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Microplástico é achado em quase todos órgãos, e efeitos são desconhecidos

Microplástico - Foto: Divulgação / Vrije Universiteit Amsterdam

Era 2015 quando o vídeo mostrando o calvário que uma tartaruga marinha precisou passar para retirar um canudo de sua narina viralizou na internet. Imediatamente, o objeto de plástico se tornou persona non grata em diversos restaurantes e dezenas de municípios brasileiros baniram seu uso. Mas se você acha que o canudo é o maior vilão dessa história, essa reportagem pode fazer você repensar.

Além dos macroplásticos, que são essas peças maiores, visíveis a olho nu, ainda precisamos lidar com os microplásticos, partículas minúsculas, de até 5 milímetros, que estão cada vez mais presentes em rios, oceanos e solo.

E, de acordo com a organização International Union for Conservation of Nature, 28,3% dos microplásticos presentes no oceano, por exemplo, provém de fragmentos dispersados por —acredite— pneus enquanto rodam no asfalto.

Outros 35% surgem a partir de fibras sintéticas têxteis —como poliéster e poliamida— liberadas em grandes quantidades após a lavagem doméstica

Outros 24% são provenientes de poeira das grandes cidades.

Não à toa, os microplásticos estão cada vez mais sendo encontrados no corpo humano. As pesquisas têm acendido alertas em cientistas, que se debruçam em estudos para entender:

“Se estamos expostos a essas partículas e elas estão entre nós, quais as consequências da presença delas no nosso organismo?”

“É um cenário bem complexo e assustador”, afirma Rossana Soletti, professora de embriologia e história da ciência na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). “Hoje, é possível encontrar microplástico em praticamente todos os órgãos humanos. E o desafio da ciência é entender o que eles causam e se há algum impacto negativo para a saúde”, explica.

O Brasil não possui levantamento sobre a infecção da população por microplásticos – Foto: Divulgação Marinha do Brasil / Ministério da Defesa / Flipar

Toneladas à vista

Em 2016, o Fórum Econômico Mundial de Davos soltou uma previsão sombria: até 2050, os oceanos teriam, em peso, mais plásticos do que peixes.

Já a Unep (United Nations Environment Programme, ou Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) afirma que, hoje, podem existir até 199 milhões de toneladas de plástico nos oceanos.

Se pensarmos que cada unidade se transformará em milhares de micropedacinhos em algumas centenas de anos (os plásticos demoram, em média, 400 a 600 anos para se decompor na natureza), a quantidade de microplásticos presentes nos oceanos se torna gigantesca.

Um estudo, realizado na Austrália, atesta que, até 2019, havia mais de 170 trilhões (sim, com “t”!) de partículas plásticas flutuando pelos oceanos.

Embora assustador, a quantidade está bem abaixo do volume de material plástico produzido e descartado pelo ser humano. “Esse dado intrigou os cientistas”, afirma o biólogo e geocientista Marcelo Soares, professor do Instituto de Ciências do Mar da UFC (Universidade Federal do Ceará).

“A conclusão a que se chegou é de que essas partículas estão se acumulando como sedimentos no leito do oceano ou sendo consumidos e entrando na cadeia alimentar de organismos aquáticos”, afirma.

O fenômeno, chamado de “missing plastic paradox” (“paradoxo do plástico desaparecido”, em tradução livre), levou alguns especialistas a teorizarem se não estamos criando uma espécie de “ciclo do plástico” na Terra —semelhante ao ciclo do carbono, em que uma mesma molécula desse não metal é reciclada pela natureza e faz parte de ciclos geológicos e biológicos no meio ambiente e entre os seres vivos.

Atualmente, estima-se que existam cerca de 14 milhões de toneladas de plástico no fundo do mar —e o material chega até lá principalmente pela presença humana nas praias. É o que mostrou um estudo, realizado por Soares e outros pesquisadores de universidades brasileiras e internacionais, sobre os padrões de poluição plástica ao longo da costa do Brasil.

O trabalho, publicado em 2023 no periódico Science of the Total Environment, mostrou que as praias turísticas ou mais próximas de centros urbanos concentram as maiores taxas de poluição plástica. Os prejuízos não incluem apenas o acúmulo físico do resíduo em si —que pode prejudicar as formações de corais, por exemplo— como também para a vida de organismos como moluscos e crustáceos, que acabam ingerindo essas partículas como se fossem alimento.

Foto: Canaltech (Fly 😀 / Unsplash)

O caminho até nós

Uma vez que se torna alimento de algumas espécies animais, fica difícil parar o alcance dos microplásticos.

“Nós estamos, literalmente, comendo essas partículas. Eles são engolidos por peixes, absorvidos pelas plantas e nós consumimos isso. É a sequência da cadeia alimentar.” afirmou Danila Soares Caixeta, bióloga e professora do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental e do Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso).

Caixeta lembra que, além da decomposição de peças maiores, outra forma importante de contaminação dos oceanos ocorre por meio da água dos rios, que carregam resíduos de esgoto industrial e doméstico. “As estações de tratamento que possuímos hoje não têm um sistema de filtragem que consiga reter essas partículas presentes no esgoto urbano”, afirma.

Além dos plásticos maiores, fibras têxteis, microesferas cosméticas e partículas que se soltam de pneus (e incluem polímeros como o polibutadieno) estão entre os materiais que acabam nos rios com maior frequência em centros urbanos. No caminho para o mar, a contaminação por microplásticos ainda faz outra vítima: o solo, incluindo aquele utilizado para agricultura.

Ali, além de serem absorvidos por plantas que seguirão para o nosso prato, os microplásticos prejudicam o equilíbrio existente abaixo da terra ao alterar a densidade e até sua capacidade de reter água. “Tudo isso terá impacto na microbiota do solo, ou seja, nas bactérias que vivem ali, que irá perder sua diversidade”, afirma o engenheiro ambiental Luís Fernando Amato Lourenço, pesquisador do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP e bolsista da Fapesp.

Segundo ele, alguns vegetais, como determinados tubérculos, precisam da ajuda de bactérias para crescerem e se desenvolverem de forma plena. “Sem essas bactérias, a planta não se desenvolve tão bem ou não é capaz de reter tantos nutrientes”, explica. Ou seja, além de estarmos comendo plástico, nós provavelmente também estamos produzindo alimentos com menor teor nutricional.

Prejuízos à saúde não são claros

Não são poucos os estudos mostrando até onde os microplásticos podem chegar no corpo humano. Cérebro, pênis, placenta, pulmão e coração são só alguns dos locais em que eles foram descobertos.

A pergunta seguinte é óbvia: o que isso significa?

“Nós ainda não temos uma resposta”, afirma Eliseth Leão, pesquisadora sênior do Hospital Israelita Albert Einstein e professora do Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, em São Paulo. “Já estabelecemos que os microplásticos têm a capacidade de entrar nos tecidos, nos órgãos, mas ainda precisamos de anos de mais dados para estabelecer a presença deles como causa de doenças”, avalia.

A grande maioria dos itens que os pesquisadores observam nos carangueijos eremitas são feitos de plástico – Foto: Shawn Miller / BBC

Os indícios mostrados pelos estudos que já existem, no entanto, não são otimistas. Um recente trabalho feito por pesquisadores do Novo México, por exemplo, mostrou que havia um grande acúmulo de microplástico —maior do que o considerado “normal”— no cérebro de pacientes que morreram em decorrência de Alzheimer. A pesquisa, que ainda está em fase pré-print (ou seja, não foi revisada por cientistas não ligados ao estudo) e feita com uma amostragem de dados pequena, não é considerada conclusiva.

Já outro estudo, publicado no The New England Journal of Medicine, conseguiu detectar a presença de microplásticos em placas de gordura que se acumulam em artérias (chamadas ateromas). A conclusão do estudo é de que esses indivíduos têm maior risco de sofrer infarto, AVC e morte.

No caso das análises que envolvem a fertilidade humana, um dos desafios é conseguir amostras para pesquisa. “No caso de embriões e fetos humanos, por exemplo, isso é quase impossível”, afirma Rossana Soletti.

Por isso, diz ela, hoje muitas pesquisas são feitas utilizando modelos animais como camundongos, aves e peixes para entender o que a exposição aos microplásticos pode causar na reprodução deles. “Praticamente todos os estudos existentes, e são centenas, observam algum efeito”, lamenta a pesquisadora. “Em quase todos, podemos ver alterações em enzimas ou genes, ou ainda pequenos defeitos na formação de embriões, que também se tornam menos viáveis”, afirma.

O próximo desafio é saber se esses achados podem ocorrer de forma semelhante entre os humanos.

Outro grande problema dos microplásticos é que eles podem carregar outros contaminantes. “O plástico em si não é um material tóxico”, afirma Cassiana Montagner, professora e pesquisadora do Departamento de Química Analítica do IQ-Unicamp (Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas).

“O problema é o que eventualmente se grudou a ele depois e que pode se soltar a qualquer momento”, afirma. Um exemplo disso são os metais pesados ou poluentes orgânicos que, mesmo banidos para uso há décadas, ainda persistem no meio ambiente.

Montagner cita ainda outro exemplo de químicos que podem prejudicar a saúde, a dos aditivos químicos utilizados para melhorar ou potencializar as aplicações dos polímeros em geral no nosso dia a dia. “Uma cadeira esbranquiçada, por exemplo, já degradou o suficiente para que parte do seu corante tenha se soltado”, exemplifica. “É uma forma didática que usamos para mostrar que, assim como a tinta, outros compostos presentes nesse plástico também já podem ter se soltado”, explica.

Nesse cenário, além dos possíveis efeitos da presença dos microplásticos, tem-se também os problemas que esses poluentes podem causar à saúde, como aumento da incidência de câncer e alterações endocrinológicas. “Mas não sabemos ainda qual a quantidade a qual devemos estar expostos para termos esses problemas”, avalia a especialista.

Os microplásticos são atualmente uma das maiores ameaça a vida marinha – Foto: Getty Images / Tecmundo

O que podemos fazer para reverter?

Os especialistas entrevistados por VivaBem foram unânimes: a situação dos microplásticos é urgente e reduzir a produção e o consumo desse tipo de produto é a única forma de começar a resolver a questão. Atualmente, a Unep estima que sejam produzidos mais de 400 milhões de toneladas de resíduos plásticos anualmente no mundo.

“Estamos falando de toneladas e toneladas de plástico sendo despejadas na natureza todos os anos”, afirma Montagner. “É uma quantidade muito além da capacidade que o meio ambiente tem de degradar esses materiais no tempo que eles levam para se decompor”, aponta ela.

Na prática, no entanto, a resposta está longe de ser tão simples. Isso porque o plástico é muitas vezes fabricado a partir do petróleo (ou seus subprodutos), o que significa que implementar mudanças culturais e políticas públicas para reduzir o consumo esbarraria nos interesses da indústria petrolífera, conhecida por movimentar muito dinheiro e por seu enorme poder de lobby mundo afora.

E até os plásticos biodegradáveis, como as sacolas feitas a partir da cana-de-açúcar, podem ser uma cilada. “Esse tipo de material pode ser biodegradável em uma condição de aterro, ou seja, vai se decompor mais rápido em uma situação específica, mas não no asfalto, por exemplo. E ainda pode gerar microplásticos”, alerta Montagner.

Diante desse cenário, criar alternativas está se tornando cada vez mais urgente. Uma delas que vem sendo estudada é desenvolver polímeros mais sustentáveis e que não criem microplásticos ao se decompor.

Recentemente, pesquisadores da Universidade da Califórnia San Diego desenvolveram um tipo de plástico biodegradável a base de algas que se decompõe em menos de sete meses e não deixa microplásticos como resíduos. A descoberta foi publicada no periódico Scientific Reports, da Nature.

Outra alternativa é a já conhecida reciclagem, processo que tem limitações, como a quantidade de vezes que o plástico pode ser reciclado e reutilizado para garantir a mesma qualidade e confiabilidade do produto final.

Atualmente, estima-se que menos de 10% dos resíduos plásticos gerados no mundo passem por reciclagem.

“Alternativas são sempre bem-vindas, mas nada se compara a repensar o uso”, afirma Montagner. Para ela, por muitos anos as pessoas pensaram apenas nas possibilidades que o plástico poderia trazer para a vida moderna e pouco se investiu no destino deles após esse uso.

Foto: Phil Limma / Semcom

“Agora que isso se tornou um problema sanitário, uma preocupação para a saúde humana, as pessoas estão enxergando com mais facilidade que o uso excessivo é um problema.” afirmou Cassiana Montagner, professora e pesquisadora da Unicamp.

Para Soletti, é necessário implementar políticas públicas e leis que regulamentem o uso de plástico na sociedade —especialmente os de uso único—, além de readequar nossos hábitos. “Não há mais como continuar usando o plástico nesse ritmo”, acredita.

*Com informações de Uol

PT debate sua crise: ‘Precisamos de diálogo com quem não é de carteira assinada’

Foto: Agência Brasil

As eleições municipais chegaram ao fim com resultados ambíguos para o partido que comanda o país: o Partido dos Trabalhadores (PT) . Se por um lado, a legenda registrou um aumento no número de prefeituras comandadas em comparação com 2020 – e, à diferença de quatro anos atrás, conquistou até uma capital, Fortaleza -, por outro, viu rivais do Centrão e da direita bolsonarista ampliarem a quantidade de prefeituras que comandarão a partir de 2025.

O PT venceu em 252 municípios em 2024, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma alta de 38% em relação a 2020. Mesmo assim, está consideravelmente distante do pico obtido pelo partido em 2012, quando conquistou 624 cidades.

Em meio a este cenário, especialistas em Ciência Política foram ouvidos para analisar quais os fatores que levaram o PT a obter o resultado eleitoral deste ano e quais os desafios a sigla deverá enfrentar em breve, se quiser se manter competitiva no cenário nacional.

Dentro do partido, não há consenso sobre o diagnóstico do que aconteceu e quais serão os próximos passos, mas as lideranças ouvidas pela reportagem concordam que o PT precisa, de forma urgente, adotar novas estratégias para ampliar sua base eleitoral.

Um foco é, segundo eles, conquistar uma faixa importante do eleitorado composta por quase 30 milhões de trabalhadores autônomos, especialmente os que moram nas periferias das grandes cidades, que atuam na informalidade e que estariam mais alinhados a candidatos de direita.

Os entrevistados também disseram que o PT poderá ter que modular o seu discurso e sua política de alianças diante do que parece ser um evidente movimento do eleitorado brasileiro em direção à direita.

Ecos da Lava Jato

O professor de Ciência Política da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Cláudio Couto explica que a conturbada história recente do PT é um dos elementos que explicam os resultados modestos obtidos pelo partido nestas eleições.

O mesmo partido que venceu cinco das últimas seis eleições presidenciais no país também foi um dos principais alvos da Operação Lava Jato, que culminou com a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso por crimes como lavagem de dinheiro.

Foto: Reprodução /Instagram

Antes disso, o PT ainda cambaleava após o impeachment da ex-presidente petista Dilma Rousseff.

Segundo Couto, apesar de ter voltado à Presidência da República e ter tido um tímido aumento no número de prefeituras neste ano, o PT ainda não teria conseguido se recuperar dos impactos negativos dessa sucessão de crises vividas nos últimos anos.

“O problema do PT não está tanto nestas eleições. Ele está na eleição de 2016, que foi o ano do impeachment, do aprofundamento da recessão causada pela política econômica do governo de Dilma, e foi o ápice da Lava Jato”, disse Couto à BBC News Brasil.

“Naquele ano, o PT perdeu 60% dos seus prefeitos e vereadores país afora. Ele tomou um tombo no plano municipal e ainda não conseguiu se recuperar disso”, seguiu.

A petista Marília Campos, prefeita reeleita de Contagem, cidade mineira com 621 mil habitantes, tem diagnóstico semelhante ao de Cláudio Couto. Em entrevista à BBC News Brasil, ela admitiu que precisou enfrentar uma grande dose de “antipetismo” durante sua campanha à reeleição.

“Tivemos um desgaste desde a Operação Lava Jato, uma satanização do PT”, disse.

“Claro que houve uma conspiração e uma construção política e cultural contra o PT, mas [essa rejeição] também é em função dos erros que a gente teve. Muitas lideranças nossas erraram […] tudo isso criou uma decepção, especialmente no setor de classe média. E aí a base do PT se fragmentou.”

Para ela, a sigla enfrenta hoje duas questões principais: a polarização nacional e o antipetismo.

O deputado federal e candidato derrotado à Prefeitura de Belo Horizonte, Rogério Correa, concorda com a ideia de que o passado recente do partido ainda o prejudica nas urnas.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda – Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

“Essas dificuldades que temos vêm de um tempo atrás. O PT foi muito perseguido. Havia gente que dizia, inclusive, que o PT ia acabar. Hoje, o partido está num processo de recuperação. Já tivemos momentos melhores? Com certeza”, reconhece o parlamentar que ficou em sexto colocado no primeiro turno das eleições na capital mineira, com apenas 4,37% dos votos.

A crise do discurso

Mas, para além dos estragos causados pela Lava Jato, especialistas ouvidos apontam que o PT enfrenta também outro tipo de crise: a perda da conexão com segmentos da população que, no passado, seriam vistos como eleitores cativos do partido.

Cláudio Couto afirmou que, quando surgiu, o PT dizia defender os trabalhadores explorados pelo sistema capitalista e que precisariam de uma representação política.

O professor disse, no entanto, que desde o surgimento e ascensão do PT, o país e o mundo viveram mudanças profundas no mercado de trabalho.

Atualmente, segundo ele, uma parcela relevante dos moradores das periferias das grandes cidades não se sentiria representada por um discurso vinculado à luta sindical uma vez que, boa parte desses trabalhadores vivem na informalidade.

“Talvez a questão mais central para o PT seja esse discurso voltado àqueles moradores das periferias das cidades e às populações de mais baixa renda, mas que se enxergam como empreendedores”, disse o cientista político.

Segundo ele, esse público manifesta um desejo crescente por um Estado menos burocrático e mais favorável aos pequenos negócios, sem prescindir dos direitos sociais.

“O PT ainda não conseguiu adaptar o seu discurso e oferecer soluções para essas aspirações”, disse.

Marília Campos diz ter uma leitura semelhante sobre o assunto.

Mototaxistas – Foto: Divulgação / Semcom Codajás

“Outra questão que eu acho fundamental é o PT ter um diálogo com quem não é de carteira assinada. Nós não podemos só conversar ou defender um país apenas para os que têm carteira assinada”, diz ela.

“Nós temos hoje um segmento cada vez maior, que é empreendedor, que é pequeno empresário, que é autônomo e qual é a nossa política para esse segmento?”, segue a petista.

Couto diz que essa mudança no perfil dos moradores das periferias já havia sido detectada pelo próprio partido em 2017, quando a Fundação Perseu Abramo, vinculada ao PT, lançou um estudo que já apontava nesta mesma direção.

O estudo “Percepções e valores políticos nas periferias de São Paulo” delineava parte do que Couto, Marília Campos e outras lideranças do PT vêm repetindo.

“No imaginário da população não há luta de classes; o ‘inimigo’ é, em grande medida, o próprio Estado ineficaz e incompetente. Abre-se espaço para o ‘liberalismo popular’ com demanda de menos Estado”, diz um trecho do estudo.

Segundo Couto, apesar de ter o diagnóstico diante de si, o PT não tomou as medidas necessárias para se adaptar a essa nova realidade.

Uma das consequências, apontam pesquisas, é uma maior tendência deste público a apoiar partidos e candidatos de direita.

Em 2023, por exemplo, o instituto Datafolha divulgou uma pesquisa encomendada pelas redes de transporte e entrega por aplicativo Uber e IFood que apontava que 40% dos entregadores entrevistados diziam ser de direita enquanto apenas 20% diziam ser de esquerda. Os 40% restantes diziam ser de centro.

Essa dificuldade em mudar o tom do discurso já começa a ser reconhecida até pelos mais altos escalões do partido.

Boulos perdeu o segundo turno em São Paulo mesmo com o forte apoio de Lula – Foto: Reprodução / Instagram / @guilhermeboulos.oficial

Na semana passada, a presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, tentou explicar o motivo dessa dificuldade de adaptação da legenda durante uma entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo e ao advogado Walfrido Warde.

“A formação do PT veio deste núcleo de trabalhadores, sindicalizados e organizados […] Isso sempre ficou muito arraigado no PT, nas lideranças do PT e na cabeça do presidente [ Lula] […] Essa mudança que a gente teve da sociedade foi se dando num processo em que a gente estava saindo do governo, combalido, pensando em nós mesmos, na nossa sobrevivência e não nos dedicamos a fazer discussões mais aprofundadas”, disse Gleisi.

Marília Campos apontou, ainda, o que ela considera outro problema do PT que o afastaria de uma camada significativa do eleitorado: o discurso em torno das pautas identitárias.

As chamadas pautas identitárias são aquelas baseadas nos interesses de grupos sociais com os quais cidadãos se identificam, normalmente são associadas aos direitos de minorias como a população negra, os povos originários e a comunidade LGBTQIA+.

“De uns tempos para cá, nesse processo de fragmentação, o PT adotou um discurso muito identitário que dialoga com algumas bolhas. Isso tirou muito a capacidade do PT de dialogar com a cidade e com o país de uma forma geral”, afirma ela.

“Nesse processo de reconstrução do partido, a primeira questão é adotar um discurso universalizante, onde a gente defenda, sim, a luta em defesa da igualdade social […] mas todas essas lutas segmentadas fazendo parte de uma luta mais universal”, defendeu a prefeita.

Dilema existencial: rumo ao centro?

Em meio a esse cenário intrincado, uma questão que parece se impor ao PT é: quais as saídas para a sobrevivência do partido?

Formado por diversas correntes ideológicas, a sigla passará por eleições internas em 2025. Gleisi Hoffmann, que está no comando da legenda desde 2017, tem dito que a necessidade de o partido atualizar seu discurso para se aproximar de segmentos como motoristas e entregadores por aplicativos e a população evangélica serão temas de debates internos numa tentativa de o partido voltar a dialogar com este público.

Do lado de fora do PT, analistas indagam se o futuro do partido não passaria por uma guinada ao centro, a julgar pelas posições que teve de adotar no segundo turno.

Ministro da Educação, Camilo Santana foi fundamental na campanha em Fortaleza para eleger o único prefeito petista em uma capital brasileira – Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

O PT oficializou apoio a adversários de bolsonaristas em Belém (PA), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB) e Palmas (TO). Nestas quatro cidades, a legenda se posicionou a favor de candidatos de centro e de centro-direita contra candidatos do PL.

Em Goiânia, o PT, que ficou de fora do segundo turno, não declarou seu apoio a nenhum candidato, mas passou a fazer campanha contrária ao candidato bolsonarista Fred Rodrigues (PL), que perdeu a disputa da prefeitura da capital de Goiás para Sandro Mabel (União Brasil).

Para Marília Campos, do ponto de vista eleitoral, o PT precisará rever suas estratégias e considerar, cada vez mais, nomes mais ao centro em disputas estaduais, por exemplo.

“Aqui em Minas Gerais, por exemplo, a gente precisa de um projeto viável do ponto de vista eleitoral e de governança. E para que isso seja atingido como objetivo, nós precisamos de uma candidatura que tenha o perfil do centro, não da esquerda como eu represento”, afirmou a prefeita.

Marília, que se elegeu em uma campanha que apostou na “despolarização” entre Lula e Bolsonaro, deixando o presidente petista de fora, diz que o partido deve evitar essa dualidade no futuro.

Mas a ideia de uma ida mais ao centro, no entanto, não é consenso dentro do partido.

O deputado federal Rogério Corrêa, por exemplo, disse que a legenda não pode abrir mão do debate político e de suas posições ideológicas.

“Qual é o papel do PT? Compreendendo que a extrema direita é um risco não apenas aqui, mas internacional, nós não podemos descuidar”, diz.

“Nós não podemos deixar de fazer disputa pela hegemonia no combate à extrema direita porque a direita não fará isso de forma consequente.”

A deputada Gleisi Hoffmann é presidente nacional do Partido dos Trabalhadores – Foto: Reprodução

Para a professora de Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Silvana Krause, alianças ao centro não são uma novidade na história do PT. Ela pontua, no entanto, que o partido precisa mostrar capacidade de adaptação a uma nova realidade.

“O PT tem sido o norte do mercado eleitoral nas duas últimas décadas, mas as direções do partido estão tendo muita dificuldade de leitura de uma nova sociedade que está despontando”, diz.

“Se o partido não tiver clareza sobre isso, terá muitos problemas no futuro. Não adianta ficar com as mesmas respostas, receitas que ele tinha nos anos 90”, afirmou a professora.

Já Cláudio Couto apontou que, embora o partido precise se adaptar às mudanças no perfil do eleitorado, há riscos se essa mudança não for bem calibrada.

“O que significa ir ao centro hoje? Talvez não seja a mesma cosa que ir ao centro em 2002”, disse o professor, mencionando a eleição em que Lula obteve seu primeiro mandato após se aliar partidos mais à direita, como o PL do seu candidato a vice-presidente José Alencar.

Couto disse que o peso do conservadorismo no Brasil tornaria uma guinada do PT ao centro mais difícil e mais arriscada.

“Hoje, falamos de outro tipo de ida ao centro. Há um peso do conservadorismo evangélico que existia lá atrás. No passado, o PT chegou a ter apoio do Republicanos, do (pastor Silas) Malafaia. Como é que vai dialogar com esses setores?”, indagou.

Couto disse que este problema não é exclusivo do PT, mas de diversos partidos à esquerda e à direita e que o risco ao buscar esse eleitor mediano é a perda da identidade partidária.

“Esse é um problema clássico, mas na esquerda, há uma grande tradição nesse tipo de movimentação. Há quem diga, inclusive, que alguns partidos se descaracterizam de tão ao centro que vão. Mas me parece que eles não têm muita opção. A questão hoje é: ir ao centro de que jeito?”, disse.

Presidente Lula ao lado de Marcelo Ramos – Foto: Ascom

Ao falar sobre as pressões de segmentos como o mercado financeiro para que o PT se posicione mais ao centro em temas econômicos, Gleisi Hoffmann disse, em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, o que parece resumir sua forma de ver o dilema imposto ao partido.

“Eu digo sempre ao pessoal do mercado: vocês não podem exigir que a gente se mate (politicamente). Temos bandeiras que são históricas como investimentos em educação, saúde, valorização do salário mínimo […] Não podem querer que o Lula se mate e faça esse ajuste porque senão o negócio vai ficar feio”, disse.

*Com informações de Terra

Comandante Dan afirma que não é hora de relaxar em relação à BR-319

Foto: Assessoria de Comunicação

Durante reunião com a equipe que coordena o movimento “Soluciona BR-319”, o deputado estadual Comandante Dan (Podemos) afirmou que, a despeito do fluxo na estrada parecer melhor, não é hora de baixar a guarda e relaxar as reivindicações. O parlamentar é líder do movimento e pleiteia trafegabilidade, segurança e sustentabilidade à estrada que liga Manaus a Porto Velho e proporciona a conexão terrestre do Amazonas com o restante do país.

“As providências adotadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), embora tardias e reativas, se mostraram eficazes na superação das esperas intermináveis que havia em todo o percurso da rodovia. Entretanto, isso não soluciona o problema da trafegabilidade, em absoluto. Há que se reconstruir as pontes sobre o Curuçá e o Autaz-Mirim, fazer uma ponte sobre o Igapó-Açu, além da pavimentação, sinalização, postos de suporte e fiscalização, monitoramento eletrônico e muito mais. A BR-319 é nossa única alternativa de ligação com o país por estrada e vimos o quanto ela é necessária durante a vazante que estamos vivendo”, disse Dan Câmara.

O parlamentar mostrou vídeos atualizados, enviados de diversos pontos da rodovia. Ele mostrou que as filas estão praticamente zeradas, entretanto um outro problema começa a surgir. Com a volta das chuvas, já se formam atoleiros expressivos no trecho conhecido como “do meio”, onde não há pavimentação.

“Vivemos na Amazônia e essa é a nossa realidade. Eu sinceramente espero não estar daqui a 12 meses reivindicando as mesmas providências em favor da nossa gente. Vivemos dois anos consecutivos de vazante recorde, o que é tempo mais que suficiente para as autoridades se planejarem, sabendo o que devem fazer em termos de prevenção”, declarou ele.

A equipe do “Soluciona BR-319”, composta por membros do gabinete do Comandante Dan e da Comissão de Segurança Pública, presidida pelo parlamentar, está avaliando os próximos passos do movimento. Uma ida a Brasília para interagir com ministérios e o Congresso Nacional não foi descartada.

Rodri desbanca Vini Jr, é eleito Bola de Ouro e amplia jejum brasileiro

Rodri vence o prêmio da Bola de Ouro - Foto: Reuters

A eleição do Bola de Ouro contrariou as expectativas ao dar a Rodri, e não a Vini Jr, o título de melhor jogador do mundo. O meio-campista do Manchester City desbancou o atacante do Real Madrid e, aos 28 anos, faturou o prêmio pela primeira vez em sua carreira. O evento, organizado pela revista France Football, ocorreu na tarde desta segunda (28) em Paris.

A vitória do brasileiro era dada como provável até hoje, mas a notícia da ausência de jogadores do Real Madrid na cerimônia esfriou os ânimos horas antes da premiação: além de Vini, Bellingham, Arda Guler e Lunin, que também disputaram prêmios, não viajaram — assim como Carlo Ancelotti, eleito melhor técnico do mundo.

Rodri, por outro lado, protagonizou o título da Espanha na última Eurocopa, realizada entre junho e julho deste ano. Ele foi eleito o melhor jogador da competição e liderou uma seleção de promessas, como Lamine Yamal, Pedri e Nico Williams.

A coroação do atleta europeu ampliou o jejum do Brasil no Bola de Ouro: Kaká, ainda em 2007, foi o último brasileiro a ter a alcunha de melhor jogador do mundo — depois, Messi e Cristiano Ronaldo monopolizaram a disputa até 2018, quando Modric foi eleito.

A votação do Bola de Ouro foi feita a partir de jornalistas dos 100 primeiros países do ranking da Fifa. Os profissionais montaram um ranking e enviaram suas escolhas baseadas nos desempenhos dos atletas na temporada 23/24 do futebol europeu. O narrador Cléber Machado representou o Brasil.

Veja os últimos ganhadores

  • 2024 – Rodri (Manchester City)

  • 2023 – Lionel Messi (PSG/Inter Miami)

  • 2022 – Karim Benzema (Real Madrid)

  • 2021 – Lionel Messi (Barcelona)

  • 2019 – Lionel Messi (Barcelona)

  • 2018 – Luka Modric (Real Madrid)

  • 2017 – Cristiano Ronaldo (Real Madrid)

  • 2016 – Cristiano Ronaldo (Real Madrid)

  • 2015 – Lionel Messi (Barcelona)

  • 2014 – Cristiano Ronaldo (Real Madrid)

  • 2013 – Cristiano Ronaldo (Real Madrid)

  • 2012 – Lionel Messi (Barcelona)

  • 2011 – Lionel Messi (Barcelona)

  • 2010 – Lionel Messi (Barcelona)

  • 2009 – Lionel Messi (Barcelona)

  • 2008 – Cristiano Ronaldo (Manchester United)

  • 2007 – Kaká (Milan)

  • 2006 – Fabio Cannavaro (Real Madrid)

  • 2005 – Ronaldinho Gaúcho (Barcelona)

  • 2004 – Andriy Shevchenko (Milan)

  • 2003 – Pavel Nedved (Juventus)

  • 2002 – Ronaldo Fenômeno (Real Madrid)

  • 2001 – Michael Owen (Liverpool)

*Com informações de UOl

Atlas ODS Amazonas lança ranking de desenvolvimento sustentável dos municípios

O Atlas ODS, projeto da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), vai apresentar um índice de desenvolvimento sustentável inédito e um ranking de classificação dos 62 municípios do estado, com base nos indicadores da Agenda 2030 da ONU. O evento será realizado nesta terça-feira (29), às 9h30, no Auditório do Mirante Lúcia Almeida, no Centro histórico de Manaus.

O índice foi calculado a partir da análise de 42 indicadores relacionado às metas globais de sustentabilidade, abordando áreas que vão desde a erradicação da pobreza, passando por dados econômicos, de saúde, meio ambiente e acesso à internet. A pesquisa é fruto do trabalho de pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia (PPGCASA). Na ocasião, o coordenador do projeto, Dr. Henrique dos Santos Pereira, e sua equipe de pesquisadores, apresentarão os resultados e a metodologia aplicada.

Cerca de 30 entidades e representantes de instituições públicas, prefeituras, órgãos de controle e organizações da sociedade civil participarão do lançamento.

Sobre o Atlas ODS Amazonas

Inspirado pela Agenda 2030, estabelecida pela ONU em 2015, o Atlas ODS Amazonas traz uma análise detalhada de indicadores que buscam promover desenvolvimento sustentável nos municípios. Esses dados se baseiam em uma metodologia que adapta as metas da ONU aos parâmetros brasileiros, com suporte de dados do IPEA.

Desde maio de 2019, o projeto mapeia os indicadores de cada município do estado, servindo também como base para pesquisas acadêmicas e políticas públicas regionais.

Serviço:

  • Data: amanhã, 29 de outubro

  • Horário: 9h30

  • Local: Auditório do Mirante Lúcia Almeida, Av. Sete de Setembro, nr. 8, Centro

Roberto Cidade parabeniza servidores públicos e destaca iniciativas em favor da categoria

Foto: Rodrigo Brelaz

Na data em que se comemora o Dia do Servidor Público, neste 28/10, o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (UB), relembra iniciativas do Legislativo Estadual que favoreceram e fortaleceram o exercício profissional dos servidores públicos da Aleam e do Estado do Amazonas.

No âmbito da Assembleia Legislativa, sob a presidência de Cidade, os servidores da Casa tiveram ampliados os serviços médicos e odontológicos ofertados no Centro Médico Luiz Carlos Avelino; fortalecidas as campanhas internas de saúde, como o Outubro Rosa e o Novembro Azul; além da revitalização do Complexo de Esportes, Lazer e Condicionamento Físico Mestre Osvaldo Alves de Albuquerque.

O complexo é composto por quadra poliesportiva coberta, piscina coberta aquecida e pelo Centro de Reabilitação e Condicionamento Físico Francisca Silva de Souza “Dona Natália” (CRCF).

“Além das áreas de saúde, esporte e lazer, os servidores da Aleam têm recebido, na nossa presidência, as progressões salariais e todo o conjunto de melhorias que lhes proporcionam um ambiente de trabalho confortável e adequado. Demos o maior aumento real dos últimos 15 anos. Fizemos a climatização da Escola do Legislativo, renovamos os equipamentos de trabalho e, em breve, iremos inaugurar um refeitório amplo e equipado para os servidores das empresas terceirizadas que trabalham conosco. É importante valorizarmos todos os servidores públicos, em todas as esferas, e na nossa gestão isso é uma constante”, garantiu.

Sob sua presidência

Em sua gestão na presidência também foram apreciadas e aprovadas medidas que favoreceram servidores públicos de diversas áreas.

Dentre as matérias destaca-se a aprovação do Projeto de Lei que concedeu reajuste na data-base para mais de 96 mil servidores, de 43 secretarias do Estado do Amazonas. Com o incremento de R$ 379 milhões na economia, os reajustes estão em vigor desde setembro.

Os reajustes contemplam servidores estatutários ativos, aposentados e pensionistas das secretarias de Estado da Saúde do Amazonas (SES-AM), de Educação e Desporto Escolar (Seduc), policiais militares e civis, bombeiros militares, Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) e outras secretarias.

“Todas as medidas que chegaram à Aleam em favor dos servidores públicos do Estado foram discutidas nos âmbitos apropriados e aprovadas com celeridade. Entendemos a importância e o valor desses profissionais para o bom andamento da sociedade, do nosso Estado. É indiscutível que há muito ainda a ser feito, porém o que já foi conquistado deve ser comemorado. Todos esses avanços resultaram em reconhecimento e ganhos aos servidores públicos, que merecem de nós parabenização e empenho para que sejam ainda mais prestigiados no decorrer do exercício profissional”, afirmou o presidente da Aleam.

Maiara e Maraisa negam rumores de fim da dupla: ‘Temos um negócio para honrar’

Maiara e Maraisa - Foto: @instagram | Reprodução

Maiara e Maraisa negaram rumores de fim da dupla. Durante participação no Domingão com Huck (Globo) no último fim de semana, as intérpretes de Medo Bobo e Esqueça-Me Se For Capaz reforçaram o elo de irmandade.

Em resposta, Maiara segurou a mão da irmã e afirmou que seguem juntas, pessoal e profissionalmente. Maraisa aproveitou a chance para discursar sobre o assunto e citar que as duas ‘dividem o mesmo sonho’.

“Até para nascer, não nasci sozinha. Independente de qualquer coisa, a gente divide um sonho. Temos um negócio que temos que honrar. A gente não pode virar as costas nunca para um irmão e deixar um irmão de lado. Ninguém é perfeito”, disse Maraisa.

As cantoras ainda comentaram que a relação segue tão harmoniosa que, atualmente, elas moram juntas. No futuro, quando cada um seguir seu caminho, elas planejam ter um quarto na casa da outra.

“Desde que a gente começou nunca teve essa hipótese de acabar. Tudo fake, não fiquem dando ouvido pra essas coisas”, acrescentou.

Maiara e as críticas a seu corpo

Desde que começou o processo de emagrecimento, a cantora Maiara tem recebido críticas de seus seguidores. Em um episódio, fãs se preocuparam devido a magreza extrema da artista durante uma entrevista. Em outra ocasião, ficaram surpresos ao vê-la mastigando o ar durante uma live.

No dia 25 de outubro, durante um show, ela se pronunciou sobre o assunto e dividiu opiniões. Em sua defesa, ela afirmou ‘estar em sua melhor fase’ e que o público fica ‘inventando doenças’ para ela.

“Parece que não adianta ela dizer que está bem de saúde. Quando eu tava mais gordinha não prestava também, agora emagreci, tô com 45 quilos, graças a Deus bem alinhados… E agora o povo fica me arrumando um monte de doença que não existe, que eu nem sei o nome”, disse ela, em Teresina.

A cantora sertaneja aproveitou para garantir que está bem de saúde e no auge de sua carreira. “Livra-me de todo mal, amém, gente. Eu tô na minha melhor fase. Nunca ganhei tanto dinheiro na minha vida. Nunca tive tão bonita na minha vida e tô solteira”.

*Com informações de Terra

Aeroporto na Nova Zelândia impõe limite de 3 minutos aos abraços de despedida

Placa no aeroporto de Dunedin, na Nova Zelândia, pede limitação de tempo de abraços - Foto: Sarah SOPER / DUNEDIN AIRPORT NEW ZEALAND / AFP

Um aeroporto da Nova Zelândia impôs um limite de três minutos aos abraços de despedida, o que provocou um debate sobre quanto tempo o momento de adeus deve durar.

A direção do aeroporto internacional da cidade de Dunedin, sul do país, diz que ficou surpresa com a repercussão da nova regra imposta para a área de desembarque de carros.

“Para manter as coisas fluindo suavemente, instalamos uma nova sinalização, incluindo a placa ‘Tempo máximo de abraço de 3 minutos'”, afirmou o diretor executivo do aeroporto, Daniel De Bono.

“É nossa forma de ser um pouco peculiar e de lembrar as pessoas que a área de desembarque serve para despedidas rápidas”, explicou.

“E não se preocupem, um abraço de apenas 20 segundos é o suficiente para liberar ocitocina e serotonina, os hormônios da felicidade que aumentam o bem-estar, então três minutos é tempo suficiente para dizer adeus e receber sua dose de felicidade”, completou.

As pessoas que desejam abraços mais prolongados podem utilizar o estacionamento, onde os primeiros 15 minutos são gratuitos.

A restrição aos abraços provocou divisão nas redes sociais.

“Polícia do abraço! Isso é estranho! Está provado que abraços têm muitos benefícios, sem mencionar a saúde mental”, afirmou uma pessoa na página do aeroporto no Facebook.

A limitação de tempo aos abraços começou em setembro, sem uma grande repercussão em um primeiro momento.

“Nos ficamos surpresos com o interesse global que provocou”, declarou Sarah Soper, diretora de marketing e comunicação do aeroporto.

*Com informações de Uol

De 26 prefeitos eleitos em capitais, 17 são milionários; Sandro Mabel é o mais rico

Sandro Mabel (União), eleito prefeito de Goiânia (GO), é o prefeito mais rico do Brasil nas capitais - Foto: Reprodução / Instagram

Dos 26 prefeitos eleitos em capitais de estados nas eleições de 2024 , aos menos 17 deles podem ser considerados milionários, com base nos patrimônios declarados pelos próprios candidatos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) .

E Sandro Mabel (União) , eleito prefeito de Goiânia, em Goiás, é o mais rico deles, com um patrimônio declarado de R$ 313.405.916,29.

Os valores declarados pelos eleitos das capitais à Justiça Eleitoral variam de R$ 81 mil a R$ 313 milhões. E a soma do patrimônio declarado de todos os eleitos ultrapassa R$ 364 milhões

Abilio Brunini (PL), eleito prefeito de Cuiabá (MT), por sua vez, foi quem declarou o menor patrimônio: R$ 81.800, referentes a uma motocicleta no valor de R$ 6.800 e um automóvel modelo Jeep Renegade, no valor de R$ 75.000. As Informações são do portal G1.

Confira a relação dos eleitos e os patrimônios declarados

  • Lorenzo Pazolini (REPUBLICANOS)/Vitória (ES) – R$ 989.726,32

  • Igor (MDB)/Belém (PA) – R$ 906.981,50

  • Bruno Reis (UNIÃO)/Salvador (BA) – R$ 898.557,37

  • Abilio Brunini (PL)/Cuiabá (MT) – R$ 81.800,00

  • Eduardo Siqueira Campos (PODE)/Palmas (TO) – R$ 461.377,44

  • Arthur Henrique (MDB)/Boa Vista (RR) – R$ 318.616,59

  • Léo Moraes (PODE)/Porto Velho (RO) – R$ 3.665.260,71

  • João Campos (PSB)/Recife (PE) – R$ 2.697.388,78

  • Silvio Mendes (UNIÃO)/Teresina (PI) – R$ 2.249.248,24

  • Topázio (PSD)/Florianópolis (SC) – R$ 2.010.267,17

  • Eduardo Paes (PSD)/Rio de Janeiro (RJ) – R$ 185.668,74

  • Cícero Lucena (PP)/João Pessoa (PB) – R$ 1.960.723,73

  • JHC (PL)/Maceió (AL) – R$ 1.858.263,82

  • David Almeida (AVANTE)/Manaus (AM) – R$ 1.277.906,77

  • Dr. Furlan (MDB)/Macapá (AP) – R$ 1.262.464,77

  • Eduardo Braide (PSD)/São Luís (MA) – R$ 1.102.648,96

  • Tião Bocalom (PL)/Rio Branco (AC) – R$ 1.055.000,00

  • Emília Corrêa (PL)/Aracaju (SE) – R$ 1.010.000,00

  • Fuad Noman (PSD)/Belo Horizonte (MG) – R$ 15.929.716,49

  • Adriane Lopes (PP)/Campo Grande (MS) – R$ 670.436,24

  • Eduardo Pimentel (PSD)/Curitiba (PR) – R$ 2.260.443,06

  • Evandro Leitão (PT)/Fortaleza (CE) – R$ 1.662.352,84

  • Mabel (UNIÃO)/Goiânia (GO) – R$ 313.405.916,29

  • Paulinho Freire (UNIÃO)/Natal (RN) – R$ 1.054.922,62

  • Sebastião Melo (MDB)/Porto Alegre (RS) – R$ 760.557,72

  • Ricardo Nunes (MDB)/São Paulo (SP) – R$ 4.843.350,91

*Com informações de IG

Apoio popular marca festa da vitória de David Almeida

Gestão David tem se caracterizado pela proximidade com a população nas ruas - Foto: Dhyeizo Lemos / Assessoria

Na noite deste domingo (27/10), o Comitê Central da campanha de David Almeida (Avante) foi palco de uma festa memorável, onde milhares de apoiadores se reuniram para aplaudir e ovacionar o prefeito reeleito de Manaus. O evento refletiu a alegria e a esperança da população que vê em David Almeida, um líder comprometido e um prefeito do povo.

Em seu discurso, o prefeito agradeceu aos coordenadores e mobilizadores que contribuíram para sua vitória, lembrando suas origens humildes na política.

“Eu comecei em 1996, entrei na campanha para balançar a bandeira igual vocês. Quis Deus e o povo que eu me transformasse agora pela segunda vez, prefeito da cidade de Manaus. Eu sou um de vocês que chegou ao poder, o povo chegou ao poder”, declarou.

David também ressaltou as conquistas alcançadas durante seu primeiro mandato e reforçou as metas para o próximo pleito.

“Se fizemos um Gigantes da Floresta, vamos fazer o segundo. Se chegamos ao quinto lugar no Brasil na educação básica, vamos ao primeiro lugar”, prometeu.

O prefeito não deixou de criticar aqueles que tentam impor decisões à população sem conhecer suas realidades. “Nós não podemos ser comandados por alguém que nem mora aqui, não mora aqui, quer decidir o futuro de quem vive aqui”, alertou.

A noite foi marcada por otimismo entre os apoiadores, que celebraram não apenas uma vitória eleitoral, mas também uma visão compartilhada de desenvolvimento para Manaus.

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