Robinho foi condenado a 9 anos de prisão pela Corte de Cassação da Itália por violência sexual, mas segue em liberdade no Brasil - Foto: Reprodução / Arquivo / Terra

As conversas, gravadas pela polícia em 2014, foram reveladas pelo novo episódio do podcast UOL Esporte Histórias – Os Grampos de Robinho.

Em certo momento, Vivian conta que foi surpreendida por detalhes do crime ao ir prestar depoimento na delegacia e cita uma investigação anterior de quando o jogador foi acusado de estupro da Inglaterra —na época, ele foi inocentado. Robinho nega diversas vezes que tenha participado do crime na Itália e joga a culpa nos amigos, além de dizer que ela “não precisa ficar nervosa com a invenção” de que ele havia estuprado a mulher.

Vivian pede ao jogador fale a verdade. Em outro trecho, Robinho admite que chegou a ver os amigos forçarem sexo com a mulher que os acusou, mas se exime de ter participado. “Que eu transei, a possibilidade é zero. Senão, pô, eu falava: ‘Vivian, faz um ano atrás, se você quiser terminar comigo, você pode terminar. Realmente transei com a menina, a menina estava lá, transei e o caralho, fiz merda'”, diz Robinho.

Os dois são casados desde 2009 e, embora tenham passado por separações temporárias, seguem casados até hoje.

Vivian pede, mais uma vez, que o jogador conte tudo o que aconteceu para a Justiça. “Se você é culpado, que pague junto”, diz.

Os diálogos entre Robinho e Vivian, em que o jogador mente para a esposa e a faz acreditar em uma versão paralela a que conversa e combina com os amigos, são comuns em situações de gaslighting, termo em inglês usado para definir um tipo de violência psicológica.

Segundo a psicóloga Gabriela Luxo, pode acontecer em diferentes relações, sejam elas afetivas ou profissionais. A especialista ressalta, no entanto, que esse tipo de análise só pode ser feito por um profissional que acompanha a vítima nesses casos.

*Com informações de Uol