Endrick, protagonista de Abel na reta final da temporada, abriu o placar; Nikão empatou para o Cruzeiro - Foto: Leco Viana / Thenews2 / Estadão Conteúdo

O Brasil é mais alviverde do que nunca: o Palmeiras espantou qualquer combinação de resultados, empatou com o Cruzeiro por 1 a 1 no Mineirão e faturou o Campeonato Brasileiro pela 12ª vez após uma arrancada histórica. Endrick, que ganhou protagonismo na reta final da temporada, marcou o gol palmeirense, e Nikão igualou o placar.

A equipe de Abel Ferreira alcançou 70 pontos e conquistou o bi ao desbancar o Botafogo, que chegou a abrir 14 pontos de vantagem para o alviverde na 27ª rodada — e que acabou fora do G4 ao tropeçar diante do Inter.

O título estava praticamente confirmado desde o fim de semana: além de perder hoje, o Palmeiras precisaria ver Atlético-MG ou Flamengo vencendo por goleadas inimagináveis para ficar sem a taça.

O Cruzeiro, por outro lado, encerrou o Brasileirão foi aos 47 pontos e, apesar do tropeço, com vaga garantida na próxima edição da Sul-Americana.

Os times só voltam a jogar no ano que vem. O bicampeão nacional tem, já em janeiro, o Campeonato Paulista pela frente, enquanto o Cruzeiro disputa o estadual de Minas Gerais no mesmo período.

Como foi o jogo

O 1° tempo teve Endrick protagonista e vitória palmeirense. Melhor no jogo, a equipe de Abel Ferreira abriu o placar aos 20 minutos, quando Lucas Silva errou no campo de defesa mineiro e foi desarmado camisa 9, que não perdoou na segunda tentativa de vencer Rafael Cabral. Depois do gol, o Cruzeiro até melhorou, mas parou na atuação sólida de Weverton.

Na etapa final, estreia de Estêvão e Nikão na rede. Abel viu seus comandados controlarem o adversário e aproveitou para acionar Estêvão, joia palmeirense de 16 anos que fez sua estreia entre os profissionais na casa dos 30 minutos. O problema é que Paulo Autuori também mexeu e colheu os frutos: Nikão, substituto de Lucas Silva, igualou o marcador e definiu o placar.

Gols e destaques

Cartão de visitas. A primeira chance de perigo da partida foi protagonizada pelos visitantes aos oito minutos, quando Zé Rafael desarmou Lucas Silva e acionou Endrick. O atacante de 17 anos invadiu a área e obrigou Rafael Cabral a ceder o escanteio após boa defesa.

Arthur Gomes responde. O Cruzeiro chegou ao gol palmeirense pouco tempo depois: Arthur Gomes recebeu na ponta esquerda, limpou Marcos Rocha, carregou para o meio e bateu colocado no canto da meta de Weverton, que evitou o pior para a equipe de Abel Ferreira.

Endrick perdoa? Não! A maior promessa do futebol brasileiro não titubeou e abriu o placar aos 20 minutos. Endrick aproveitou erro bizarro de Lucas Silva na entrada da área e até parou no goleiro rival na primeira finalização, mas usou o rebote para empurrar a bola para as redes e enlouquecer a torcida paulista no Mineirão: 1 a 0.

Weverton aparece. Os mandantes reagiram rápido e, por pouco, não igualaram o placar em dois lances seguidos. Primeiro, Bruno Rodrigues tirou a marcação pelo alto com categoria e virou uma bicicleta que acabou em defesa de Weverton. Na cobrança de escanteio, Matheus Pereira ficou no quase em tentativa de gol olímpico.

Pênalti? Daronco discorda. O Cruzeiro reclamou de um pênalti aos 30 minutos, quando Arthur Gomes aproveitou domínio esquisito de Fernando Henrique dentro da área e afirmou ter sido puxado em meio à marcação de Vanderlan e Gustavo Gómez. Anderson Daronco não marcou pênalti e, apesar das reclamações dos cruzeirenses, mandou o jogo seguir após ouvir rapidamente o VAR.

Cruzeiro cresce, mas não marca. A equipe de Paulo Autuori passou a apertar o rival de vez nos minutos finais do 1° tempo. Matheus Pereira tabelou pela ponta esquerda e cruzou rasteiro para Fernando Henrique, mas o substituto de Ian Luccas, já dentro da pequena área, não conseguiu mandar a bola para as redes ao se esticar em carrinho. Ainda teve tempo de Matheus Pereira bater forte — e Weverton brilhar com nova defesa difícil.

Clima morno. Os times voltaram do vestiário com ritmo menor em relação ao que o torcedor presenciou nos primeiros 45 minutos. Até os 20 minutos, a melhor chance paulista saiu com Endrick, que foi travado pela zaga adversária, enquanto o Cruzeiro chegou a assustar com o jovem Robert, que substituiu Arthur Gomes.

Veiga no quase e mudanças de Abel. O Palmeiras retomou a intensidade com Raphael Veiga, que saiu do campo de defesa, tirou dois defensores do lance com apenas um toque e viu Rafael Cabral operar um milagre para evitar o pior para a equipe mineira — Gómez errou o alvo ao completar o escanteio que sucedeu o lance do camisa 23. Em meio à melhora de seu time, Abel Ferreira mexeu no ataque: tirou Endrick e Breno Lopes e acionou, além do aniversariante Flaco López, o ex-titular Artur. A joia Estêvão também entrou e fez sua estreia entre os profissionais.

Nikão empata e define resultado. Os mineiros não deram chance para o jovem de 16 anos brilhar e igualaram o marcador — também com um reserva. Após linda jogada de Matheus Pereira pela direita, Nikão, que substituiu Lucas Silva, bateu forte da entrada da área e superou Weverton para decretar o empate: 1 a 1.

*Com informações de Uol