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Governo propõe novas regras a plataformas e criação de agência para fiscalizar rede social

Grupo analisou 200 páginas nos estados do Norte. Foto: Data Privacy BR

A PL das Fake News recebeu hoje documento do governo federal com contribuições para o debate sobre as interferências propostas e os riscos de violão de direitos

O governo Lula finalizou sua proposta de regulação da internet e apresentou hoje (31), suas contribuições ao PL 2630, mais conhecido como o PL das Fake News, que discute a aplicação de novas regras às plataformas de conteúdo em atuação no país e as responsabiliza, em alguma medida, pelo conteúdo publicado por terceiros.

A proposta cobra das plataformas mais transparência em relação às suas políticas de uso e retirada de conteúdo, além de proibir o impulsionamento de material monetizado que “negue fatos históricos violentos bem documentados”, incite a “sublevação contra a ordem democrática” e que contenha indícios de crimes contra o Estado Democrático de Direito, entre outros exemplos.

Obtido pelo UOL, o texto propõe a criação de uma “entidade autônoma de supervisão”, uma espécie de agência responsável por regulamentar a lei e fiscalizar o cumprimento de obrigações por parte das plataformas, inclusive aplicando sanções.

A atuação desta entidade também viria por meio de regulamentação específica do Executivo e seu orçamento teria como origem uma taxa anual a ser paga por plataformas de grande porte.

Não há clareza sobre sua forma de composição, apenas menção à necessidade de autonomia e independência em processo de tomada de decisões, além de “espaços formais de participação multisetorial”.

A empresa que desrespeitar as normas previstas na lei pode sofrer sanções que vão da advertência à multa, suspensão ou até mesmo proibição de exercer atividades no país.

A entidade autônoma estaria proibida de atuar em decisões de moderação de conteúdo individuais – neste caso, a via judicial segue disponível.

Conforme já havia adiantado o ministro da Justiça, Flávio Dino, o governo incluiu na proposta a ideia de “dever de cuidado”, que atribui às empresas a missão de “prevenir ou mitigar práticas ilícitas no âmbito de seu serviço”, combatendo conteúdos ilegais gerados por terceiros que atentem contra o Estado Democrático de Direito, contra a saúde pública e a violência de gênero, entre outros exemplos.

Caberia à entidade autônoma de supervisão analisar o “conjunto de esforços e medidas” adotado pelas empresas, tomando como ponto de partida a divulgação de seus relatórios de transparência semestrais – uma medida prevista na proposta.

“Ouvi a manifestação deles, mas ainda não estudei, devo fazê-lo nos próximos dias”, comentou nesta sexta, à coluna, o relator do PL das Fake News, Orlando Silva (PCdoB), sobre a proposta do governo.
Um novo texto conciliando a redação antiga, a contribuição do governo e do Judiciário deve ser levado para votação na Câmara dos Deputados e, em seguida, ao Senado.

Responsabilização civil

As empresas podem vir a ser diretamente responsabilizadas civilmente por danos decorrentes de conteúdos gerados por terceiros que constituam práticas de crimes, “quando demonstrado conhecimento prévio e comprovado o descumprimento do dever de cuidado”, diz o texto.

A proposta prevê multa mínima de R$ 50 mil e máxima de R$ 1 milhão em caso de descumprimento de decisão judicial para retirada de conteúdo ilícito.

As plataformas também ficariam obrigadas a guardar por um ano qualquer conteúdo que tenha sido excluído em função dos deveres estabelecidos na lei.

Remuneração por direito autoral

A proposta prevê que plataformas remunerem conteúdo protegido por direitos autorais, produzidos em qualquer formato – texto, vídeo, áudio ou imagem -, o que inclui textos jornalísticos, produções musicais e cinematográficas.

Os critérios de remuneração seriam definidos por meio de regulação própria e considerando a “totalidade das receitas geradas em benefício das plataformas de redes sociais em virtude de conteúdo consumido no Brasil”.

A proposta prevê que os valores sejam pleiteados “por meio de associações de gestão coletiva de direitos autorais”, e não mais em negociação direta com os donos dos direitos, como previa o texto atualmente em discussão.

Imunidade parlamentar digital

O governo manteve em sua proposta para regulação das plataformas digitais artigo que proíbe as empresas de bloquear ou excluir as contas institucionais de políticos eleitos, mesmo que eles violem termos de políticas de uso da plataforma ou divulguem conteúdos ilícitos.

A proposta prevê a imunidade a ocupantes de cargos no Executivos e nos legislativos federal e estadual, além de ministros de Estado.

O texto prevê a suspensão por sete dias de uma conta ou perfil de político eleito como a sanção máxima possível, ampliando para o ambiente digital a imunidade parlamentar que garante aos políticos o direito de não serem processados, por exemplo, pelo conteúdo de manifestações públicas realizadas na tribuna.

A proposta descrita no PL antes da contribuição do governo não previa a hipótese de bloqueio de conta por uma semana, e concedia o benefício a uma gama maior de servidores públicos.

Pela proposta, as contas institucionais de políticos ficam proibidas de receber qualquer tipo de remuneração advinda de publicidade.

Mais transparência

Na proposta o governo cobra mais transparência das plataformas em relação às suas políticas de uso e retirada de conteúdo. Pelo texto, além de informar com clareza, e escrito no idioma português, conteúdos que são proibidos na plataforma, exige-se das empresas a explicação sobre etapas executadas para garantir conteúdos em conformidade com suas políticas, informações sobre critérios e métodos de moderação e a descrição geral dos sistemas algorítmicos, quando usados nos processos moderação.

A exclusão de qualquer conteúdo deve ser comunicada ao usuário informando especificamente os critérios utilizados para aquela decisão e se ela foi tomada de maneira automatizada, isto é, sem que houvesse análise do caso por parte de um colaborador da plataforma.

Quem tem conteúdo excluído também passa a ter o direito de solicitar a revisão da decisão, em um prazo de até 30 dias.

Autorregulação por melhor prestação de serviços

O governo incluiu na proposta a possibilidade de criação de uma segunda entidade destinada a tratar dos temas relacionados à lei: no caso, uma entidade de autorregulação, integrada e financiada pelas próprias plataformas.

Ela poderia revisar decisões de moderação de conteúdo e encaminhar reclamações de usuários, incluindo uma ouvidoria independente.

Com informações da coluna de Thiago Herdy / Uol

Justiça de SP reverte ação da Globo contra jornalista e Izabella Camargo ganha R$ 500 mil

Foto: Globo / Pipoca Moderna

A empresa havia entrado com uma ação contra Izabella, que se livrou de pagar uma multa de R$ 500 mil

A jornalista Izabella Camargo venceu a Rede Globo em um processo na Justiça e se livrou de pagar uma multa de R$ 500 mil. A empresa entrou com uma ação contra ela por causa de uma entrevista, na qual a comunicadora disse que a rede tinha responsabilidade por ela ter desenvolvido síndrome de burnout. A decisão não cabe mais recurso.

Segundo a coluna Splash, a Globo terá que desembolsar R$ 500 mil à jornalista Izabella Camargo, 42, após perder a ação que movia contra a ex-funcionária. A derrota da emissora na Justiça foi divulgada pelo Notícias da TV e confirmada por Splash.

Splash apurou que o dinheiro é referente à segunda parcela de um acordo que Izabella fez com a Globo ao deixar a empresa, em 2019. O valor estava retido na Justiça a pedido da Globo, que alegava que a jornalista teria quebrado uma das cláusulas do acerto firmado naquele ano ao dar uma entrevista ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan.

Na sentença proferida pelo ministro relator do caso, Luiz José Dezena da Silva, do Tribunal Superior do Trabalho, o meritíssimo reverteu as decisões de primeira e segunda instâncias, que deram vitória à Globo, e foram julgadas pela 24ª Vara de São Paulo e mantidas pelo Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo.

Na ação, a Globo acusou Izabella Camargo de descumprir cláusulas de um acordo que elas fizeram na ocasião da sua demissão da companhia, em 2019.

Em uma cláusula, Izabella Camargo era proibida de afirmar em entrevistas que a Globo tinha responsabilidade ou era culpada por ela ter desenvolvido o problema de saúde. Porém, em entrevista ao programa “Pânico”, da rádio Jovem Pan, a jornalista relatou a experiência na empresa na qual trabalhou de 2012 até 2019. E afirmou que a emissora teve parcela de culpa em seu diagnóstico médico.

“Eu tive dois gatilhos para acontecer isso. O primeiro momento foi uma puxada de tapete. Uma pessoa que disse ‘no meu jornal, ela não volta'”, citou sem dar detalhes, em novembro de 2019. “O outro foi um comentário bizarro de um dos chefes dizendo que meu trabalho era ‘Ctrl + C e Ctrl + V’. Eu faço tudo de improviso e eu copio e colo? É isso que achavam que era meu trabalho?”, disse ela.

A jornalista foi dispensada da emissora após voltar de uma licença justamente por síndrome de burnout. A principal causa da doença, segundo informações do Ministério da Saúde, é justamente o excesso de trabalho.

Na ação, os advogados que fizeram a defesa da jornalista afirmaram que ela não poderia ser impedida de participar de atrações jornalísticas, de dar sua opinião ou se expressar sofre fatos da sua vida. Na sentença, o juiz concordou e viu censura por parte da Globo no acordo.

“Isso equivaleria a estabelecer que a reclamante não pode, em qualquer tempo, mencionar sua experiência pessoal ao ser demitida, mesmo sem fazer qualquer menção expressa ao nome de sua antiga empregadora e aos procedimentos por ela adotados para o processo de desligamento, o que não pode se sustentar”, disse ele. Uma vez que o TST é a última instância da Justiça Trabalhista, o caso não cabe mais recurso.

Com informações do Pipoca Moderna e Splash

Câmara Cidadã registra sucesso com 8,3 mil pessoas atendidas em 30 serviços gratuitos

Foto: Dicom / CMM

Presidente da CMM destaca saldo positivo da primeira edição e expectativa de ampliar projeto para outras zonas da capital

Em formato inédito, idealizado pelo vereador Caio André (PSC), presidente da Câmara Municipal de Manaus, a Câmara Cidadã atendeu cerca de 8 mil pessoas em dois dias de ação no estacionamento do Estádio Municipal Carlos Zamith, bairro Coroado, zona leste da capital.

Foram ofertados mais de 30 serviços gratuitos em 16 horas de atividades nesta quinta e sexta-feira (30 e 31), com a parceria de órgãos da Prefeitura de Manaus, Governo do Estado, além de empresas da iniciativa privada.

Para o presidente da CMM, vereador Caio André (PSC), a quantidade de público nos dias do evento é a prova do sucesso da ação, aproximando o parlamento municipal da comunidade da zona leste, e principalmente, ouvindo quem enxerga de perto a realidade e as demandas dos bairros.

“Esse número representa todo o empenho da Câmara Municipal de Manaus nesse projeto que foi pensado para a população. Foi um trabalho intenso para levar o atendimento que as pessoas merecem, atendendo diversas demandas de moradores que ainda têm dificuldades, então o saldo é muito positivo e nosso desejo é ampliar para outras zonas da cidade”, afirmou Caio André.

Com os trabalhos finalizados às 16h de hoje (31), a quantidade de atendimentos registrada foi de 5.294 pessoas. Somando ao número contabilizado ontem (30), quando 3.097 pessoas passaram pelo local, o público da primeira edição alcançou 8.331 pessoas.

Outra novidade deste segundo dia foi a realização de uma Tribuna Popular. A ação contou com a participação de 13 vereadores e lideranças comunitárias da zona leste, que expuseram reivindicações em áreas como saúde, educação e segurança. Os apontamentos foram acolhidos pelos parlamentares e servirão para guiar novas matérias legislativas.

Câmara Cidadã

Retomado nesta 18ª Legislatura, pelo vereador Caio André, a Câmara Cidadã contou com uma estrutura de 750 metros quadrados, dividida por estandes. O menu de serviços ofereceu emissão de 1ª e 2ª via de RG, cadastro para empregos, emissão de carteira digital de trabalho, inscrições em cursos profissionalizantes, atendimento psicológico, fisioterapia, castração de animais, entre outros.

Aproximando o Legislativo Municipal da comunidade, os vereadores da Casa puderam atender o público em gabinetes rotativos. Ao final dos trabalhos, mais de 800 pessoas foram recebidas nos dois dias da Câmara Cidadã.

Parceiros

Para a ação, a CMM firmou parcerias com órgãos públicos e empresas privadas. Entre os parceiros, além da Prefeitura de Manaus e do Governo do Estado, estão o Serviço Social do Comércio (Sesc), Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) e Sine Manaus.

Além destes, também estiveram presentes o Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), UniNorte e Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM).

Com informações da Dicom / CMM

Após pneumonia, Lula deve voltar ao Palácio do Planalto na segunda

Previsão é que o presidente passe o fim de semana em casa e sem agenda. FOTO: Hugo Barreto / Metrópoles

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue em recuperação após ter sido diagnosticado com pneumonia há uma semana. A previsão é que ele passe o fim de semana em casa, na residência oficial, sem agenda e retorne aos trabalhos no Palácio do Planalto na próxima segunda-feira (3).

Devido ao diagnóstico da doença, Lula precisou cancelar a viagem para a China e remarcá-la. Nesta sexta-feira (31), o governo da China confirmou que receberá Lula no país entre os dias 11 e 14 de abril.

O Palácio do Planalto enviou o interesse pelas datas e recebeu sinal verde da chancelaria chinesa após consulta da agenda do presidente chinês, Xi Jinping. A equipe do governante brasileiro iniciou o planejamento da viagem e as duas principais autoridades dos países devem se encontrar em Pequim em 13 ou 14 do próximo mês.

A ida do presidente brasileiro ao país asiático tem como principal objetivo debater questões econômicas. O petista quer reafirmar as relações construídas com o maior parceiro comercial do Brasil. Ele também debaterá mecanismos para que os produtos brasileiros tenham maior exportação no mercado chinês.

Lula passou a semana fazendo reuniões com ministros no Palácio da Alvorada, recebendo medicação e sendo acompanhado pela médica da presidência, Ana Helena Germoglio.

Hoje, o mandatário se reuniu com o Ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo, e Ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Depois, com o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, e ainda há outra reunião prevista com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

O presidente também se encontrou com o ministro das Cidades, Jader Filho — reunião que não estava prevista na agenda oficial.

FONTE: ÚLTIMO SEGUNDO

 

Prefeito sanciona lei que proíbe a instalação de medidores aéreos em Manaus

FOTO: ANTÔNIO PEREIRA/SEMCOM

O prefeito de Manaus, David Almeida, sancionou, nesta sexta-feira, 31/3, a Lei nº 3.024/2023, oriunda da Câmara Municipal de Manaus (CMM), que proíbe a instalação dos medidores aéreos de energia na cidade de Manaus. A assinatura do documento aconteceu no Centro de Cooperação da Cidade (CCC), no bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul, com a presença do presidente da CMM, Caio André, e vereadores favoráveis à criação da legislação.

Na ocasião, o prefeito destacou que uma das questões do projeto é a poluição visual causada pelos medidores aéreos nas ruas de Manaus. A nova lei será publicada na edição desta sexta-feira do Diário Oficial do Município (DOM).

“Quero aqui parabenizar a câmara pela aprovação da lei, quero parabenizar todos os vereadores pela postura. Nesse momento acabo de sancionar uma lei aprovada pela câmara municipal que vai para publicação no dia de hoje. Ela trata exatamente sobre a questão visual da nossa cidade, e essa lei trata exatamente isso então, para que essas posturas não venham acontecer mais na nossa cidade. Todos aqueles cabos de fio e ainda mais com os medidores, isso traz uma poluição visual muito grande na cidade, nós estamos buscando nos adequar de uma forma mais moderna através da lei do vereador Caio aprovada”, assegurou o prefeito David Almeida.

O Projeto de Lei, de autoria do vereador Caio André, acrescenta ao artigo 1º da Lei Municipal nº 2.208/2017, um novo parágrafo único que proíbe a instalação de sistemas de medição de energia elétrica, externos ou centralizados, fixados nos postes de energia elétrica, ressalvadas as caixas de passagem de energia elétrica, transformadores e cabeamento de internet e TV a cabo, desde que seja observado um raio de 500 metros entre um e outro, para evitar poluição visual.

“Todos nós estamos fazendo nosso papel, indo ao encontro do que mais anseia a população da nossa cidade. Eu acredito que a partir de agora nós temos um marco legal para tratar não só da questão dos medidores, mas principalmente das fiações aéreas que existem nos nossos postes”, completou o presidente da câmara, vereador Caio Assis.

O projeto foi aprovado em votação final, depois de ter passado por duas comissões na Casa Legislativa, atestando a constitucionalidade da matéria: Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR); e Comissão de Finanças, Economia e Orçamento (CFEO).

*Com informações da assessoria

 

ALEAM realiza audiência pública para discutir desaparecimento de crianças e adolescentes

FOTO: DIVULGAÇÃO/ALEAM

A Comissão de Promoção ao Desporto e Defesa dos Direitos das Crianças, Adolescentes e Jovens da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) promoveu nesta sexta-feira (31), Audiência Pública em alusão à Semana de Mobilização Nacional para a Busca da Criança Desaparecida.

Da audiência participaram representantes de órgãos relacionados à proteção à criança e adolescente, como o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM); Ministério Público do Amazonas (MPE); Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca); Ordem dos Advogados do Brasil seção Amazonas (OAB/AM) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), entre outros.

O presidente da Comissão, deputado João Luiz (Republicanos), enfatizou que o objetivo da audiência foi alinhar ações para estabelecer mecanismos mais eficientes de controle de entrada e saída da cidade e do Estado buscando minimizar casos de desaparecimento.

“Depois de acompanhar essa pauta em outros estados, pensamos em minimizar o sofrimento das mães que vivem a angústia de não saber o que houve com seus entes queridos. Vamos reunir com o corpo técnico do Poder Judiciário e outros órgãos para que tenhamos uma rede de pessoas comprometidas com esta pauta, criando um grupo de trabalho para aliviar o sofrimento das pessoas que buscam notícias dos entes queridos”, explicou.

Eliezér Fernandes Junior, juiz de Direito titular do Juizado da Infância e Juventude Infracional de Manaus, colocou toda a sua experiência como coautor de um Guia de Referência para Investigação de Pessoas Desaparecidas produzido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Temos todos os procedimentos necessários, mas o Brasil ainda está engatinhando no engajamento à busca de crianças e adolescentes. Desde o início da pandemia, em 2020, realizamos com o CNJ, um guia abrangendo os vários fluxos relacionados ao desaparecimento de pessoas, que no Brasil representa uma média de 172 pessoas por dia, que desaparecem pelas mais variadas causas, desde desaparecimento voluntário, crianças abusadas ou exploradas sexualmente ou captadas pelo tráfico e para cada uma dessas motivações, existe um fluxograma a ser seguido pelas autoridades para a elucidação, porém, de imediato é preciso que tenhamos uma delegacia especializada em pessoas desaparecidas”, explicou.

A delegada titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Joyce Coelho, também apontou a necessidade de uma delegacia especializada em pessoas desaparecidas, visto que o núcleo pertencente à Depca é insuficiente para solucionar os casos.

“Temos um núcleo da Depca, mas que só funciona em horário de expediente, e os desaparecimentos ocorrem a qualquer hora do dia ou da noite. Por isso, aproveito a oportunidade para pedir que o Governo do Amazonas, com as nomeações do último concurso da Policia Civil, crie uma especializada ou reforce o efetivo de policiais do núcleo não apenas com os policiais da Depca, que são insuficientes no momento”, afirmou.

O delegado Antônio Rondon, titular da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), alertou para o perigo das redes sociais na cooptação de crianças. “Acredito que com o alcance da internet e das redes sociais pelas crianças e adolescentes, devemos chegar a ideias práticas e efetivas para evitar sequestros usando as redes sociais, com um trabalho conjunto nas escolas de palestras sobre o assunto, falando direto às crianças e jovens, mas endossando o discurso da delegada Joyce, nós ansiamos por uma reestruturação na Polícia Civil para diminuir este tempo para receber informações e elucidar estes crimes”, reforçou.

Caso

A aposentada Maria Aparecida Carvalho esteve na audiência pedindo ajuda na busca pelo neto de 17 anos, Samuel Monteiro, criado por ela desde criança e desaparecido há três meses.

Para a polícia, o sumiço do garoto está relacionado a uma denúncia feita contra um vizinho, suspeito de ter abusado sexualmente de Samuel desde quando era criança.

“Meu neto foi abusado aos 13 anos pelo nosso vizinho e o denunciou. Sumiu há três meses quando foi procurar emprego. Ele começou a usar drogas depois do abuso e descobri que o vizinho dava dinheiro para ele sustentar o vício, mas ficou furioso porque o Samuel contou do abuso para uma professora na época. Samuel sumiu dias depois que este vizinho ofereceu um acordo para que meu neto desmentisse o caso e tenho certeza que fez alguma coisa com ele, mas como nega o crime, não tenho como dar fim a essa angústia de não saber o que foi feito dele, nem onde está. Só peço ajuda para que este não seja mais um caso sem solução, porque eu estou lutando sozinha para saber o que houve com o meu neto”, suplicou.

 

Prefeitura fará desvio em um trecho da avenida General Rodrigo Octávio

INFOGRÁFICO: IMMU

Neste fim de semana, dias 1º e 2/4, os condutores devem ficar atentos a um desvio de trânsito na avenida General Rodrigo Octávio, no sentido bairro/Centro, nas imediações da feira do Japiim, zona Sul, realizado pela Prefeitura de Manaus, em virtude das festividades em comemoração ao aniversário do bairro Japiim. A interdição inicia às 13h de sábado, 1º, e segue até as 2h de segunda-feira, 3.

Os motoristas que trafegam na avenida General Rodrigo Otávio, durante a interdição, deverão seguir normalmente pela avenida, então virar à direita na rua Domingos de llara e à esquerda na avenida Jorge Biváqua (Polivalente), e a partir dela as opções são: entrar à esquerda na rua Oswaldo Alves para acessar novamente a avenida General Rodrigo Otávio em direção à área do Distrito Industrial; ou seguir pela avenida Jorge Biváqua (Polivalente) e converter à esquerda, mais à frente, na rua Diogo Velasquez, para acessar a avenida Tefé em direção ao bairro Cachoeirinha e ao centro da cidade.

Durante a interdição, estará proibido o estacionamento na rua Domingos de llara em ambos os sentidos.

Transporte

Quanto ao transporte público, os usuários de ônibus devem observar os desvios na avenida General Rodrigo Octávio entre 13h de sábado até as 2h da segunda-feira.

Durante o período de interdição, as linhas 001, 457, 460, 542, 616 e 650, seguem normalmente até a avenida General Rodrigo Octávio, rua Domingos de llara, avenida Jorge Biváqua (Polivalente), rua Diogo Velasques, avenida Tefé e o itinerário normal.

Quanto às linhas 213, 215 e 611, estas seguem também normalmente até a General Rodrigo Otávio, rua Domingos de llara, avenida Jorge Biváqua (Polivalente), rua Diogo Velasquez, avenida Tefé, rua 12, avenida Rodrigo Octávio, e depois retomam a rota normal.

Agentes de trânsito e fiscais de transporte do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) estarão nas imediações do local, para orientar e tirar dúvidas dos motoristas e usuários de transporte público.

*Com informações da assessoria

 

Moraes nega liberdade a homem que levou réplica da Constituição durante atos extremistas

Para o ministro, há elementos concretos que justificam a prisão; liberdade representaria 'comprometimento da ordem pública'

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido de liberdade e manteve a prisão de Marcelo Fernandes Lima, extremista que levou a réplica da Constituição de dentro do STF durante os atos de vandalismo de 8 de janeiro.

No pedido, a defesa alegou que o homem é réu primário, com bons antecedentes, trabalha, tem residência fixa e é pai de cinco filhos, um deles portador de deficiência intelectual.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra a revogação da prisão e disse que, em liberdade, o homem poderia encobrir os ilícitos e alterar a verdade sobre os fatos, como coagir testemunhas e outros agentes envolvidos e ocultar dados e documentos.

Segundo Moraes, no caso, há elementos que justificam a prisão. “O investigado teve efetiva participação e exerceu grande influência sobre os demais envolvidos, com nítido comportamento característico dos crimes multitudinários, sobretudo para a tentativa infeliz de ação objetivando ruptura do sistema democrático e os covardes ataques às Instituições republicanas, conforme se depreende da análise dos vídeos apresentados pela Polícia Federal”, disse.

Para o ministro, a liberdade do homem representa grave comprometimento da ordem pública. “Verifica-se que a exibição das imagens do investigado segurando o exemplar da Carta Magna questionado foi amplamente divulgado, replicado e compartilhado, em verdadeiro ataque ao patrimônio material e imaterial da história da República brasileira. Por outro lado, a sua prisão preventiva também é necessária à conveniência da instrução criminal, especialmente em razão de seu assumido papel de liderança nos atos investigados”, afirmou.

Moraes disse ainda que as pessoas que participaram do movimento “afrontaram as forças policiais, rompendo as barreiras existentes, dirigindo-se aos prédios públicos da Praça dos Três Poderes com o objetivo de promover a destruição generalizada de imóveis e mobiliários”.

“O dano ao patrimônio material e imaterial é imensurável. A responsabilidade penal deve ser apurada e, tratando-se de crime multitudinário, sua individualização envolve tempo e esforço investigativo para a delimitação das condutas das pessoas que cometeram os crimes. A prisão preventiva se trata, portanto, de medida razoável, adequada e proporcional para a garantia da ordem pública com a cessação da prática criminosa reiterada, havendo, neste caso”, defendeu.

Prisão

Em 25 de janeiro, o homem foi preso em Varginha, em Minas Gerais. Lima aparece em imagens, no dia dos ataques aos prédios dos Três Poderes, levantando uma réplica da Constituição.

Quando entregou a Constituição, ele disse que ouviu participantes do atos dizendo que iriam rasgar o livro e, por isso, pegou o exemplar para salvar.

 

Ex-presidente da Caixa vira réu por assédio a funcionárias do banco

(Foto: Adriano Machado/Reuters)

A Justiça Federal de Brasília aceitou denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, tornou-se réu por denúncias de assédio sexual e moral feitas por funcionárias do banco estatal.

Os detalhes da denúncia ainda não são conhecidos, pois a ação penal contra Guimarães tramita sob sigilo. Casos envolvendo assédio, sobretudo sexual, costumam tramitar em segredo de Justiça, como forma de preservar a intimidade das vítimas.

O caso veio à tona em meados do ano passado, quando uma reportagem do portal Metrópoles revelou as acusações de assédio feitas por cinco funcionárias da Caixa à ouvidoria da instituição. Outras vítimas apareceram após a repercussão, que levou Guimarães a ser demitido da presidência do banco.

Após as revelações, o MPF passou a investigar o caso, o que resultou na denúncia agora aceita pela 15ª Vara Federal de Brasília. Na acusação, constam depoimentos captados em vídeo das vítimas, que foram interrogadas pelos procuradores responsáveis.

Com a abertura da ação penal, inicia-se uma nova fase de instrução do processo, em que acusação e defesa poderão solicitar novas diligências e, ao final, deverão apresentar as alegações finais, antes da sentença do juiz.

Guimarães é alvo ainda de um outro processo, dessa vez na seara trabalhista, no qual o Ministério Público do Trabalho (MPT) pede indenização de R$ 30,5 milhões pelos danos causados pelo ex-presidente da Caixa.

O executivo sempre negou todas as acusações. Em nota, o advogado José Luis Oliveira Lima, que representa Guimarães, disse que seu cliente é inocente e que ele confia na Justiça. “A defesa de Pedro Guimarães nega taxativamente a prática de qualquer crime e tem certeza de que durante a instrução a verdade virá à tona, com a sua absolvição”, disse o defensor.

 

TCE-AM encerrou hoje o programa de formação para a cultura de integridade pública

FOTO: DIVULGAÇÃO/TCE-AM

O Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) encerrou, nesta sexta-feira (31), o Programa de Formação para a Cultura de Integridade Pública com um seminário de encerramento e a apresentação dos resultados.

O Programa foi realizado pela Escola de Contas Públicas (ECP) do TCE-AM em parceria com a consultoria SG Compliance com mais de 50 inscritos, entre servidores da Corte de Contas, jurisdicionados e sociedade civil. O Programa foi gratuito e iniciado em novembro de 2022.

Os temas abordados no programa seguiram um conteúdo programático voltado para o aperfeiçoamento e transparência da administração pública, em que foram discutidos, como “O fenômeno da Corrupção no Brasil e no mundo”, “Legislações anticorrupção e o processo de Implementação do Programa de Integridade”.

No evento de encerramento, o presidente da Corte de Contas, conselheiro Érico Desterro, ressaltou a importância de profissionais estarem cada vez mais por dentro de melhorias que contribuam para sua atuação no serviço público.

“O Programa é uma grande oportunidade para que os profissionais que trabalham na administração pública se capacitem e aumentem a transparência do seu trabalho. O TCE-AM tem a honra de ser um viés que possibilita esse aprendizado, e sempre que tem a oportunidade, junto da Escola de Contas, estará a postos para fazer o melhor”, destacou o presidente do TCE-AM, conselheiro Érico Desterro.

O seminário de encerramento e apresentação de resultados foi mediado pelo sócio-fundador e consultor da SG Compliance, Daniel Lança, e um dos principais resultados obtidos foi o sucesso de implementação do programa que capacitou vários profissionais do Amazonas, sendo um diferencial para seu trabalho nos órgãos públicos, e por impulsionar não só sua própria capacitação, mas o efeito de expansão que essas técnicas de Compliance podem atingir.

Os encontros do programa de formação para a cultura de integridade pública foram realizados na modalidade online e presencial, sendo instruídos por profissionais da SG Compliance, uma empresa especializada em consultorias técnicas que visam o propósito de impulsionar a integridade corporativa de instituições.

 

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