30.3 C
Manaus
Início Site Página 230

Tarcísio defende Bolsonaro após indiciamento e fala em ‘narrativa que carece de provas’

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) - Foto: Reprodução / Youtube | FlowPodcast

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), saiu em defesa do aliado Jair Bolsonaro (PL) depois do indiciamento do ex-presidente no inquérito da Polícia Federal sobre trama golpista.

Em publicação no X (ex-Twitter) no começo da noite desta quinta (21), afirmou que a investigação da PF “carece de provas”, mas não detalhou seus argumentos. Não fez nenhum comentário, por exemplo, sobre a suspeita citada pela PF de um plano montado no governo Bolsonaro para matar Lula (PT), o vice, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

“Há uma narrativa disseminada contra o presidente Jair Bolsonaro e que carece de provas. É preciso ser muito responsável sobre acusações graves como essa. O presidente respeitou o resultado da eleição e a posse aconteceu em plena normalidade e respeito à democracia. Que a investigação em andamento seja realizada de modo a trazer à tona a verdade dos fatos”, afirmou Tarcísio.

Outros governadores que são vistos como possíveis candidatos ao Palácio do Planalto em 2026 evitaram comentar em suas redes sociais o indiciamento de Bolsonaro por suspeita de tentativa de golpe de Estado em 2022: Ratinho Jr. (PSD-PR), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Romeu Zema (Novo-MG) mantiveram silêncio sobre o tema.

Na noite de quarta (20), o governador Eduardo Leite (PSDB-RS) publicou um tuíte demonstrando preocupação e indignação com o resultado da operação da PF no dia anterior. No post, o chefe do Executivo do Rio Grande do Sul não citou Bolsonaro diretamente.

“Comprovados os indícios, todos os envolvidos nesta trama, em todos os níveis, precisam receber uma punição rigorosa. Qualquer ação que vise desestabilizar nosso sistema democrático deve ser severamente combatida. Só há um lado a ser defendido nesse momento: o lado da democracia, da legalidade e do respeito às instituições”, afirmou Leite.

Diferentemente dos líderes da direita, figuras marcantes da esquerda comemoraram o indiciamento nas redes sociais.

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, pediu a condenação “daqueles que cometeram crimes contra a democracia, a Constituição e o povo”.

Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) – Foto: José Cruz / Agência Brasil

Pimenta ainda afirmou estar indignado com as informações reveladas pelo inquérito policial, que citou plano de assassinato de Lula, Alckmin e Moraes.

Parlamentares da esquerda como Erika Hilton (PSOL-SP), Fabiano Contarato (PT-ES), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Reginaldo Lopes (PT-MG) também publicaram nas próprias redes sobre o assunto, pedindo a prisão de Bolsonaro.

A deputada federal pelo Paraná e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que o indiciamento de Bolsonaro e “sua quadrilha, instalada no Planalto, abre o caminho para que todos venham a pagar na Justiça pelos crimes que cometeram contra o Brasil e a democracia: tentar fraudar eleições, assassinar autoridades e instalar uma ditadura”. Ela completou dizendo ser contra a anistia.

Na semana passada, depois do atentado com bombas na praça dos Três Poderes em Brasília, Caiado e Zema chegaram a comentar o ocorrido.

O ataque intensificou entre atores envolvidos na eleição para a Presidência da República em 2026 as discussões em torno de temas como a anistia para condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, pacificação nacional e polarização ideológica.

Caiado e Zema usaram o caso para reforçar a retórica antigoverno e acenar ao espólio eleitoral de Bolsonaro.

A base do governo de Lula considerou o episódio como desdobramento do 8 de janeiro, reiterando que só a punição aos responsáveis vai impedir novos casos.

*Com informações de Folha de São Paulo

Conselheiros do TCE-AM prestigiam lançamento de coletânea sobre os 35 anos do STJ

Foto: Filipe Jazz

Os conselheiros do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) participaram na tarde desta quinta-feira (21) do lançamento da coletânea “Os 35 anos do Superior Tribunal de Justiça (STJ)”, realizado no Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques. Representaram o órgão a conselheira-presidente Yara Amazônia Lins, acompanhada dos conselheiros Fabian Barbosa e Érico Desterro.

Promovido pela Escola Superior da Magistratura do Amazonas (Esmam), o evento celebrou a trajetória do STJ desde sua instalação, em 1989, como principal corte responsável pela uniformização da interpretação da legislação federal no Brasil. A coletânea foi dividida em quatro volumes, abordando os temas de Direito Público, Direito Privado, Direito Penal e Direito Processual Civil, sob a coordenação de ministros especializados em cada área.

O lançamento da coletânea faz parte da programação do 94º Encontro Nacional de Corregedoras e Corregedores Gerais de Justiça do Brasil (Encoge), que teve início em Manaus na noite de ontem (20).

A conselheira-presidente Yara Amazônia Lins enfatizou a importância do evento para o fortalecimento das relações institucionais.

“É importante que o Tribunal de Contas acompanhe as discussões sobre os avanços da jurisprudência federal, especialmente aquelas que têm impacto direto na administração pública e no controle externo. Por isso, este tipo de evento é essencial para a troca de conhecimentos técnicos e jurídicos”, afirmou.

A coordenação-geral da obra esteve a cargo do ministro Mauro Campbell Marques, atual Corregedor Nacional de Justiça, que destacou a relevância histórica do STJ. Segundo o ministro, o tribunal tem se consolidado como uma corte de referência, tanto pela qualidade de suas decisões quanto pela função de estabelecer jurisprudências e precedentes vinculantes.

O ministro destacou que o STJ é fundamental para garantir decisões uniformes em todo o país. “O direito dito aos amazonenses precisa ser o mesmo para os goianos, cearenses e gaúchos”, disse o ministro Mauro Campbell Marques.

Ele também mencionou os desafios da corte, como o julgamento de meio milhão de recursos anuais, e reforçou a importância de juízes e desembargadores na base do sistema. “A justiça só funciona quando bem fundamentada, e os magistrados não podem ser meros despachantes de estatísticas”.

Também participaram do evento personalidades de áreas do direito, política, judicial e empresarial do Amazonas.

A obra

Com mais de 1.800 páginas e aproximadamente 100 autores, a coletânea contou com a colaboração de ministros, juristas e especialistas convidados.

A obra oferece uma análise abrangente dos temas enfrentados pelo STJ ao longo de seus 35 anos, abordando desde questões técnico-jurídicas até os desafios institucionais impostos pelo elevado número de processos que tramitam na corte.

COP30 no Brasil gera receio com meta fraca, sede precária e falta de líder

Pavilhão do Brasil na COP29 em Baku, no Azerbaijão - Foto: Aziz Karimov / Reuters

Quem cantou “o Brasil voltou” quando um recém-eleito presidente Lula foi à COP27, no Egito, há dois anos, questiona agora a estratégia do governo brasileiro para presidir a próxima conferência do clima da ONU. A COP30 está marcada para Belém em 2025.

A onda de críticas acontece em Baku, no Azerbaijão, durante a 29ª edição da Conferência do Clima da ONU, que deve definir até hoje (22) uma nova meta de financiamento para as ações climáticas.

Embora mais evidente entre os brasileiros, boa parte das críticas também é compartilhada pela comunidade internacional e se concentra em três decisões-chave para o sucesso da conferência: a cidade-sede, a nova meta climática brasileira e o nome que deve presidir as negociações.

Anunciada no dia 8 e oficialmente entregue na COP29 pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, a nova meta brasileira para o Acordo de Paris foi amplamente criticada por cientistas e ambientalistas do país.

Detalhada em 44 páginas, a meta (chamada de NDC, sigla em inglês para contribuição nacionalmente determinada) propõe uma redução entre 850 a 1.050 megatoneladas de emissões de gases de efeito estufa. O número representa uma redução de 59% a 67% das emissões em relação ao ano de 2005. Já em relação ao ano de 2019, a redução seria de 39% a 50%.

“Embora a NDC busque ser abrangente, a inclusão de intervalos de emissões introduz ambiguidade, comprometendo sua percepção de ambição”, afirma uma análise do Instituto Talanoa.

Segundo a análise técnica do Observatório do Clima, a meta brasileira não é compatível com o objetivo de limitar o aquecimento em 1,5ºC. Para segurar esse teto, os países deveríamos reduzir 60% das emissões até 2035, em relação ao ano de 2019. O cálculo foi estipulado pelo IPCC – sigla em inglês para o painel científico do clima da ONU.

O limite de 1,5ºC é considerado o teto seguro para evitar catástrofes irreparáveis, como o desaparecimento de cidades litorâneas e países-ilha, além de eventos extremos mais destrutivos, frequentes e imprevisíveis. O número também virou um mote de campanha para a presidência brasileira, que busca engajar os países em um clima de otimismo sob a chamada “missão 1,5”.

Lula assegurou empenho do Governo Federal para a realização da COP 30 em Belém – Foto: Ricardo Stuckert (PR)

A receita indicada pela meta brasileira, no entanto, indica que a missão da COP30 pode mirar a ultrapassagem do 1,5ºC em vez da sua contenção.

Ainda segundo a análise do Observatório do Clima, a NDC falha ao não se comprometer claramente com o fim da expansão dos combustíveis fósseis, nem com o fim do desmatamento até 2030. Um dos poucos pontos positivos da análise foi a atenção às metas de adaptação – ou seja, as ações que prepararam os territórios para amenizar os efeitos das mudanças climáticas já em curso.

“Esperávamos mais da NDC brasileira. Para sermos líderes, como o presidente Lula prega, precisamos de mais ousadia e ambição. Nosso país tem o potencial de fazer muito mais do que o que prometemos.” afirmou Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.

Soma-se à decepção com o anúncio da NDC brasileira a falta de liderança indicada para conduzir os trabalhos da COP30. A reportagem apurou que representantes de delegações e também de agências de cooperação saíram desapontados de reuniões com representantes do governo brasileiro na COP29.

Um dos interlocutores presentes em reuniões bilaterais do Brasil com delegações da COP29 afirmou à reportagem que o mundo ainda não sabe o que o Brasil pretende alcançar com a conferência e que a dúvida deixa em suspense o engajamento de parceiros internacionais.

Presidência da COP30

A próxima decisão que o presidente Lula deve fazer sobre a COP30 pode ajudar a sinalizar o nível de engajamento do país com a conferência: o nome que presidirá as negociações.

O cargo de presidente da COP implica uma responsabilidade familiar ao Itamaraty: mediar negociações entre blocos de países em desenvolvimento, ricos, produtores de petróleo e nações mais vulneráveis ao clima.

Entretanto, a mediação que preocupa o governo é outra: trata-se dos conflitos dentro do país, especialmente com o setor do agronegócio e com o Congresso.

Segundo pessoas ligadas à base do governo no Congresso, o contexto de fragilidade política, tanto em relação à popularidade quanto ao apoio do Congresso, faz com que a maior preocupação de Lula seja nomear para a presidência da COP30 alguém que não sofra resistências e oposição dentro do país.

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na COP 29, em Baku, no Azerbaijão – Foto: Cadu Gomes / Vice-presidência da República

O critério dificulta emplacar na presidência da COP o nome da ministra Marina Silva (Meio Ambiente), que protagoniza a disputa com o Ministério de Minas e Energia, comandado por Alexandre Silveira, sobre a exploração de petróleo na Amazônia sem avaliações de áreas sedimentares.

De acordo com fontes ligadas ao governo, o nome de Marina também desagrada setores mais conservadores do agronegócio e não teria o apoio da Casa Civil. Apesar da resistência interna, o nome da ministra ainda é considerado no Planalto devido ao seu reconhecimento internacional, sua biografia e também seus resultados no combate ao desmatamento.

Já entre os nomes que acenariam aos setores econômicos, estão cotados o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ambos, no entanto, sinalizam que devem recusar a missão.

Outro nome possível é o do embaixador André Corrêa do Lago, que comanda a secretaria de clima do Itamaraty. Embora não tenha um cargo de nível ministerial, ele é cotado por conta da experiência em negociações ambientais da ONU e também pelo diálogo com setores econômicos país adentro.

A tendência de escolher a presidência da COP respondendo ao contexto doméstico, em vez de mirar o plano internacional, repetiria os critérios que pesaram nas decisões anteriores sobre o evento: a partir da Casa Civil, o governo calibrou uma NDC mais confortável para os setores de energia e do agronegócio, depois de ter fincado a COP no estado de um aliado político imprescindível, o governador Helder Barbalho (MDB).

Preocupação com local

“A próxima vai ser mesmo em Belém?” Essa é uma das perguntas frequentes nos corredores da COP29. A preocupação compartilhada por brasileiros e estrangeiros é que a baixa infraestrutura básica e a reduzida capacidade de acomodação de hóspedes em Belém murche a COP30.

A 30ª edição da conferência marca a revisão das metas de Paris após dez anos de acordo climático. O simbolismo promete bater o recorde de público que hoje é da COP28 – em 2022, a conferência realizada em Dubai reuniu 97 mil participantes. Belém corre para criar soluções de acomodação – de residências particulares a navios atracados – para ampliar o número de leitos disponíveis na cidade – hoje eles são menos de 18 mil.

O receio dos participantes é que uma cidade menor reduza a participação na COP apenas aos diplomatas, deixando de fora empresas, movimentos sociais, universidades e ONGs que costumam se mobilizar em torno do evento.

A previsão vai de encontro com o anseio das organizações de clima de preparar marchas do clima e manifestações, já que a COP voltará a um país democrático após três edições seguidas em países de regimes autoritários – Egito, Emirados Árabes Unidos e Azerbaijão.

*Com informações de Uol

Ex-goleiro Buffon se rende a Neymar: ‘Deveria ter ganhado cinco Bolas de Ouro’

Buffon elegeu Neymar como melhor jogador que enfrentou - Foto: Reprodução / Instagram

O lendário ex-goleiro italiano Gianluigi Buffon se rendeu ao talento de Neymar. O ex-jogador, que lança sua autobiografia intitulada “Cair, levantar-se, cair, levantar-se”, concedeu uma entrevista ao jornal “Corriere della Sera”, lembrando fatos marcantes da carreira.

Buffon foi perguntado sobre o melhor adversário que enfrentou. O ex-goleiro foi assertivo ao falar sobre Neymar.

“Difícil escolher, joguei contra três gerações: Zidane, Ronaldo, Messi, Cristiano (Ronaldo), Iniesta… Escolher um? Neymar. Pelo jogador e pelo menino que é, deveria ter ganhado cinco Bolas de Ouro”, disse o lendário arqueiro.

Buffon também falou sobre a relação com Cristiano Ronaldo. O italiano atuou junto com o português na Juventus.

“Tivemos sempre uma grande relação. Vi nele uma grande força e uma grande fragilidade, ligada à ausência do pai, à dura jornada que teve que enfrentar”, afirmou Buffon.

O ex-goleiro ainda abriu o jogo sobre um tema que tem sido muito debatido recentemente: apostas e jogos de azar.

“Foi um ponto fraco. Para alguém pode ser um vício, para mim foi adrenalina. Mas nunca fiz nada ilegal. Nunca me investigaram, porque nunca apostei em futebol. Apostei somente em tênis e basquete. Agora vou duas ou três vezes por ano ao cassino, mas já não sinto necessidade”.

*Com informações de Terra

Tomografias de múmias revelam o que egípcios faziam com órgãos dos mortos

Cientistas submeteram múmias egípcias a tomografias em Chicago para desvendar processo de mumificação e outras práticas mortuárias - Foto: Divulgação / Field Museum

Cientistas do Field Museum, em Chicago, nos EUA, realizaram tomografias em múmias do acervo da instituição e descobriram um novo detalhe sobre as práticas mortuárias dos antigos egípcios.

Não era todo embalsamado que tinha seus órgãos armazenados em vasos. Alguns corpos tinham seus respectivos órgãos empacotados dentro do próprio corpo.

Os arqueólogos chegaram esta conclusão após instalar um tomógrafo na área externa do museu. Foram examinadas 26 múmias em apenas quatro dias, sem retirar uma faixa sequer. Dessa forma, eles conseguiram preservar a integridade das técnicas utilizadas há mais de três mil anos. Foram realizadas milhares de imagens de cada corpo, o que permitiu que cientistas as reunissem para compor uma espécie de visão 3D das cavidades.

Dois casos se destacaram até o momento, mas o time do Field Museum espera continuar mapeando mais múmias. “De uma perspectiva arqueológica, é incrivelmente raro que você tenha a oportunidade de investigar ou ver a História da perspectiva de um único indivíduo. Esta é uma ótima forma para nós olharmos para quem estas pessoas foram, não apenas o que fizeram ou as histórias que criamos sobre eles, mas os indivíduos reais vivendo naquele tempo”, refletiu Stacy Drake, gerente da coleção de restos humanos do museu, em comunicado à imprensa.

Chenet-aa e a cartonagem selada

Apelidada de “Lady Chenet-aa” pelos estudiosos do museu, mulher teria vivido durante a 22ª dinastia egípcia. Isso dá a sua múmia a idade aproximada de três mil anos, apesar da ótima condição. A análise com as tomografias levou os cientistas a colocar sua idade entre o fim dos 30 anos ou início dos 40 no momento da morte.

Ela perdeu diversos dentes ainda em vida e há desgaste em outros na arcada. Isso indica que ela costumava comer alimentos que possuíam grãos aleatórios de areia que desgastaram o esmalte. Além disso, quem preparou o corpo colocou “olhos complementares” no crânio para garantir que ela tivesse visão em sua vida após a morte.

“A visão dos antigos egípcios da vida eterna é similar às nossas ideias sobre planos de previdência. É algo para o qual você se prepara, economiza dinheiro durante toda a sua vida, e espera que tenha o suficiente no fim para poder aproveitar. As adições são bastante literais — se você quer olhos, então precisa haver olhos físicos, ou ao menos uma alusão física a eles.” disse J.P. Brown, curador sênior de antropologia do museu, em comunicado à imprensa.

O corpo de Chenet-aa foi colocado em uma cartonagem, ou seja, um invólucro similar a papel-machê (e, portanto, mais delicado que um caixão ou sarcófago). No entanto, até hoje não havia sido encontrado um ponto de entrada ou saída do corpo dali, o que intrigava os cientistas, já que a múmia parecia misteriosamente trancada.

Mumificar um corpo levava cerca de 70 dias, entre ritos e técnicas funerárias – Foto: Divulgação / Field Museum

Com os exames, contudo, os arqueólogos determinaram que as costuras estão nas costas de Chenet-aa. A cartonagem foi construída ao redor do corpo, com a múmia em pé, graças a um processo de umidificação dos materiais que foram moldados no formato do corpo. Com o invólucro pronto, ele foi cortado da cabeça aos pés, aberto sobre o corpo já enfaixado e costurado novamente. Para selar a costura, foi colocado um painel de madeira.

O importante Harwa, que virou bagagem extraviada

Considerada uma das múmias favoritas do time do museu, Harwa viveu na mesma época que Chenet-aa e teria sido um porteiro do celeiro real que morreu entre 40 e 45 anos. Apesar disso, suas tomografias revelam que ele não possui sinais de lesões físicas devido a trabalho repetitivo e o excelente estado de seus dentes reforçam a teoria e que ele possuía um importante status na época, além de acesso a alimentos de qualidade.

Ele foi a primeira pessoa mumificada a voar de avião, em 1939 e, ao chegar em Nova York visitou até um espetáculo da Broadway. Quando sua aparição na Feira Mundial de Nova York terminou, ele também se tornou a primeira múmia a se tornar bagagem extraviada, já que foi parar acidentalmente em São Francisco antes de voltar ao Field Museum.

Por que eles foram mumificados?

Os antigos egípcios acreditavam que a alma permanece dentro do corpo mesmo após a morte. Então preferiam embalsamar e mumificar as pessoas para preservar seu espírito para a vida eterna, segundo o time do Field Museum.

Este ritual, com seus aspectos técnicos e espirituais, levava cerca de 70 dias e incluía a remoção de órgãos internos, exceto o coração, porque era considerado o lar da alma. Sais eram usados então para ressecar os corpos, que depois era enrolado em faixas de linho às vezes junto com orações ou amuletos de proteção. Só então era realizada a cerimônia de enterro — o passo final para o envio daquela alma para a vida eterna.

Os órgãos retirados eram colocados em vasos canópicos. Cada um deles com uma tampa com símbolos representando cada um dos quatro filhos do deus egípcio Horus, que protegeria cada órgão. Imsety (deus que tinha uma cabeça humana) era o guardião do fígado, Hapy (com cabeça de babuíno) protegia os pulmões, Duamutef (com cabeça de chacal) guardava o estômago enquanto Qebehssenuef (face de falcão) preservava os intestinos.

Mas a análise das múmias do Field Museum mostrou que este processo nem sempre era realizado à risca. Além disso, ao procurarem por doenças óbvias, idade e sexo nas tomografias, os cientistas identificaram que boa parte dos egípcios deste período possuía desgaste significativo dos dentes por consumir alimentos misturados à areia do deserto. Chenet-aa e Harwa, contudo, eram pessoas de prestígio no entendimento do time, já que não há sinais de doenças devido ao trabalho físico no corpo.

Justamente pela alta posição social, ambos receberam um cerimonial e tratamento funerário de bastante qualidade. No entanto, a análise de outras múmias mostra descuidos com mortos de menor prestígio. Um dos caixões está cheio de hieróglifos que indicam que um sacerdote teria sido enterrado ali, mas a múmia dentro era de um menino de 14 anos.

“Sabemos que, em alguns casos, as pessoas realmente queriam ser mumificadas, mas não tinham necessariamente os melhores meios para conseguir isso. Você podia conseguir um caixão mais barato emprestando ou usando o de outra pessoa”, esclareceu Drake à CNN. As próximas tomografias podem, por isso, revelar o quão comum a barganha funerária era no Egito Antigo.

*Com informações de Uol

Bob, peixe com ‘rosto humano’, faz sucesso no interior da Inglaterra

Foto: Reprodução / Daily Mail

Malcolm Pawson, de 48 anos, não imaginava que seu peixe da raça carpa koi faria tanto sucesso em Leeds, onde mora no interior da Inglaterra. O animal, batizado de Bob, caiu nas graças dos amigos de Malcom devido ao seus traços que lembram ‘um rosto humano’.

A carpa de estimação da família foi adquirida por 150 libras (cerca de R$ 1.103 na conversão direta) três anos atrás. A característica “amigável” é algo especial de Bob, que vive com outros peixes em um tanque construído por Malcolm no quintal de sua casa.

“Meus amigos e familiares o amam. Os amigos da minha filha estão sempre pedindo para vir vê-lo e alimentá-lo. Até as pessoas que passam pela minha casa param e olham se eu estiver com o portão aberto”, explicou Pawson ao Daily Mail.

O dono de Bob ressaltou que, quando adquiriu o animal, ele ainda não possuía esse traço específico. No entanto, é comum que as manchas das carpas sofram alterações com o passar do tempo. Neste caso, as manchas de Bob fazem parecer que ele tenha olhos, nariz e boca.

“Ele não tinha marcas no rosto quando o peguei, pois as carpas koi podem mudar de cor. As marcas incomuns cresceram com o passar do tempo. Estou pensando em deixar o tanque ainda maior agora que os peixes estão crescendo muito”, completou.

*Com informações de Terra

Datafolha: 80% dos brasileiros defendem demissão de servidores públicos por mau desempenho

Esplanada dos Ministérios - Foto: Agência Brasil

Uma nova pesquisa Datafolha revelou que 80% dos brasileiros são a favor de que funcionários públicos sejam demitidos caso apresentem mau desempenho no trabalho. O levantamento também apontou que 71% da população apoia uma reforma administrativa focada na avaliação de desempenho dos servidores.

Este grupo também demonstrou apoio a uma mudança na forma como esses servidores são avaliados, com 71% dos entrevistados a favor de que a avaliação de desempenho seja um critério para a permanência no serviço público.

Por outro lado, 18% dos entrevistados se mostraram contrários à ideia de demissão por mau desempenho, enquanto apenas 1% se mostrou indiferente à questão, e a mesma proporção (1%) não soube ou não quis opinar.

A pesquisa também questionou os entrevistados sobre os gastos públicos com servidores. Em relação ao orçamento destinado a esses servidores, 47% dos brasileiros consideram que o governo deveria gastar menos com o funcionalismo público, 33% acreditam que os níveis atuais de gastos devem ser mantidos, e 18% defendem o aumento desses investimentos.

Apesar do apoio à demissão por mau desempenho, a estabilidade no serviço público segue sendo vista como importante por uma parte significativa da população. Para 56% dos entrevistados, é necessário garantir aos servidores a estabilidade no emprego para que possam desempenhar seu trabalho de forma eficiente e sem receio de demissão.

A pesquisa também revelou como a população avalia os serviços prestados pelos servidores públicos: 41% dos entrevistados classificaram os serviços como ótimos ou bons, enquanto 40% consideram os serviços regulares. Por outro lado, 18% avaliam como ruins ou péssimos, e 1% não soube ou não quis opinar.

Metodologia

A pesquisa Datafolha foi realizada entre os dias 7 e 8 de outubro de 2024, com uma amostra de 2.029 pessoas com 16 anos ou mais, distribuídas em 113 municípios de todas as regiões do Brasil. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

*Com informações de IG

Querem jogar no colo da direita, mas atentado não afeta anistia do 8/1, diz relator

O deputado Rodrigo Valadares (União Brasil-SE), relator do projeto que da anistia a participantes dos ataques de 8 de janeiro - Foto: Mário Agra / Câmara dos Deputados

O relator do projeto de lei que dá anistia aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro, Rodrigo Valadares (União Brasil-CE), rejeita que o atentado com explosões na praça dos Três Poderes, em Brasília, tenha impacto sobre a tramitação da proposta na Câmara.

Ele afirma à Folha que há uma tentativa de parte da imprensa de associar o fato à direita e a Jair Bolsonaro (PL). Mas, ecoando discurso de aliados do ex-presidente, diz que o ocorrido deve ser tratado como um fato isolado.

“No meu entender, a gente vê que, infelizmente, parte da mídia está querendo jogar isso no colo da direita, de Bolsonaro e da anistia. Entendo completamente diferente: é um fato isolado, uma pessoa que sofria algum transtorno mental”, afirma.

Na quarta-feira (13), Francisco Wanderley Luiz jogou bombas em direção ao prédio do STF (Supremo Tribunal Federal) e se explodiu, além de ter incendiado um carro nas proximidades.

Ele havia se candidatado a vereador pelo PL em em Rio do Sul (SC) na eleição de 2020, mas não foi eleito. Antes de morrer, publicou mensagens sobre o ataque e declarações de cunho político e religioso. Um irmão dele confirmou à Folha que Francisco esteve no acampamento de bolsonaristas em Brasília, em frente ao QG do Exército, de onde saiu o grupo que fez o ataque golpista de 8 de janeiro de 2023.

Para Valadares, o ato não configuraria atentado à suprema corte brasileira.

“Isso não tem correlação com a anistia e deve ser tratado como fato isolado. É lamentável, mas não afeta a anistia. Se houver justiça e decência no nosso país, que não haja nenhum tipo de correlação e prejuízo para a anistia”, diz.

Valadares foi designado relator da proposta no âmbito da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara. Em seu parecer, ampliou o escopo do texto e sugeriu perdão a todos os atos pretéritos e futuros relacionados aos ataques à sede dos três Poderes.

Foto: Agência Brasil

No fim de outubro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), retirou a proposta da CCJ e anunciou a criação de uma comissão especial para analisar o tema —ela ainda não foi oficializada.

Dois líderes ouvidos pela reportagem dizem que as explosões aumentam a pressão sobre Lira para um desfecho ao projeto de lei. Em entrevista à Folha no fim de outubro, o presidente da Câmara afirmou que daria uma “solução” até o fim de seu mandato, mas não indicou como faria isso.

Um líder governista diz que Lira não deverá tomar nenhuma decisão precipitada acerca do projeto diante do ocorrido, mas avalia como remota qualquer possibilidade de a proposta avançar. Ele afirma que, agora, haverá um constrangimento ainda maior para que os líderes indiquem membros para integrar a comissão.

Valadares está fora do Brasil, em missão parlamentar, mas diz que quando voltar irá procurar lideranças para destravar a comissão. O deputado afirma que o líder de sua legenda, Elmar Nascimento (BA), garantiu que ele será um nos nomes da sigla a ser indicado.

“Expectativa de que eu possa participar e contribuir para encontrar uma solução para se ter justiça no país, e essas pessoas possam sair da cadeia”, afirma.

Como a Folha revelou, deputados bolsonaristas falaram em enterro da anistia momentos após as explosões. Em grupo de WhatsApp que reúne parlamentares da oposição, disseram que o ocorrido deveria prejudicar a tramitação do projeto de lei.

O deputado Gustavo Gayer (PL-GO), por exemplo, afirmou em mensagem que “agora vão enterrar a anistia”. Capitão Alden (PL-BA) afirmou que “lá se foi qualquer possibilidade de aprovar a anistia”, e o deputado Eli Borges (PL-TO) disse que, “se tentou ajudar”, atrapalhou.

Moraes afirmou na manhã de quinta-feira (14) que o ocorrido não pode ser tratado como um ato isolado e associou ao chamado “gabinete do ódio” na gestão Bolsonaro. O ministro criticou a ideia de concessão de anistia.

*Com informações de Folha de São Paulo

Grupo Info Store abre vagas de emprego para lojas em Manaus

Foto: Divulgação / Info Store

O Grupo Info Store está com vagas abertas para diferentes cargos em Manaus, visando fortalecer seu time e acompanhar o crescimento da marca na região Norte. As oportunidades são para os cargos de analista fiscal Jr., assistente de logística Jr. – PcD, consultor comercial, consultor de vendas e supervisor de vendas.

Para a função de supervisor de vendas, é necessário ter formação superior em Administração, Gestão de Processos, Gestão Comercial ou áreas afins. Essa vaga é para pessoa jurídica. Já as demais, que são para contratação efetiva, é exigido o ensino médio completo. As especificações detalhadas para cada vaga estão disponíveis no site https://infostore.gupy.io/.

O processo seletivo será realizado em etapas. Os interessados devem acessar o portal de recrutamento https://infostore.gupy.io/, escolher a vaga desejada e realizar o cadastro. Após análise, os candidatos selecionados para a próxima fase passarão por uma entrevista com o setor de Recursos Humanos, seguida de um teste prático e entrevista técnica, que visa avaliar as competências específicas para cada função.

Em relação aos benefícios, a Info Store oferece aos contratados efetivos uma série de vantagens, como vale transporte, auxílio alimentação, assistência médica e odontológica, desconto em produtos, convênio com drogarias, day off no aniversário e contratação em regime CLT.

A gerente de Marketing Elberlany Horta destaca que o Grupo está em um momento de expansão. “Buscamos pessoas com vontade de crescer junto com a Info Store. A missão da nossa empresa é levar o melhor da tecnologia para os nossos clientes e contamos com novos colaboradores para continuar inovando e superando as expectativas”, afirmou.

Sobre o grupo

A Info Store, que já conta com 500 colaboradores no seu quadro, é uma das maiores redes de varejo e distribuição de tecnologia da região Norte, com 12 lojas próprias e franquias das marcas Samsung e Motorola. Possui lojas nos estados do Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. Além disso, a empresa realiza vendas B2B (para empresas) e distribuição através da marca AMZ Tech.

Atleta amazonense é aprovado para integrar as categorias de base do Esporte Clube Bahia

Ivan Benjamim e seu pai, Ivan Reis, receberam apoio do Governo do Amazonas para realizar a viagem - Foto: Jonatha Moraes / Sedel

Com apoio do Governo do Amazonas, por meio do Projeto Voo Campeão, o atleta Ivan Benjamim, mais conhecido no futebol como IB, e seu pai, Ivan Reis, embarcam para Salvador (BA), nesta quarta-feira (20/11). IB, de 8 anos, foi aprovado para integrar as categorias de base do Sport Clube Bahia, e se apresenta ao time ainda esta semana.

“O Amazonas é um celeiro de atletas promissores e o Ivan é mais um destas revelações. Por meio de políticas públicas esportivas desenvolvidas pelo governador Wilson Lima, trabalhamos intensamente para que mais talentos da base trilhem o caminho para o alto rendimento, nas mais diversas modalidades”, destacou o secretário de Estado do Desporto e Lazer (Sedel), Jorge Oliveira.

Ivan Benjamim começou no futebol aos 4 anos e com apoio dos pais, o talento mirim foi descoberto pelo Programa Esporte e Lazer na Capital e Interior (Pelci) e se desenvolveu no esporte. Atualmente joga na posição de meia-atacante nas categorias de base sub-8 e sub-10 do clube Amazonas FC.

Apesar da pouca idade, o atleta não esconde o sentimento de querer crescer profissionalmente. “Vou me esforçar muito lá, treinei bastante para chegar nesse momento, porque meu sonho é ser um jogador de futebol profissional”, disse Ivan Benjamim.

Para o pai, Ivan Reis, o apoio é fundamental para que mais atletas sejam reconhecidos nacionalmente. “Quero agradecer ao Governo do Estado que nos ajudou com as passagens aéreas. Isso é um incentivo para que mais atletas continuem se destacando e com esse apoio eles possam representar o Amazonas em outros estados”, comentou Ivan Reis.

POLÍTICA

Por que Collor foi preso em processo da Lava Jato, que...

As ações envolviam o tríplex do Guarujá (SP), o sítio de Atibaia (SP) e duas denúncias relacionadas ao Instituto Lula. Segundo o ministro, os...

ECOLÓGICAS

Urso é visto brincando em escorregador e encanta web; assista

Um casal de Connecticut, nos Estados Unidos, capturou o momento em que um urso brincalhão transformou o brinquedo de madeira de seus filhos em...