Maternidade Unimed Manaus foi a primeira da rede privada a implantar Posto de coleta de leite humano no Amazonas e é referência nas ações de incentivo ao aleitamento materno e doação de leite humano
Unimed Manaus realiza a tradicional campanha Agosto Dourado, para incentivar e apoiar o aleitamento materno, tanto entre as mulheres que dão a luz na unidade, quanto entre as doadoras que se utilizam do posto de coleta implantado em 2015.
“Nós vamos abordar o aleitamento materno como um todo, vamos incentivar, estimular as ações com a equipe multidisciplinar. Uma atuação que já é uma rotina nossa, diariamente. O cuidado com a mãe, com a família, o incentivo para promover e manter a amamentação até a saída do hospital”, destaca a médica especialista em Pediatria e Neonatologia, Regina Sodré Fernandes, responsável técnica da UTI Neonatal e do Posto de Coleta e Processamento de leite humano da Maternidade Unimed Manaus.
A programação, que começou na segunda-feira (1), com uma homenagem às mães doadoras de leite humano do período de janeiro ao junho deste ano, e termina hoje (4). Neste período, estão sendo realizadas palestras, cursos e oficinas com especialistas, voltada para a esquipe multidisciplinar da Maternidade, tendo como tema o incentivo e a promoção do aleitamento materno.
Uma das homenageadas foi Keissiane Lima, mãe do pequeno Antony, nascido prematuro, com 28 semanas de gestação, que apesar das circunstância, se tornou doadora de leite, para que outros bebês pudessem ter as mesmas condições que o filho dela, de se desenvolverem saudáveis.
Keissiane Lima foi uma das 13 mães que doaram o excedente de leite que produziram para o posto de coleta da Unimed Manaus. Esse produto, depois de encaminhado para pasteurização no Banco de Leite Público do Amazonas Fezinha Anzoatequi, é ofertado para os bebês, especialmente, os prematuros nascidos na Maternidade Unimed Manaus e também na rede pública do Sistema Único de Saúde (SUS).
Com o pequeno Antony no colo, agora com cinco meses, saudável e mamando muito, Keissiane fez questão que agradecer a equipe do UTI Neonatal da maternidade Unimed onde, ela e o filho, passaram boa parte desse período, até que ele tivesse alta. “Foi um período de muita apreensão e aprendizado, mas que valeu a pena. Agora ele mama bem, pega bem o peito e está se desenvolvendo muito bem. Obrigada pelo carinho com que todos me ensinaram a cuidar e conviver com meu filho”, disse a mãe do pequeno Antony.
Regina Sodré Fernandes garante que os resultados alcançados são uma demonstração do comprometimento de toda a equipe multidisciplinar da maternidade (pediatras, fonoaudióloga, psicóloga, enfermeiros e técnicos de enfermagem), “todos voltados para um só objetivo: estimular e fortalecer o aleitamento materno e mostrar também a importância da doação de leite humano”.
A maternidade Unimed Manaus possui um Posto de Coleta de Leite Humano, vinculado ao banco de leite Fezinha Anzoategui, desde 2015. Foi primeiro da rede privada no estado do Amazonas.
De janeiro a junho deste ano, a maternidade Unimed encaminhou para pasteurização no Banco de Leite público do Amazonas, 54.765 ml de leite humano. Em 2021, 21 mães fizeram doação.
Aleitamento e o uso de chupetas e mamadeiras
O uso de chupeta e mamadeira pode atrapalhar no aleitamento materno. O alerta é da fisioterapeuta, especialista em osteopatia pediátrica, Thiaize Ribeiro, que participa da programação do Agosto Dourado, da Unimed Manaus.
Segundo a especialista, qualquer bico artificial, incluindo chupeta e mamadeira, estimulam o bebê a sugar de forma diferente da praticada no seio. Ela explica que no aleitamento materno, para ter a pega correta e não machucar a mãe, o bebê deve mamar abocanhando a auréola. Já quando ele utiliza chupeta e mamadeira, a sucção é feita somente no bico.
Essa mudança acaba causando a chamada “confusão de bicos”, que faz com que o bebê tente sugar o seio da mãe da mesma forma. Além de causar fissuras no mamilo, o leite não “sai” como deveria, o que aumenta a irritação e a fome do bebê, aumentando a frequência do uso de chupeta e mamadeira.
“Com isso, o tempo que o bebê deveria passar sendo amamentado é preenchido com os bicos artificiais, lembrando que a produção de leite está diretamente ligada à demanda. E a consequência desse ciclo é um risco maior de desmame precoce”, explica Thiaize Ribeiro, chamando atenção para a importância do preparo das mães para o aleitamento.
“Nesse preparo, a informação de qualidade é importantíssima, para que a mãe possa chegar no momento da amamentação suprida de boas informações, para que consiga desenvolver essa amamentação de uma forma tranquila, para que seja benéfica não só para o bebê, mas também para a mãe. Um aleitamento sem sofrimento”, enfatiza.
Thiaize Ribeiro chama atenção ainda para o fato de que o aleitamento materno influencia no desenvolvimento por toda a vida. “O leite materno é o melhor alimento, para a criança, em fatores nutricionais, e que vai, sim, influenciar em todo o desenvolvimento nutricional e fisiológico do bebê, mas também no seu desenvolvimento cognitivo, neuromotor, além da nutrição, toda a parte da afetividade, para a vida inteira. Por isso, é muito importante a conscientização”, afirma.
A fonoaudióloga Georgeth Miglio, destaca a necessidade de conscientização, cada vez mais, das mães e de toda família, sobre o papel da amamentação no desenvolvimento dos bebês. “A gente precisa conscientizar sobre o natural. Que o leite materno é o que há de melhor para o bebê. E fico feliz em ver que, cada vez mais, cresce o número de mães querendo aprender como ordenhar o leite materno, como deixar esse leite em casa. Existem muitos recursos, avançados para que as mulheres modernas possam continuar amamentando seus bebês, mesmo que fora de casa e, o nosso papel é orientar, contribuir para que essas mães tenham informações sobre recursos”, afirma.
Também participa da Semana do Aleitamento Materno, promovida pela Unimed Manaus, a psicóloga Ana Carolina Buzaglo, especialista em psicologia perinatal e obstétrica, Doula e Consultora em aleitamento materno e sono infantil.
Campanha global
Entre os dias 1 e 7 de agosto acontece a Semana Mundial do Aleitamento Materno 2022, uma campanha global organizada pela Aliança Mundial para a Ação da Amamentação (WABA, em inglês), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Este ano, a campanha mundial tem como tema “Educação e Apoio” e se concentrará no fortalecimento da capacidade das pessoas envolvidas na prática, que têm de proteger, promover e apoiar o aleitamento materno em diferentes níveis da sociedade.
O Estudo Nacional de Alimentação Infantil (2019) apontou que a prevalência da amamentação exclusiva em menores de seis meses foi de 45,8% no Brasil. Ao final do primeiro ano de vida, apenas 43,6% das crianças estão sendo amamentadas.
Com informações da assessoria