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Em pronunciamento para renunciar como líder do Partido Conservador, consequentemente como primeiro-ministro do Reino Unido, na manhã desta quinta-feira (7/7), Boris Johnson disse que está “triste por desistir do melhor emprego do mundo”. Boris permanece no cargo interinamente até outubro até a escolha de um substituto.

A situação de Boris ficou insustentável nos últimos dias. A crise se acirrou após o primeiro-ministro ser acusado de ignorar denúncias de assédio sexual contra o ministro Christopher Pincher. O premiê supostamente sabia das queixas, mas, ainda assim, teria optado por nomear Pincher como vice-líder do governo no Parlamento.

Nos últimos dias, quase 50 parlamentares e integrantes do governo renunciaram. A pressão sobre o premiê aumentou também após as baixas.

“É clara a vontade do Partido Conservador de que deve haver um novo líder do partido. Nos últimos dias, ficou dificil conseguir (continuar). É minha função junto a vocês continuar fazendo o que prometi em 2019. Estou abrindo mão do melhor emprego do mundo, mas quero agradecer a minha família, aos servidores, agências e membros do Partido Conservador”, afirmou ele, durante o discurso.

Como sempre, Johnson mostrou segurança e tranquilidade na fala. “Quero agradecê-los pelo privilégio que me deram. Até que o novo primeiro-ministro seja encontrado, vocês serão contemplados”, continuou.

O agora primeiro-ministro interino disse ter tentado persuadir os colegas de que mudar de líder seria “excêntrico”. Mas ele não conseguiu convencê-los, ele admite – mesmo que o partido tenha um “vasto mandato” e esteja apenas “um punhado de pontos atrás nas pesquisas”.

“Ninguém é remotamente indispensável”, afirmou Jonhson. E concluiu: “É clara a vontade do partido conservador de que deve haver um novo líder do partido”.

*Com Metrópoles