A ativista sueca Greta Thunberg antes de sua prisão por policiais em Londres, durante uma manifestação pró-Palestina - Foto: Prisoners for Palestine / via Reuters

A ativista Greta Thunberg, de 22 anos, foi presa pela Polícia de Londres por exibir um cartaz apoiando a organização proibida Palestine Action, violando o Artigo 13 da Lei de Terrorismo de 2000. A placa de Greta dizia: “Eu apoio os prisioneiros da Ação Palestina (Palestine Action). Eu me oponho ao genocídio”.

Segundo informações do jornal The Independent, o vídeo foi gravado durante uma manifestação do grupo Prisioneiros pela Palestina em frente aos escritórios da Aspen Insurance, no centro de Londres. O grupo alegou que foi à empresa na manhã de terça-feira, 23, porque ela presta serviços à Elbit Systems, uma empresa de defesa ligada a Israel.

Dois ativistas pintaram a fachada do prédio de vermelho antes de a polícia chegar, e algumas pessoas foram presas. Greta estava no protesto em Londres em apoio aos membros do grupo banido, que atualmente estão presos preventivamente, e em greve de fome há várias semanas.

Ao menos três participantes já encerraram a greve de fome após enfrentarem problemas de saúde, mas outros continuam.

Eles exigem o fim da presença de fábricas de armas que fornecem para Israel, no Reino Unido, a retirada da proibição da organização Palestine Action, o fim dos maus-tratos a prisioneiros sob custódia e a libertação imediata sob fiança. O governo afirma que não irá intervir em processos judiciais em andamento.

O ministro das prisões, Lord Timpson, disse que esses prisioneiros são acusados de crimes graves, incluindo roubo qualificado e danos criminais. “As decisões sobre o reenvio de processos são de responsabilidade de juízes independentes, e os advogados podem apresentar alegações ao tribunal em nome de seus clientes.”

Ele ainda ressaltou que não haverá reunião entre ministros e o judiciário, porque há um sistema de justiça baseado na separação de poderes, e a independência do judiciário é “a pedra angular do nosso sistema”, e que a intervenção de ministros seria inconstitucional e irregular.

Um porta-voz da Polícia da Cidade de Londres disse que “por volta das 7h da manhã de hoje, martelos e tinta vermelha foram usados para danificar um prédio na Fenchurch Street”.

“Um homem e uma mulher foram presos sob suspeita de danos criminais. Eles se colaram nas proximidades e agentes especializados estão trabalhando para libertá-los e levá-los sob custódia policial”, disse a autoridade.

Pouco depois, uma mulher de 22 anos, que seria Greta Thunberg, compareceu ao local, e foi presa por exibir um objeto (o cartaz) em apoio a uma organização proibida, a Palestine Action.

*Com informações de Terra