Iza e Yuri Lima juntos de novo: jogador insistiu na reconciliação após traição

Festival de Cirandas: Flor Matizada clama pela resistência das comunidades tradicionais e a inclusão

A ciranda pioneira de Manacapuru, a Flor Matizada, levou seu espetáculo “O alvorecer matizado: um voo pela vida” à arena do Parque do Ingá. O 26º Festival de Cirandas de Manacapuru, promovido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, recebeu um público de mais de 9 mil pessoas, lotando o anfiteatro do município (a 68 quilômetros de Manaus).
A ciranda lilás e branco representou a arte popular do povo manacapuruense em um espetáculo ousado e surpreendente. O tema anunciou o alvorecer de um novo tempo, clamando pela resistência das comunidades tradicionais, negros, indígenas e ribeirinhos, em harmonia na floresta, com os seres imaginários. Para este ano, a Matizada, que é referência em espetáculos grandiosos, não buscou fazer diferente. “Como a ciranda são vários itens, a gente se preocupou item por item. A nossa preocupação é fazer um grande espetáculo finalizando todos os itens”, disse o presidente da ciranda, Alexandre Queiroz.
Entre os personagens folclóricos mais emblemáticos da ciranda, o carão que, desta vez, ganhou forma feminina. Arina Costa, integrante de um dos corpos artísticos do Estado, se apresentou pela primeira vez no Cirandódromo. “É fundamental para a gente, principalmente, para mim, que participo do Balé Folclórico do Amazonas, está inserida em um festival folclórico é uma coisa que agrega muito, profissionalmente, pessoalmente também”, comentou a bailarina.
Representando a cultura manacapuruense, Izaely Noguchi no papel de Constância, há seis anos, assume um dos personagens mais tradicionais das cirandas. “No momento que a gente entra, a gente esquece tudo. Porque a roupa incomoda, a cabeça dói, mas no momento que a gente pisa aqui, esquece todos os problemas, tudo o que você está pensando naquele momento é único. Você se desliga do mundo e vai ser feliz”, revelou Izaely, momentos antes de entrar na arena.
As vozes expoentes de Márcia Siqueira e Mara Lima, somadas à versatilidade de Patrick Araújo, reforçaram o time de cantadores da Flor Matizada. Também teve a presença estrelada do artista amazonense Adanilo Silva, representando a cultura indígena. Espetáculo à parte da Família Matizada, a torcida “Fama”, que empolgou e fez o seu papel. Ao final, a ciranda se transformou em uma grande festa da cultura popular e da inclusão com a partipação de Portadores de Deficiência e de grupos da Terceira Idade de Manacapuru.
Neste domingo (1º/09), a terceira e última noite do 26º Festival de Cirandas de Manacapuru, a partir das 21h30, apresenta-se a Ciranda Guerreiros Mura.
Espaço acessível
Durante toda a temporada do Festival de Cirandas de Manacapuru, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa, com apoio da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), conta com um espaço acessível aos Portadores com Deficiência. No sábado, associações de Manacapuru, que atuam no trabalho com o PcD, participaram da ação integrada de inclusão, presente nos eventos culturais do estado.
O gerente da Biblioteca Braille do Amazonas, Gilson Mauro, falou sobre a importância do espaço que dispõe de intérprete de Libras e o recurso de audiodescrição. “Nem todo mundo pode fazer o que nós fizemos hoje, trazer 15 pessoas com deficiência para o Parque do Ingá. O nosso secretário está de parabéns porque acredita na inclusão, acredita na nossa equipe que trabalha em prol de todas as pessoas com deficiência”, finalizou Gilson, comemorando mais um ano de participação no festival de cirandas.
Por que as abelhas “atacam” pessoas?

Recentemente, um enxame de abelhas atacou o ex-presidente Jair Bolsonaro em Macaíba, região metropolitana de Natal (RN). A ideia de ser atacado por esses insetos pode ser assustadora, e não sem razão. — em alguns casos, a picada pode ser fatal.
Mas por que esses insetos, tão importantes para a polinização, picam as pessoas? A resposta está em seu instinto de sobrevivência.
As abelhas são criaturas sociais que vivem em colmeias altamente organizadas. O principal objetivo desses bichos é proteger a rainha, os ovos, o mel e o pólen que são a fonte de alimento para toda a colônia.
Apesar disso, quando sentem que estão ameaçadas — por qualquer natureza —, liberam feromônios de alarme que sinalizam para as outras abelhas do enxame que há perigo.
Esse tipo de comunicação química desencadeia uma reação em cadeia, e todas as abelhas da colmeia se unem para se defender.
O que pode ser considerado uma ameaça?
Conforma explicou o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada em uma publicação, existem condições ambientais que podem favorecer ou tornar o enxame mais agressivo.
Um desses é o dia em que a temperatura esteja quente, o ambiente onde as abelhas estão vai se tornar um ambiente hostil, e as abelhas vão ficar mais agressivas.
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Vibrações: Ruídos altos, como o de um cortador de grama, ou vibrações causadas por passos próximos à colmeia podem ser interpretados como uma ameaça;
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Odores fortes: Perfumes, loções e outros produtos com aromas intensos podem atrair as abelhas e, ao mesmo tempo, irritá-las.
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Movimentos bruscos: Gestos abruptos ou tentativas de afastar as abelhas podem desencadear um ataque.
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Invasão do território: Ao se aproximar demais da colmeia, você está invadindo o espaço delas, o que é visto como uma agressão.
*Com informações de Terra
Lula foge de disputa por sucessão de Lira e só deve se meter na véspera
O presidente Lula (PT) não vai se meter na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados —pelo menos por enquanto.
O mandato de Arthur Lira (PP-AL) acaba em fevereiro de 2025, mas as negociações já estão aceleradas. Por ora, o Planalto não vê vantagem em declarar apoio a ninguém, embora tenha seus nomes preferidos, e deverá deixar para fazer articulação mais explícita às vésperas da votação.
Dos três mais cotados, o Planalto vê Antônio Brito (PSD-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP) com bons olhos. Elmar Nascimento (União-BA), aliado mais próximo de Lira, é o que menos desperta simpatias do governo.
Ministros já têm indicado —e articulado por— suas preferências, enquanto Lula busca manter a imagem republicana. Mesmo que já conte com o enfraquecimento de Lira, o presidente avalia junto a interlocutores que um possível apoio explícito a qualquer nome poderia minar essa candidatura e atrapalhar a relação com o Legislativo nos meses que faltam até a escolha do sucessor do alagoano.
Por que não
Lula prometeu a lideranças da Câmara não se envolver na disputa em reunião nesta semana. Na presença de Elmar e Brito, ele afirmou que não repetiria o “erro” da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que apoiou um candidato do PT contra o ex-deputado Eduardo Cunha (então MDB) e, assim, ganhou um inimigo no comando da Câmara.
Internamente isso já estava acertado. Lula tem repetido a ministros, parlamentares e apoiadores que não vai encampar nenhuma candidatura. Oficialmente, diz que “não é assunto do Executivo”, mas todos admitem que há uma estratégia por trás disso.
Três motivos norteiam essa escolha. O primeiro é, como insinuou Lula, não escolher um candidato que possa vir a perder; o segundo é não confrontar Lira enquanto ele ainda tem a caneta; e o terceiro é que o silêncio pode ajudar mais, sob a luz do embate sobre a suspensão das emendas parlamentares.
O exemplo de Dilma assombra o Planalto. Lula não cansa de repetir que, com 80 deputados da federação petista, tem minoria na Casa e precisa negociar tudo —alguns brincam até que nem os 80 estão tão do lado do governo assim. Para a disputa, a lógica é a mesma. Entrar na briga e perder poderia deixar o Executivo em maus lençóis com um possível presidente de oposição, o que dificultaria ainda mais a já complicada vida dos articuladores palacianos.

Também não há por que enfrentar Lira agora. Pelo Planalto já se diz que o café de Lira está esfriando, mas ele ainda segura a xícara. Se seu poder está cada vez mais limitado, em especial se não conseguir controlar os destinos das emendas, ele ainda é o presidente de uma Casa em que o governo precisa aprovar coisas relevantes neste ano. Um embate direto é tudo o que Lula não deseja.
A gestão tem ainda receio de ajudar a pender a votação para o lado errado. Como manter ou não as chamadas “emendas Pix” tem sido moeda de troca nas negociações da Câmara, o Planalto avalia que declarar preferência explícita a um nome, seja ele favorito ou não, poderia desidratá-lo. Alguns poderiam penar que o candidato apoiado por Lula poderia se comprometer a tomar o lado do Planalto na distribuição dos recursos.
‘Na hora certa’
Ainda é cedo, dizem aliados. Articuladores e membros do governo lembram que, por mais que debates e negociações se deem mais de um ano antes, o jogo é decidido mesmo em janeiro. Pessoas que participaram de outras gestões petistas dizem lembrar de candidatos que viraram o ano eleitos, mas, no dia, não ficaram com o cargo.
Tudo acontecerá na hora certa, insistem. Pessoas próximas à cúpula governista dizem que, quando sentir que for possível, às vésperas da votação, o Planalto deverá articular, sim —inclusive negociando com quem tiver mais chances de ganhar. Garantir uma gestão tranquila para Lula é o objetivo final.
Por fim, sem o PT, faz menos diferença. Acostumado a negociar, Lula deixa claro que, embora Brito e Pereira tenham melhor interlocução com ministros palacianos como Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), eles não são “de casa”, o que traz necessidade de articulação de qualquer forma. Se fosse um petista, poderia ser mais tranquilo, mas já está certo que isso não vai acontecer.
*Com informções de Uol
Conheça a maior comunidade indígena isolada do mundo, que vive na fronteira entre Brasil e Peru

De acordo com a Organização das Nações Unidas, povos indígenas correspondem a 6% da população mundial, o que equivale a 476 milhões de pessoas vivendo em 90 países. No Dia Internacional dos Povos Indígenas, celebrado nesta sexta-feira, 9 de agosto, o Terra NÓS conta a história de 750 desses indígenas. Eles fazem parte da comunidade Mashco Piro.
Considerados a maior comunidade indígena isolada do mundo, os Mashco Piro vivem na fronteira entre o Peru e o Brasil, na Floresta Amazônica. O número de indígenas dessa etnia foi divulgado pelo Ministério da Cultura do Peru.
Em fotos inéditas divulgadas no dia 16 de julho, dezenas de membros da comunidade foram observados nas margens do rio Las Pedras, localizado no sudeste do Peru.
Segundo a ONG Survival International, na década de 1880, o território dos Mashco Piro foi invadido pelos barões da borracha, trabalhadores envolvidos na extração de látex, que escravizaram, acorrentaram e caçaram milhares de indígenas.
Os Mashco Piro que conseguiram escapar se refugiaram em áreas isoladas. Atualmente, os descendentes desses indígenas, ainda isolados, enfrentam uma nova ameaça: a exploração de madeira em suas terras.
“Essas imagens incríveis mostram que um grande número de pessoas isoladas de Mashco Piro está vivendo a apenas alguns quilômetros de onde os madeireiros estão prontos para iniciar as operações. De fato, uma empresa madeireira, Canales Tahuamanu, já está trabalhando dentro do território Mashco Piro, ao qual os Mashco Piro deixaram claro que se opõem”, disse Caroline Pearce, diretora da Survival International.
Madeireiras
Com o passar dos anos, uma parte significativa das terras da comunidade indígena foi adquirida por empresas madeireiras. Assim, a grande quantidade de indígenas Mashco Piro avistados perto do rio pode estar relacionada a essas atividades, que, segundo a Survival International, estariam impactando o ecossistema vital para a sobrevivência desse povo.
“Este é um desastre humanitário em formação – é absolutamente vital que os madeireiros sejam expulsos e que o território de Mashco Piro esteja devidamente protegido”, comentou Caroline Pearce.
*Com informações de Terra
Igreja da Graça de Deus é a mais nova congregação a declarar apoio à reeleição de David Almeida
A Igreja Internacional da Graça de Deus é mais uma congregação que declara apoio ao prefeito de Manaus, David Almeida, candidato à reeleição pela Coligação “Avante, Manaus” (Avante, PSD, MDB, DC e Agir).
Líderes e centenas de fiéis da igreja declararam apoio a David na noite deste sábado (31/8), em encontro com o prefeito no Teatro La Salle. Neste mês de agosto, a Assembleia de Deus e a Igreja Quadrangular também anunciaram apoio à reeleição do prefeito.
“Todas as minhas conquistas eu devo a Deus. Assumi em 2021, quando a cidade estava assolada pela Covid. Uma cidade que estava totalmente na adversidade e superamos todos os desafios”, relembra David Almeida, que destacou ao público os avanços da cidade na atual administração.
Ele falou do aumento da cobertura da atenção básica em saúde, de 47% para 89,5%; da maior cobertura vacinal do País; dos avanços na infraestrutura, com viadutos e as mais de 3.100 ruas recapeadas pelo Programa Asfalta Manaus; a reestruturação das redes de saúde e educação; a renovação da frota do transporte coletivo; o Passe Livre Estudantil; as 12 mil refeições por dia pelo Prato do Povo; entre outros avanços.
Políticas assertivas
O líder regional da Igreja Graça de Deus, ministro Sadam, destacou a importância da união em torno de um projeto para a cidade. “A união faz a força, temos uma grande vitória para conquistar e nos encontraremos novamente para comemorá-la”.
O apóstolo da Igreja da Graça de Deus em Manaus, César Marques, lembrou dos valores cristãos exercidos pelo prefeito como um dos fatores que levaram a igreja a firmar o apoio.
“O apoio ao prefeito David Alemeida primeiro se deve à coerência. É um prefeito cristão e as políticas públicas são assertivas e muito bem direcionadas à toda população”.
Graça de Deus
A Igreja Internacional da Graça de Deus foi fundada em 1980, pelo missionário RR Soares. Está presente no Brasil e em outros países, com mais de 5 mil templos. Em Manaus, a igreja chegou em 1991 e conta com milhares de membros.
Felix Valois revisita lugares que marcaram a memória de Manaus e de muitos manauaras
No ‘Artigo de Domingo’ de hoje, o advogado Felix Valois percorre lembranças e caminhos que moldaram sua própria trajetória de vida – assim como de tantos outros –, a que ele chama de amores antigos.
Como sempre faz em seus textos, Valois propõe reflexões que vão muito além do viés romântico ou saudosista, de quem conhece esta cidade em suas contradições mais profundas.
Revisitar o passado pode apontar caminhos para o futuro das pessoas, da sociedade e da própria cidade de Manaus, que merece, e muito, o amor e o respeito de todos os manauaras. (Por Márcia Costa Rosa)
Amores antigos (Por Felix Valois)
Remexendo nos meus arquivos, deparou-se-me o texto que passo a transcrever, mantendo o título original:
“Não devem ser menosprezados os amores antigos. Os verdadeiros, é certo, que tantos há que só no nome assim podem ser chamados, eis que o tempo se encarregou de passar sobre eles seu inexorável apagador, deletando-os de forma irrecuperável como, na modernidade, acontece e se diz na onipresente informática. Mas, se são verdadeiros mesmo, toda cautela é pouca. Eventualmente afastados, retornarão com queixas amargas para expressar a insatisfação pelo que lhes pareceu descaso.
Na rua Leonardo Malcher, ali próximo ao igarapé de São Raimundo, no trecho que vai até a rua Luís Antony, passei minha infância. Não havia asfalto nem calçamento de qualquer espécie e luz elétrica era impensável. “Pobres, com a graça de deus, mas honrados” – para usar o jargão consagrado pelo professor Carlos Gomes –, ali vivíamos em modorra quase medieval.
O ferro de engomar, a carvão, era instrumento de uso obrigatório nas tardes da minha madrinha Irene, que todos os meus irmãos chamavam de Lelena. Era ela que, em dezembro, nos levava para assistir à pastoral do Luso e em seu colo era que eu buscava refúgio quando o satanás, no meio do espetáculo, saltava das profundas e, em pleno palco, se punha a tentar corromper a mansidão do São José.
Diversões? Quais seriam? Eventualmente uma pelada no campo do Titão que eu insistia em frequentar, mesmo contra a vontade de dona Lucíola e apesar de nunca ter conseguido tratar com intimidade uma bola de futebol. Livre, ainda assim em termos, era o futebol com botões de caroço de tucumã, que rolava em torneios infindáveis, com árbitro, bola de cortiça e tudo o mais que entendíamos de direito, no porão da velha casa de número 122.
De tardinha, era esperar na janela que o professor Valois despontasse na esquina da taberna do seu Brito, para correr e encontrá-lo a meio caminho. E dele receber os afagos de um homem que nunca vi com raiva ou descortês e com quem aprendi o que é ser justo.
A vida me afastou das minhas origens. Anos seguidos, muitos anos, estive longe da velha Leonardo, levado de roldão por isso que é a vida. Voltei outro dia por mera curiosidade. O velho amor, verdadeiro sob todos os aspectos, me lançou queixumes mudos, mas implacáveis.
Já não encontrei o Chalé dos Urubus e o “estádio” do Rapapé é um mero arremedo, talvez pensando em demolição para a Copa. O número 122 me olhou soberbo e como que exclamou: “Esqueceste-me? Então nunca mais vais me ver como eu era. Mudei, é certo, mas esperava de ti mais compreensão”.
Perdoem-me todos os meus amores, que se esvaíram, da Manaus da minha infância. Não me punam com seu desprezo e sua eterna ausência”.
Pelo registro do computador, isso que está acima foi escrito há quase uma década. Na essência, nada mudou. Talvez, somente, a dimensão da saudade que insiste em não se afastar e, com isso, acumula mais forças. Dir-me-ão que enveredo por sendas de um romantismo piegas e superado. Será que é isso mesmo ou apenas a lassidão da velhice? Acho que, no final das contas, as duas coisas se misturam.
Vem-me à lembrança a crueldade do hipopótamo machadiano que, a um Braz Cubas delirante, lançou a sentença: “Vives; não quero outro flagelo”. Mesmo tendo em conta o pessimismo do Bruxo do Cosme Velho, a afirmativa chega quase ao terrorismo existencial. Se temos a própria vida como flagelo, o que dizer das circunstâncias em que ela se desenvolve? Entre elas essa coisa indefinível (ah, as perguntas da Heleninha!) que conhecemos como saudade.
Fazer o quê? Talvez, se a genialidade de Einstein tivesse ensinado como recuar no tempo, eu me arriscasse a empreender a viagem. Não sei se valeria a pena porque, como advertiu o filósofo grego, ninguém consegue mergulhar duas vezes no mesmo rio. É a tal dialética jogando a pá de cal sobre as especulações românticas. Fiquemos, portanto, com ela que foi, suponho, quem conduziu a pena de Vinicius de Moraes, quando, falando de fidelidade, jurou atenção prioritária ao seu amor, mas proclamou, quase num conformismo dilacerador: “Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure”.
Manaus, quem ama, respeita! Felix Valois – Vereador 13339
Salário mínimo será de R$ 1.509 em 2025, prevê Orçamento
A nova regra de correção fez o governo elevar a previsão para o salário mínimo no próximo ano. O projeto da Lei Orçamentária de 2025, enviado na noite desta sexta-feira (30) ao Congresso, prevê mínimo de R$ 1.509, R$ 7 maior que o valor de R$ 1.502 proposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
O valor representa aumento de 6,87% em relação a 2024. A alta obedece ao retorno da regra de correção automática do salário mínimo, extinta em 2019, mas voltou a valer em 2023.
Essa regra estabelece que o salário mínimo subirá o equivalente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado em 12 meses até novembro de 2024, de 3,82%, mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) de 2023. Para 2025, a correção considera o PIB de 2023, que cresceu 2,91%.
O valor final do salário mínimo em 2025 pode ficar ainda maior, caso o INPC até novembro suba mais que o esperado. Com base na inflação acumulada de dezembro de 2023 e novembro de 2024, o governo enviará uma mensagem modificativa ao Congresso no início de dezembro.
O Orçamento só será detalhado na próxima segunda-feira (2), em entrevista coletiva no Ministério do Planejamento.
*Com informações de IG
Pesquisadora pede voto da população em emenda parlamentar para projeto sobre qualidade da água
Em se tratando de consumo de água potável, a realidade de comunidades rurais ribeirinhas no Amazonas é das mais cruéis. A água ingerida pelos moradores dessas localidades quase sempre é captada de igarapés, cursos d’água e poços artesianos sem manutenção que colocam em risco a saúde de quem a consome. Com a finalidade de promover o monitoramento da água consumida em comunidades rurais situadas na Bacia Hidrográfica do Tarumã, na Zona Oeste de Manaus, a Fiocruz Amazônia, por meio do Laboratório Diversidade Microbiana da Amazônia com Importância para a Saúde (DMAIS), pede o apoio da população para que vote em favor do “Projeto Educação Ambiental em Comunidades Rurais do Estado do Amazonas: uma proposta de pesquisa-ação para o monitoramento da qualidade da água”, que concorre ao recursos do Edital Participativo de Emendas Orçamentárias.
Para votar, basta baixar o aplicativo do Buracômetro, realizar o cadastro no APP, através de seu endereço, selecionar Emendas Parlamentares, em seguida clicar em Área Temática”, buscar o projeto e clicar em Apoiar.
O objetivo do projeto é reduzir a incidência de doenças de veiculação hídrica na área rural de Manaus, tendo como recorte geográfico a Bacia Hidrográfica do Tarumã, onde existem diversas comunidades, entre indígenas e não-indígenas, que fazem uso da água coletada diretamente dos cursos d’água, sem tratamento, e de poços artesianos construídos de forma indiscriminada e sem manutenção.
O projeto visita as áreas para realização de coletas e análises de amostras da água, in loco, que apontam contaminação por matéria orgânica, como fezes de animais e humanos, além de outras partículas poluentes, além de promover a educação ambiental junto aos comunitários sobre os cuidados necessários para garantir a potabilidade da água.
“Nossa intenção é ampliar o nosso raio de atuação do projeto, na cidade de Manaus, contando agora com os recursos da emendas orçamentarias do Edital Participativo, numa oportunidade de continuarmos o trabalho que já desenvolvemos em 12 municípios do Estado, com financiamento da Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas”, afirma a bióloga Luciete Almeida, doutora em Medicina Tropical, chefe da Bacteriologia da DMAIS e responsável pela coordenação do projeto.
Luciete explica que as coletas e análises de amostras da água apontam contaminação por matéria orgânica que pode comprometer gravemente a saúde das populações ali residentes. No edital das Emendas Orçamentárias, o projeto concorre na área temática Defesa Civil e Meio Ambiente, com um valor de emenda de R$ 400 mil, que permitirão a realização do trabalho, que compreenderá também o mapeamento das comunidades existentes na região do Tarumã. “O projeto busca agora parceiros para sua ampliação e queremos muito o apoio popular para podermos contribuir para a melhoria da saúde e da qualidade de vida de quem reside nessas comunidades”, salientou.
Com o projeto, a bióloga explica que é possível mensurar inclusive o impacto dos fenômenos climáticos extremos na qualidade da água nessas localidades. “A seca e cheia dos rios e lagos na Amazônia, entre os meses de junho (topo da cheia) e outubro (vazante), alteram significativamente a rotina do abastecimento d’água e isso altera a qualidade da água nessas localidades”, alertou.
“Durante 18 meses, percorremos 12 municípios, com laudos gerados das análises realizadas na água coletada nas comunidades e um conjunto de recomendações relativas a medidas sanitárias e profiláticas a serem adotadas tanto pelas autoridades municipais como estaduais no sentido de melhorar a qualidade da água consumida naqueles locais”, relembra. O projeto visa também promover a Educação Ambiental das comunidades, com a realização de palestras para os moradores e um curso de aperfeiçoamento em monitoramento da qualidade microbiológica da água para técnicos de laboratórios dos municípios contemplados com a pesquisa.
A pesquisa já foi desenvolvida em comunidades rurais ribeirinhas dos municípios de Parintins, Manaquiri, Silves, Borba, Iranduba, Careiro da Várzea, Careiro Castanho, Rio Preto da Eva, Urucará, Barreirinha, Manacapuru e Novo Airão. “Estamos todos mobilizados em busca do apoio para obtermos o voto da população em favor da nossa proposta, de fundamental importância para a saúde e a melhoria da qualidade de vida das comunidades ribeirinhas do Estado”, finaliza a bióloga.
Com informações da Fiocruz Amazônia