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Sepror e Agência de Cooperação Alemã capacitam técnicos do Programa de Agricultura Indígena

(Foto: Felipe Pessoa/Sepror)

Para fortalecer as ações da agricultura indígena, o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), em parceria com Agência de Cooperação Alemã (GIZ), realizou, na terça-feira (07/06) e quarta-feira (08/06), uma capacitação para técnicos que atuam no Sistema Sepror (Idam, Adaf e ADS), na Fazenda Santa Rosa, localizada no município de Iranduba (distante a 27 quilômetros de Manaus).

Acesso às Políticas Públicas, e Princípios e Práticas Agroecológicas, foram os principais temas abordados. Ao todo, 13 técnicos de nove municípios participaram da programação. Entre os municípios estão: Tabatinga, Boca do Acre, Lábrea, Barreirinha, Santa Isabel do Rio Negro, Barcelos, São Gabriel da Cachoeira, Atalaia do Norte e Itamarati.

“A inciativa desse curso é para que tenhamos técnicos qualificados para levar assistência aos agricultores indígenas, quanto ao acesso às políticas públicas de comercialização, com a documentação necessária. Além de práticas agroecológicas e certificação orgânica”, comentou a coordenadora estadual do Programa de Agricultura Indígena Carla Coelho.

A proposta do Governo é qualificar os técnicos que atuam na ponta, para que eles possam executar um serviço de excelência, contribuindo para que as políticas públicas cheguem aos agricultores e comunidades indígenas. A maioria dos técnicos do programa são indígenas e possuem formação profissional na área de atuação.

Manoel Teixeira, técnico que atua em Santa Isabel do Rio Negro e que é da etnia Baré, foi um dos participantes do curso. Ele destacou que o município ocupa o 5º lugar no ranking com a maior população indígena no País, e tem a sua economia voltada ao cultivo de mandioca e seus derivados, banana, abacaxi e melancia.

“A importância dessa capacitação do Programa da Agricultura Indígena, principalmente no que se refere ao nosso município, onde a atuação do programa atinge, é a gente ter uma assistência técnica voltada para atender especificamente esse público, que são indígenas. Viemos participar do curso para nos enriquecermos e levarmos até o nosso público beneficiário essa experiência, essa troca com as demais localidades”, destacou Manoel.

Programação

No primeiro dia, a programação contou com a apresentação sobre os principais programas direcionados à agricultura familiar indígena e os documentos para acessá-los, entre eles: Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae); Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF); Programa Alimenta Brasil (Pab); Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme); e Política de Garantia de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio).

Na manhã desta quarta-feira (08/06), os técnicos tiveram acesso às apresentações sobre Princípios e Práticas Agroecológicas. Já na parte da tarde foi realizada a parte prática da capacitação, com uma visita a uma propriedade orgânica, localizada em Iranduba.

O assessor técnico da GIZ e técnico do Projeto e Bioeconomia e Cadeia de Valor, Carlos Demeterch, destacou a parceria com a Sepror. “Essa parceria que a gente construiu com a Sepror foi provocada pela própria Secretaria, justamente para promover esses eventos de capacitações técnicas, aqui especificamente com os técnicos do Programa de Agricultura Indígena, e tem muita consonância com as ações do Projeto de Bioeconomia e Cadeia de Valor, que a gente está promovendo pela GIZ, que é justamente passar para os técnicos as políticas públicas e outros instrumentos legais, que eles podem adotar e replicar com as populações indígenas”, destacou Carlos.

*Com assessoria

Combate à Fome ganha agenda prioritária com mobilização de Marcelo Ramos

A Agenda Betinho contra a Fome foi lançada ontem na Câmara Federal

Câmara Federal se une a entidades e empresas para incentivar ações e doações em resposta à fome de 33 milhões de brasileiros

A Ação da Cidadania, em parceria com as Frentes Parlamentares de Combate à Fome e de Segurança Alimentar do Congresso Nacional, realizaram na Câmara dos Deputados evento de lançamento da agenda Betinho Contra a Fome. Com a presença do Daniel de Souza, filho do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, presidente do conselho da Ação da Cidadania, o evento teve, ainda, a participação de entidades e empresas que se dispuseram a promover ações para promoção de políticas públicas de segurança alimentar.

“A agenda Betinho conta com ações estruturantes de combate à fome. O Brasil saiu de um cenário já ruim 19 milhões de pessoas em situação de fome, em 2020, para 33 milhões em 2022. Isso não é um número, não é uma estatística, é uma tragédia. Esta agenda é urgente e um instrumento importante para colocar comida na mesa dos que mais precisam”, disse o deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM).

O parlamentar amazonense, que teve participação na organização da Agenda Betinho, foi responsável por trazer empresas do porte da AMBEV, Vivo e Natura, além de entidades como a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos (ABIA), que se dispuseram a contribuir com a agenda.

Daniel Souza lembrou quando seu pai, Betinho, lançou, em 1993, a organização não governamental Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida. “Ali, nasceu de fato a consciência da fome, que era um problema política e precisava ser estruturado no Brasil”. Constam da Agenda Betinho 40 propostas cujo objetivo é contribuir com a garantia, desenvolvimento e fortalecimento das políticas públicas municipais de Segurança Alimentar e Nutricional em todo o Brasil.

Agenda de resgate de retomada

Hoje (9), a Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados promove audiência pública, para debater o pré-lançamento da Agenda Betinho Contra a Fome, que pretende contribuir com o desenvolvimento e fortalecimento das políticas públicas municipais de segurança alimentar e nutricional em todo o Brasil.

Com informações da assessoria

Exposição em prol da conservação ambiental acontece até domingo no Studio 5

Foto: Grazi Praia

A exposição sobre o Projeto Amazonas Sustentável (PAS), em prol da conservação ambiental, promovido pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) em parceria com a Petrobras, foi estendida até o próximo domingo, 12 de junho. Para aqueles que ainda não a visitaram, a mostra acontece no Studio 5, situado na avenida General Rodrigo, Zona Sul de Manaus, e é aberta ao público com entrada gratuita.

Com painéis, imagens e informações importantes, a exposição apresenta como é possível manter a floresta em pé realizando cursos e atividades voltadas para o incentivo à educação e empreendedorismo em comunidades da Amazônia, garantindo mais qualidade de vida e renda para essas populações, além da conservação ambiental.

A exposição faz parte da programação especial da FAS em celebração ao mês do Meio Ambiente e que teve como tema “Uma Só Amazônia”, com o objetivo de demonstrar a importância do bioma para todo o planeta. Os visitantes do Studio 5 também podem conhecer a cartilha e o jogo educativo “Curupira na Amazônia”, que possuem estórias, canções e desafios voltados à temática da conservação das florestas.

“A temática é bem amazônica e muito interessante, pois o Curupira é considerado um ser encantado que protege as florestas de invasores ou exploradores, de quem tira mais do que a natureza pode oferecer ou repor. Essa ‘estória’, de origem indígena, continua atual e necessária em tempos de recordes de desmatamento na Amazônia, queimadas e outras atividades predatórias contra a fauna, a flora e os povos”, comentou o coordenador do PAS e um dos responsáveis pelo projeto, Gil Lima

A cartilha está disponível no site www.fas-amazonia.org/curupira-na-amazonia/ e será distribuída gratuitamente na rede pública de ensino, principalmente em escolas de comunidades ribeirinhas e indígenas. O jogo virtual também está disponível gratuitamente no site: www.fas-amazonia.org/curupira-na-amazonia/.

Com informações da assessoria da FAS

Relator diz que preço da gasolina pode cair até R$ 1,65 por litro

Proposta limita aplicação de ICMS sobre combustíveis. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

Relator do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que limita a aplicação de alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou que a aprovação dos projetos voltados à redução dos combustíveis nos postos pode derrubar em R$ 1,65 o preço da gasolina e R$ 0,76 o preço do diesel.“Existe uma simulação que diz que o impacto no litro do óleo diesel será de 76 centavos e no litro da gasolina de R$ 1,65. Então, estamos fazendo tudo isso para que possamos aliviar”, afirmou Bezerra. Ele, no entanto, destacou que não existe proposta de tabelamento de preços. Isso, na prática, pode anular qualquer possível redução na bomba, a depender do cenário internacional.

“Não estamos tabelando preço. Tem uma guerra na Ucrânia, a Rússia é responsável por 25% da produção de diesel no mundo, os preços estão tensionados. É evidente que pode haver elevação de preços. Mas, mesmo que haja, isso vai ajudar a não subir muito mais do que subiria”.

Bezerra apresentou à imprensa o relatório do PLP 18/22. Segundo a proposta, os setores de combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo seriam classificados como essenciais e indispensáveis, levando à fixação da alíquota do ICMS em um patamar máximo de 17%.

Ele manteve o texto que foi aprovado na Câmara, fazendo apenas algumas inclusões em forma de emendas ao texto aprovado pelos deputados. Uma dessas emendas confere segurança jurídica aos gestores estaduais. Assim, eles poderão reduzir a arrecadação do ICMS sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). De acordo com o regramento, um ente federativo não pode abrir mão de uma receita sem indicar uma nova fonte de arrecadação para compensar.

As mudanças no texto, no entanto, não satisfazem completamente os governadores. Em reunião, ocorrida na noite de ontem (7), entre governadores, Bezerra e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), os primeiros não se sentiram contemplados. Segundo afirmou Décio Padilha, presidente do Comsefaz (Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal), na saída da reunião, “em 2023 os estados devem ficar ingovernáveis se o PLP for aprovado do jeito que está”.

Na entrevista coletiva da tarde de hoje, Bezerra mostrou a diferença nos cálculos dos governadores e do governo federal a respeito do impacto da perda de arrecadação nos cofres dos estados. “Os estados falam que vão perder R$ 103 bilhões. O governo federal fala que as perdas são da ordem de R$ 65 bilhões. É por isso que o governo acredita que os estados têm como suportar essa redução de receita”.

Mesmo sem deixar satisfeitos os governadores, o PLP seguirá para o plenário do Senado. Amanhã (9), o texto será lido em plenário e a sessão será dedicada exclusivamente a debatê-lo. A votação está prevista para a próxima segunda-feira (13). “Vai ser votado segunda-feira. Pela manifestação do Colégio de Líderes, na pior hipótese, de votar o texto da Câmara, havia ambiente [para votação]”.

PECs

Bezerra também é relator de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garante aos estados uma compensação financeira vinda da União caso decidam zerar o ICMS do diesel e gás de cozinha (GLP). O auxílio financeiro da União aos estados que optarem por zerar a alíquota do diesel e do GLP, além de reduzir a 12% a alíquota do ICMS do etanol hidratado combustível, será de até R$ 29,6 bilhões.

Após a aprovação da PEC, ainda será necessário que os estados aprovem leis específicas sobre isso. As regras de ressarcimento previstas na proposta têm prazo definido. Começam em 1º de julho e terminam em 31 de dezembro de 2022.

Ele ainda é autor de outra PEC, que trata dos biocombustíveis e é complementar às demais propostas. Ela deverá propor um regime tributário diferenciado para os biocombustíveis em um cenário de benefício fiscal aos combustíveis fósseis. A ideia de Bezerra é assegurar a política de favorecimento, de estímulo à produção de energia renovável, de biocombustíveis.

“Ela não trata de valores, de alíquotas. É mais um comando nas disposições transitórias da Constituição para que a Lei Complementar que venha a regular isso possa assegurar a competitividade dos biocombustíveis”.

*Com Agência Brasil

Diego Afonso assume presidência municipal do União Brasil e lança pré-candidatura

Vereador lança sua pré-candidatura à Câmara Federal

O evento de posse do diretório municipal reuniu políticos e filiados na nova sede

Na noite de ontem (8), o União Brasil Amazonas empossou o Diretório Municipal da sigla em Manaus. Na ocasião, o vereador Diego Afonso foi declarado presidente municipal. O evento contou com a presença do presidente estadual Pauderney Avelino, do governador Wilson Lima, a primeira-dama Taiana Lima, políticos, representantes e filiados.

Após o ato de posse, Diego Afonso declarou que o objetivo é tornar União Brasil, gigante na capital e no Amazonas. “O movimento do União Brasil, União jovem, União mulher, tornam o União esse grande gigante. Agora me tornando presidente municipal deste grande partido, espero que efetivamente possamos enraizar nos corações e na ideologia de cada filiado. O nosso pilar é união e a união pelo Amazonas é União Brasil”, disse.

Na ocasião Diego Afonso lançou oficialmente a sua pré-candidatura nas eleições de 2020. “Aproveito a oportunidade para dizer que sou pré-candidato a deputado federal e seguiremos juntos com muito trabalho para construir um amanhã melhor para todos. Vamos à luta”, declarou.

Em discurso, o governador Wilson Lima parabenizou o novo presidente municipal. “Quero agradecer, o agora empossado, Diego Afonso, presidente municipal do União Brasil. Você é um cara novo, trabalhador e tem uma coisa, um diferencial muito grande no Diego e quem conhece ele vai concordar comigo, é habilidade que ele tem do diálogo, de conversar com as pessoas e a empatia que é um negócio muito importante, se colocar no lugar das pessoas, isso é fundamental para qualquer político. Então, sucesso meu irmão, sucesso nessa sua missão e conte comigo viu?”, disse Lima.

A vice-presidência municipal do partido é conduzida pelo vereador Everton Assis, e o secretário geral, deputado Adjuto Afonso. O União Mulher pela delegada Emília Ferraz e o União Jovem por Amanda Vietas.

A nova sede do União Brasil Manaus, está localizada na rua C1, número 3, Quadra L, no bairro Adrianópolis.

Com informações da assessoria

Castramóvel realiza atendimentos em Itacoatiara no final de semana

@ Divulgação/Sema

A Unidade Móvel de Castração administrada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) irá realizar um mutirão de atendimentos no município de Itacoatiara (distante 176 quilômetros de Manaus). A ação ocorrerá neste fim de semana (11 e 12/06), somente para animais cadastrados no agendamento prévio, que será realizado presencialmente na sexta-feira (10/06).

Os tutores interessados em participar do mutirão devem comparecer, na sexta-feira (10/06), das 8h às 12h, na sede da Câmara Municipal de Itacoatiara, 2° andar, localizada na Avenida Parque, nº 1452, bairro Do Iracy.

No local, serão distribuídas senhas conforme disponibilidade de castrações para gatos e cachorros, fêmeas e machos. Para o agendamento, é necessário levar RG, CPF, comprovante de residência e foto do animal. Será possível agendar apenas um animal por pessoa.

Castrações

Os atendimento ocorrerão sábado e domingo, a partir das 9h, conforme horário informado para cada tutor no ato do agendamento. As cirurgias de esterilização serão realizadas no pátio do Centro Educacional de Tempo Integral (Ceti) Dom Jorge Edward Marskell, situado na Avenida José Tadros, bairro Tiradentes, onde o castramóvel estará estacionado.

Os tutores deverão comparecer com o animal em jejum de no mínimo seis horas e portando documentos de identificação – RG e CPF. O animal será liberado no mesmo dia do procedimento, quando receber alta do veterinário.

Só serão atendidos animais que já estavam cadastrados. Não haverá possibilidade de reagendamento ou cadastro de novos animais.

Outros atendimentos

Paralelo à castração, outros atendimentos serão realizados no sábado (11/06), por meio do Projeto Upinhavet, iniciativa da Comissão de Proteção aos Animais, Assuntos Indígenas, Cidadania e Legislação Participativa, da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).

A Upinhavet realizará consultas, vacinação viral e antirrábica, vermifugação, corte de unha, limpeza de ouvido e dará orientações veterinárias em geral. Para estes serviços, serão distribuídas 300 senhas, de 9h às 12h. Não é necessário agendamento, será por ordem de chegada.

*Com assessoria

 

Presidente da Funai diz que indigenista e repórter erraram ao não comunicar viagem

Foto: Reprodução

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, disse na noite desta quarta-feira, 8, que o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips erraram ao não comunicar os órgãos de segurança sobre a viagem ao Vale do Javari, no Amazonas, e não pedir autorização à Funai para acessar o local. As declarações foram dadas ao programa jornalístico oficial Voz do Brasil, transmitido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

“Esta não foi uma missão comunicada à Funai. A Funai não emitiu nenhuma permissão para ingresso. É importante que as pessoas entendam que quando se vai entrar numa área dessas, existe todo um procedimento”, disse Xavier, que é delegado da Polícia Federal e apoiado pela bancada do agronegócio no Congresso Nacional. Segundo ele, é “muito complicado quando duas pessoas apenas decidem entrar na terra indígena sem nenhuma comunicação aos órgãos de segurança e à Funai”.

Xavier disse ainda que a Funai está participando das buscas na região – há cerca de 15 servidores do órgão envolvidos nas buscas, segundo ele. Bruno Pereira é servidor da Funai, mas estava licenciado do órgão desde janeiro de 2020, quando passou a trabalhar para uma entidade fundada pelos indígenas do Vale do Javari, a Univaja. Ele deixou a Funai por avaliar que não teria mais condições de trabalhar no órgão após ser exonerado do posto de coordenador de Indígenas Isolados e de Recente Contato (CGIIRC), segundo ex-colegas.

Mais cedo, Xavier já havia criticado Phillips e Pereira em uma outra entrevista, à rádio Jovem Pan. “O problema é que, infelizmente, as pessoas sabem do risco e insistem em ir lá sabendo desses riscos. À Funai, agora, o que cabe fazer é atuar efetivamente para tentar localizar essas pessoas e colocar bem claro às pessoas que pretendem ir nas áreas de indígenas isolados, que façam o procedimento correto que é pedir a autorização para a Funai e não se coloquem em risco”, disse ele.

Segundo a entidade Indigenistas Associados (INA), que reúne servidores da Funai, as declarações de Marcelo Xavier são “equivocadas”, uma vez que a dupla não chegou a entrar na área do Vale do Javari demarcado como terra indígena – portanto, não seria necessário pedir autorização alguma. “Não é verdade que Bruno e Dom tenham sido descuidados com solicitação de autorização de ingresso em terra indígena. Simplesmente, porque não ingressaram em terra indígena. A expedição realizada transcorreu nas imediações, mas não no interior da Terra Indígena Vale do Javari”, disse a entidade, em nota.

Pereira está desaparecido junto com o jornalista britânico desde a manhã deste domingo, dia 05. Apenas na manhã desta terça-feira dia 07, o Comando Militar da Amazônia, do Exército, e a Marinha mobilizaram aeronaves para intensificar a busca pelos dois desaparecidos. Os dois sumiram durante uma viagem de barco entre a comunidade ribeirinha de São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte. Como mostrou o Estadão, Pereira foi mencionado em um bilhete apócrifo com ameaças, escrito por pescadores ilegais que atuavam na área e dirigido à entidade para a qual o indigenista trabalhava.

*Com Agência Estado

Prefeitura entrega UBS Fluvial revitalizada para atendimento da população ribeirinha de Manaus

(Foto: Divulgação/Semsa)

A Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF) Dr. Ney Lacerda foi revitalizada pela Prefeitura de Manaus e será entregue pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), nesta sexta-feira, 10/6, com uma visita inaugural à comunidade Santa Maria, localizada às margens do rio Negro, a 57 quilômetros de distância do centro urbano. A unidade amplia a capacidade de atendimento em atenção primária nas 60 comunidades ribeirinhas da capital localizadas nas calhas dos rios Negro e Amazonas.

De acordo com o secretário da Semsa, Djalma Coelho, a UBSF oferece assistência médica, odontológica, farmacêutica e de enfermagem, além de exames laboratoriais de rotina e vacinação.

“A região amazônica tem pequenas populações distribuídas em áreas remotas, que precisam ser assistidas de modo regular, e a estrutura fluvial garante que os serviços de atenção básica cheguem até elas, evitando o deslocamento até as estruturas convencionais”, explica o secretário, destacando que o modelo de unidade fluvial adotado pelo município está sendo fortalecido na gestão do prefeito David Almeida e é uma referência nacional.

Djalma Coelho acrescenta que as unidades fluviais realizam o papel de uma unidade básica de saúde terrestre e representam a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS) para as populações que residem longe dos centros urbanos. “O principal objetivo dessas unidades é promover a saúde, por meio de ações de prevenção, e fazer o acompanhamento das famílias, evitando quadros graves de adoecimento e a necessidade de atendimento na média e na alta complexidade”.

Assistência

No ano passado, de acordo com dados do Distrito de Saúde (Disa) Rural, a equipe da UBSF Dr. Ney Lacerda garantiu que fossem realizados 8,2 mil atendimentos às comunidades ribeirinhas da sua área de abrangência. Neste ano, até o momento, foram 4.269 atendimentos. “As atividades do barco precisaram ser suspensas por aproximadamente um ano para viabilizar a reforma, no entanto a equipe seguiu atendendo a comunidade com o apoio da outra unidade fluvial”, observa Djalma.

Uma equipe de 19 servidores é responsável pela coordenação, assistência aos pacientes e deslocamento da unidade até as comunidades. A equipe inclui médico, enfermeiro, cirurgião-dentista, assistente em saúde, farmacêutico, bioquímico, auxiliar de patologia clínica, além do diretor da unidade e da equipe de tripulação e apoio, formada por auxiliares de convés, contramestre, auxiliar de contramestre, mecânico de embarcação, auxiliar de mecânico e cozinheiro.

Para atender os usuários, que podem ser crianças, adolescentes, adultos ou idosos, a embarcação conta com recepção, sala de espera, consultório médico e consultório de enfermagem com maca ginecológica para coleta de exame preventivo (citopatológico), consultório odontológico, sala de imunização, farmácia, laboratório de análises clínicas e coleta de exames, sala de lavagem de materiais, sala de esterilização e sala de procedimentos (realização de curativos e atendimentos de urgência básica).

A reforma da unidade contemplou restauração do casco com suporte de chapa de aço, reforço do tanque de combustíveis com instalação de chapa de alumínio, pintura interna e externa, instalação de revestimento em PVC em toda a área de atendimento ao público, revisão elétrica e mecânica e instalação de equipamentos de monitoramento (câmeras, sensores e barreiras).

O diretor do Disa Rural, Rubens Souza, ressalta que, além da UBSF Dr. Ney Lacerda, a Semsa opera com uma segunda unidade, que é a UBSF Dr. Antônio Levino. “As viagens dessas unidades fluviais são programadas para percorrer uma extensão de 150 quilômetros ao longo do rio Negro e outros 170 quilômetros ao longo do rio Amazonas, atendendo os que vivem às margens dos dois rios, nos limites da capital”, explica o diretor.

*Com assessoria

Quadro fixo de servidores da Funai na Amazônia cai pela metade em 9 anos

Bases queimadas durante operação contra garimpeiros em 2017, no Vale do Javari (Foto: Funai)

O número de servidores do quadro fixo da Funai (Fundação Nacional do Índio) na Amazônia caiu à quase metade ao longo de nove anos, o que, na avaliação de indigenistas ouvidos pelo UOL, fez o órgão responsável pela proteção dos povos indígenas perder força. A Funai reconhece a carência e diz que o órgão tem adotado a contratação de servidores temporários para suprir o déficit.

Em janeiro de 2013, o quadro efetivo tinha 1.360 integrantes na Amazônia Legal —área que inclui os sete estados do Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), Mato Grosso e Maranhão. Em janeiro deste ano, o número havia caído para 689.

Além dos servidores do quadro efetivo, o número de cargos sem vínculo ou cedido por outros órgãos também caiu no mesmo período, de 238 para 149.

Considerando todo o país, em 2013 a Funai tinha 2.505 servidores efetivos. Em janeiro deste ano, são 1.437. O local de lotação dos demais servidores que não atuam na Amazônia Legal não foi informado pelo órgão.

Para suprir a carência de servidores, o órgão informou que vedou transferências de áreas mais carentes. “Isso restringiu a saída de servidores da Amazônia Legal para outras unidades melhor providas de força de trabalho”, afirma o órgão.

Há seis anos sem concurso público, a Funai informou também que solicitou a realização de uma nova seleção, mas que depende de autorização do Ministério da Economia —negada nos últimos três anos. Já se antecipando a uma possível negativa do ministério, um outro pedido de concurso foi feito para 2023, para ocupação dos 1.071 cargos vagos.

O déficit de servidores estimado para este ano é de 1.043 em todo país.

Procurado, o Ministério da Economia respondeu que não comenta demandas relacionadas à autorização para contratação de pessoal encaminhadas pelos órgãos. “As autorizações, quando realizadas, são publicadas no Diário Oficial da União e no portal do Ministério da Economia”, diz o órgão.

Equipe insuficiente

O quadro de servidores da Funai está muito aquém da quantidade necessária aos trabalhos na Amazônia, segundo Leonardo Lenin Santos, secretário do Opi (Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato). Sem contratar novos servidores, o órgão foi vendo os mais antigos foram se aposentando, sem reposição, afirma o secretário.

“Em termos de área, falamos de 13% do território brasileiro para esses servidores fazerem proteção, vigilância, fiscalização territorial e todas as outras atividades de promoção de direito desses indígenas, de autonomia etc.”, diz.

“Mesmo que todos eles fossem empregados na proteção do território, sobretudo em região de fronteira, seria insuficiente”, completa. Segundo Lenin, sem contratar novos servidores, o órgão foi vendo os mais antigos foram se aposentando, sem reposição.

Para Luis Ventura, secretário-adjunto do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), órgão vinculado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), existe um processo de fragilização da atuação e um desmonte da Funai “evidentes” nos últimos anos. “Isso ocorre em diversos aspectos, a redução no quadro de servidores é só um desses elementos”, afirma.

Ele cita ainda que, desde o início do governo de Jair Bolsonaro, além de menos servidores, os que estão em atividade sofrem com medidas internas que dificultaram o trabalho, reduzindo deslocamentos e ações operacionais.

“O órgão desautorizou, por exemplo, ações em terras que estavam ainda no processo de demarcação. Faz parte de uma política desse governo desprezar terras que estão em processo”, afirma.

Segundo relatos ouvidos de outros indigenistas, a Funai tem dificultado o trabalho dos agentes em terras indígenas, dificultando as fiscalizações a invasores e a proteção aos indígenas. “As pessoas que têm afinidades com a causa são removidas. Nós estamos falando do estado que peca em tudo de curto, médio e longo prazos”, afirma Yura Marubo, assessor jurídico da Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari).

O UOL revelou ontem (8) que, em 2019, a Justiça condenou a União a reforçar as bases de proteção a indígenas do Vale do Javari, justamente o local onde o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips estão desaparecidos desde domingo (5).

Temporários e busca em outros órgãos

Ao citar a contratação de servidores temporários como forma de tentar suprir o déficit, a Funai afirmou que, em setembro de 2021 contratou 776 pessoas para atuar nas Coordenações de Frentes de Proteção Etnoambiental e Coordenações Regionais da Amazônia Legal. Após o fim dos seis meses previstos, houve prorrogação do contrato de 640 servidores “para atender à necessidade temporária de atuação em barreiras sanitárias e postos de controle de acesso, para prevenção da covid-19 em Terras Indígenas”.

Os servidores temporários, informa o órgão, ocupam funções de chefe, supervisor e agentes de proteção etnoambiental. “Eles fazem um monitoramento em mais de 30 áreas que contam com a presença de indígenas isolados e de recente contato”.

A Funai diz ainda que tem realizado “diversos processos seletivos para recrutar servidores de outros órgãos visando compor a força de trabalho da instituição”.

Com informações do Uol

Flamengo perde para o RB Bragantino e Paulo Sousa fica ainda mais pressionado

Foto: Marcelo Cortes / Flamengo

Jogando fora de casa, Rubro-Negro voltou a perder pelo Campeonato Brasileiro

O técnico Paulo Sousa está ainda mais pressionado no comando do Flamengo. Mesmo com um homem a mais em campo durante 25 minutos, o Rubro-Negro foi derrotado na noite desta quarta-feira pelo Bragantino por 1 a 0, em Bragança Paulista, e o técnico português se vê cada vez mais ameaçado no cargo. Luan Cândido fez o único gol da partida no Nabi Abi Chedid. Com o resultado, o Flamengo permanece com 12 pontos, na 14ª colocação.

O Flamengo iniciou a partida de maneira sonolenta e não demorou muito a ser punido. Logo aos 16 minutos, Artur cobrou falta no primeiro pau e Andreas Pereira tocou mal de cabeça para trás. A bola sobrou limpa para Luan Cândido, debaixo do gol, abrir o placar.

Em desvantagem no placar, o Flamengo escancarou de vez sua desorganização em campo. O Rubro-Negro até tentava buscar jogadas ofensivas, mas esbarrava na falta de criatividade dos homens de frente e pecava na parte defensiva. Prova disso é que o Bragantino chegou a marcar o segundo com Helinho, mas o assistente apontou impedimento no ataque do Massa Bruta.

O único lance de perigo real criado pelo Flamengo aconteceu já no fim do primeiro tempo, quando Everton Ribeiro recebeu na direita e cruzou na medida para Vitinho no segundo pau, completamente sozinho e praticamente sem goleiro. No entanto, o camisa 11 acabou chutando de canela para fora e protagonizando um lance inacreditável, fazendo o Rubro-Negro ir para o vestiário em desvantagem no placar.

Na volta para o segundo tempo, o Flamengo tomou um susto logo de cara. Com menos de dois minutos, Helinho cobrou escanteio na cabeça de Natan. O zagueiro, revelado pelo Flamengo, acertou uma bela cabeçada, mas a bola acabou explodindo na trave.

Ao longo de toda primeira etapa, o Flamengo teve ampla posse de bola, mas teve dificuldades de furar o bloqueio do time paulista. Nem mesmo a expulsão de Luan Cândido, aos 24 minutos, após acertar um tapa em Matheuzinho, fez com que o time de Paulo Sousa encontrasse espaços e criasse chances claras de gol. A melhor oportunidade foi já nos acréscimos, quando Willian Arão recebeu sozinho na área e cabeceou no canto, mas Cleiton fez uma linda defesa e garantiu a vitória do time paulista.

O próximo compromisso do Flamengo será no sábado, às 21h. O Rubro-Negro vai a Porto Alegre encarar o Internacional, no Beira-Rio.

Com informações do IG

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