Peças em algodão, linho ou seda, feitas de fibras naturais, trazem mais conforto durante dias quentes - Foto: Keiny Andrade / Folhapress

Escolher roupa para trabalhar todos os dias não é tarefa das mais simples, mas pode complicar com a onda de calor extremo que atinge o país nesta semana. Para não suar antes mesmo de chegar ao escritório, é recomendado vestir tecidos que deixam a pele respirar.

Fibras naturais, como algodão, linho e seda, evitam a sensação de abafamento e o acúmulo de suor. Isso porque são leves e permitem que o fluxo de ar seque a umidade do corpo. Já peças sintéticas, como poliéster, acrílico e nylon, retêm a transpiração e podem deixar a roupa molhada.

“Esses tecidos esquentam e deixam a pele vermelha, coçam, irritam”, afirma a consultora de imagem Neiva Gomes. “E se for do tipo poliéster, ainda fica o mau cheiro.”

Como um conjunto de linho pode custar R$ 500, uma opção pode ser apostar em peças que combinam tecidos —como a viscose, que é uma fibra artificial com custo menor.

“Neste calor excepcional, incluímos mais linho e algodão e tiramos composições com poliéster, senão a pessoa fica incomodada”, diz Gomes.

Do escritório com ar condicionado à loja de rua, veja tecidos e composições que ajudam a amenizar os efeitos do calor no corpo durante a jornada de trabalho.

Algodão

Composto por fibra natural, é confortável, leve, suave e macio ao toque. Como permite que o ar circule pelo corpo, absorve a umidade e não esquenta. Cores claras são melhores que escuras. Popular, tem bom custo-benefício, mas amassa com facilidade.

Linho

Tecido de fibra natural, traz sensação de frescor porque não cola no corpo, absorve a umidade e seca rápido. É resistente e macio, ideal para produções elegantes e atemporais, mas amassa facilmente. Tem custo elevado, mas fica acessível quando misturado a outros tecidos, como viscose.

Seda

Leve e “frio”, é um tecido de fibra natural com caimento leve e toque macio. Apesar de deixar o ar circular, não é tão absorvente quanto o algodão ou linho, e pode deixar manchas de suor. Tem custo elevado e amassa.

Viscose

Fibra artificial à base de celulose, é fina, macia e fresca. Absorve bem a umidade e tem preço acessível, mas pode encolher quando lavada.

Viscolinho

Tecido que mistura linho com viscose, tem caimento leve e toque macio. Suas fibras deixam o corpo transpirar. Tem preço acessível e é fácil de passar.

Tricoline

Tecido 100% algodão, é leve, macio e deixa o corpo respirar. Com um custo mais elevado, é uma fibra que amassa fácil.

Crepe

Tecido fino e transparente que traz elegância para as composições. É preciso ter cuidado com o material do forro que pode vir por baixo.

Modal

Fibra artificial bastante macia, que dá a sensação de “pele sobre pele”. Absorve a umidade rapidamente e é fácil de passar. Tem um preço mais elevado.

Composição do Look

Entre as composições que “dão certo” no calor estão calças de corte reto, até o calcanhar, com blusas fluidas que não agarram ao corpo. Jeans só se tiver elastano na peça, que ajuda a deixar a calça mais mole.

“Tem que pensar no tecido, no estilo da pessoa e onde ela trabalha”, diz Neiva Gomes. “Uma saia de linho com uma blusa de algodão funciona. Assim como um vestido de viscose ou uma camisa de algodão com jeans. Calças de alfaiataria são mais confortáveis e agradáveis ao toque.”

Em ambientes com ar condicionado, a dica é usar três peças. “Uma calça de corte reto, uma blusa com braços à mostra, de alça grossa ou mangas, e um lenço ou uma blusa.”

Em relação aos sapatos, a dica da consultora é evitar o scarpin, que deixa o pé úmido e com cheiro, e apostar em sapatos que deixam os pés à mostra. “Sandálias de salto bloco, com no máximo 6 centímetros, são ideais, assim como tênis, que nunca sai de moda. Não indico sandálias de dedo.”

Para quem faz home office, vale uma camiseta de algodão. “Como não precisa da roupa mais formal, uma blusinha bem passada e um cabelo arrumado já estão valendo”, diz ela.

*Com informações de Folha de São Paulo