Em conversa com Macron, Lula repudia tarifas comerciais e aborda guerra na Ucrânia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou, pelas suas redes sociais, que a conversa com o chefe de Estado francês durou quase uma hora e que foram tratados temas das agendas global e bilateral. Lula disse ainda que ambos reafirmaram o apoio ao multilateralismo e ao livre comércio.

“Durante nossa conversa, repudiei o uso político de tarifas comerciais contra o Brasil e relatei as medidas que o nosso governo adotou para proteger os trabalhadores e as empresas brasileiras”, escreveu Lula em sua conta no Instagram. O presidente brasileiro afirmou ainda que falou ao presidente francês sobre o recurso que o Brasil apresentou à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as “injustificadas tarifas norte-americanas”.

Segundo Lula, o país vai continuar trabalhando para concluir novos acordos comerciais, visando a abertura de mercados para a produção nacional. O presidente brasileiro voltou a destacar a importância da assinatura do acordo do Mercosul com a União Europeia ainda neste semestre, durante a presidência brasileira do bloco.

Em mensagem publicada no X, Emmanuel Macron falou sobre a conversa com Lula e disse estar pronto para um acordo ambicioso, “desde que proteja os interesses da nossa agricultura francesa e europeia e sirva às nossas respectivas economias”.

Macron destacou ainda a conversa sobre as tarifas alfandegárias e disse que ambos estão de acordo em aprofundar o relacionamento bilateral entre os dois países.

Guerra na Ucrânia

Lula disse ainda que a conversa com Macron tratou das impressões sobre as negociações de paz na Ucrânia. Segundo o brasileiro, o presidente francês teria elogiado o Grupo de Amigos da Paz, criado no ano passado e liderado por Brasil e China.

O líder francês ressaltou a necessidade de defender o multilateralismo e seu papel central na obtenção de uma paz justa e duradoura na Ucrânia, com fortes garantias de segurança tanto para o país quanto para a Europa. De acordo com Lula, ficou acordado que os dois presidentes irão continuar o diálogo sobre o conflito.

Por fim, foram tratadas questões relativas ao combate à pobreza, com Lula destacando a saída do Brasil do Mapa da Fome da FAO, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.

*Com informações de Terra