A Dinamarca começou a incinerar nesta semana 4 milhões de visons que foram abatidos para conter mutações da Covid-19, mas que começaram a emergir de covas coletivas, provocando novos temores de saúde.
No ano passado, o governo dinamarquês decidiu abater todos os 17 milhões de visons do país para conter uma mutação da Covid-19 e porque foi considerado provável que o mamífero hospedaria mutações futuras.
Alguns foram enterrados em poços de uma área militar do oeste da Dinamarca sob dois metros de solo, mas parte deles voltou à superfície em menos de um mês.
Mais tarde, contaminantes foram encontrados sob as covas por meio de um exame realizado em nome da Agência de Proteção Ambiental Dinamarquesa, levando o governo a ordenar a incineração dos animais.
“Não deveria sobrar nenhum vírus, mas nós queimamos a mais de mil graus (Celsius), então, se sobrasse algum vírus, certamente desapareceria”, disse Jacob Hartvig Simonsen, presidente-executivo da usina de gerenciamento de resíduos ARC.
Os contaminantes não tinham relação com o coronavírus, mas eram resultantes do processo de decomposição.
Os visons se infectam facilmente com Covid-19, e a infecção é exacerbada porque eles são criados em grandes quantidades e mantidos em locais apertados, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Todos os 4 milhões de visons devem ser incinerados até meados de julho. (REUTERS)