A diretora interina da Fiocruz Amazônia, Stefanie Lopes, destacou que a ciência está em tudo e em diferentes profissões, daí a importância da comunicação com os jovens para despertar o interesse desse público

O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) encerrou a programação da 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT-2023), levando as atividades do Projeto Ciência Pop-ILMD/Fiocruz Amazônia: popularizando a ciência em saúde por meio de ferramentas digitais, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), aos alunos da Escola Estadual Presidente Figueiredo, no bairro Aida Nascimento, município de Presidente Figueiredo, Região Metropolitana de Manaus. As atividades encerraram a semana e envolveram os alunos das turmas do Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio, com a participação dos professores.

A 20ª SNCT da Fiocruz Amazônia levou atividades também para o município de Tabatinga, no Alto Solimões, e para o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) e Escola Estadual Castelo Branco, em Manaus, abordando diferentes aspectos da produção cientifica da Fiocruz Amazônia, com palestras, rodas de conversas, jogos educativos e mostra de vídeos e podcasts das Oficinas DigiCiência e OuvirCiência, desenvolvidas pelo Ciência Pop. A organização da SNCT envolveu diversos setores e laboratórios da Fiocruz Amazônia para desenvolver as atividades, entre os dias 16 e 20/10.

Na Escola Estadual Presidente Figueiredo, foram realizadas as Mostras de Vídeo “Ciência e Saúde na Amazônia”, “Ciência Pop” e “Inova POP”; além das rodas de conversa sobre os temas “Vacinas”, com a Doutora em Biotecnologia pelo Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Universidade Federal do Amazonas Kessia Caroline Alves, e “Utilização de Modelos Animais na Ciência”, com o Mestre em Biotecnologia, Caio Coutinho de Souza. A diretora interina da Fiocruz Amazônia, Stefanie Lopes, participou das rodas-de-conversa, enaltecendo a importância das pesquisas científicas e da SNCT como meio de popularização da divulgação cientifica no País.

“A ciência está em tudo, e em diferentes profissões, na física, na biologia, na saúde, na computação, mas ao mesmo tempo está muito distante, daí a importância da iniciativa de se criar a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, exatamente para tirar o cientista do laboratório e fazer com que ele vá para as ruas, para as escolas, falar com a população e dizer por que a Ciência é importante. Precisamos que vocês entendam isso, para que projetos de pesquisa se tornem políticas públicas e tenham recursos para financiamento”, explicou Stefanie, falando aos alunos.

Na roda de conversa sobre vacinas, os estudantes puderam conferir como os imunizantes funcionam e a importância para a saúde da sociedade em geral. Na palestra, foram abordados os diferentes tipos de vacinas disponíveis e a importância da atualização da caderneta de vacinação para as pessoas de todas as faixas etárias. Entre os alunos, as dúvidas mais recorrentes eram em relação à eficiência das vacinas e sobre algumas doenças imunopreveníveis, como Covid-19, sarampo e meningite.

Na palestra sobre Modelos Animais na Ciência, foram apresentados aspectos históricos, da prática, o estado atual e as perspectivas futuras da utilização de animais na Ciência, e como os modelos têm sido fundamentais para avanços científicos, desde a compreensão de doenças até o desenvolvimento de tratamentos inovadores. Os estudantes participaram também dos Jogos dos ODS: Tapetão da Saúde e Sustentabilidade, que consistem em conhecer as metas dos Objetivos do Milênio da Agenda 2030, relacionando-os com a realidade da escola ou comunidade; e do Jogo Heliana Quer Ser uma Cientista, no estilo monopoly, onde os participantes vão descobrindo o mundo da Ciência, percorrendo o trajeto, jogando o dado e pulando as casas que representam as diferentes fases de formação do cientista.

“A Heliana do jogo foi pensada para ser uma menina Amazônica que aprende as primeiras lições sobre ciência na roça da avó dela, depois ela vai tendo a curiosidade como motor para as descobertas dela sobre o mundo da ciência. Essa é a história de muitas de mossas alunas da iniciação científica, mestrado, doutorado”, explica a pesquisadora do Laboratório de História e Políticas Públicas de Saúde (LAHPSA), da Fiocruz Amazônia, Fabiane Vinente, que acompanhou os alunos na dinâmica.

Para o gestor da Escola Estadual Presidente Figueiredo, Ronald Oliveira, as atividades desenvolvidas pela Fiocruz Amazônia foram de suma importância para os alunos. “É fato que o nosso País é carente de atividades que despertem a aptidão científica nos estudantes. Receber a Fiocruz Amazônia na nossa escola é uma honra e uma oportunidade e tanto para os alunos terem contato com essas temáticas através das exposições e palestras”, ressaltou. A pedagoga Camila da Cruz Henrique salientou que a SNCT proporcionou a oportunidade de atividades fora da rotina da escola. “O que a Fiocruz Amazônia nos trouxe é novidade para os alunos. Eles entenderem a importância que tem a ciência pode levá-los a começar a pesquisar e a ter mais curiosidade, desenvolvendo novos aspectos comportamentais e aptidões”, afirmou.

Com informações da Fiocruz Amazônia