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Na última semana Whindersson Nunes brincou com a própria dificuldade de manter a ereção em um encontro íntimo. Segundo uma postagem no seu perfil oficial no X, o antigo Twitter, o comediante contou que teve uma falha: “minha chibata não quis subir” e pediu energia positiva para os seguidores para evitar a repetição da situação.

O humor de Nunes para falar de um tema que ainda é um grande tabu é um exemplo que pode inspirar outros homens a lidarem com essa questão com mais leveza. Em pleno século XXI, ficar constrangido ou envergonhado diante de um fenômeno que todos os homens vão enfrentar mais cedo ou mais tarde é perda de tempo e energia, para dizer o mínimo.

Bem-vindo ao mundo real em que ninguém é de ferro, e onde uma falha ou outra pode fazer parte da nossa realidade. É mais fácil aceitar e não sofrer! Velhos e jovens.

Aliás, em um cenário em que estamos ficando cada vez mais velhos, tanto individualmente como em termos populacionais, uma eventual dificuldade de ereção ou mesmo um quadro mais frequente de disfunção erétil vai se tornar mais comum. Mesmo na era dos comprimidos facilitadores da ereção temos que aprender a trabalhar com a ideia de que nem todo dia é dia.

Em tempos de uma educação sexual que acontece na frente das telas e no acesso amplo e precoce a material erótico, os estímulos e as expectativas de uma experiência sexual “cinematográfica” têm criado uma ansiedade desmedida nos mais novos, o que pode fazer com que até eles enfrentem dificuldades de ereção em suas primeiras experiências.

Apesar das brincadeiras de Nunes e do desejo autêntico que esse tema deixe de ser um problema para os homens, não é incomum que ainda hoje ele traga um tremendo impacto na vida, nas emoções e até nos relacionamentos. Sofrimento, angústia, medo, prejuízo na autoestima, abandono da vida sexual e rompimento de relações, tudo isso pode vir na esteira das dificuldades de ereção. Causas variadas.

Não cabe aqui analisar o que provocou um episódio isolado de falha de ereção na vida íntima de uma celebridade, mas é importante perceber que as causas são múltiplas e variadas. Assim, estresse, cansaço, autocobrança exagerada, falta de sono, excesso de bebida, insegurança em função de um novo relacionamento, falta de intimidade e preocupação com gravidez são alguns dos fatores que podem influenciar.

O mais importante é não encanar, não deixar os fantasmas invadirem a cabeça, e não criar um ciclo de ansiedade, em que o receio de enfrentar um novo episódio deixa o homem mais inseguro quanto à sua performance, o que pode levar à repetição do fenômeno.

E, caso o homem esteja enfrentando uma disfunção erétil que se perpetua é essencial que ele vença estigmas e procure ajuda médica ou terapêutica. Que bom que a gente tem o Whindersson, que nos ensina a olhar para dentro de nós mesmos, avaliar as nossas emoções e, eventualmente, rir das nossas dificuldades. Ele foi um ponto fora da curva há alguns anos ao falar das suas questões de saúde mental, e agora volta à cena para fazer a gente aprender a lidar melhor com nossas encanações. Obrigado, rapaz!

*Com informações de Terra