Foto: Instituto Somar Amazônia

A transição para um futuro mais sustentável ganha força no coração da Amazônia. Nesta sexta-feira (14), a Livoltek Brasil, em parceria com o Instituto Somar Amazônia, e cooperação técnica com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), realizou a entrega de mais de 60 motores elétricos destinados a embarcações de pescadores no município do Careiro da Várzea, no Porto da RONAV – Rondônia Navegação Ltda, localizado na Vila da Felicidade (CEASA).

A ação faz parte do projeto Pixundé, iniciativa inspirada no peixe elétrico amazônico, símbolo de energia e adaptação, que busca promover a validação da autonomia e sustentabilidade para comunidades ribeirinhas que têm na pesca sua principal fonte de renda. O objetivo é reduzir os custos com combustível e incentivar o uso de fontes limpas e renováveis na navegação local, melhorando a qualidade de vida das famílias amazonenses.

“O projeto é o início de uma transformação de mobilidade no meio de transporte do ribeirinho do Amazonas. Com a universalização energética, cada vez mais o ribeirinho tem dignidade e conseguimos mostrar que o uso do motor elétrico é transformador também na Amazônia, sendo mais sustentável, mais barato operacionalmente e com baixa manutenção”, destacou o diretor do Instituto Somar Amazônia, Orsine Junior.

Os motores elétricos, atualmente importados da China, serão fabricados pela Livoltek no Polo Industrial de Manaus em 2026. A empresa é referência mundial em equipamentos de conversão e armazenamento de energia — com foco em soluções solares e de mobilidade elétrica — e vem se consolidando como uma parceira estratégica na transição energética da região.

“Fabricar motores elétricos no Amazonas é motivo de grande orgulho para a Livoltek. Estamos unindo nossa tecnologia de ponta com um propósito social e ambiental claro: fortalecer a economia local, gerar empregos e levar inovação para comunidades que representam a verdadeira essência da Amazônia”, afirmou o diretor e Mobilidade da Livoltek, Flávio Pimenta.

“Nossa fábrica no Polo Industrial de Manaus será a ponta de lança dessa transformação a partir de 2026. A nacionalização da produção desses motores elétricos é fundamental para garantir a escala e a manutenção necessárias para o projeto Pixundé.”, complementou o gerente da fábrica Livoltek, Márcio Sousa.

Com o projeto Pixundé, a validação dos índices de economia e sustentabilidade serão diretamente medidos no cotidiano de quem vive à margem dos rios, provando que o uso de energia limpa, integrado aos motores elétricos tem viabilidade para transformar a maneira como o ribeirinho se move, trabalha e constrói seu futuro.

Para a UEA, o projeto Pixundé simboliza o poder da inovação a partir do momento em que ela nasce do território e volta para o cotidiano para transformar a vida das pessoas.

“A UEA tem orgulho de integrar uma iniciativa que alia ciência, tecnologia e compromisso social em prol da sustentabilidade amazônica. Ao validar o uso de motores elétricos nas embarcações ribeirinhas, estamos não apenas promovendo eficiência energética, mas também garantindo dignidade, inclusão e futuro para comunidades que dependem dos rios. Essa é a missão da universidade pública: gerar conhecimento que impulsione desenvolvimento com respeito à natureza e às pessoas da Amazônia”, ressaltou o reitor da UEA, André Zogahib.

Com informações da assessoria