
Entidades internacionais e governos estrangeiros estão em alerta total diante da crise estabelecida por conta da invasão de bolsonaristas ao Congresso, STF e Palácio do Planalto.
Nas diferentes capitais, diplomatas foram acionados para que mantenham governos europeus e outros pelo mundo atualizados a cada instante sobre a situação no país. A ordem de vários deles é a de insistir que reconhecem apenas o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e que não haverá qualquer negociação ou conversa com nenhum outro poder.
O temor dos estrangeiros é de que as cenas repitam a situação vivida nos EUA, quando aliados de Donald Trump invadiram o Congresso americano, numa tentativa de golpe. Se em Washington a situação foi controlada, apesar das mortes, a preocupação no Brasil é de que a crise saia do controle. O ato no Brasil ocorre praticamente dois anos depois da invasão do Capitólio.
Organismos como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e mesmo na ONU afirmaram que estão acompanhando com atenção a crise. Europeus, latino-americanos e outros governos avaliam a publicação de comunicados ainda hoje, em apoio à democracia brasileira.
Ao longo dos últimos meses, uma aliança entre democracias foi estabelecida para blindar a eleição brasileira, temendo justamente uma ruptura democrática.
Para serviços de inteligência de diversos governos, os sinais eram de que os mesmos modelos de atentados ocorridos e promovidos pela extrema direita americana poderiam se repetir no Brasil. A constatação é de que esse movimento é globalizado e que, portanto, os golpistas no país teriam “inspiração” e orientação do exterior.
Não por acaso, assim que o resultado do TSE foi divulgado, dezenas de governos emitiram comunicados comemorando e chancelando a vitória de Lula. Em menos de 48 horas, mais de cem países tinham reconhecido a derrota de Bolsonaro.
O segundo momento de ação foi a posse. Governos estrangeiros enviaram delegações de peso para marcar a mudança de poder no Brasil e deixar claro para Bolsonaro que o mundo não o reconhecia. O resultado foi uma posse com mais de 70 delegações estrangeiras, um recorde.
Com informações do Uol