Pânico” lançado foi o sexto, que chegou em 2023. No momento, o sétimo volume estava em produção.
Melissa Barrera e Jenna Ortega, as duas atrizes principais de “Pânico” a partir do quinto filme – lançado em 2022 -, saíram do elenco. A informação foi revelada em novembro de 2023.
A Spyglass, estúdio que produz “Pânico”, demitiu Barrera por postagens consideradas “antissemitas”. A atriz vinha postando apoio à Palestina e críticas contra a violência retaliatória do governo israelense após os ataques terroristas do Hamas em outubro.
Tenho procurado ativamente vídeos e informações sobre o lado palestino nas últimas duas semanas, acompanhando relatos, etc. Por quê? Porque a mídia ocidental apenas mostra o outro lado. Por que eles fazem isso? Deixarei você deduzir por si. Normalmente, o algoritmo nas redes sociais entende a essência. Bom, minha página de descoberta no Instagram só vai me mostrar vídeos mostrando e falando sobre o lado israelense. A censura é muito real.
Escreveu Melissa Barrera em publicação.
Fonte da Variety apontaram que os questionamentos de Barrera sobre a cobertura da mídia “sugeria um tropo antissemita de que os judeus controlam a mídia”. Um porta-voz da Spyglass Media disse à Variety que a atriz foi demitida por se referir aos ataques de Israel à Palestina como “genocídio”.
“Temos tolerância zero com o antissemitismo ou com o incitamento ao ódio sob qualquer forma, incluindo falsas referências ao genocídio, à limpeza étnica, à distorção do Holocausto ou a qualquer coisa que ultrapasse flagrantemente os limites do discurso de ódio.” disse porta-voz à Variety.
A declaração da Spyglass sobre “falsas referências ao genocídio [e] limpeza étnica” foi feita pare rebater uma publicação no Instagram na qual Barrera compartilhava um artigo da revista Jewish Currents, escrito pelo estudioso Raz Segal. O texto tem como título “Um caso clássico de genocídio”.
