Segundo Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, "a covid está sendo muito mais do que uma crise sanitária". No Brasil, até 26 de abril, foram registrados 37 milhões de casos e 701.494 mortes desde o início da pandemia

Anúncio foi feito pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, e não significa que doença deixou de existir, mas que agora pode ser controlada

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou hoje (5), que a Covid-19 não é mais uma emergência de saúde global. A mudança de status ocorre após a 15ª reunião do Comitê de Emergência para a Covid-19.

O anúncio foi feito pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Com grande esperança, declaro a Covid-19 encerrada como uma emergência de saúde global”, afirmou. O status de “emergência em saúde global” tinha sido atribuído em janeiro de 2020.

A redução da escalada mundial de contaminação e mortes causadas pelo vírus Sars-Cov-2 acontece graças ao avanço da vacinação no mundo, apesar das diferentes realidades locais. Além disso, na reunião de ontem, o grupo de especialistas avaliou positivamente a capacidade mundial de controlar o número de mortes.

Com isso, a Covid-19 deixa de representar, oficialmente, uma ameaça global. O que não significa dizer, segundo a própria OMS, que o vírus desaparecerá do mundo. De acordo com a entidade, os governos e as sociedades terão que conviver com a doença.

Na prática, muitos países já decretaram, localmente, o fim da emergência sanitária. No Brasil, por exemplo, medidas de proteção antigamente obrigatórias – como uso de máscaras em locais públicos – vêm deixando, nos últimos meses, de ser adotadas.

Nos últimos três anos, estima-se que a Covid-19 tenha contaminado quase 800 milhões de pessoas no mundo, sendo responsável por 6,9 milhões de mortes. Autoridades sanitárias alertam, porém, que a subnotificação foi marcante na pandemia e que os números devem ser maiores.

Nos últimos 28 dias, segundo a OMS, cerca de 2,8 milhões de novos casos e mais de 16 mil mortes foram notificadas, o que representa uma redução de 23% e 36%, respectivamente, na comparação com os 28 dias anteriores.

Com informações da Carta Capital