A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), mantém um esforço diário e contínuo para enfrentar o descarte irregular de lixo, um dos maiores desafios urbanos da capital amazonense. Todos os dias, mais de cem toneladas de resíduos são destinadas ao Aterro Sanitário Municipal, reflexo do crescimento da cidade e, sobretudo, de hábitos que ainda precisam ser transformados.
Para enfrentar esse cenário, a Semulsp atua em duas frentes integradas e permanentes. De um lado, uma força-tarefa operacional que percorre todas as zonas da cidade com reforço de retroescavadeiras, caminhões-caçamba, pás mecânicas e equipes de coleta, removendo toneladas de resíduos acumulados em pontos críticos conhecidos como lixeiras viciadas; e do outro, uma frente de educação ambiental, que está nas ruas diariamente orientando, dialogando e reforçando a importância do descarte correto.
Mesmo em áreas com coleta domiciliar regular e diária, muitos desses pontos voltam a se formar em poucas horas, impulsionados pela desinformação e pela crença equivocada de que “alguém sempre vai limpar”.
Para a gestão municipal, a educação ambiental é parte essencial da estratégia. “A cidade não muda apenas com máquinas, é preciso conversar, orientar e envolver as pessoas. O cuidado com Manaus começa na atitude de cada um”, destaca o secretário de Limpeza Urbana, Sabá Reis.
Operação
Neste sábado, 13/12, a exemplo do que ocorre diariamente, as equipes da Semulsp voltaram às ruas em todas as zonas da cidade. Vias como a avenida Coronel Ferreira de Araújo e alameda Alphaville, e dos bairros Novo Aleixo e Colônia Oliveira Machado, chamaram atenção pela grande quantidade de lixo acumulado em áreas que já recebem limpeza frequente.
Na Coronel Ferreira de Araújo, que atravessa áreas das zonas Sul e Centro-Sul, a situação é tratada pela Semulsp como um caso crônico de descarte irregular. Pela quinta vez em apenas dois meses, as equipes retornaram ao mesmo ponto de um terreno baldio, localizado entre o Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (Caic) e uma parada de ônibus, no bairro Petrópolis, para realizar a coleta de lixo.
Somente nesse local, foram retiradas cerca de 200 toneladas de resíduos, evidenciando o nível de reincidência e o impacto direto do descarte clandestino em uma área de intensa circulação de pedestres, estudantes e usuários do transporte público. Para a Semulsp, a via se tornou um dos exemplos mais emblemáticos de como a falta de consciência coletiva transforma corredores estruturais da cidade em lixeiras a céu aberto, mesmo com coleta regular e ações frequentes de limpeza.
Já na alameda Alphaville, no bairro Novo Aleixo, zona Leste, a força-tarefa identificou ao menos 12 pontos distintos de descarte irregular, mesmo com a coleta regular na região. O cenário se repete em outros bairros, como o São José Operário, Jorge Teixeira, Zumbi dos Palmares e Tancredo Neves, onde a Semulsp atua diariamente em vias com reincidência histórica.














