
Em todo o mundo, cerca de 250 mil crianças ficaram órfãs após perderem a mãe para este tipo de tumor
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um novo guia para o combate ao câncer de mama. A meta é reduzir a mortalidade por esses tipos de tumor em 2,5% ao ano, o que, em um período de 20 anos, pode salvar 2,5 milhões de vidas. O Dia Mundial de Combate ao Câncer, marcado neste 4 de fevereiro, é um lembrete de que a detecção precoce, o diagnóstico oportuno e o tratamento geral do câncer de mama servem para evitar perda de vidas.
Um estudo da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer sugere que, com cerca de 4,4 milhões de mulheres morrendo de câncer em 2020, quase 1 milhão de crianças ficaram órfãs. Cerca de 25% delas — aproximadamente 250 mil — perderam suas mães para o câncer de mama.
A OMS afirma que quase 80% das mortes por câncer de mama e também por câncer de colo do útero ocorrem em países de baixa e média rendas.
Os óbitos por câncer de mama afetam de forma desproporcional as pessoas de acordo com a renda de seus países. As taxas de sobrevivência cinco anos após o diagnóstico da doença excedem 90% em países de alta renda, em comparação com 66% na Índia e 40% na África do Sul.
O novo guia recomenda aos países três pilares de atuação para mudar o paradigma do câncer de mama:
1. Recomendar aos países que se concentrem em programas de detecção precoce do câncer de mama, para que pelo menos 60% dos cânceres de mama sejam diagnosticados e tratados como doença em estágio inicial.
2. Diagnosticar o câncer de mama dentro de 60 dias após a apresentação inicial pode melhorar os resultados do câncer de mama. O tratamento deve começar três meses após a primeira apresentação.
3. Gerenciar o câncer de mama para que pelo menos 80% dos pacientes completem o tratamento recomendado.
O câncer de mama é o tipo mais comum de tumor maligno entre pessoas adultas. São mais de 2,3 milhões de casos a cada ano. Em 95% dos países, é a primeira ou a segunda causa principal de mortes pela doença em mulheres. Mas homens, ainda que em casos muito raros, também podem ter câncer de mama.
“Países com sistemas de saúde mais fracos são menos capazes de administrar o fardo crescente do câncer de mama” lamenta Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
Para ele, a doença deve ser uma prioridade para os Ministérios da Saúde e governos.
Com informações de O Globo