Combustíveis e inflação: equação afeta projeções eleitorais. (Foto: Ernani Ogata/Código19/Estadão Conteúdo)

A expressiva queda de preços do valor da principal matéria prima para fabricação de combustíveis e outros insumos, o petróleo tipo Brent, no mercado internacional – de 9,33% – pode ter impacto importante na composição de preços dos combustíveis no Brasil. Até o momento, a instabilidade do cenário econômico, provocada principalmente pela guerra na Ucrânia, vinha turbinando o valor do diesel e da gasolina nas bombas, em decorrência da política de paridade internacional adotada pela Petrobrás.

A queda registrada nesta terça-feira seria motivada, segundo analistas, pelo medo de uma piora no cenário econômico global, com risco de recessão, por causa principalmente da desaceleração da economia americana.  A expectativa é de manutenção do movimento de redução do preço da commodity, que pode recuar do patamar de mais de US$ 100 para cerca de US$ 65.

A situação é observada com atenção e expectativa por agentes políticos e econômicos nesta fase pré-eleitoral no Brasil, uma vez que a alta da inflação, impulsionada em boa medida pela escalada dos combustíveis, tem sido vista como fator importante na definição de voto de várias camadas da população.

A barreira para uma redução consistente do preço dos combustíveis – obtida até o momento por meio da renúncia fiscal de entes federativos –, no entanto, é a alta do dólar. Investidores têm corrido para se proteger de oscilações bruscas comprando ativos em dólar, o que provocou a recente apreciação da moeda americana.

*Com R7