Em Humaitá (a 590 quilômetros de Manaus), no sul do Amazonas, o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb) fez a maior apreensão de carga ilegal de madeira em cinco meses de 2021, nesta terça-feira (25). Foram capturados em um porto particular cerca de 600 metros cúbicos de madeira, extraídos de forma criminosa da floresta amazônica, para serem vendidos nos estados de Minas Gerais e Santa Catarina. A carga é avaliada em R$ 2 milhões.
A apreensão faz parte da operação “Tamoiotatá”, que está sendo realizada pelo governo do Amazonas para coibir o desmatamento e as queimadas ilegais no sul do estado. As ações têm como enfoque os municípios que apresentam, historicamente, maiores focos de queimada e incidência desse tipo de crimes ambientais. Dois homens foram presos com a carga ilegal de madeira e vão responder a inquérito na Polícia Civil.
De acordo com o relatório da ocorrência da Polícia Militar do Amazonas, a equipe recebeu uma denúncia apontando que no porto Pedrão havia uma grande carga de madeira ilegal. O responsável pela madeira apresentou Documento de Origem Florestal, item necessário para a circulação do material, com inconsistência. No papel, constava 254,582 metros cúbicos de madeira, entretanto, a carga real era de 591 metros cúbicos.
Diante dessa irregularidade, os policiais militares solicitaram a Licença de Operação do Porto, onde a carga de madeira estava armazenada. Mas o documento não foi apresentado.
Segundo o Batalhão de Policiamento Ambiental, a carga de madeira foi transportada por balsas e era oriunda dos municípios de Novo Aripuanã e Maués. A madeira amazônica teria como destino empresas sediadas em Contagem (MG) e Florianópolis (SC).