Dr. Mike (PSC), pré-candidato a deputado estadual e apoiador do projeto, afirmou que a iniciativa auxilia o poder público a continuar combatendo este sério problema social
Sexta-feira, sábado e domingo, a fila é grande na entrada da panificadora Amarelinha, localizada na Zona Norte de Manaus. As pessoas chegam cedo para receber o alimento, que irá compor a primeira refeição do dia. Não há atropelos nem confusão. Todos os que esperam estão cadastrados no projeto ‘Pão Solidário’, iniciativa do dono da panificadora, Raimundo Batista, com apoio de empresários locais.
O projeto de distribuir sacolas de pão gratuitamente surgiu da sensibilização do dono da padaria com o suporte solidário de empresários como o cirurgião-dentista Dr. Mike. O comerciante, que atua na região há 18 anos, sempre teve uma conduta solidária em relação às necessidades da comunidade. ”Dar um café, um pão, uma fatia de bolo, era comum. Não gosto de deixar as pessoas desamparadas, mas depois da pandemia o número de necessitados cresceu, e eu sozinho não conseguia atender”, relembrou seu Batista, como é conhecido.
O pré-candidato a deputado estadual, em conversa com seu Batista, teve a ideia de reunir um grupo de amigos para contribuir com a ação, que se transformou no projeto ‘Pão Solidário’. Rapidamente, a iniciativa passou de 60 para 200 famílias beneficiadas. “Se todos nós, que temos um pouco de condições, empresários, profissionais liberais, fizéssemos essas pequenas ações, a vida de muita gente podia ser melhor. Não basta só cobrar do poder público. Os que possuem um bom poder aquisitivo também têm responsabilidade com os demais, que precisam ter segurança alimentar. O governo do estado implementou o Prato Cidadão, o Cartão Auxílio, distribuiu cestas de alimentos, mas o estado não consegue fazer tudo, ele tem limitações de orçamento. Por isso, precisamos agir”, declarou Dr. Mike.
Beneficiados
As sacolas, contendo cinco pães, representam um alívio para quem tem o orçamento limitado ou incerto. A babá e garçonete, Adrielle Barroso, desempregada há cinco anos, passou a dormir melhor desde que passou a integrar a lista de beneficiários do “Pão Solidário”. “Muitas vezes, a gente acordava de manhã sem ter o pão e nem R$ 1 para comprar. Em casa, sou eu e meu marido. Agora, que a gente sabe que vai ter o que comer de manhã, a vida tá mais leve. O que eu pego, eu divido com a minha cunhada, que tem câncer. Como as coisas estão difíceis, um ajuda o outro. Esse projeto alimenta nossa esperança”, declarou a mulher de 27 anos.
A dona de casa, Kelly Cristina Félix, tinha os olhos brilhantes ao preencher o cadastro para passar a receber o pão nesta semana. “Na minha casa, sou eu, meus dois filhos e meu marido que é autônomo, como técnico de refrigeração, e nem sempre ganha dinheiro. Agora, minhas crianças vão para a escola com a ‘barriguinha’ cheia. É bom saber que tem gente que se preocupa com os mais humildes. Tomara que este projeto cresça cada vez mais”, falou a dona de casa, com o olhar cheio de esperança.
Com informações da assessoria