Foto: Mayra Farias / Portal da Floresta

O secretário extraordinário para a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30), Valter Correia, minimizou nesta quinta-feira, 13, as críticas da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a organização do evento. Ele defendeu a segurança da conferência em Belém (PA) e afirmou que o governo Lula já está ampliando a quantidade de aparelhos de ar-condicionado. O secretário da UNFCCC, braço de clima da ONU, Simon Stiell, enviou uma carta ao governo brasileiro na quarta, 12, cobrando melhorias na segurança e infraestrutura.

Na terça, 11, um grupo de manifestantes invadiu a Zona Azul, onde apenas pessoas credenciadas podem entrar. Dois seguranças ficaram com ferimentos leves. Na carta, Stiell afirma que as forças de segurança brasileiras foram orientadas a não agir para conter manifestantes.

Valter Correia rebateu a acusação. “O governo jamais falou isso. O governo federal jamais deu qualquer orientação para não agir”, defendeu. O secretário extraordinário para a COP-30 também afirmou que a ONU concordou previamente com o plano de ação do Brasil para a segurança do evento.

Correia reforçou que, após o tumulto, a segurança da conferência foi reforçada e o planejamento de ação ajustado. “A própria ONU considerou a resposta absolutamente satisfatória. Tudo está dentro da normalidade, não há mais nenhum problema”.

Ele ainda apontou que o governo monitora eventuais novos protestos. “Ninguém esperava que houvesse um desgarramento. Até então, toda manifestação foi acordada previamente com o governo.”

Falta de ar-condicionado

O secretário da ONU Simon Stiell criticou também problemas como a falta de ar-condicionado e vazamentos de água em alguns locais da Zona Azul, área onde ocorrem as negociações.

Correia admitiu o cenário, apontando “problema estrutural, desde o dia anterior ao início da COP”. Mas destacou que o governo está ampliando a quantidade de ar-condicionado na conferência. “Alguns equipamentos não estão funcionando como deveriam. Estamos checando a energização, ajustando esses dispositivos e aumentando o número de aparelhos de ar-condicionado em vários lugares, inclusive em salas, escritórios de delegações e nos pavilhões dos países.”

*Com informações de Terra