Em busca de recursos para fortalecer a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Manaus, a presidente da instituição, Ione Tôma, e a gerente administrativa, Fabíola Benevenuto, se reuniram nesta semana, com o presidente executivo do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Lúcio Flávio Morais, e o conselheiro emérito, Iuquio Ashibe, para discutir apoio financeiro do Cieam e das indústrias à entidade.
Durante a reunião, o presidente lembrou que já foi membro do Conselho da Apae, ao lado do presidente Antônio Silva, que também preside a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam). “E, enquanto presidente do Rotary Club Distrito Industrial, nós reformamos toda a cozinha da Apae, fizemos uma série de reformas na instituição. A indústria sempre trabalhou em prol da Apae”, salientou.
Ione Tôma, que assumiu como interventora da Apae em 2022, explicou que desde então vem ajustando diversas irregularidades na instituição, como o parcelamento e acordos de dívidas trabalhistas, além de regularizar a situação fiscal, obtendo todas as certidões negativas necessárias para captar recursos financeiros.
“Nós precisamos, além de manter a alimentação, de recursos para ampliação dos serviços da Apae e da estrutura física, além de orçamento para pagamentos de mais funcionários, como médicos (principalmente na área de Neurologia), terapeutas ocupacionais, nutricionistas e assistentes sociais, e também precisamos pagar contas essenciais, como a de energia”, contou.
Lúcio Morais ressaltou a importância da Apae não só para Manaus, mas para o Brasil inteiro. “Antes de vir para Manaus, há 40 anos, eu atuava na Secretaria de Serviços Sociais do Estado de Goiás, onde lidava com organizações voluntárias e a Apae de Goiás. Existia convênio com as secretarias estaduais e municipais para repasse de verba, justamente para sustentar e manter a entidade”, enfatizou.
Ione também destacou que a Apae possui convênio com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), que cede quatro professores, e com a Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), que disponibiliza uma equipe multidisciplinar composta por psicólogo, fisioterapeuta e fonoaudióloga. Contudo, a maior dificuldade está na manutenção desses serviços, que incluem a oferta de três refeições diárias para mais de 200 atendidos, com idades entre 2 e 62 anos, além de uma fila de espera de mais de 100 pessoas.
O presidente executivo do Cieam também mencionou sua ligação pessoal com a causa, lembrando que sua tia, Maria Isabel Oliveira, foi presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Ubá, em Minas Gerais. “Minha tia foi um exemplo do que a Apae pode fazer para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência, como a minha própria prima”, contou.
Além disso, o presidente destacou a necessidade urgente de apoio não apenas das indústrias, mas também do Governo do Estado, da Prefeitura de Manaus e dos parlamentares. Ele argumentou que, enquanto em outros estados já existem convênios regulares para repassar os recursos necessários, no Amazonas as indústrias, mesmo garantindo a alimentação do Programa Prato Cheio, não destinam parte desses recursos para a Apae. “O que custaria destinar parte do Prato Cheio para atender à questão da alimentação da Apae? É uma questão de garantir a continuidade dos serviços”, afirmou.
O presidente do Cieam também informou que a conselheira e coordenadora da Comissão Cieam de ESG, Régia Leite, entrará em contato com Ione Tôma para realizar uma visita e fazer um levantamento das necessidades da instituição, de modo a viabilizar a colaboração das indústrias na reestruturação da Apae.
Parcerias institucionais e captação de recursos
Ione Tôma destacou que tem se empenhado na revitalização financeira e administrativa da instituição. A gestão já reorganizou as contas, parcelou dívidas e manteve o atendimento a mais de 200 pessoas, embora ainda haja uma fila de espera com mais de 100 pessoas. Para atender essa demanda, Ione busca novos recursos financeiros e materiais por meio de parcerias com entidades como o próprio Cieam, a Fieam, Fecomércio, Prefeitura de Manaus e Governo do Estado, além de apoio da Câmara Municipal, Assembleia Legislativa e representantes federais via emendas parlamentares.
Outro objetivo é retomar o apoio da tradicional Barraca do Bixiga, importante fonte de recursos e suporte logístico para a instituição. “Vou falar com o coordenador da Barraca do Bixiga, Armando Ennes, para ver a possibilidade de voltar com esse apoio”, disse o presidente executivo do Cieam.
Como ajudar a Apae Manaus
Para contribuir com a nova fase da Apae Manaus, doações podem ser realizadas diretamente por meio de transferências via PIX (CNPJ 04.216.628/0001-80) ou por canais específicos para dedução fiscal.
Para saber mais, basta entrar em contato pelo telefone (92) 99282-8220 ou pelo e-mail [email protected].
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