O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy (2007-2012) foi condenado nesta segunda-feira (1) a 3 anos de prisão, um deles em regime fechado, por corrupção e tráfico de influência.
O tribunal de Paris decidiu que houve um “pacto de corrupção” entre o presidente de 66 anos, seu advogado Thierry Herzog e o ex-magistrado Gilbert Azibert, que foram condenados à mesma sentença.
Entenda o caso
Sarkozy, de 65 anos, foi acusado de subornar um juiz, oferecendo-lhe um cargo muito disputado em troca de informação privilegiada sobre um processo.
Sarkozy também era suspeito de ter tentado corromper Azibert, quando ele era juiz do Tribunal Supremo.
Segundo a acusação, o ex-presidente tentava obter informações cobertas pelo sigilo profissional, e influir nas diligências abertas na alta corte, relacionada com o caso Bettencourt, arquivado no final de 2013.
Em troca, teria oferecido a Azibert ajuda para obter um cargo de prestígio que ele aspirava em Mônaco, embora não tenha conseguido ocupá-lo.
“Ainda confio na justiça do meu país”, disse Sarkozy em 10 de dezembro passado, perante os juízes, que em seguida deram o julgamento por encerrado.
Sarkozy fpi o primeiro ex-presidente francês desde a instauração da Quinta República, em 1958, a se sentar fisicamente no banco dos réus. Durante o curso do julgamento, o ex-presidente havia afirmado que nunca cometeu “o menor ato de corrupção”.
Antes dele, apenas Jacques Chirac, seu antecessor e mentor político, havia sido julgado e condenado por desvio de verbas públicas, cometido quando era prefeito de Paris, mas devido a problemas de saúde, ele nunca compareceu perante a corte. (EM)